Autor Tópico: Antena 1  (Lida 977842 vezes)

AG

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Re: Antena 1
« Responder #6825 em: Fevereiro 03, 2025, 12:10:12 am »
O que o Tuscano332 escreve é certeiro. Não há como justificar o contrário. Ter mais de 2 rádios de informação e uma todo o terreno como a Antena 1 é o suficiente para a expectativa.de audiência. A Observador mesmo com bons conteúdos e um reforço da rede emissora não cresce como se esperaria. Podemos argumentar os podcast mas nos períodos de maior audiência as rádios musicais têm imensamente mais projecção mediática e arrecadam o bolo publicitário. Convém também referir que o projecto da Observador só subsiste com este nível de investimento porque os investidores insistem em injetar dinheiro sem fim. O que se vê é o.mercado das rádios de notícias estar a ser cada vez mais ocupado pelas TVs.
Eu até vejo o aparecimento das rádios a formatos mais de palavra, como o Observador e a CMR. Aliás, mesmo nas rádios musicais "fala-se" mais do que há uns 20 anos, especialmente nas manhãs, justamente os horários com mais audiência - e o consumo de rádio tem vindo, julgo eu, a crescer. Mesmo as rádios com mais palavra, como a Antena 1 e a TSF tem vindo a manter a sua audiência. Há 15 anos dar-te-ia mais razão, agora nem tanto.

De resto, mantendo-me no tópico é rídiculo a Antena 1 ter situações recorrentes como a de hoje em que teve uma hora de música a metro "enfiada" no meio da Tarde Desportiva. O serviço público de rádio tem de fazer a diferença e ter das 15-23 horas um espaço dedicado ao desporto em direto.

Memorias da Radio

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Re: Antena 1
« Responder #6826 em: Fevereiro 03, 2025, 12:45:55 am »
Isto para mim resume-se a contas simples, quase de merceeiro:

70% da audiência na rádio portuguesa faz-se entre as 07 e as 10h e entre as 17 e as 20h (mais hora, menos hora, por aqui). O corpo do dia, 10-17, faz audiência de talvez uns 15%; o período das 22 às 01h faz 10%;  os períodos 20-22 e 01-07h vão buscar os restantes 5% juntos.

É uma tendência amplamente conhecida. Não sou eu que digo isto, são os manuais de Marketing e os estudos sobre a rádio em Portugal

Portanto, ter espaços de desporto que vão das 15 às 23h não tem, na minha opinião, grande razão de ser e é simplesmente demasiado longo para qualquer pessoa sana acompanhar quando a escuta média de rádio é o período de um jogo de futebol + intervalos + pré/pós-match (2 horas +- em média). Ninguém vai acompanhar 8 horas seguidas de desporto sem imagem em 2025. Mesmo na televisão a SportTV fica muito a fazer figura de corpo presente em vários momentos nos cafés e em todo o lado.

Faz sentido acompanhar jogos importantes às 19h45 que se estendam até ali às 21h30 e encerrar a coisa às 22h ou fazer como a Antena 1 faz/fazia, que era um fórum de ouvintes na ultima hora, que não era interessante mas valia pelo entretenimento.

Faz sentido acompanhar jogos às 17h? Nem sempre, depende.

Faz sentido começar uma emissão de desporto às 15h e mais a mais por sistema? Nem por sombras, a não ser que se venha trazer relato de modalidades que não está em mais lado nenhum e que faz serviço público.

Faz sentido fazer isso tudo seguido em antena, dois dias seguidos por semana e precisamente no período de maior descanso das pessoas? Nem pensar. É massudo. É massivo e as pessoas têm mais em que pensar que 8 horas de desporto.

Com base a isto, quem planeia e quem gere tem que ter cabeça e gerir.

O problema da Antena 1 não é a falta de 16 horas de desporto por semana fora as que não ficam emitidas durante a semana pelas competições europeias ou portuguesas. É a desorganização do alinhamento de alguns recursos humanos; é a inconsistência no acompanhamento de competições fora dos escalões principais; é também um problema externo a ela própria, que é a péssima organização de horários da Liga e o próprio afunilamento da Liga; é sobretudo a resposta e o "digestivo" a não haver desporto na rádio ser música a metro e a quilómetro apenas (boa, não se retira), em vez de haver programas de entretenimento de grande alcance que fossem encaixados no horário, como o Máquina do Tempo, o Gramofone ou o Velhos Amigos.

Mas daí a serem 16 horas por semana, todas as semanas com desporto... a Antena 1 não é a SportTV FM. É uma rádio generalista. Ocupar grande parte da emissão com desporto é tudo menos equilibrado.

Achar que cuspe, cola, um preguinho e uma tabuinha vão resolver todos os males da Antena 1 é afundá-la e não promovê-la.

Ando em fóruns vai para 16 anos e é sempre o mesmo discurso e a mesma narrativa, há 16 anos. Já cansa. Talvez para quem a promove (sempre a mesma pessoa, já agora) já fosse altura de perceber que as coisas não vão mudar, por muito que escreva a insistir nos "serviços públicos da Europa".

E olhem que eu pagava o triplo para termos mais RTP.
« Última modificação: Fevereiro 03, 2025, 12:52:08 am por Memorias da Radio »

Atento

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Re: Antena 1
« Responder #6827 em: Fevereiro 03, 2025, 03:06:30 am »
Isto para mim resume-se a contas simples, quase de merceeiro:

70% da audiência na rádio portuguesa faz-se entre as 07 e as 10h e entre as 17 e as 20h (mais hora, menos hora, por aqui). O corpo do dia, 10-17, faz audiência de talvez uns 15%; o período das 22 às 01h faz 10%;  os períodos 20-22 e 01-07h vão buscar os restantes 5% juntos.

É uma tendência amplamente conhecida. Não sou eu que digo isto, são os manuais de Marketing e os estudos sobre a rádio em Portugal

Portanto, ter espaços de desporto que vão das 15 às 23h não tem, na minha opinião, grande razão de ser e é simplesmente demasiado longo para qualquer pessoa sana acompanhar quando a escuta média de rádio é o período de um jogo de futebol + intervalos + pré/pós-match (2 horas +- em média). Ninguém vai acompanhar 8 horas seguidas de desporto sem imagem em 2025. Mesmo na televisão a SportTV fica muito a fazer figura de corpo presente em vários momentos nos cafés e em todo o lado.

Faz sentido acompanhar jogos importantes às 19h45 que se estendam até ali às 21h30 e encerrar a coisa às 22h ou fazer como a Antena 1 faz/fazia, que era um fórum de ouvintes na ultima hora, que não era interessante mas valia pelo entretenimento.

Faz sentido acompanhar jogos às 17h? Nem sempre, depende.

Faz sentido começar uma emissão de desporto às 15h e mais a mais por sistema? Nem por sombras, a não ser que se venha trazer relato de modalidades que não está em mais lado nenhum e que faz serviço público.

Faz sentido fazer isso tudo seguido em antena, dois dias seguidos por semana e precisamente no período de maior descanso das pessoas? Nem pensar. É massudo. É massivo e as pessoas têm mais em que pensar que 8 horas de desporto.

Com base a isto, quem planeia e quem gere tem que ter cabeça e gerir.

O problema da Antena 1 não é a falta de 16 horas de desporto por semana fora as que não ficam emitidas durante a semana pelas competições europeias ou portuguesas. É a desorganização do alinhamento de alguns recursos humanos; é a inconsistência no acompanhamento de competições fora dos escalões principais; é também um problema externo a ela própria, que é a péssima organização de horários da Liga e o próprio afunilamento da Liga; é sobretudo a resposta e o "digestivo" a não haver desporto na rádio ser música a metro e a quilómetro apenas (boa, não se retira), em vez de haver programas de entretenimento de grande alcance que fossem encaixados no horário, como o Máquina do Tempo, o Gramofone ou o Velhos Amigos.

Mas daí a serem 16 horas por semana, todas as semanas com desporto... a Antena 1 não é a SportTV FM. É uma rádio generalista. Ocupar grande parte da emissão com desporto é tudo menos equilibrado.

Achar que cuspe, cola, um preguinho e uma tabuinha vão resolver todos os males da Antena 1 é afundá-la e não promovê-la.

Ando em fóruns vai para 16 anos e é sempre o mesmo discurso e a mesma narrativa, há 16 anos. Já cansa. Talvez para quem a promove (sempre a mesma pessoa, já agora) já fosse altura de perceber que as coisas não vão mudar, por muito que escreva a insistir nos "serviços públicos da Europa".

E olhem que eu pagava o triplo para termos mais RTP.

É tudo "massudo" em Portugal.  Só não é a música a metro. Isso é sempre top.

A esmagadora naioria dos serviços públicos europeus tem esse tempo desicado ao desporto; há ainda alguns serviços públicos que têm canais de âmbito nacional dedicados ao desporto...

Ora bolas...

Mais meia hora de música sem interrupção!


Atento

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Re: Antena 1
« Responder #6828 em: Fevereiro 03, 2025, 03:25:04 am »
Isto para mim resume-se a contas simples, quase de merceeiro:

70% da audiência na rádio portuguesa faz-se entre as 07 e as 10h e entre as 17 e as 20h (mais hora, menos hora, por aqui). O corpo do dia, 10-17, faz audiência de talvez uns 15%; o período das 22 às 01h faz 10%;  os períodos 20-22 e 01-07h vão buscar os restantes 5% juntos.

É uma tendência amplamente conhecida. Não sou eu que digo isto, são os manuais de Marketing e os estudos sobre a rádio em Portugal

Portanto, ter espaços de desporto que vão das 15 às 23h não tem, na minha opinião, grande razão de ser e é simplesmente demasiado longo para qualquer pessoa sana acompanhar quando a escuta média de rádio é o período de um jogo de futebol + intervalos + pré/pós-match (2 horas +- em média). Ninguém vai acompanhar 8 horas seguidas de desporto sem imagem em 2025. Mesmo na televisão a SportTV fica muito a fazer figura de corpo presente em vários momentos nos cafés e em todo o lado.

Faz sentido acompanhar jogos importantes às 19h45 que se estendam até ali às 21h30 e encerrar a coisa às 22h ou fazer como a Antena 1 faz/fazia, que era um fórum de ouvintes na ultima hora, que não era interessante mas valia pelo entretenimento.

Faz sentido acompanhar jogos às 17h? Nem sempre, depende.

Faz sentido começar uma emissão de desporto às 15h e mais a mais por sistema? Nem por sombras, a não ser que se venha trazer relato de modalidades que não está em mais lado nenhum e que faz serviço público.

Faz sentido fazer isso tudo seguido em antena, dois dias seguidos por semana e precisamente no período de maior descanso das pessoas? Nem pensar. É massudo. É massivo e as pessoas têm mais em que pensar que 8 horas de desporto.

Com base a isto, quem planeia e quem gere tem que ter cabeça e gerir.

O problema da Antena 1 não é a falta de 16 horas de desporto por semana fora as que não ficam emitidas durante a semana pelas competições europeias ou portuguesas. É a desorganização do alinhamento de alguns recursos humanos; é a inconsistência no acompanhamento de competições fora dos escalões principais; é também um problema externo a ela própria, que é a péssima organização de horários da Liga e o próprio afunilamento da Liga; é sobretudo a resposta e o "digestivo" a não haver desporto na rádio ser música a metro e a quilómetro apenas (boa, não se retira), em vez de haver programas de entretenimento de grande alcance que fossem encaixados no horário, como o Máquina do Tempo, o Gramofone ou o Velhos Amigos.

Mas daí a serem 16 horas por semana, todas as semanas com desporto... a Antena 1 não é a SportTV FM. É uma rádio generalista. Ocupar grande parte da emissão com desporto é tudo menos equilibrado.

Achar que cuspe, cola, um preguinho e uma tabuinha vão resolver todos os males da Antena 1 é afundá-la e não promovê-la.

Ando em fóruns vai para 16 anos e é sempre o mesmo discurso e a mesma narrativa, há 16 anos. Já cansa. Talvez para quem a promove (sempre a mesma pessoa, já agora) já fosse altura de perceber que as coisas não vão mudar, por muito que escreva a insistir nos "serviços públicos da Europa".

E olhem que eu pagava o triplo para termos mais RTP.

É tudo "massudo" em Portugal.  Só não é a música a metro. Isso é sempre top.

A esmagadora naioria dos serviços públicos europeus tem esse tempo desicado ao desporto; há ainda alguns serviços públicos que têm canais de âmbito nacional dedicados ao desporto...

Ora bolas...

Mais meia hora de música sem interrupção!

É  tudo "massudo" em Portugal.  Só não é a música a metro. Isso é sempre top.

A esmagadora maioria dos serviços públicos europeus tem esse tempo dedicado ao desporto; há ainda alguns serviços públicos que têm canais de âmbito nacional dedicados ao desporto...

Ora bolas...

Mais meia hora de música sem interrupção!

Top
Top
Top

Os senhores da rádio adoram. Baratinho. Qualquer dia a IA até faz o trabalhinho do "papagaio" de turno...

Que chatice se as emissões de palavra/desporto tiverem êxito (em canal aberto nas tvs e não só têm cada vez mais adesão)...

Como é que os senhores da rádio tuga iriam sobreviver?

Há dias propus este excelente podcast para o horário da Cena do Ódio...
https://antena1.rtp.pt/podcast/isto-da-que-pensar/

Vieram logo dizer que não! Que horror! Ai que horror! (Já faz lembrar o Moedas). Ai tanta palavra!

Pois eu digo sem medo: este podcast merece o FM. Terá sucesso no FM. É uma lufada de ar fresco. Vai ao encontro daquilo que é feito pelos tais serviços públicos europeus que também dedicam as tais 16 horas ao desporto, durante o fim de semana...

Estudos de Marketing...

Estudos de rádio...

Lol

Nem sequer há um estudo bem arquitetado para medir as audiências...

Tudo escondidinho e com medinho de mostrar os resultados...

Compare os dados apresentados por cá com os estudos de audiência  dos países da Europa Civilizada...



« Última modificação: Fevereiro 03, 2025, 03:33:13 am por Atento »

Atento

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Re: Antena 1
« Responder #6829 em: Fevereiro 03, 2025, 04:35:51 am »
No seguimento do comentário anterior...

É evidente que as emissões exigem arte, engenho e conhecimento...

As emissões de palavra não são para qualquer um ou uma...

Um papagaio ainda se safa numa emissão de música a metro...

Já numa de palavra e em rigoroso direto...vai logo apanhar bonés...


Na rádio portuguesa, faltam comunicadores.

Papagaios abundam, que repetem mecanicamente uma piadola seca cronometrada ao segundo, uma informação de trânsito, socorrendo-se também da muleta do tempo e da informação horária...

Esta cultura enraizada,  vinda também do Estado Novo, associada ao atraso do país e aos senhores da rádio,  faz com que as rádios tendencialmente de palavra tenham mais dificuldade em Portugal...

No Estado Novo, havia músicas proibidas. Mas era mais fácil censurar as músicas do que programas de palavra...

Daí que a rádio portuguesa tivesse sido construída sempre à volta da musiquinha e do falso direto, na maior parte dos casos...

Às vezes lá apareciam programas disruptivos que abalaram/abalavam o sossego dessa radiozinha...

Programas que, na maior parte dos casos, tinham como grande força motriz a palavra.

Imagine-se que no final da década de 80 até houve uma rádio disruptiva que veio alterar o panorama vigente...

Senhores ouvintes...

Mais um fadinho...

E um rancho folclórico...

Lol

Tu aí não vás já embora...
Já a seguir tens 30 minutos de música sem interrupções...

Lol
Lol
Lol
« Última modificação: Fevereiro 03, 2025, 04:43:11 am por Atento »

pdnf

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Re: Antena 1
« Responder #6830 em: Fevereiro 03, 2025, 10:38:34 am »

Esta cultura enraizada,  vinda também do Estado Novo, associada ao atraso do país e aos senhores da rádio,  faz com que as rádios tendencialmente de palavra tenham mais dificuldade em Portugal...

No Estado Novo, havia músicas proibidas. Mas era mais fácil censurar as músicas do que programas de palavra...

Daí que a rádio portuguesa tivesse sido construída sempre à volta da musiquinha e do falso direto, na maior parte dos casos...

Às vezes lá apareciam programas disruptivos que abalaram/abalavam o sossego dessa radiozinha...

Programas que, na maior parte dos casos, tinham como grande força motriz a palavra.
Bom ponto. 50 anos não é assim tanto tempo para mudar hábitos muito enraizados. Além disso, com as TV's desportivas e de informação a esvaziarem a rádio, sobra pouco espaço para algo mais que não seja a música. Em todo o caso, diria que há música a mais. Por vezes, os animadores são "papagaios" e até dá pena, porque se vê que querem densificar uma ideia mas não conseguem, porque...acabou o.tempo.
Rádio é:
Ir ao fim da Rua, a ligar Portugal, aconteça o que acontecer.
Mais música nova para sentir (e decidir).
Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
É a arte que toca, mais do que música...PESSOAS. Ah, and all that "unique" soul.

nelsonsoares

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Re: Antena 1
« Responder #6831 em: Fevereiro 03, 2025, 10:57:39 am »
Hoje está tudo de folga no desporto a Norte.
Nem sequer a Antena 1 Madeira tem alguém no Chaves-Marítimo como é habitual, relato pela TV.
A Antena 1 Madeira, desde da época passada, que não tem ninguém nos jogos fora do Marítimo e do Nacional na Segunda Liga.
Ou seja, com este panorama, os jogos do Nacional (como atualmente está na Primeira Liga), seja em casa ou fora, têm um repórter no local a fazer os seus relatos, os jogos do Marítimo (que está na Segunda Liga), em casa têm repórter no local, fora fazem pela TV.

nelsonsoares

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Re: Antena 1
« Responder #6832 em: Fevereiro 03, 2025, 11:10:56 am »
Isto para mim resume-se a contas simples, quase de merceeiro:

70% da audiência na rádio portuguesa faz-se entre as 07 e as 10h e entre as 17 e as 20h (mais hora, menos hora, por aqui). O corpo do dia, 10-17, faz audiência de talvez uns 15%; o período das 22 às 01h faz 10%;  os períodos 20-22 e 01-07h vão buscar os restantes 5% juntos.

É uma tendência amplamente conhecida. Não sou eu que digo isto, são os manuais de Marketing e os estudos sobre a rádio em Portugal

Portanto, ter espaços de desporto que vão das 15 às 23h não tem, na minha opinião, grande razão de ser e é simplesmente demasiado longo para qualquer pessoa sana acompanhar quando a escuta média de rádio é o período de um jogo de futebol + intervalos + pré/pós-match (2 horas +- em média). Ninguém vai acompanhar 8 horas seguidas de desporto sem imagem em 2025. Mesmo na televisão a SportTV fica muito a fazer figura de corpo presente em vários momentos nos cafés e em todo o lado.

Faz sentido acompanhar jogos importantes às 19h45 que se estendam até ali às 21h30 e encerrar a coisa às 22h ou fazer como a Antena 1 faz/fazia, que era um fórum de ouvintes na ultima hora, que não era interessante mas valia pelo entretenimento.

Faz sentido acompanhar jogos às 17h? Nem sempre, depende.

Faz sentido começar uma emissão de desporto às 15h e mais a mais por sistema? Nem por sombras, a não ser que se venha trazer relato de modalidades que não está em mais lado nenhum e que faz serviço público.

Faz sentido fazer isso tudo seguido em antena, dois dias seguidos por semana e precisamente no período de maior descanso das pessoas? Nem pensar. É massudo. É massivo e as pessoas têm mais em que pensar que 8 horas de desporto.

Com base a isto, quem planeia e quem gere tem que ter cabeça e gerir.

O problema da Antena 1 não é a falta de 16 horas de desporto por semana fora as que não ficam emitidas durante a semana pelas competições europeias ou portuguesas. É a desorganização do alinhamento de alguns recursos humanos; é a inconsistência no acompanhamento de competições fora dos escalões principais; é também um problema externo a ela própria, que é a péssima organização de horários da Liga e o próprio afunilamento da Liga; é sobretudo a resposta e o "digestivo" a não haver desporto na rádio ser música a metro e a quilómetro apenas (boa, não se retira), em vez de haver programas de entretenimento de grande alcance que fossem encaixados no horário, como o Máquina do Tempo, o Gramofone ou o Velhos Amigos.

Mas daí a serem 16 horas por semana, todas as semanas com desporto... a Antena 1 não é a SportTV FM. É uma rádio generalista. Ocupar grande parte da emissão com desporto é tudo menos equilibrado.

Achar que cuspe, cola, um preguinho e uma tabuinha vão resolver todos os males da Antena 1 é afundá-la e não promovê-la.

Ando em fóruns vai para 16 anos e é sempre o mesmo discurso e a mesma narrativa, há 16 anos. Já cansa. Talvez para quem a promove (sempre a mesma pessoa, já agora) já fosse altura de perceber que as coisas não vão mudar, por muito que escreva a insistir nos "serviços públicos da Europa".

E olhem que eu pagava o triplo para termos mais RTP.
É massudo?
O público de rádio espanhol (não muito diferente do português), com 5 rádios nacionais com Tardes e Noites Desportivas ao Sábado e ao Domingo, mostra-nos o que é verdadeiramente massivo:
https://www.relevo.com/mas-deportes/tiempo-juego-cierra-2024-frente-20241210115946-nt.html

tuscano332

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Re: Antena 1
« Responder #6833 em: Fevereiro 03, 2025, 11:12:09 am »

Esta cultura enraizada,  vinda também do Estado Novo, associada ao atraso do país e aos senhores da rádio,  faz com que as rádios tendencialmente de palavra tenham mais dificuldade em Portugal...

No Estado Novo, havia músicas proibidas. Mas era mais fácil censurar as músicas do que programas de palavra...

Daí que a rádio portuguesa tivesse sido construída sempre à volta da musiquinha e do falso direto, na maior parte dos casos...

Às vezes lá apareciam programas disruptivos que abalaram/abalavam o sossego dessa radiozinha...

Programas que, na maior parte dos casos, tinham como grande força motriz a palavra.
Bom ponto. 50 anos não é assim tanto tempo para mudar hábitos muito enraizados. Além disso, com as TV's desportivas e de informação a esvaziarem a rádio, sobra pouco espaço para algo mais que não seja a música. Em todo o caso, diria que há música a mais. Por vezes, os animadores são "papagaios" e até dá pena, porque se vê que querem densificar uma ideia mas não conseguem, porque...acabou o.tempo.
Além de que passar por exemplo Don McLean - American Pie na integra, ou Billy Joel - Piano Man, ou a totalidade de algumas dos Pink Floyd, etc, está quieto são musicas muito extensas isso não pode ser, mas devia poder ser.

Pode tentar-se mudar o paradigma português e até tentar aproxima-lo um pouco do espanhol com mais palavra, mas até agora, não estou a ver que tal se consiga nos próximos tempos,  é o que eu já escrevi antes não passa dos 5% à anos e anos. É muitíssimo raro eu entrar num carro, que não seja o meu, e encontrar sintonizado a Antena1 ou a TSF, no caso de onde eu moro, pode ser triste, mas é o que eu encontro, nem em locais com rádio a tocar o dia todo, tipo o meu cabeleireiro isso acontece, neste caso uma vezes ele ouve a RFM, outras é Antena3, mas já existem cabeleireiros por aqui que nem sequer tem rádio, já têm a TV cabo todo o dia ligada, nem ouvem rádio.

tuscano332

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Re: Antena 1
« Responder #6834 em: Fevereiro 03, 2025, 11:16:34 am »
Isto para mim resume-se a contas simples, quase de merceeiro:

70% da audiência na rádio portuguesa faz-se entre as 07 e as 10h e entre as 17 e as 20h (mais hora, menos hora, por aqui). O corpo do dia, 10-17, faz audiência de talvez uns 15%; o período das 22 às 01h faz 10%;  os períodos 20-22 e 01-07h vão buscar os restantes 5% juntos.

É uma tendência amplamente conhecida. Não sou eu que digo isto, são os manuais de Marketing e os estudos sobre a rádio em Portugal

Portanto, ter espaços de desporto que vão das 15 às 23h não tem, na minha opinião, grande razão de ser e é simplesmente demasiado longo para qualquer pessoa sana acompanhar quando a escuta média de rádio é o período de um jogo de futebol + intervalos + pré/pós-match (2 horas +- em média). Ninguém vai acompanhar 8 horas seguidas de desporto sem imagem em 2025. Mesmo na televisão a SportTV fica muito a fazer figura de corpo presente em vários momentos nos cafés e em todo o lado.

Faz sentido acompanhar jogos importantes às 19h45 que se estendam até ali às 21h30 e encerrar a coisa às 22h ou fazer como a Antena 1 faz/fazia, que era um fórum de ouvintes na ultima hora, que não era interessante mas valia pelo entretenimento.

Faz sentido acompanhar jogos às 17h? Nem sempre, depende.

Faz sentido começar uma emissão de desporto às 15h e mais a mais por sistema? Nem por sombras, a não ser que se venha trazer relato de modalidades que não está em mais lado nenhum e que faz serviço público.

Faz sentido fazer isso tudo seguido em antena, dois dias seguidos por semana e precisamente no período de maior descanso das pessoas? Nem pensar. É massudo. É massivo e as pessoas têm mais em que pensar que 8 horas de desporto.

Com base a isto, quem planeia e quem gere tem que ter cabeça e gerir.

O problema da Antena 1 não é a falta de 16 horas de desporto por semana fora as que não ficam emitidas durante a semana pelas competições europeias ou portuguesas. É a desorganização do alinhamento de alguns recursos humanos; é a inconsistência no acompanhamento de competições fora dos escalões principais; é também um problema externo a ela própria, que é a péssima organização de horários da Liga e o próprio afunilamento da Liga; é sobretudo a resposta e o "digestivo" a não haver desporto na rádio ser música a metro e a quilómetro apenas (boa, não se retira), em vez de haver programas de entretenimento de grande alcance que fossem encaixados no horário, como o Máquina do Tempo, o Gramofone ou o Velhos Amigos.

Mas daí a serem 16 horas por semana, todas as semanas com desporto... a Antena 1 não é a SportTV FM. É uma rádio generalista. Ocupar grande parte da emissão com desporto é tudo menos equilibrado.

Achar que cuspe, cola, um preguinho e uma tabuinha vão resolver todos os males da Antena 1 é afundá-la e não promovê-la.

Ando em fóruns vai para 16 anos e é sempre o mesmo discurso e a mesma narrativa, há 16 anos. Já cansa. Talvez para quem a promove (sempre a mesma pessoa, já agora) já fosse altura de perceber que as coisas não vão mudar, por muito que escreva a insistir nos "serviços públicos da Europa".

E olhem que eu pagava o triplo para termos mais RTP.
É massudo?
O público de rádio espanhol (não muito diferente do português), com 5 rádios nacionais com Tardes e Noites Desportivas ao Sábado e ao Domingo, mostra-nos o que é verdadeiramente massivo:
https://www.relevo.com/mas-deportes/tiempo-juego-cierra-2024-frente-20241210115946-nt.html
Certo, mas é em Espanha aqui por mais que se tente não dá, já quando eu andava de autocarro em viagens longas ao Domingo, o condutor por vezes ia a ouvir a tarde desportiva e montes de passageiros iam com phones metidos, para não ter de ouvir os relatos, especialmente quando não era um dos 3 grandes que estava a jogar.
« Última modificação: Fevereiro 03, 2025, 11:18:46 am por tuscano332 »

SamM

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Re: Antena 1
« Responder #6835 em: Fevereiro 03, 2025, 11:36:37 pm »
O que o Tuscano332 escreve é certeiro. Não há como justificar o contrário. Ter mais de 2 rádios de informação e uma todo o terreno como a Antena 1 é o suficiente para a expectativa.de audiência. A Observador mesmo com bons conteúdos e um reforço da rede emissora não cresce como se esperaria. Podemos argumentar os podcast mas nos períodos de maior audiência as rádios musicais têm imensamente mais projecção mediática e arrecadam o bolo publicitário. Convém também referir que o projecto da Observador só subsiste com este nível de investimento porque os investidores insistem em injetar dinheiro sem fim. O que se vê é o.mercado das rádios de notícias estar a ser cada vez mais ocupado pelas TVs.
Eu até vejo o aparecimento das rádios a formatos mais de palavra, como o Observador e a CMR. Aliás, mesmo nas rádios musicais "fala-se" mais do que há uns 20 anos, especialmente nas manhãs, justamente os horários com mais audiência - e o consumo de rádio tem vindo, julgo eu, a crescer. Mesmo as rádios com mais palavra, como a Antena 1 e a TSF tem vindo a manter a sua audiência. Há 15 anos dar-te-ia mais razão, agora nem tanto.

De resto, mantendo-me no tópico é rídiculo a Antena 1 ter situações recorrentes como a de hoje em que teve uma hora de música a metro "enfiada" no meio da Tarde Desportiva. O serviço público de rádio tem de fazer a diferença e ter das 15-23 horas um espaço dedicado ao desporto em direto.

Caro AG,

Em 2010 a Antena 1 tinha 4,9 vs, 5,1 a TSF tinha 4,5 vs 3,7 e a RR (na altura com mais palavra) 8,6 vs 6,4 e agora a Observador com 1,5.

Fazendo um somatório entre 2010 e 2025 (último bareme), temos 18 vs 16,7.
Com tudo isto o que me apraz dizer é que se facto em 15 anos não se vislumbrou qualquer evolução positiva nas audiências das rádios não musicais, já muitas fórmulas e grelhas foram testadas e a situação até piorou. Como sabemos, uma rádio de informação/palavra obriga a grandes investimentos e pergunto eu qual o empresário que arriscaria desinteressadamente num investimento num projecto deste tipo? Quando se fala na CMR, importa referir que aquilo é um produto muito específico que importa e faz emissao simultanea de conteúdos da TV para a rádio, ao contrário do que vimos desde sempre com os mais reputados programas da rádio (ex TSF) a serem aproveitados pela TV.

Atento

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Re: Antena 1
« Responder #6836 em: Fevereiro 04, 2025, 06:04:17 am »
O que o Tuscano332 escreve é certeiro. Não há como justificar o contrário. Ter mais de 2 rádios de informação e uma todo o terreno como a Antena 1 é o suficiente para a expectativa.de audiência. A Observador mesmo com bons conteúdos e um reforço da rede emissora não cresce como se esperaria. Podemos argumentar os podcast mas nos períodos de maior audiência as rádios musicais têm imensamente mais projecção mediática e arrecadam o bolo publicitário. Convém também referir que o projecto da Observador só subsiste com este nível de investimento porque os investidores insistem em injetar dinheiro sem fim. O que se vê é o.mercado das rádios de notícias estar a ser cada vez mais ocupado pelas TVs.
Eu até vejo o aparecimento das rádios a formatos mais de palavra, como o Observador e a CMR. Aliás, mesmo nas rádios musicais "fala-se" mais do que há uns 20 anos, especialmente nas manhãs, justamente os horários com mais audiência - e o consumo de rádio tem vindo, julgo eu, a crescer. Mesmo as rádios com mais palavra, como a Antena 1 e a TSF tem vindo a manter a sua audiência. Há 15 anos dar-te-ia mais razão, agora nem tanto.

De resto, mantendo-me no tópico é rídiculo a Antena 1 ter situações recorrentes como a de hoje em que teve uma hora de música a metro "enfiada" no meio da Tarde Desportiva. O serviço público de rádio tem de fazer a diferença e ter das 15-23 horas um espaço dedicado ao desporto em direto.

Caro AG,

Em 2010 a Antena 1 tinha 4,9 vs, 5,1 a TSF tinha 4,5 vs 3,7 e a RR (na altura com mais palavra) 8,6 vs 6,4 e agora a Observador com 1,5.

Fazendo um somatório entre 2010 e 2025 (último bareme), temos 18 vs 16,7.
Com tudo isto o que me apraz dizer é que se facto em 15 anos não se vislumbrou qualquer evolução positiva nas audiências das rádios não musicais, já muitas fórmulas e grelhas foram testadas e a situação até piorou. Como sabemos, uma rádio de informação/palavra obriga a grandes investimentos e pergunto eu qual o empresário que arriscaria desinteressadamente num investimento num projecto deste tipo? Quando se fala na CMR, importa referir que aquilo é um produto muito específico que importa e faz emissao simultanea de conteúdos da TV para a rádio, ao contrário do que vimos desde sempre com os mais reputados programas da rádio (ex TSF) a serem aproveitados pela TV.


Em Portugal nunca houve um projeto de rádio de palavra bem estruturado.

Houve espaços de palavra que se enquadravam minimamente...


A Antena1 na altura, como foi por aqui dito, por vezes, tinha rubricas de palavra que entravam a martelo...

Recordar o suplício que era a tarde com Paulo Rocha - rubricas a martelo, trânsito com Gaspar Loureiro ou Dinis Nazaré,  ou Milena Jerónimo, informação horária a cada 2 minutos, estado do tempo, temperaturas...

Havia palavra...

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Re: Antena 1
« Responder #6837 em: Fevereiro 04, 2025, 08:17:03 am »
O que o Tuscano332 escreve é certeiro. Não há como justificar o contrário. Ter mais de 2 rádios de informação e uma todo o terreno como a Antena 1 é o suficiente para a expectativa.de audiência. A Observador mesmo com bons conteúdos e um reforço da rede emissora não cresce como se esperaria. Podemos argumentar os podcast mas nos períodos de maior audiência as rádios musicais têm imensamente mais projecção mediática e arrecadam o bolo publicitário. Convém também referir que o projecto da Observador só subsiste com este nível de investimento porque os investidores insistem em injetar dinheiro sem fim. O que se vê é o.mercado das rádios de notícias estar a ser cada vez mais ocupado pelas TVs.
Eu até vejo o aparecimento das rádios a formatos mais de palavra, como o Observador e a CMR. Aliás, mesmo nas rádios musicais "fala-se" mais do que há uns 20 anos, especialmente nas manhãs, justamente os horários com mais audiência - e o consumo de rádio tem vindo, julgo eu, a crescer. Mesmo as rádios com mais palavra, como a Antena 1 e a TSF tem vindo a manter a sua audiência. Há 15 anos dar-te-ia mais razão, agora nem tanto.

De resto, mantendo-me no tópico é rídiculo a Antena 1 ter situações recorrentes como a de hoje em que teve uma hora de música a metro "enfiada" no meio da Tarde Desportiva. O serviço público de rádio tem de fazer a diferença e ter das 15-23 horas um espaço dedicado ao desporto em direto.

Caro AG,

Em 2010 a Antena 1 tinha 4,9 vs, 5,1 a TSF tinha 4,5 vs 3,7 e a RR (na altura com mais palavra) 8,6 vs 6,4 e agora a Observador com 1,5.

Fazendo um somatório entre 2010 e 2025 (último bareme), temos 18 vs 16,7.
Com tudo isto o que me apraz dizer é que se facto em 15 anos não se vislumbrou qualquer evolução positiva nas audiências das rádios não musicais, já muitas fórmulas e grelhas foram testadas e a situação até piorou. Como sabemos, uma rádio de informação/palavra obriga a grandes investimentos e pergunto eu qual o empresário que arriscaria desinteressadamente num investimento num projecto deste tipo? Quando se fala na CMR, importa referir que aquilo é um produto muito específico que importa e faz emissao simultanea de conteúdos da TV para a rádio, ao contrário do que vimos desde sempre com os mais reputados programas da rádio (ex TSF) a serem aproveitados pela TV.


Em Portugal nunca houve um projeto de rádio de palavra bem estruturado.

Houve espaços de palavra que se enquadravam minimamente...


A Antena1 na altura, como foi por aqui dito, por vezes, tinha rubricas de palavra que entravam a martelo...

Recordar o suplício que era a tarde com Paulo Rocha - rubricas a martelo, trânsito com Gaspar Loureiro ou Dinis Nazaré,  ou Milena Jerónimo, informação horária a cada 2 minutos, estado do tempo, temperaturas...

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Caro Atento,
A Rádio Comercial, apesar de não ser uma rádio generalista pura e dura, é uma rádio muito bem estruturada.

Do que depreendo das suas palavras, os horários nobre da Antena 1 estão melhores.

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«O que acontece no Mundo é que toda a gente que nasce, nasce de alguma maneira poeta! Inventor de algo que não havia no Mundo antes de eles nascerem!
E inteiramente individual: cada um poeta que é!»

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Re: Antena 1
« Responder #6838 em: Fevereiro 04, 2025, 08:35:32 am »
O que o Tuscano332 escreve é certeiro. Não há como justificar o contrário. Ter mais de 2 rádios de informação e uma todo o terreno como a Antena 1 é o suficiente para a expectativa.de audiência. A Observador mesmo com bons conteúdos e um reforço da rede emissora não cresce como se esperaria. Podemos argumentar os podcast mas nos períodos de maior audiência as rádios musicais têm imensamente mais projecção mediática e arrecadam o bolo publicitário. Convém também referir que o projecto da Observador só subsiste com este nível de investimento porque os investidores insistem em injetar dinheiro sem fim. O que se vê é o.mercado das rádios de notícias estar a ser cada vez mais ocupado pelas TVs.
Eu até vejo o aparecimento das rádios a formatos mais de palavra, como o Observador e a CMR. Aliás, mesmo nas rádios musicais "fala-se" mais do que há uns 20 anos, especialmente nas manhãs, justamente os horários com mais audiência - e o consumo de rádio tem vindo, julgo eu, a crescer. Mesmo as rádios com mais palavra, como a Antena 1 e a TSF tem vindo a manter a sua audiência. Há 15 anos dar-te-ia mais razão, agora nem tanto.

De resto, mantendo-me no tópico é rídiculo a Antena 1 ter situações recorrentes como a de hoje em que teve uma hora de música a metro "enfiada" no meio da Tarde Desportiva. O serviço público de rádio tem de fazer a diferença e ter das 15-23 horas um espaço dedicado ao desporto em direto.

Caro AG,

Em 2010 a Antena 1 tinha 4,9 vs, 5,1 a TSF tinha 4,5 vs 3,7 e a RR (na altura com mais palavra) 8,6 vs 6,4 e agora a Observador com 1,5.

Fazendo um somatório entre 2010 e 2025 (último bareme), temos 18 vs 16,7.
Com tudo isto o que me apraz dizer é que se facto em 15 anos não se vislumbrou qualquer evolução positiva nas audiências das rádios não musicais, já muitas fórmulas e grelhas foram testadas e a situação até piorou. Como sabemos, uma rádio de informação/palavra obriga a grandes investimentos e pergunto eu qual o empresário que arriscaria desinteressadamente num investimento num projecto deste tipo? Quando se fala na CMR, importa referir que aquilo é um produto muito específico que importa e faz emissao simultanea de conteúdos da TV para a rádio, ao contrário do que vimos desde sempre com os mais reputados programas da rádio (ex TSF) a serem aproveitados pela TV.


Em Portugal nunca houve um projeto de rádio de palavra bem estruturado.

Houve espaços de palavra que se enquadravam minimamente...


A Antena1 na altura, como foi por aqui dito, por vezes, tinha rubricas de palavra que entravam a martelo...

Recordar o suplício que era a tarde com Paulo Rocha - rubricas a martelo, trânsito com Gaspar Loureiro ou Dinis Nazaré,  ou Milena Jerónimo, informação horária a cada 2 minutos, estado do tempo, temperaturas...

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Do que depreendo das suas palavras, os horários nobre da Antena 1 estão melhores.

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Obviamente que estão melhores...

Há alguma comparação possível entre o atual programa da manhã com.o inenarrável programa da manhã anterior?


Agora não podem dormir e têm de dar ao pedale...

A 1 e a 3 precisam de um choque mediático que por sua vez abane o edifício radiofónico português...

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Re: Antena 1
« Responder #6839 em: Fevereiro 04, 2025, 08:40:11 am »
O que o Tuscano332 escreve é certeiro. Não há como justificar o contrário. Ter mais de 2 rádios de informação e uma todo o terreno como a Antena 1 é o suficiente para a expectativa.de audiência. A Observador mesmo com bons conteúdos e um reforço da rede emissora não cresce como se esperaria. Podemos argumentar os podcast mas nos períodos de maior audiência as rádios musicais têm imensamente mais projecção mediática e arrecadam o bolo publicitário. Convém também referir que o projecto da Observador só subsiste com este nível de investimento porque os investidores insistem em injetar dinheiro sem fim. O que se vê é o.mercado das rádios de notícias estar a ser cada vez mais ocupado pelas TVs.
Eu até vejo o aparecimento das rádios a formatos mais de palavra, como o Observador e a CMR. Aliás, mesmo nas rádios musicais "fala-se" mais do que há uns 20 anos, especialmente nas manhãs, justamente os horários com mais audiência - e o consumo de rádio tem vindo, julgo eu, a crescer. Mesmo as rádios com mais palavra, como a Antena 1 e a TSF tem vindo a manter a sua audiência. Há 15 anos dar-te-ia mais razão, agora nem tanto.

De resto, mantendo-me no tópico é rídiculo a Antena 1 ter situações recorrentes como a de hoje em que teve uma hora de música a metro "enfiada" no meio da Tarde Desportiva. O serviço público de rádio tem de fazer a diferença e ter das 15-23 horas um espaço dedicado ao desporto em direto.

Caro AG,

Em 2010 a Antena 1 tinha 4,9 vs, 5,1 a TSF tinha 4,5 vs 3,7 e a RR (na altura com mais palavra) 8,6 vs 6,4 e agora a Observador com 1,5.

Fazendo um somatório entre 2010 e 2025 (último bareme), temos 18 vs 16,7.
Com tudo isto o que me apraz dizer é que se facto em 15 anos não se vislumbrou qualquer evolução positiva nas audiências das rádios não musicais, já muitas fórmulas e grelhas foram testadas e a situação até piorou. Como sabemos, uma rádio de informação/palavra obriga a grandes investimentos e pergunto eu qual o empresário que arriscaria desinteressadamente num investimento num projecto deste tipo? Quando se fala na CMR, importa referir que aquilo é um produto muito específico que importa e faz emissao simultanea de conteúdos da TV para a rádio, ao contrário do que vimos desde sempre com os mais reputados programas da rádio (ex TSF) a serem aproveitados pela TV.


Em Portugal nunca houve um projeto de rádio de palavra bem estruturado.

Houve espaços de palavra que se enquadravam minimamente...


A Antena1 na altura, como foi por aqui dito, por vezes, tinha rubricas de palavra que entravam a martelo...

Recordar o suplício que era a tarde com Paulo Rocha - rubricas a martelo, trânsito com Gaspar Loureiro ou Dinis Nazaré,  ou Milena Jerónimo, informação horária a cada 2 minutos, estado do tempo, temperaturas...

Havia palavra...

Conteúdo relevante ZEROOOOOOOOOO
Caro Atento,
A Rádio Comercial, apesar de não ser uma rádio generalista pura e dura, é uma rádio muito bem estruturada.

Do que depreendo das suas palavras, os horários nobre da Antena 1 estão melhores.

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Obviamente que estão melhores...

Há alguma comparação possível entre o atual programa da manhã com.o inenarrável programa da manhã anterior?


Agora não podem dormir e têm de dar ao pedale...

A 1 e a 3 precisam de um choque mediático que por sua vez abane o edifício radiofónico português...

Também considero que os horários nobre da Antena 1, sobretudo, o Programa da Tarde está melhor.
Arrisco-me a dizer que é o melhor tarde informativa em Portugal, superando a estafada Rádio Observador.
«O que acontece no Mundo é que toda a gente que nasce, nasce de alguma maneira poeta! Inventor de algo que não havia no Mundo antes de eles nascerem!
E inteiramente individual: cada um poeta que é!»

Agostinho da Silva