Só pode ser mistura entre as dÃvidas das estações e o valor das mesmas. Tanto que logo a seguir falam em Cantanhede e a compra ficou toda por 105 mil euros...
É exactamente isto. Basta ler os R&C da MC para se chegar a esta conclusão; como não encontro o R&C de 2016, ficam dois exemplos em 2014 e 2013 de várias aquisições:
http://i.imgur.com/RwvFekH.png
http://i.imgur.com/qAwgUrV.png
Aliás, prefiro que assim seja. É mais transparente do que a situação que acontecia há alguns anos em que existiam uma série de empresas meias fantasma que adquiriam as rádios e depois alugavam as frequências à MCR.
(não fiz quote às imagens porque iria ser prejudicial à leitura em Tapatalk)
Estou contigo nesse aspeto, acho que é muito mais transparente do que o "sistema de cascata" que estava até então, e também mais fácil de gerir, suponho eu.
Há ali passivos que assustam muito para o tamanho das rádios em questão (e que explicam muita coisa). 602 mil euros na ex-Rádio Paralelo (Sirpa) é assustador, o mesmo para os passivos da Leirimédia (M80 Leiria - 93.0) que são muito superiores aos ativos. Aliás, é esse o mote geral para aquelas contas; chega-se até ao caso dos passivos da P.R.C. (que é nada menos que os 98.4 de Coimbra) serem quase 10x superiores aos ativos, o que é inacreditável.
O desaire de uma rádio - e de quem a gere - também se vê por estas contas. Desconheço se isto foram passivos pré-MCR ou pós-MCR mas é bem provável que a Media Capital tenha apenas ficado a "gerir a casa", sem abater ao passivo, através dos tais acordos de aluguer, para evitar cassação de licença e poder rentabilizar para os seus projetos as frequências. É inteligente.
Ou seja, o que a MCR fez foi uma rede de frequências "caquéticas", em bom rigor, com capital de investimento. Pelo menos a avaliar pelas contas que agora mostraste... E a partir daà criou projetos e fez-se grupo (o nome até bate certo). Como os alvarás não podem ser mudados de empresa como quem muda de camisa, optaram por comprar as empresas.
Assim não há projetos locais que valham.