Autor Tópico: Antena 1  (Lida 977842 vezes)

pdnf

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Re: Antena 1
« Responder #6840 em: Fevereiro 04, 2025, 10:00:13 am »

Caro AG,

Em 2010 a Antena 1 tinha 4,9 vs, 5,1 a TSF tinha 4,5 vs 3,7 e a RR (na altura com mais palavra) 8,6 vs 6,4 e agora a Observador com 1,5.

Fazendo um somatório entre 2010 e 2025 (último bareme), temos 18 vs 16,7.
Com tudo isto o que me apraz dizer é que se facto em 15 anos não se vislumbrou qualquer evolução positiva nas audiências das rádios não musicais, já muitas fórmulas e grelhas foram testadas e a situação até piorou. Como sabemos, uma rádio de informação/palavra obriga a grandes investimentos e pergunto eu qual o empresário que arriscaria desinteressadamente num investimento num projecto deste tipo? Quando se fala na CMR, importa referir que aquilo é um produto muito específico que importa e faz emissao simultanea de conteúdos da TV para a rádio, ao contrário do que vimos desde sempre com os mais reputados programas da rádio (ex TSF) a serem aproveitados pela TV.

Há um empresário: chama-se CAV. Esse tem obrigação de fazer um produto de exceção, sem ter de correr atrás de audiências. Por isso, defendo realmente que se acabe de vez com a música na Antena 1, exceto em programas específicos sobre esta e, excecionalmente, enquanto o Jorge Afonso tiver vontade, o Uma Noite em Forma de Assim.

Depois, há a questão de se confundir palavra com rúbricas comprimidas, ao estilo TSF, sai uma, entra outra. Assim, não dá!

O panorama ainda é mais aterrador se tirarmos a RR da equação, que é a mais musical das rádios com palavra (talvez melhor do que de palavra).

Inacreditavelmente, talvez ainda não tenham percebido, programadores e mercado, que o segredo pode não ser ter muita audiência, mas sim o captar os nichos que, efetivamente gastam dinheiro. Claramente não perceberam, basta ver o caso da Smooth FM, praticamente sem publicidade.
Rádio é:
Ir ao fim da Rua, a ligar Portugal, aconteça o que acontecer.
Mais música nova para sentir (e decidir).
Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
É a arte que toca, mais do que música...PESSOAS. Ah, and all that "unique" soul.

Atento

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Re: Antena 1
« Responder #6841 em: Fevereiro 04, 2025, 10:21:28 am »

Caro AG,

Em 2010 a Antena 1 tinha 4,9 vs, 5,1 a TSF tinha 4,5 vs 3,7 e a RR (na altura com mais palavra) 8,6 vs 6,4 e agora a Observador com 1,5.

Fazendo um somatório entre 2010 e 2025 (último bareme), temos 18 vs 16,7.
Com tudo isto o que me apraz dizer é que se facto em 15 anos não se vislumbrou qualquer evolução positiva nas audiências das rádios não musicais, já muitas fórmulas e grelhas foram testadas e a situação até piorou. Como sabemos, uma rádio de informação/palavra obriga a grandes investimentos e pergunto eu qual o empresário que arriscaria desinteressadamente num investimento num projecto deste tipo? Quando se fala na CMR, importa referir que aquilo é um produto muito específico que importa e faz emissao simultanea de conteúdos da TV para a rádio, ao contrário do que vimos desde sempre com os mais reputados programas da rádio (ex TSF) a serem aproveitados pela TV.

Há um empresário: chama-se CAV. Esse tem obrigação de fazer um produto de exceção, sem ter de correr atrás de audiências. Por isso, defendo realmente que se acabe de vez com a música na Antena 1, exceto em programas específicos sobre esta e, excecionalmente, enquanto o Jorge Afonso tiver vontade, o Uma Noite em Forma de Assim.

Depois, há a questão de se confundir palavra com rúbricas comprimidas, ao estilo TSF, sai uma, entra outra. Assim, não dá!

O panorama ainda é mais aterrador se tirarmos a RR da equação, que é a mais musical das rádios com palavra (talvez melhor do que de palavra).

Inacreditavelmente, talvez ainda não tenham percebido, programadores e mercado, que o segredo pode não ser ter muita audiência, mas sim o captar os nichos que, efetivamente gastam dinheiro. Claramente não perceberam, basta ver o caso da Smooth FM, praticamente sem publicidade.


Tem de se fazer um bom produto e TEM DE CORRER ATRÁS DAS AUDIÊNCIAS.

Essa mentalidade de não correr atrás da audiência trouxe-nos até aqui - a uma certa insignificância e divórcio...

Julio Carvalho

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Re: Antena 1
« Responder #6842 em: Fevereiro 04, 2025, 10:29:30 am »
A Smooth tem dois locutores e nem tem coloboradores.
Portanto um produto barata e a pouca publicidade é  cara dado ter um publico premium.
Acho que qualquer rádio deve ter músicas.em tempos normais  desde que bem selecionada.
E sim, a principal preocupação nao devem ser as audiências.
Isso cria pressão desnecessaria que pode prejudicar o produto.
« Última modificação: Fevereiro 04, 2025, 10:32:44 am por Julio Carvalho »

tuscano332

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Re: Antena 1
« Responder #6843 em: Fevereiro 04, 2025, 10:37:52 am »

Caro AG,

Em 2010 a Antena 1 tinha 4,9 vs, 5,1 a TSF tinha 4,5 vs 3,7 e a RR (na altura com mais palavra) 8,6 vs 6,4 e agora a Observador com 1,5.

Fazendo um somatório entre 2010 e 2025 (último bareme), temos 18 vs 16,7.
Com tudo isto o que me apraz dizer é que se facto em 15 anos não se vislumbrou qualquer evolução positiva nas audiências das rádios não musicais, já muitas fórmulas e grelhas foram testadas e a situação até piorou. Como sabemos, uma rádio de informação/palavra obriga a grandes investimentos e pergunto eu qual o empresário que arriscaria desinteressadamente num investimento num projecto deste tipo? Quando se fala na CMR, importa referir que aquilo é um produto muito específico que importa e faz emissao simultanea de conteúdos da TV para a rádio, ao contrário do que vimos desde sempre com os mais reputados programas da rádio (ex TSF) a serem aproveitados pela TV.

Há um empresário: chama-se CAV. Esse tem obrigação de fazer um produto de exceção, sem ter de correr atrás de audiências. Por isso, defendo realmente que se acabe de vez com a música na Antena 1, exceto em programas específicos sobre esta e, excecionalmente, enquanto o Jorge Afonso tiver vontade, o Uma Noite em Forma de Assim.

Depois, há a questão de se confundir palavra com rúbricas comprimidas, ao estilo TSF, sai uma, entra outra. Assim, não dá!

O panorama ainda é mais aterrador se tirarmos a RR da equação, que é a mais musical das rádios com palavra (talvez melhor do que de palavra).

Inacreditavelmente, talvez ainda não tenham percebido, programadores e mercado, que o segredo pode não ser ter muita audiência, mas sim o captar os nichos que, efetivamente gastam dinheiro. Claramente não perceberam, basta ver o caso da Smooth FM, praticamente sem publicidade.
No actual panorama da rádio em Portugal, como já escrevi, a Antena1 não pode deixar de ter música sob pena de muito cantor português e até alguns estrangeiros(por exemplo a francesa Zaho de Sagazan que vai estar no Festival Paredes de Coura), não tocarem na Rádio em Portugal, nem puderem apresentar os seus novos trabalhos,  estou a repetir-me já tive esta discussão, já chega.

tuscano332

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Re: Antena 1
« Responder #6844 em: Fevereiro 04, 2025, 10:39:17 am »
A Smooth tem dois locutores e nem tem coloboradores.
Portanto um produto barata e a pouca publicidade é  cara dado ter um publico premium.
Acho que qualquer rádio deve ter músicas.em tempos normais  desde que bem selecionada.
E sim, a principal preocupação nao devem ser as audiências.
Isso cria pressão desnecessaria que pode prejudicar o produto.
A Smooth devia ter mais uma voz, em determinados horários faz falta.

pdnf

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Re: Antena 1
« Responder #6845 em: Fevereiro 04, 2025, 12:30:39 pm »

No actual panorama da rádio em Portugal, como já escrevi, a Antena1 não pode deixar de ter música sob pena de muito cantor português e até alguns estrangeiros(por exemplo a francesa Zaho de Sagazan que vai estar no Festival Paredes de Coura), não tocarem na Rádio em Portugal, nem puderem apresentar os seus novos trabalhos,  estou a repetir-me já tive esta discussão, já chega.

Enquanto continuarmos com esse modelo misto, não vamos a lado nenhum. A Antena 3 é uma rádio musical. Deve ter por alvo um público mais jovem, pode absorver perfeitamente essa função. Não há necessidade de ser a Antena 1 a fazê-lo. Quem vai a Festivais são, essencialmente os jovens até aos 35/40 anos. Diria que não é descabido teres um produto para jovens (não para adolescentes) que possa absorver essa necessidade de serviço público. Seria, a meu ver, até melhor que ser a Antena 1 a fazê-lo.
Rádio é:
Ir ao fim da Rua, a ligar Portugal, aconteça o que acontecer.
Mais música nova para sentir (e decidir).
Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
É a arte que toca, mais do que música...PESSOAS. Ah, and all that "unique" soul.

Atento

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Re: Antena 1
« Responder #6846 em: Fevereiro 04, 2025, 04:25:33 pm »
Entrevista ao selecionar de Andebol

https://www.rtp.pt/play/p13910/e827356/ponto-central

tuscano332

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Re: Antena 1
« Responder #6847 em: Fevereiro 04, 2025, 05:46:40 pm »

No actual panorama da rádio em Portugal, como já escrevi, a Antena1 não pode deixar de ter música sob pena de muito cantor português e até alguns estrangeiros(por exemplo a francesa Zaho de Sagazan que vai estar no Festival Paredes de Coura), não tocarem na Rádio em Portugal, nem puderem apresentar os seus novos trabalhos,  estou a repetir-me já tive esta discussão, já chega.

Enquanto continuarmos com esse modelo misto, não vamos a lado nenhum. A Antena 3 é uma rádio musical. Deve ter por alvo um público mais jovem, pode absorver perfeitamente essa função. Não há necessidade de ser a Antena 1 a fazê-lo. Quem vai a Festivais são, essencialmente os jovens até aos 35/40 anos. Diria que não é descabido teres um produto para jovens (não para adolescentes) que possa absorver essa necessidade de serviço público. Seria, a meu ver, até melhor que ser a Antena 1 a fazê-lo.
Achas que fica bem na actual Antena3 último álbum da fadista Teresinha Landeiro, ou a pareceria entre o Júlio Pereira e a Marisa Liz, etc etc, a mim parece-me que não,. Tinha era de se criar uma outra radio a nível nacional, para abarcar estas musicas que não cabem na 3 , mas como isso não vai  acontecer nos próximos tempos e mesmo não sendo o ideal, tem de se continuar assim.

Atento

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Re: Antena 1
« Responder #6848 em: Fevereiro 04, 2025, 05:50:23 pm »

No actual panorama da rádio em Portugal, como já escrevi, a Antena1 não pode deixar de ter música sob pena de muito cantor português e até alguns estrangeiros(por exemplo a francesa Zaho de Sagazan que vai estar no Festival Paredes de Coura), não tocarem na Rádio em Portugal, nem puderem apresentar os seus novos trabalhos,  estou a repetir-me já tive esta discussão, já chega.

Enquanto continuarmos com esse modelo misto, não vamos a lado nenhum. A Antena 3 é uma rádio musical. Deve ter por alvo um público mais jovem, pode absorver perfeitamente essa função. Não há necessidade de ser a Antena 1 a fazê-lo. Quem vai a Festivais são, essencialmente os jovens até aos 35/40 anos. Diria que não é descabido teres um produto para jovens (não para adolescentes) que possa absorver essa necessidade de serviço público. Seria, a meu ver, até melhor que ser a Antena 1 a fazê-lo.
Achas que fica bem na actual Antena3 último álbum da fadista Teresinha Landeiro, ou a pareceria entre o Júlio Pereira e a Marisa Liz, etc etc, a mim parece-me que não,. Tinha era de se criar uma outra radio a nível nacional, para abarcar estas musicas que não cabem na 3 , mas como isso não vai  acontecer nos próximos tempos e mesmo não sendo o ideal, tem de se continuar assim.

A Administração da RTP tem carta branca para criar e encerrar canais, sempre que quiser,  de acordo com membros do governo.

Ouvi por a+b com os meus ouvidos,  tendo o ministro Pedro Duarte in loco...

Pedro Duarte que deixará de ser ministro a breve prazo.
« Última modificação: Fevereiro 04, 2025, 05:56:10 pm por Atento »

tuscano332

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Re: Antena 1
« Responder #6849 em: Fevereiro 04, 2025, 05:59:21 pm »

No actual panorama da rádio em Portugal, como já escrevi, a Antena1 não pode deixar de ter música sob pena de muito cantor português e até alguns estrangeiros(por exemplo a francesa Zaho de Sagazan que vai estar no Festival Paredes de Coura), não tocarem na Rádio em Portugal, nem puderem apresentar os seus novos trabalhos,  estou a repetir-me já tive esta discussão, já chega.

Enquanto continuarmos com esse modelo misto, não vamos a lado nenhum. A Antena 3 é uma rádio musical. Deve ter por alvo um público mais jovem, pode absorver perfeitamente essa função. Não há necessidade de ser a Antena 1 a fazê-lo. Quem vai a Festivais são, essencialmente os jovens até aos 35/40 anos. Diria que não é descabido teres um produto para jovens (não para adolescentes) que possa absorver essa necessidade de serviço público. Seria, a meu ver, até melhor que ser a Antena 1 a fazê-lo.
Achas que fica bem na actual Antena3 último álbum da fadista Teresinha Landeiro, ou a pareceria entre o Júlio Pereira e a Marisa Liz, etc etc, a mim parece-me que não,. Tinha era de se criar uma outra radio a nível nacional, para abarcar estas musicas que não cabem na 3 , mas como isso não vai  acontecer nos próximos tempos e mesmo não sendo o ideal, tem de se continuar assim.

A Administração da RTP tem carta branca para criar e encerrar canais, sempre que quiser,  de acordo com membros do governo.

Ouviu por a+b com os meus ouvidos,  tendo o ministro Pedro Duarte in loco...

Pedro Duarte que deixará de ser ministro a breve prazo.
Tem, mas é preciso haver vontade, contratar mais pessoal e a radio teria de estar no FM, em todo o Portugal, só pela net não vale a pena. Com orçamento actual, duvido que dê para isso.

SamM

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Re: Antena 1
« Responder #6850 em: Fevereiro 04, 2025, 08:23:40 pm »
O que o Tuscano332 escreve é certeiro. Não há como justificar o contrário. Ter mais de 2 rádios de informação e uma todo o terreno como a Antena 1 é o suficiente para a expectativa.de audiência. A Observador mesmo com bons conteúdos e um reforço da rede emissora não cresce como se esperaria. Podemos argumentar os podcast mas nos períodos de maior audiência as rádios musicais têm imensamente mais projecção mediática e arrecadam o bolo publicitário. Convém também referir que o projecto da Observador só subsiste com este nível de investimento porque os investidores insistem em injetar dinheiro sem fim. O que se vê é o.mercado das rádios de notícias estar a ser cada vez mais ocupado pelas TVs.
Eu até vejo o aparecimento das rádios a formatos mais de palavra, como o Observador e a CMR. Aliás, mesmo nas rádios musicais "fala-se" mais do que há uns 20 anos, especialmente nas manhãs, justamente os horários com mais audiência - e o consumo de rádio tem vindo, julgo eu, a crescer. Mesmo as rádios com mais palavra, como a Antena 1 e a TSF tem vindo a manter a sua audiência. Há 15 anos dar-te-ia mais razão, agora nem tanto.

De resto, mantendo-me no tópico é rídiculo a Antena 1 ter situações recorrentes como a de hoje em que teve uma hora de música a metro "enfiada" no meio da Tarde Desportiva. O serviço público de rádio tem de fazer a diferença e ter das 15-23 horas um espaço dedicado ao desporto em direto.

Caro AG,

Em 2010 a Antena 1 tinha 4,9 vs, 5,1 a TSF tinha 4,5 vs 3,7 e a RR (na altura com mais palavra) 8,6 vs 6,4 e agora a Observador com 1,5.

Fazendo um somatório entre 2010 e 2025 (último bareme), temos 18 vs 16,7.
Com tudo isto o que me apraz dizer é que se facto em 15 anos não se vislumbrou qualquer evolução positiva nas audiências das rádios não musicais, já muitas fórmulas e grelhas foram testadas e a situação até piorou. Como sabemos, uma rádio de informação/palavra obriga a grandes investimentos e pergunto eu qual o empresário que arriscaria desinteressadamente num investimento num projecto deste tipo? Quando se fala na CMR, importa referir que aquilo é um produto muito específico que importa e faz emissao simultanea de conteúdos da TV para a rádio, ao contrário do que vimos desde sempre com os mais reputados programas da rádio (ex TSF) a serem aproveitados pela TV.


Em Portugal nunca houve um projeto de rádio de palavra bem estruturado.

Houve espaços de palavra que se enquadravam minimamente...


A Antena1 na altura, como foi por aqui dito, por vezes, tinha rubricas de palavra que entravam a martelo...

Recordar o suplício que era a tarde com Paulo Rocha - rubricas a martelo, trânsito com Gaspar Loureiro ou Dinis Nazaré,  ou Milena Jerónimo, informação horária a cada 2 minutos, estado do tempo, temperaturas...

Havia palavra...

Conteúdo relevante ZEROOOOOOOOOO

Se a Observador, reconhecidamente uma rádio de palavra, com bastante apoio através do site de notícias, cobrindo talvez mais de 70% a 80% da população portuguesa através do FM não consegue chegar aos 2%, pergunto eu, de que rádio de palavra fala, para percebermos como chegará a um AAV de dois dígitos...

Atento

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Re: Antena 1
« Responder #6851 em: Fevereiro 04, 2025, 09:52:02 pm »
O que o Tuscano332 escreve é certeiro. Não há como justificar o contrário. Ter mais de 2 rádios de informação e uma todo o terreno como a Antena 1 é o suficiente para a expectativa.de audiência. A Observador mesmo com bons conteúdos e um reforço da rede emissora não cresce como se esperaria. Podemos argumentar os podcast mas nos períodos de maior audiência as rádios musicais têm imensamente mais projecção mediática e arrecadam o bolo publicitário. Convém também referir que o projecto da Observador só subsiste com este nível de investimento porque os investidores insistem em injetar dinheiro sem fim. O que se vê é o.mercado das rádios de notícias estar a ser cada vez mais ocupado pelas TVs.
Eu até vejo o aparecimento das rádios a formatos mais de palavra, como o Observador e a CMR. Aliás, mesmo nas rádios musicais "fala-se" mais do que há uns 20 anos, especialmente nas manhãs, justamente os horários com mais audiência - e o consumo de rádio tem vindo, julgo eu, a crescer. Mesmo as rádios com mais palavra, como a Antena 1 e a TSF tem vindo a manter a sua audiência. Há 15 anos dar-te-ia mais razão, agora nem tanto.

De resto, mantendo-me no tópico é rídiculo a Antena 1 ter situações recorrentes como a de hoje em que teve uma hora de música a metro "enfiada" no meio da Tarde Desportiva. O serviço público de rádio tem de fazer a diferença e ter das 15-23 horas um espaço dedicado ao desporto em direto.

Caro AG,

Em 2010 a Antena 1 tinha 4,9 vs, 5,1 a TSF tinha 4,5 vs 3,7 e a RR (na altura com mais palavra) 8,6 vs 6,4 e agora a Observador com 1,5.

Fazendo um somatório entre 2010 e 2025 (último bareme), temos 18 vs 16,7.
Com tudo isto o que me apraz dizer é que se facto em 15 anos não se vislumbrou qualquer evolução positiva nas audiências das rádios não musicais, já muitas fórmulas e grelhas foram testadas e a situação até piorou. Como sabemos, uma rádio de informação/palavra obriga a grandes investimentos e pergunto eu qual o empresário que arriscaria desinteressadamente num investimento num projecto deste tipo? Quando se fala na CMR, importa referir que aquilo é um produto muito específico que importa e faz emissao simultanea de conteúdos da TV para a rádio, ao contrário do que vimos desde sempre com os mais reputados programas da rádio (ex TSF) a serem aproveitados pela TV.


Em Portugal nunca houve um projeto de rádio de palavra bem estruturado.

Houve espaços de palavra que se enquadravam minimamente...


A Antena1 na altura, como foi por aqui dito, por vezes, tinha rubricas de palavra que entravam a martelo...

Recordar o suplício que era a tarde com Paulo Rocha - rubricas a martelo, trânsito com Gaspar Loureiro ou Dinis Nazaré,  ou Milena Jerónimo, informação horária a cada 2 minutos, estado do tempo, temperaturas...

Havia palavra...

Conteúdo relevante ZEROOOOOOOOOO

Se a Observador, reconhecidamente uma rádio de palavra, com bastante apoio através do site de notícias, cobrindo talvez mais de 70% a 80% da população portuguesa através do FM não consegue chegar aos 2%, pergunto eu, de que rádio de palavra fala, para percebermos como chegará a um AAV de dois dígitos...

Conhece as rádios europeias de palavra ou fala por falar?

Nem sequer há comparação a começar pelas repetições "ad nauseam" em período diurno...

Cabe na cabeça de alguém ter uma tarde como a da Observador?

E a noite e a madrugada?


SamM

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Re: Antena 1
« Responder #6852 em: Fevereiro 04, 2025, 09:57:14 pm »
O que o Tuscano332 escreve é certeiro. Não há como justificar o contrário. Ter mais de 2 rádios de informação e uma todo o terreno como a Antena 1 é o suficiente para a expectativa.de audiência. A Observador mesmo com bons conteúdos e um reforço da rede emissora não cresce como se esperaria. Podemos argumentar os podcast mas nos períodos de maior audiência as rádios musicais têm imensamente mais projecção mediática e arrecadam o bolo publicitário. Convém também referir que o projecto da Observador só subsiste com este nível de investimento porque os investidores insistem em injetar dinheiro sem fim. O que se vê é o.mercado das rádios de notícias estar a ser cada vez mais ocupado pelas TVs.
Eu até vejo o aparecimento das rádios a formatos mais de palavra, como o Observador e a CMR. Aliás, mesmo nas rádios musicais "fala-se" mais do que há uns 20 anos, especialmente nas manhãs, justamente os horários com mais audiência - e o consumo de rádio tem vindo, julgo eu, a crescer. Mesmo as rádios com mais palavra, como a Antena 1 e a TSF tem vindo a manter a sua audiência. Há 15 anos dar-te-ia mais razão, agora nem tanto.

De resto, mantendo-me no tópico é rídiculo a Antena 1 ter situações recorrentes como a de hoje em que teve uma hora de música a metro "enfiada" no meio da Tarde Desportiva. O serviço público de rádio tem de fazer a diferença e ter das 15-23 horas um espaço dedicado ao desporto em direto.

Caro AG,

Em 2010 a Antena 1 tinha 4,9 vs, 5,1 a TSF tinha 4,5 vs 3,7 e a RR (na altura com mais palavra) 8,6 vs 6,4 e agora a Observador com 1,5.

Fazendo um somatório entre 2010 e 2025 (último bareme), temos 18 vs 16,7.
Com tudo isto o que me apraz dizer é que se facto em 15 anos não se vislumbrou qualquer evolução positiva nas audiências das rádios não musicais, já muitas fórmulas e grelhas foram testadas e a situação até piorou. Como sabemos, uma rádio de informação/palavra obriga a grandes investimentos e pergunto eu qual o empresário que arriscaria desinteressadamente num investimento num projecto deste tipo? Quando se fala na CMR, importa referir que aquilo é um produto muito específico que importa e faz emissao simultanea de conteúdos da TV para a rádio, ao contrário do que vimos desde sempre com os mais reputados programas da rádio (ex TSF) a serem aproveitados pela TV.


Em Portugal nunca houve um projeto de rádio de palavra bem estruturado.

Houve espaços de palavra que se enquadravam minimamente...


A Antena1 na altura, como foi por aqui dito, por vezes, tinha rubricas de palavra que entravam a martelo...

Recordar o suplício que era a tarde com Paulo Rocha - rubricas a martelo, trânsito com Gaspar Loureiro ou Dinis Nazaré,  ou Milena Jerónimo, informação horária a cada 2 minutos, estado do tempo, temperaturas...

Havia palavra...

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Se a Observador, reconhecidamente uma rádio de palavra, com bastante apoio através do site de notícias, cobrindo talvez mais de 70% a 80% da população portuguesa através do FM não consegue chegar aos 2%, pergunto eu, de que rádio de palavra fala, para percebermos como chegará a um AAV de dois dígitos...

Conhece as rádios europeias de palavra ou fala por falar?

Nem sequer há comparação a começar pelas repetições "ad nauseam" em período diurno...

Cabe na cabeça de alguém ter uma tarde como a da Observador?

E a noite e a madrugada?

Como é que ninguém o contrata para resolver esse problema, visto que este forum é assistido por muita gente importante da rádio em Portugal?

LOL
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Re: Antena 1
« Responder #6853 em: Fevereiro 04, 2025, 10:04:02 pm »
O que o Tuscano332 escreve é certeiro. Não há como justificar o contrário. Ter mais de 2 rádios de informação e uma todo o terreno como a Antena 1 é o suficiente para a expectativa.de audiência. A Observador mesmo com bons conteúdos e um reforço da rede emissora não cresce como se esperaria. Podemos argumentar os podcast mas nos períodos de maior audiência as rádios musicais têm imensamente mais projecção mediática e arrecadam o bolo publicitário. Convém também referir que o projecto da Observador só subsiste com este nível de investimento porque os investidores insistem em injetar dinheiro sem fim. O que se vê é o.mercado das rádios de notícias estar a ser cada vez mais ocupado pelas TVs.
Eu até vejo o aparecimento das rádios a formatos mais de palavra, como o Observador e a CMR. Aliás, mesmo nas rádios musicais "fala-se" mais do que há uns 20 anos, especialmente nas manhãs, justamente os horários com mais audiência - e o consumo de rádio tem vindo, julgo eu, a crescer. Mesmo as rádios com mais palavra, como a Antena 1 e a TSF tem vindo a manter a sua audiência. Há 15 anos dar-te-ia mais razão, agora nem tanto.

De resto, mantendo-me no tópico é rídiculo a Antena 1 ter situações recorrentes como a de hoje em que teve uma hora de música a metro "enfiada" no meio da Tarde Desportiva. O serviço público de rádio tem de fazer a diferença e ter das 15-23 horas um espaço dedicado ao desporto em direto.

Caro AG,

Em 2010 a Antena 1 tinha 4,9 vs, 5,1 a TSF tinha 4,5 vs 3,7 e a RR (na altura com mais palavra) 8,6 vs 6,4 e agora a Observador com 1,5.

Fazendo um somatório entre 2010 e 2025 (último bareme), temos 18 vs 16,7.
Com tudo isto o que me apraz dizer é que se facto em 15 anos não se vislumbrou qualquer evolução positiva nas audiências das rádios não musicais, já muitas fórmulas e grelhas foram testadas e a situação até piorou. Como sabemos, uma rádio de informação/palavra obriga a grandes investimentos e pergunto eu qual o empresário que arriscaria desinteressadamente num investimento num projecto deste tipo? Quando se fala na CMR, importa referir que aquilo é um produto muito específico que importa e faz emissao simultanea de conteúdos da TV para a rádio, ao contrário do que vimos desde sempre com os mais reputados programas da rádio (ex TSF) a serem aproveitados pela TV.


Em Portugal nunca houve um projeto de rádio de palavra bem estruturado.

Houve espaços de palavra que se enquadravam minimamente...


A Antena1 na altura, como foi por aqui dito, por vezes, tinha rubricas de palavra que entravam a martelo...

Recordar o suplício que era a tarde com Paulo Rocha - rubricas a martelo, trânsito com Gaspar Loureiro ou Dinis Nazaré,  ou Milena Jerónimo, informação horária a cada 2 minutos, estado do tempo, temperaturas...

Havia palavra...

Conteúdo relevante ZEROOOOOOOOOO

Se a Observador, reconhecidamente uma rádio de palavra, com bastante apoio através do site de notícias, cobrindo talvez mais de 70% a 80% da população portuguesa através do FM não consegue chegar aos 2%, pergunto eu, de que rádio de palavra fala, para percebermos como chegará a um AAV de dois dígitos...

Conhece as rádios europeias de palavra ou fala por falar?

Nem sequer há comparação a começar pelas repetições "ad nauseam" em período diurno...

Cabe na cabeça de alguém ter uma tarde como a da Observador?

E a noite e a madrugada?

Como é que ninguém o contrata para resolver esse problema, visto que este forum é assistido por muita gente importante da rádio em Portugal?

LOL
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LOL

Não  estou interessado.

Não trabalho no meio.

Se alguém precisar de ajuda, posso ajudar gratuitamente.

ruicleto

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Re: Antena 1
« Responder #6854 em: Fevereiro 06, 2025, 12:02:57 pm »
Ontem de manhã na Antena 1 - emissor Viseu 88,2MHz com cortes na emissão. Sabendo que os técnicos não têm vida fácil, refiro apenas  que estes cortes inviabilizam a escuta e de quando em quando ocorrem...