“pdnf”, discordo do seu ponto de vista. Na minha perspetiva está a misturar conceitos. As rádios nacionais devem ter a mesma emissão, quer esteja em Valença ou quer esteja em Vila Real de Santo António. Ouve-se a mesma emissão em todo o território nacional, sem desdobramentos regionais. Caso contrário, desvirtua o conceito, para além de ser um fardo financeiro para os operadores. A ‘SmoothFM’, por exemplo, devia usufruir de uma rede nacional, acrescenta valor para onde é emitida e é um produto diferenciador, por vezes, até erudito. Aqui, onde há emissor, é uma estação estimada por muita gente.
Essas pseudo-rádios que não acrescentam nada, nenhum valor, são um vácuo em termos de conteúdos, fazem dos jovens imbecis, é que devia de existir forma de barrar a progressão para não espatifar os recursos das localidades para onde emitem (os emissores). Sabemos que para o grupo r/com, vale tudo para obterem receitas publicitárias, o conteúdo é de somenos importância, e essa campanha publicitária que foi divulgada no fórum é algo de aberrante. Exploração primária de emoções para vender um produto de rádio, ou seja, usar as pessoas desta forma para um determinado fim é bater no fundo. Espera-se o efeito contrário, aversão, estão a ser enganados.
As considerações sobre 92.6, Rio Maior, é na expetativa que despareça o megaLixo que difunde, para dar lugar a algo com maior substância e relevância. Se assim não for, é perda de tempo discutir este assunto. O ‘Asantos12’ falou de 94Leiria, para essa megaCoisa, é espatifar o recurso da Cidade com uma aberração. Portanto, o tempo dirá qual será o desenrolar dos acontecimentos.
Dei o exemplo de um emissor que podia comutar entre os 92,6 e os 90,0. Prefiro continuar a ouvir a 94, nessa frequência, do que a Mega.
Já o disse e volto a dizer, apanho muito bem a Mega nos 92,6 e digo-vos é muito raro ouvir essa rádio e ainda estou dentro do target. Antigamente, sempre que podia tentava ouvir em 90,0 com sinal fraco, ou quando ia a Lisboa era a rádio que colocava no rádio, tinha boa música, tinha dinâmica, bons animadores, presença! Dava gosto de ouvir por muito distante estivesse da concorrência Cidade FM. Agora não me identifico com muitos deles, por exemplo gosto do Diogo Pires (já era fã do estilo dele no tempo da 94FM), do Alexandre Guimarães, da Catarina Palma e da Teresa Oliveira (boas playlists que partilha do Spotify). O resto é um convite a mudar de estação! Falem de música, concertos, convidar artistas como fez a Comercial para terem um programa. Da ultima vez que ouvi estavam a falar de blush.... (o que eu gosto do blush, excelente artista... então as musicas dele fazem borrar a pintura!) (ironia)
João_s,, acho que não percebeu o meu comentário. Pretendia justamente referir que as seis rádios nacionais e redes regionais norte e sul (que em abono da verdade deveriam ser redes nacionais), ou as quase nacionais como a Smooth ou a Mega, têm um enviesamento de não conhecerem tão bem os ouvintes, precisamente pela abrangência territorial, o que é o que é expectável. Claro que devem emitir com a mesma emissão para todo o território nacional (nas informativas admito que em dados horários pudessem existir desdobramentos, particularmente na Antena 1, em função das regiões, mas é uma exceção). Concordo em absoluto consigo, desvirtua o conceito, se fosse programador de alguma dessas rádios, não quereria ter mais do que seis emissores, considerando a atual lei. Aliás, acredito mesmo que esse seja um entrave ao crescimento de duas rádios em particular: a Observador e a Smooth FM, onde a existência de emissões locais, de 8h em período diurno, constitui uma "aberração". Por isso disse, há espaço no éter para todos: rádios nacionais ou quase (uma Mega ou Cidade, por exemplo, podem não ter interesse comercial em emitir em Portalegre), e rádios regionais que devem emitir para uma dada região e não terem de ficar limitadas a ter um único emissor de baixa potência, conhecendo e servindo bem os seus auditórios. Não devem ser meras rádios cassetes, ao estilo Rádio 5 ou Linear. As rádios locais, centradas num único concelho, devem simplesmente acabar e dar lugar a rádios que se escutem, confortavelmente dando o exemplo da NUT III AMP, de Vale de Cambra a Santo Tirso/Póvoa de Varzim.
Antes de continuar, esta é a minha posição, mas lei é para cumprir comforme está em vigor, e neste caso que discutimos, a Mega andou mal até agosto em Rio Maior, ao não ter takes diferenciados e como tal estava em incumprimento. Isso é claro, não há como fugir. A meu ver, a solução atual, com takes diferenciados, satisfaz a legislação atualmente em vigor, o legislador não concordando, é simples, clarifique, até há uma maioria absoluta, é fácil de resolver. Com isto, importa referir que o crescimento de outros produtos, como a Mega ou a Smooth, em grande parte do território nacional há até frequências disponíveis, não implicaria matar locais, não fosse uma lei desadequada.
Quanto à campanha, que eu próprio critiquei e fotografei para aqui por, é da RFM que é nacional, e sim, percebo a ideia, mas não concordo com a mesma. É óbvio que a rádio é o meio que mais cria relação com os ouvintes, basta perceber a facilidade de iteração entre quem está deste lado e do outro lado do microfone. Mas tendo a concordar, roça a exploração das emoções, fosse eu Gerente da R/Com não a autorizaria.
No que toca à Mega, para mim, é óbvio que não está num bom momento, pelo contrário, uma sombra do que foi há uns anos atrás, fruto de erros de programação e, acima de tudo, de falta de visão e estratégia, até ao nível da gestão de recursos humanos. Neste momento, é para mim um produto tóxico para a R/Com, mas que tem volta, naturalmente. Se considerarmos o target real da rádio, que vai bem além dos 23 que eles anunciam, quer pelos temas tratados em antena, quer pela idade dos animadores, diria que este vai até aos 33 anos, diferenciando-se aí da Cidade, que realmente, não passa muito para lá dos sub-25. Estarei mesmo no limite do aceitável para a escutar, e a verdade é que a escuto muito menos nos últimos tempos, porque se tornou muito mais infantilizada do que já foi, mesmo considerando que eu também envelheci. A playlist que dentro do ""pop"" comercial de consumo fácil q.b. era boa, tem vindo a sofrer um downgrade em termos de qualidade, mistura estilos de uma forma que dificulta a audição da estação no período de 20 minutos de uma viagem, havendo músicas, como referi em post anterior, que não deveriam passar de todo em antena. Concordo com o Asantosc12, neste momento, os únicos nomes que aprecio ouvir trabalhar naquela estação são justamente os quatro que ele referiu, Catarina, Teresa, Digoo e Alexandre, porque se percebe que o projeto ao momento já é pequeno demais para o potencial que têm enquanto animadores, e que, a meu ver, estão, evidentemente sub aproveitados. Gostava de os ver em projetos com maior estaleca, sendo que um dos nomes referidos, tanto quanto me constou, estará a caminho de. Os guiões dos programas estão significativamente mais pobres, de consumo mais fácil, por vezes até vulgar, em suma, desinteressantes. Há uma má aposta nos novos recursos humanos escolhidos, mas pior, uma desvalorização dos que já lá estavam. Foi notório no caso da Maria Correia, que nem uma despedida teve, com quase 10 anos no ar, o que não faz nenhum sentido a todos os níveis, até sendo uma animadora bastante popular entre os ouvintes, mas também da Inês Bento, encostada durante um ano apenas porque sim, não por falta de talento, de todo. Tenho a percepção que a saída da Mafalda Castro, que a meu ver nem era assim tão essencial à Mega, desorientou o rumo e ainda não se conseguiram encontrar.
Curiosamente, entendo que esta não estratégia, como se comprova pelos estudos de audiência, afasta ouvintes e anunciantes, pelo que nem pelo perisma do lucro se justifica este facilitismo. Será mesmo incúria, teimosia de insistir numa fórmula, ou, reformulando, deixar andar um produto em auto-gestão. É preciso sangue novo na direção de programas para reformar o projeto, e como disse o Asantosc12, deixar de falar de blush ou pior, de cuecas fio dental, como já apanhei a Inês Nogueira e o Conguito a falarem num Snooze, com uma Teresa que não abriu a boca o take todo, ou de ter um Luís Pinheiro a gozar com os ouvintes no ar, literalmente lhes chamando burros, para exaspero da Catarina Palma, que não raras vezes, quando ele começa a dissecar desse jeito, lhe tira a palavra subtilmente, e se ouve o bufar dela no microfone. São precisos menos influencers ou candidatos a no ar, e mais verdadeiros locutores. Porque os jovens querem um bom produto, não uma extensão do Instagram no FM. Isso é claro. É precisa mais palavra, estas rádios deveriam ser verdadeiramente de segmento de público, e não temáticas musicais
Posto isto, chamar MegaLixo ao produto, parece-me um tanto ou nada exagerado. Se ouvir uma 93.5 quando vier ao Minho, ou até mesmo a Cidade FM, diz que a Mega é um produto de luxo. São precisas rádios para jovens, que falem a sua linguagem, com qualidade no produto que apresentam. São estas rádios que os agarram ao meio e que os vão fazer consumir, futuramente outro tipo de produtos. Em algum momento, vai existir a curiosidade de tocar no botão e sintonizar paragens diferenciadas. Se não existir essa porta de entrada, fica mais difícil, portanto, este tipo de produtos, tem e deve continuar a existir, com mais exigência no que se apresenta no ar.
Assim como também é urgente ter uma Smooth, um produto de excelência, com mais investimento, quer em locução, quer em emissores. Há espaço para todos, não é preciso entrar numa lógica de canibalização de, este por aquele. Até porque é errado pensar que o ouvinte não é eclético: sim, é-o e tem de haver oferta para todos os gostos e momentos.