Já sim. A ERC já remeteu a algumas rádios essa informação e já existem rádios a tratar do processo de renovação.
Que informação está a ERC a solicitar? Apenas a Administrativa e Institucional, incluindo a situação tributária e contributiva, ou está a ir mais além, e a pedir linhas orientadoras de programação, a por alguma exigência? Se não o faz, só vai fazer com que o setor chegue morto daqui a 15 anos...
Daqui a 15 anos o FM estará já morto em todo o lado exceto neste "cantinho à beira mar plantado"...
A menos que a União Europeia assim o obrigue. É bem possível.
Se estão a falar do DAB a ANACOM tem o mapa feito. Mas neste momento eles não tem interesse que avance e muito menos os operadores. Seria uma situação para agravar ainda mais os custos nas rádios locais, pois as mesmas deixariam de ter os seus próprios emissores e teriam que emitir através de uma plataforma paga. Só mesmo se a União Europeia obrigar.
Caro broadcastfm,
Esta justificação que acabou de indicar - e peço desculpa mas vou entrar mesmo à queima-roupa e sem piedade - é o exemplo perfeito do que acontece nas rádios locais portuguesas: oprimidas, preocupam-se apenas em guardar o seu quinhão, em vez de se unirem em cadeia face a interesses comuns e sobreviverem ambas, como a Lei da Rádio permite.
Vistas muito, muito curtas.
Como assim "emitir através de uma plataforma paga"? As rádios não podem realizar investimento em conversão de emissores para DAB, já hoje com os 50% de subsidiação de equipamentos que existem no Estado, que aliás incha bastante os valores para importação de certo equipamento em empresas que têm esse tipo de produto mas nem entro já por aí, e unir-se em cadeia para rentabilizar a questão emitindo a nível distrital com menos emissores? Através de uma empresa terceira que faça a gestão dessa rede, empresa essa detida pelos atuais operadores?
Porque é que "têm que ficar à espera que chova" em vez de se mexerem por si?
Porque é que nas rádios locais ficam tão agarrados ao FM e a emissores, para mais com custos de manutenção mensais e anuais que não são baratos num meio que reduziu proveitos sei-lá-eu-quantas-vezes-já desde 1995 com o advento do Ediberto Lima, quando o DAB permite dar pelo menos mais cerca de 4 ou 5 mil euros anuais limpos em rádios que se for preciso faturam 20 ou 25 mil ao ano *antes* de despesas?
Valha-me a santinha que é preciso ver mais além. Depois admirem-se quando a ERC e a ANACOM decidirem reorganizar o espectro ou liberalizá-lo. Acho que já andámos muito mais longe disso. Quem tenta conservar o que não é conservável sujeita-se...
Enfim.
Pois isso não sei, essa informação não deve ser divulgada, pois apenas diz respeito aos operadores e a própria ERC, não deve ser tornada pública, creio eu.
Sugeria que esta parte da conversa saísse da M24, para um tópiconovo sobre a renovação ou para o Futuro da Rádio em Portugal. A informação enviada pelas rádios é obviamente confidencial, mas o caderno de encargos, ou seja, os parâmetros a que têm de respnder, essa deve ser obviamente pública. É do interesse, aliás...
Totalmente de acordo, aliás, já fiz este post nessa visão porque isto desviou e não tinha mais tempo para escrever (ocupado com assuntos), peço desculpa à moderação por isso.
O caderno de encargos é público: é a programação que a estação se comprometeu junto da ERC. Depois há a base, a Lei da Rádio, como bem sabes. E esta ideia de "não se sabe porque é tudo privado"... vai-se saber, vai. E de que maneira. Memória tão curta que está tudo esquecido de 2009/2010... e há aí muita coisa a ser incumprida. Se a ERC quiser fatiar fininho, vai ter muito fiambre por onde o fazer, tal não é o estado atual de coisas. Ainda por cima é mais uma renovação em contexto de crise...
Em breve saberemos tudo sobre tudo através das deliberações. Vai ser interessante de assistir quantas caem desta vez, e porquê.