Autor Tópico: Os acontecimentos do ano (e da década)  (Lida 1922 vezes)

O Bigode do Sala

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Os acontecimentos do ano (e da década)
« em: Dezembro 28, 2019, 07:22:22 pm »
Caros camaradas de fórum!

2019 está a terminar e, com isso, finda-se também uma década recheada de acontecimentos no espectro radiofónico.

Gostaria de vos perguntar quais, na vossa valorosa opinião, foram os momentos que mais marcaram o corrente ano e, se preferirem também referir, os que mais marcaram a década e o que prospectivam para os «loucos» anos 20.

Chego-me à frente.
Em 2019, gostaria de salientar a crise na TSF, as tímidas alterações na RFM e o surgimento da Rádio Estádio.
Na década, gostaria de ressalvar o fim do Rádio Clube, da Super FM e da Rádio Tágide (um acontecimento muito pessoal), a chegada da Rádio Comercial à liderança das audiências em 2012, a morte da onda longa em Portugal, a quase privatização das Antenas 2 e 3, a mudança de rumo no terceiro canal radiofónico da RTP em 2015 e o fim da aliança Covões Montez, com o espartilhamento de estações entre ambos.

Sobre os próximos 10 anos, prevejo o fim da Onda Média, o enfraquecimento progressivo do FM, com a possibilidade dos carros novos virem com o Android Radio incorporado e a rede de dados móveis ser suficientemente forte para que possamos ouvir podcasts (que continuaram a crescer cada vez mais) e estações de qualquer ponto do mundo, estejamos nós em Lisboa, ou em Agadoi - tendência já verificada nos últimos tempos.
A designação rádio poderá cair em desuso e será tendencialmente substituída pela palavra áudio.

Saudações!

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« Última modificação: Outubro 18, 2023, 01:29:58 am por AG »
«O que acontece no Mundo é que toda a gente que nasce, nasce de alguma maneira poeta! Inventor de algo que não havia no Mundo antes de eles nascerem!
E inteiramente individual: cada um poeta que é!»

Agostinho da Silva

Luis Carvalho

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Re: Os acontecimentos do ano (e da década)
« Responder #1 em: Dezembro 28, 2019, 09:21:15 pm »
A meu ver, os principais acontecimentos na área da rádio que ocorreram na última década serão:

- RTP: além do encerramento da Onda Curta e de vários emissores de Onda Média, é também de destacar o papel insubstituível do serviço público da Antena 1 aquando dos incêndios de 2017 e nos Verões de 2018 e 2019. Com profissionais disponíveis de madrugada para acompanhar em tempo real a evolução das situações ocorridas em vários pontos do país, a rádio estatal, ao contrário da RR e por vezes da TSF, tem, com os poucos recursos de que dispõe, feito os possíveis para informar as populações em tempo útil. E porque Portugal não é só o continente, sublinho  igualmente a chegada da Antena 3 aos Açores por via hertziana.

- Grupo RR: a mudança das instalações para a Quinta do Bom Pastor; destaco também a excelente cobertura da visita do Papa Francisco a Fátima, em 2017.

- MCR: Arranque da Smooth FM, que nos últimos tempos tem conseguido consolidar uma audiência razoável para o formato; destaque-se igualmente o lançamento da Vodafone FM. Também vale a pena mencionar o reforço da cobertura radioeléctrica da Rádio Comercial, através da instalação de novos emissores.

- Outros acontecimentos a considerar: separação das rádios detidas conjuntamente pelo engenheiro Luís Montez e pelo Álvaro Covões, com o primeiro a ficar com a Marginal e o segundo a passar a controlar na totalidade a Radar e a Oxigénio; lançamento da SBSR, da Rádio Observador e da Rádio Estádio (três projectos que prometiam muito, mas sabem a pouco...)



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Cumprimentos,
Luís Carvalho

Administrador do "Fórum da Rádio"

O Bigode do Sala

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Re: Os acontecimentos do ano (e da década)
« Responder #2 em: Dezembro 28, 2019, 10:12:56 pm »
A meu ver, os principais acontecimentos na área da rádio que ocorreram na última década serão:

- RTP: além do encerramento da Onda Curta e de vários emissores de Onda Média, é também de destacar o papel insubstituível do serviço público da Antena 1 aquando dos incêndios de 2017 e nos Verões de 2018 e 2019. Com profissionais disponíveis de madrugada para acompanhar em tempo real a evolução das situações ocorridas em vários pontos do país, a rádio estatal, ao contrário da RR e por vezes da TSF, tem, com os poucos recursos de que dispõe, feito os possíveis para informar as populações em tempo útil. E porque Portugal não é só o continente, sublinho  igualmente a chegada da Antena 3 aos Açores por via hertziana.

- Grupo RR: a mudança das instalações para a Quinta do Bom Pastor; destaco também a excelente cobertura da visita do Papa Francisco a Fátima, em 2017.

- MCR: Arranque da Smooth FM, que nos últimos tempos tem conseguido consolidar uma audiência razoável para o formato; destaque-se igualmente o lançamento da Vodafone FM. Também vale a pena mencionar o reforço da cobertura radioeléctrica da Rádio Comercial, através da instalação de novos emissores.

- Outros acontecimentos a considerar: separação das rádios detidas conjuntamente pelo engenheiro Luís Montez e pelo Álvaro Covões, com o primeiro a ficar com a Marginal e o segundo a passar a controlar na totalidade a Radar e a Oxigénio; lançamento da SBSR, da Rádio Observador e da Rádio Estádio (três projectos que prometiam muito, mas sabem a pouco...)



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É sempre um gosto ler as suas intervenções que gostaria que fossem mais recorrentes. =D

O senhor tocou num ponto que me esqueci de mencionar e que assumo um mea culpa por isso.
O enormíssimo serviço público prestado pela Antena 1 e pelas locais, aquando dos incêndios de 2017 e 2019.
Cheguei a trocar algumas impressões com o Miguel Freitas sobre isso e a rádio foi o meio mais eficaz e fluído de propagação da informação essencial às populações.
Sem electricidade e, consequentemente, sem internet ou rede móvel, foi graças às ondas hertzianas da Antena 1 e de muitas rádios locais (na minha região, a Hertz e a Antena Livre foram incansáveis para os parcos meios que possuem) que nos mantivemos informados do que se passava nas povoações e nas frentes de fogo.

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« Última modificação: Dezembro 30, 2019, 04:02:42 pm por O Bigode do Sala »
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Agostinho da Silva

AG

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Re: Os acontecimentos do ano (e da década)
« Responder #3 em: Dezembro 29, 2019, 12:36:57 am »
Penso que o fundamental dos acontecimentos do ano e da década estão já referidos, mas de qualquer modo quero também dar a minha opinião.

Sobre 2019:
- agitação no meio com o lançamento das rádios Observador e Estádio: a primeira soube a desilusão pois até ao momento nada de novo trouxe ao meio, com um modelo algo híbrido com uma informação relativamente light e música. A segunda, depois de uma fase tremendamente amadora nos conteúdos, nos profissionais e na técnica, parece-me do pouco que ouço que tem vindo a estabilizar nos últimos tempos e vamos ver - ou ouvir - o que 2020 nos trará.
- no grupo MCR: a consolidação da Smooth FM enquanto estação do grupo, com uma playlist de elevada qualidade, e a manutenção da Rádio Comercial enquanto líder.
- no grupo RR: o lento definhar da Rádio Sim, com os rumores que poderá encerrar em breve. RR a ter finalmente alguma recuperação de audiência com a contratação de Joana Marques.
- na TSF: a crise financeira aguda do grupo com reflexos na programação, em que a música ganhou predomínio nos últimos meses do ano. Curiosamente as audiências melhoraram, o que quer dizer que o caminho tem de ir por aí também.

Sobre a década:
- fim da Onda Curta em 2011 e o definhar da Onda Média - prevejo que na próxima década a OM termine de vez em Portugal. As coisas são o que são, isto faz parte da evolução tecnológica.
- MCR: muita instabilidade no início da década com o final lamentável do Rádio Clube Português em 2010, o equívoco chamado Star FM e finalmente em 2013, com a estabilização do grupo em cinco rádios: RC, M80, Cidade FM, Smooth FM e Vodafone FM, cobrindo praticamente todos os auditórios possíveis.
A par disso, finalmente em 2012 atingiram com a tão almejada liderança da Rádio Comercial no Bareme Rádio, e destaque também para a enorme subida da M80 a partir de 2017/18, sobretudo quando Vanda Miranda assumiu as manhãs. Também destaque para a consolidação da Vodafone e da Smooth enquanto rádios mais alternativas, mas nota negativa para o desinvestimento na Cidade que chegou a ter audiências muito baixas, as piores desde 2003.
- grupo RR: década muito difícil, foi o mais penalizado pela crise económica de 2011-14, com a Rádio Sim a sofrer mais. RFM perde a liderança de dez anos nas audiências, mas conseguiu apesar disso estar taco a taco e com perspectivas de recuperar a liderança mais cedo ou mais tarde. Já a irmã mais velha RR continuou num declínio acentuado com os programas da manhã de Pedro Tojal e de Dina Isabel a 'floparem'. Em 2016 volte face na programação, com mais palavra mas só este ano com o ingresso de Joana Marques é que parece existir uma tendência de recuperação.
- grupo RTP Rádio: programação muito estagnada nas três antenas ao longo da década. A renovação da Antena 3 em 2015 só ao fim de 4 anos a dar alguns resultados, mas nada de muito palpável. Penso que se impõem mudanças na cúpula de forma a haver algum refrescamento, sobretudo na Antena 1.
- a separação entre Luís Montez e Álvaro Covões que finalmente se tornam também concorrentes na rádio, depois dos eventos.
- o lento definhar e encerramento de rádios locais: projectos com maior escala regional precisam-se.
- a explosão dos podcasts, com reflexo nas rádios, que no geral passaram a ter mais palavra nas suas grelhas, o que é positivo.

Sobre o futuro, e como o texto já vai longo, dizer só que na próxima década ouvir rádio será ouvir através da internet qualquer estação em qualquer lugar e cada vez menos através do FM. Espero poder testemunhar isso, triste porque cresci com o FM mas ao mesmo feliz por assistir à evolução.

radiokilledtheMTVstar

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Re: Os acontecimentos do ano (e da década)
« Responder #4 em: Dezembro 29, 2019, 11:56:38 am »
Para resumir tantos destaques que acho relevantes nesta década da rádio portuguesa, decidi dividir os acontecimentos positivos e negativos que achei mais fulcrais.

Acontecimentos negativos:
Morte de dezenas de rádios locais pelos grandes grupos principalmente no Interior mas também nas AM de Lisboa e Porto (sendo o caso mais triste que presenciei a morte cruel da RC Matosinhos que fazia parte da vida de muita gente entre os quais a minha avó de 87 anos, para dar lugar a uma SBSR completamente irrelevante e fechada sobre si própria);
Adormecimento generalizado das rádios musicais (e em parte das generalistas) até meados de 2012/2013 com música a metro e serviços mínimos dos radialistas;
Anos negros da Antena 3 (2013-2018);
Baixas audiências das rádios generalistas;
Fim do RCP;
Adormecimento completo da RR até 2016;
Baixíssimo nível da playlist da RFM;
Recrutamento de youtubers sem qualquer experiência em rádio na Mega e Cidade;
Estado lastimável dos estúdios de Lisboa e as muitos afastamentos, cortes e trabalhadores em situação precária nas rádios da RTP.

Acontecimentos positivos:
Surgimento de novos talentos como Tiago Ribeiro, Rui M. Pêgo, André Santos, Mariana Oliveira, Joaquim Quadros, Vanessa Augusto e Alexandre Guimarães;
Implementação da Visual Radio principalmente pela RTP e Grupo Renascença (embora ainda precise de muitos desenvolvimentos);
(Re)aproximação das rádios ao público com exemplos como as tournées das Manhãs da Comercial e o Toca a Todos na Antena 3;
Aumento de palavra nas rádios musicais principalmente nas rádios jovens;
Sucesso da Smooth FM pondo fim à linha de fracassos da MCR com a Star FM e a fase final do RCP;
Surgimento da Rádio Estádio (embora ainda tenha que melhorar muito);
Explosão dos podcasts que não só atraem muitos novos públicos e que acabaram por aproximar muita gente que apenas ouvia rádio em viagem no carro, para além de que "abriram os olhos" a muitas rádios para que deixassem a obsessão pela música a metro (sabendo que não têm qualquer hipótese contra a variedade das plataformas de streaming);
Reformulação da RR em 2016 (embora quase tudo já tenha desaparecido do modelo inicial);
Remodelação/mudança de estúdios do Grupo Renascença, Comercial e TSF;
Surgimento de rádios online com alguma envergadura como a Portuense.

Tentando prever o futuro, o que se sempre arriscado, espero que a rádio continue a crescer em termos de números e de qualidade, que a crise nos media seja combatida de forma eficaz para que não se possa correr o risco de perder rádios como a TSF e que as rádios apostem ainda mais em ferramentas como o Visual Radio uma vez que como já se comprovou este ano só as ajudam a chegar a novos públicos.

Por aqui o texto também já vai longo mas pedia que se o desejarem passassem pelo tópico que criei há uns bons tempos onde vos sugiro que façam as vossas escolhas para as Figuras Radiofónicas do Ano (uma espécie de Oscars da Rádio ;)):
http://www.mundodaradio.org/forum/index.php?topic=425.0

pdf

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Re: Os acontecimentos do ano (e da década)
« Responder #5 em: Dezembro 29, 2019, 01:20:02 pm »
Nasci nos anos 80 e cresci (literalmente) a ouvir rádio. Ainda me lembro das 7 notas musicais que antecediam os noticiários da RR nos anos 80 e dos jingles sinistros antes dos noticiários da RDP-Antena 1, isto tudo através da audição dos meus pais ou dos meus vizinhos...

Comecei a ouvir rádio voluntariamente com uns 8/9 anos e apanhei a altura da legalização das locais, anos mais tarde a privatização da RC, a transformação da cristalizada Antena 1 em algo mais dinâmico, e o acontecimento que marcou a minha "vida radiofónica", o aparecimento da Antena 3 em 94.

Não quero tornar esta resposta um chorrilho de nostalgia. Serve antes de introdução ao que vou escrever a seguir.

Tenho imensa dificuldade em destacar aspectos de destaque, positivos ou negativos, em 2019 ou nesta década. Porque há muito que deixei de ouvir rádio com atenção e paixão. Uma pessoa cansa-se de ver projectos em que acredita simplesmente desaparecerem ou diluírem-se. Tive de me "esforçar" para me lembrar das coisas. Quando há paixão isso não devia acontecer e flui naturalmente...

Eu gostava de uma Antena 3 dos anos 90. Essa Antena 3 acabou.
Eu gostava do dinamismo da TSF do início. Esse dinamismo acabou.
Eu gostava de uma Rádio Nova cosmopolita. Esse cosmopolitismo acabou.
Eu gostava do RCP ressurgido. Esse RCP acabou.
Eu gostava da Nostalgia e da Nostalgia ressurgida. Essas duas Nostalgias acabaram.
Eu gostava das locais do meu concelho. As locais do meu concelho acabaram.
Eu gostava das locais do concelho ao lado do meu. Mas as locais do concelho ao lado do meu acabaram. Inclusive uma onde trabalhei...

Podia continuar, mas acho que já perceberam a ideia.

Cansei-me de ver a rádio de que gostava a desaparecer, e para mim foram perdas insubstituíveis.

Mas bem, vou tentar alguma coisa:

2019:

- Surgimento de proto-rádios: uma que serve para sustentar uma ideologia e suportada por deep pockets (felizmente agora temos o portal da transparência da ERC para confirmar isso), que nada trouxe ao panorama radiofónico nacional. Estou a falar da Observador, claro. Outra é a Estádio, que para mim é a Rádio Ringue ou a Rádio Skype. Sempre que lá passo estou a ouvir alguém a falar de bola com qualidade de chamada pela internet. Duas nulidades.

- Como já disseram, nota positiva para a Smooth este ano. Antigamente pensava que era apenas música de elevador, hoje é a rádio que mais ouço. Um mimo.

- O final anunciado entre mordaças da Rádio Sim e a inevitável passagem do seu património de emissores para a Mega.

--

Da década:

- O fim da Rádio Clube de Matosinhos. Por ser a última rádio da minha terra, doeu um pouco. Ainda por cima um ano depois de ter deixado de fazer rádio na local da terra ao lado, outra das resistentes... que entretanto também já acabou.

- O fim da RCM e da Lidador vieram dar lugar a rádios amorfas e fechadas, que nada trazem de novo ao universo radiofónico. Dois clubes de amigos a passar bandas de amigos com amigos em estúdio, e que só os amigos ouvem. Falo, claro está, da Vodafone FM e da SBSR. Dois cancros. Foi com tristeza que vi a Antena 3 a aproximar-se desse modelo, mas parece-me estar a fugir disso...

- O fim da RCM não foi tristeza imediata: trouxe de volta a Nostalgia, produto que apreciava e que muito me acompanhou até ao final abrupto e entrada em cena da pseudo-Rádio SBSR.

- O fim de várias locais por esse país fora. A provar que o processo de legalização no final dos oitentas foi um processo atabalhoado: não podia haver uma rádio por cada quintinha...

- Montez e Covões "parting ways". A RADAR manteve-se consistente, mas a Oxigénio, que outrora era uma rádio da minha eleição e com playlist irrepreensível, tornou-se uma amálgama de sons inaudíveis e rubricas sonsas. De fugir. A Marginal continua com uma playlist confusa, a Amália é uma referência na Grande Lisboa (merecia, de longe, os 90.4 MHz, mas para ontem!), a MEO SW é uma cassete e a SBSR... bem, já falei dela...

- A "crise" no equipamento da Antena 1. A falta de visão e de prioridades na RTP: Catarina Furtado e Fernando Mendes com salários milionários, jornalistas da Antena 1 sentados em cadeiras rotas, a mexer em mesas em ruínas e a operar Pastegas com a minha idade.

- O fim lento da Onda Média. Desaparecerá com toda a certeza na próxima década. Os emissores que avariarem a partir de agora não serão recuperados: nem pela RTP nem pela RR. Neste momento falece o de Montemor-o-Velho (630 kHz) e aposto que não voltará ao éter.

- YouTubers nas rádios jovens. Mas que raio... quem achou que isso seria boa ideia?

- Na MCR, mais consistência e profissionalismo. Quem se lembra do final da década passada e início desta? Um verdadeiro pântano de amadorismo. Agora temos produtos consistentes, coerentes e líderes. Comercial e M80 estão em posições invejáveis e a Smooth é uma estrela em ascensão. Merece mais emissores.

Não tenho muito mais a dizer. A paixão de outros tempos já era. Há uns 20 anos teria escrito muito mais.

Votos de excelente 2020 para todos.

estvmkt

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Re: Os acontecimentos do ano (e da década)
« Responder #6 em: Dezembro 29, 2019, 04:07:21 pm »
Eu acho que o principal já foi aqui dito.
Como vivo no interior continuo a achar que a oferta radiofónica continua a ser de tal forma que "burrifica" um pouco as pessoas,com playlist's mais de 90% banais...
Quem é de Lisboa ou Porto tem a Smooth,tem a Vodafone,tem uma Radar,tem uma Nova,tem uma Marginal.
Quem é do interior,tirando Antena 3,tem quase nada...e é pena que ao fim de uma década exista esta discriminação litoral vs interior... Esperava uma melhor oferta para o interior,mas infelizmente não vejo isso a acontecer...
De resto já foi tudo dito.
A MCR conseguiu fortalecer,após uma década transata que foi para esquecer desde a entrada de Pedro Tojal. Arrumou e bem a casa.
No grupo R/Com para esquecer,a fazer lembrar a MCR da década passada.
RTP,esperava-se mais,ainda para mais sendo rádio pública,é estranho acontecer o que todos nós sabemos...
Outros aspectos foi o surgimento de rádios ligadas ao desporto,principalmente ao futebol.
Quanto à Observador,nunca ouvi a mesma.
Também nesta década surgiram novas vozes: Rui Maria Pego, André Santos,Tiago Ribeiro,Diogo Pires,Pedro Fernandes,João Paulo Sousa,Diogo Pires,Gonçalo Câmara,Rui Simões,Artur Simões e Helder Tavares.