Caro Pirata 78,
Todos temos o direito de escrever a nossa opinião aqui neste fórum, venho cordialmente pedir-lhe atenção, em algumas palavras usadas no seu texto.
Se é esse o prepósito da rádio, acho louvável e fazem falta rádios verdadeiramente locais. Não serem Jukeboxs na maior parte do tempo. Dei um exemplo, num texto para a Rádio Foz do Mondego, de se criarem oportunidades para uma "Maria" ou para um "Zé", irem fazer rádio e quiçá terem um espaço. Acho que a Rádio não procura as pessoas, mas sim o contrário. Devia de se mudar essa mentalidade, na minha opinião.
Agora imagine que é diretor de uma rádio legalizada na sua região, tem despesas para pagar (alvará, licenças musicais, terreno do emissor) e aparece a vouginha fm que não paga por nada disso. No meu caso, digo-lhe que ficava indignado perante tal situação. Não posso culpar as entidades reguladoras na totalidade, porque teriam de andar pelo terreno de Norte a Sul, mas em alguns casos é gritante (Pampilhosa FM) ou a situação da em tempos da Mega Hits.
Outro problema, pense que a Vodafone FM (103,0) era uma rádio local, que a emissão efetivamente chegava a Estarreja, tinha boa audiência e os anunciantes apostavam em publicidade nessa rádio. Como sabe, a maior parte das Rádios Locais, sobrevivem da publicidade, abrir uma rádio ilegal nos 102,9, faz com que a emissão passe a ter problemas de escuta, e os anunciantes deixem de apostar. Com isso, pode roubar uns "bons" euros ao final do mês para pagar despesas da Vodafone. Esses euros, podem fazer a diferença na sustentabilidade de um projeto!
Acho tudo isto, uma expressão de algo muito português "chico esperto!".
Existe um exemplo nas Caldas da Rainha, uma rádio temporária (Osso), que está aprovada e deve ser um emissor com as mesmas características.
Por último, não é a Câmara que legaliza as rádios, tem de esperar por novos concursos e submeter o projeto a um parecer. Envolve-los seria um tiro tremendo nessa ilegalidade.