Daí ter dito poucos e não nenhuns... eu próprio tive um Pioneer (gentilmente ofertado nos idos por um membro deste fórum) dessa época e eram equipamentos incríveis. Mas não eram baratos, para o chamado utilizador médio, portanto. Alta fidelidade mesmo no nosso próprio contexto era todo um investimento, à época.
Hoje em dia o rádio médio é bastante assim. Democratizou-se mais a boa captação de FM.
Ao contrário de hoje, em que os automóveis integram de fábrica os componentes de multimédia e comunicações no tablier, nesse período os automóveis apenas vinham preparados para a montagem de autorrádio, cabendo ao proprietário escolher o equipamento e prover a montagem do mesmo.
Em 1989, ano em que tirei a carta, aos 18, passei por esse processo. Um autorrádio Pioneer e 4 altifalantes de polipropileno com 2 vias (4 Ohm, 50 ~ 20 kHz) ficou por 58.000$00 na Lisbonense Som, Restauradores. O aparelho debitava 15 W por canal, comtemplava um deck com autoreverse e doby B, visor (display) LCD na parte inferior direita, captava muitíssimo bem e continha 15 presets. O que o caracterizava era o peso, aparelho pesado, o aquecimento e o sistema de gaveta, ou seja, retirava o equipamento quando saía do carro.
Nos anos 90, os equipamentos eram mais leves, mais potentes (tipicamente 40 W por canal), aqueciam menos e apenas se destacava (retirava) o painel frontal.
"apenas se destacava (retirava) o painel frontal" - tive um destes, muito bom, da SONY.
Por aqui, tive até Outubro/23 um Peugeot 205 XAD, paz à sua alma

que circulou, desde origem com este tijolo (Grundig 3100).
https://ireland.apollo.olxcdn.com/v1/files/xtnh49qc0rkj2-PT/imageO facto de se poder retirar a patilha dos botões de seleção, safou-o duas vezes de ter de ser substituído, ainda nos tempos em que era o meu pai que o conduzia, no final dos anos 90, em que nos assaltaram o carro duas vezes.
O carro esteve 9 anos parado na garagem à espera de ir para abate, até que quando comecei a trabalhar, em 2016, resolvi pô-lo a trabalhar. Pensei que ia ter de substituir o autoradio, para meu grande espanto não foi necessário, funcionava na perfeição.
Durante uns anos, até 2020, circulava sem antena exterior, que tinha sido roubada pouco antes de ter ido para a garagem em 2007, e entre Porto, Gaia, Espinho, não tinha problemas nenhuns em ouvir RR, ANTENA 1, TSF. Em 2020, com a pandemia, comecei a ouvir a Mega e, como tal, tive de comprar uma antena, porque 90.6 só apanhava na subida do Dragão e mal. Em setembro desse ano, a minha mãe foi colocada em Santo Tirso e como o carro praticamente andava a água, começou a andar com ele para trabalhar. Lembro-me de ela se queixar de perder o sinal de 93.7 apenas já praticamente a chegar à vila, no entroncamento entre a EN104 e a EN105. Não foi problemático, 103.4 do Muro ouviam-se bem, sintonizei-lhe na posição ao lado. Muitas vezes ela esquecia-se de mudar a sintonia na volta, dizia-me que só a chegar ao Freixo se dava conta que tinha de trocar.
Uns meses antes de entregar o motor ao sucateiro, já a dar o último estertor, resolvi levá-lo até Coimbra. Pois, no Pólo 2, consegui captar os 94.0 da Cidade Hoje e os 99.2 da Comercial. No caso desta última, recordo que existe 99.1 da Figueira da Foz que se ouvem bem em Coimbra. Ou seja, obviamente que estes equipamentos não tinham um desempenho idêntico ao do meu 2008, mas também não eram um rádio despertador. Claro que nas proximidades de um emissor de grande potência saturavam tudo à volta. Por exemplo, no 2008 consigo ouvir bem a RUM, no 205 era impensável, de 97.3 a 98.1 só dava Rádio Comercial.
Estes equipamentos eram também ótimos sorvedouros de bateria. Bastava estar uns 5 minutos com o rádio ligado, que era sinónimo de chamada obrigatória para a Assistência em Viagem.
Já que estamos no tópico da 93.5, acrescento que com o tijolo na zona onde estaciono, junto à EN12 (Circunvalação, junto ao S. João) não tinha sinal da emissora da Póvoa de Lanhoso. Aí entram bem os sinais de Norte, Vigo incluído. Com o rádio do J6 conseguia-a apanhar, no 2008 também. No escritório era totalmente impossível, mesmo pondo a antena fora da janela, não chegava nada.