Antena 1

[radiosul]

Antes do 25 de Abril de 1974, já a Rádio Renascença transmitia pelo menos até às duas  da manhã.

Nas vésperas do 25 de Abril, e dada a situação de grande instabilidade que se
vivia no país, o governo receava pelo seu próprio futuro e vigiava de perto os principais
órgãos de comunicação, incluindo a Emissora Católica que transmitia alguns
programas bastante contestatários para com o regime de Marcello Caetano.
Exemplos de programas que mereciam maior atenção por parte das entidades
oficiais, devido ao seu conteúdo, eram: o noticiário das 19 horas, “Dezanove ponto
zero zero”; o programa “Página Um” de José Manuel Nunes, emitido a seguir ao
noticiário das dezanove horas; o programa “Tempo Zip” (mais tarde, “Zip Zip” e o qual
teve maior importância na história da rádio); “23ª Hora”; e o programa “Limite”,
transmitido entre a meia-noite e as duas da manhã.
Fonte: António Barreto e Maria Filomena Mónica - Dicionário da História de Portugal[

[Julio Carvalho]

Sim, a RR nessa altura tinha pujança, mas depois com a ocupação do emissor da Buraca, a Renascença foi abaixo e chegou aos anos oitenta muito depauperada, poucos locutores ( não mais de meia dúzia), uma redação reduzida e com meios técnicos a meio gaz. Enfim, essa ocupação não matou, mas moeu...

Mas depois foi sempre a subir, nem sempre no sentido certo...

[Atento]

Sim, a RR nessa altura tinha pujança, mas depois com a ocupação do emissor da Buraca, a Renascença foi abaixo e chegou aos anos oitenta muito depauperada, poucos locutores ( não mais de meia dúzia), uma redação reduzida e com meios técnicos a meio gaz. Enfim, essa ocupação não matou, mas moeu...

Mas depois foi sempre a subir, nem sempre no sentido certo...

A nacionalização do Rádio Clube Português foi uma tragédia. Liquidou a rádio com mais influência em Portugal.

[Julio Carvalho]

Sem dúvida, Botelho Moniz construí uma rádio de referência, que lançou muito nomes e grandes programas aí foram produzidos...

[Atento]

António Macedo em entrevista:

https://www.noticiasaominuto.com/pais/918807/a-radio-hoje-esta-num-ciclo-descendente-precisa-de-levar-um-encontrao

[364m]

"Botelho Moniz" + "rádio de referência"

Sim, uma rádio de referência. Fascista mas de referência. Aquele do bigodinho também fez  um regime de "referência".

[Atento]

"Botelho Moniz" + "rádio de referência"

Sim, uma rádio de referência. Fascista mas de referência. Aquele do bigodinho também fez  um regime de "referência".

[pdf]

Mas a rádio do regime a existir era a Emissora Nacional. O RCP tornaria-se automaticamente fascista só porque o Botelho Moniz era próximo de Salazar? À época todos eram.


Enviado do meu iPhone usando o Tapatalk Pro

[Julio Carvalho]

Sobre a entrevista do Macedo, gostei, uma boa reflexão sobre a rádio do hoje. Também acho, que faz falta de um abanão, mas não estou tão certo como ele, que vá acontecer...

Agora, sobre se o RCP era uma rádio fascista, o melhor é consultar os programas que na altura se faziam, os nomes que os faziam, ou a música que passavam e já agora lembrar que foi no RCP e RR, que surgiram às senhas da revolução.

Mas claro, que o lápis azul e a censura também existiam na rádio...

Mas também havia na Televisão e lá também se fizeram programas de referência, Zip Zip e outros...

[radiokilledtheMTVstar]

Boa entrevista. E se a figura mais conhecida da rádio pública acha que está tudo demasiado acinzentado, só deve estar a dizer aquilo que sente todos os dias principalmente ao olhar para as 3 Antenas... A rádio está demasiado politicamente correta, em todo o lado.
Sobre o abanão, não é mesmo esta Antena3 que o pode dar, só está a andar para trás e a perder toda a irreverência que já teve. Gostei também do elogio à nova geração porque parece que ninguém quer saber deles e os leva a sério.

[364m]

Há por aqui gente que não fazem "ni puta idea" da história da rádio. E eu não tenho vida para ser professor...

[Julio Carvalho]

Também posso lançar uma laracha qualquer sobre qualquer tema e dizer o mesmo...

Meu caro, houve fascismo, houve censura, mas isso não obstou que houvesse bom teatro, bom cinema, boa televisão ou boa rádio, como apesar de todos os obstáculos, houve... Porque houve muito boa gente, em todas essas áreas que souberam, com muito engenho, contornar essa dificuldade...

[pdf]

Há por aqui gente que não fazem "ni puta idea" da história da rádio. E eu não tenho vida para ser professor...

Não só conheço como fiz tese nesse assunto. Consegue apontar-me ou sustentar as suas afirmações tendo em conta o contexto político da altura? Que rádio não seria “fascista”? A RR também o seria, por essa ordem de ideias e até culminou na ocupação do emissor da Buraca. A Emissora Nacional era a rádio estatal e na altura do Estado Novo formou muitos profissionais de renome na praça.

Como homem de esquerda que sou (e aqui faço a minha declaração de “interesses”) e embora repudie veementemente o regime que Portugal teve de suportar, não consigo compreender o alcance dessas afirmações tendo em conta o contexto histórico. É certo que Botelho Moniz e quejandos eram próximos de Salazar, à época. Mas reforço a minha pergunta: nessa altura, quem não era? Quem não era não estava em posição de destaque, e muito provavelmente estaria exilado ou preso. Isto falando de figuras maiores, claro está.


Enviado do meu iPhone usando o Tapatalk Pro

[364m]

Reduzir o Botelho a um mero "próximo" do Botas inquina completamente a questão e demonstra claramente o (des)conhecimento do assunto em causa.
Fico-me por aqui.

[Julio Carvalho]

Como isto é um fórum de rádio, o que mais interessa é saber o que fez Botelho Moniz na rádio. É deixou saudades, como referiu à  pouco tempo Júlio Isidro, que nada tem de fascista, salvo erro, até é militante socialista...

Botelho Moniz, foi mesmo uma incontornável grande figura da rádio...