Há medida que o DAB+ avança nos países europeus mais próximos, porque não avançar com esta tecnologia de radiodifusão também por cá e de forma faseada. Por exemplo, para começar a região de Lisboa e Vale do Tejo, são cerca de 3,7 milhões de residentes (cerca de 40% da população portuguesa – dados de 2011). Não tenho pesquisado sobre o assunto, mas caso a irradiação de sinal seja eficaz com centros emissores, são necessários 2 (um em Monsanto, o outro em Montejunto) para a região, caso a cobertura seja assegurada por uma malha de hotspots (emissores em maior número, mas de menor potência), o processo será mais demorado. Numa segunda fase, centro emissor da Lousã; terceira fase, Monte da Virgem, etc.
Entre outras, incluir a SmoothFM e a Rádio Observador nos slots disponíveis.
Importa planear, dimensionar, projetar, para que tudo funcione da melhor forma e… começar.
Julgo que foi assim com a televisão RTP ... - Monsanto, Montejunto...
Deverá ser incluído em MUX a TSF e a M80 (regionais, que passariam a nacionais - faz todo o sentido num país tão pequeno geograficamente))
O DAB quando avançar deve ser feito de uma vez só na faixa que cobre de Braga a Setúbal, a que levou à alteração da Lei da Rádio para as tais seis rádios em associação, está bom de ver. Até porque a questão da AML ser muito maior que a AMP tem muito que se lhe diga. De Setúbal a Lisboa é a mesma distância que de Braga ao Porto e a sul a AMP foi amputada dos municípios litoria mais populosos, que foram integrados na CIM de Aveiro, sendo que para se tentar "beneficiar artificialmente Lisboa", se prejudicou terrivelmente uma das regiões mais pobres da Europa, Trás-os-Montes e Alto Douro, que poderiam ter acesso a uma taxa mais elevada de fundos de coesão. A AMP e a AML em termos reais devem diferir cerca de 200k habitantes, talvez ne m tanto, e a Norte, tal como a sul, deveria constituir uma região administrativa diferenciada.
Posto isto, não faz qualquer sentido avançar com o DAB só por Lisboa. Arrancar implicará, de Sul para Norte, emissores nas seguintes elevações:
Arrábida (centralização do conjunto Grândola/Arrábida)*
Monsanto
Montejunto
Trevim (centralização do conjunto Trevim/Santo António da Neve)
Monte da Virgem (centralização do conjunto Monte da Virgem/Santa Justa)**
Marão (centralização do conjunto Marão/Lamego)***
Santa Marta das Cortiças (centralização do conjunto Sameiro/Santa Marta)
Muro*****
* - Os emissores da Arrábida aparentemente terão maior alcance, a questão de Sessimbra poderá ser solucionada com recurso a microcobertur
** - Uma alternativa que não sei se já foi devidamente estudada mas que penso que poderia funcionar ainda melhor que o Monte da Virgem, nomeadamente na progressão para interior: Nossa Senhora da Saúde nos Carvalhos, ou até a própria Serra da Freita.
*** - O emissor do Marão, apesar de em teoria servir o interior, é absolutamente fundamental na área mais interior da AMP, tal como o é Montejunto na zona norte da AML, e também a sul, cobrindo falhas de transição Monte da Virgem /Lousã, pelo que deve avançar em simultâneo e não apenas na segunda fase.
**** - No DAB é imprescindível que todas as estações dos grupos nacionais tenham frequência no Muro.
Dever-se-ia também procurar investir num desígnio que é da vontade da Euro Região Galiza-Norte de Portugal (como tal reconhecida pela UE) que é o de quer as nacionais portuguesas, quer as de Espanha, sejam ouvidas de Santiago de Compostela ao Porto. Em outras regiões raianas penso que haverá idêntico desejo, mas talvez não tão devidamente expressado politicamente.