Era bom e correcto libertar a frequencia de Gondomar para o concelho. Não falta quem queira fazer rádio em Gondomar. Rádios on line já há. Ter uma frequência local ocupada por gente que não cria um único emprego no concelho e utiliza a frequência unicamente para vender a publicidade á AMPorto, altera o fim para a qual a rádio local nasceu. Libertem a frequência de Gondomar ao concelho e acabem com a palhaçada das ocupações de rádio no Grande Porto. A Rádio lisboeta MEO , a juntar ao cemitério de rádios que foram surgindo nos grandes grupos, ocupando rádios do Porto, para terem o mesmo fim, acabarem pois o projecto não tinha pernas para andar. Este foi mais um exemplo. O próximo irá ser outro igual, desde a Capital. Porque motivo este paÃs permite que os concelhos não tenham uma rádio com a qual as pessoas se possam identificar, e permite que o poder econômico use e abuse de frequências locais, que nada dizem ao concelho onde está o emissor ?
Seria mais proveitoso colocar nessa frequência a RDP-Ãfrica.
As rádios locais, com honrosas exceções, não fazem a diferença. Começa a não fazer muito sentido a sua existência. Apenas atrapalham no espectro.
A maioria limita-se a passar música e as informações sobre o concelho são escassas ou inexistentes. Há, como disse, honrosas exceções.
O ideal seria criar rádios distritais/regionais, que cumprissem rigorosamente aquilo que é exigido: informar e dar voz aos atores e populações locais.
De acordo com a segunda parte do post. As rádios locais tem de ganhar escala para um nÃvel distrital/regional em ordem a se tornarem sustentáveis. De certa forma, é o que já tem acontecido nos últimos anos (Nova Era, por exemplo). Se repararmos, mesmo aquelas que só operam numa frequência só são bem sucedidas porque tem um alcance bem superior ao seu concelho (Top FM de Sever do Vouga, Rádio Fóia).
Quanto à RDP Ãfrica, na minha óptica não faz sentido a sua existência em Portugal Continental. As frequências onde operam deviam ser devolvidas à iniciativa privada - os 101,5 lisboetas eram da CMR antes de irem para a Rede Sul - ou em alternativa criar a Antena 4, uma rádio de informação e desporto (bem mais abrangente e de serviço público que o nicho que é a RDP Ãfrica), e nesse caso, ocupariam os 91,5 no Porto que estão 'abandonados' desde 1990, com a ida da Press para a Rede Norte.