Autor Tópico: Rádio Observador  (Lida 372566 vezes)

SamM

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Re: Rádio Observador
« Responder #2865 em: Julho 24, 2024, 02:26:21 pm »
Sim, é uma crise imensa perder 877 mil euros quando tem acionistas por detrás como a Vodafone, Rudolf Gruner e muitos outros, não tinha ainda sequer 1,5% de audiência em 2022 e está a fazer aumentos de capital para não só ganhar escala, como absorver as perdas.

Já a TSF a perder aos 4 milhões de euros por ano e a não pagar salários à maluca a centenas de colaboradores é completamente normal e saudável. :)

Nothing to see here, carry on...


Apresente esses dados concretos... A TSF não deu 4 milhões de prejuízo em 2022 ou 2023... E quer comparar a extrutura instalada da TSF, quer seja em quadros, quer nas despesas de logistica, produção e reportagem?? Quantos colaboradores têm?

Memorias da Radio

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Re: Rádio Observador
« Responder #2866 em: Julho 24, 2024, 02:41:07 pm »
Sim, é uma crise imensa perder 877 mil euros quando tem acionistas por detrás como a Vodafone, Rudolf Gruner e muitos outros, não tinha ainda sequer 1,5% de audiência em 2022 e está a fazer aumentos de capital para não só ganhar escala, como absorver as perdas.

Já a TSF a perder aos 4 milhões de euros por ano e a não pagar salários à maluca a centenas de colaboradores é completamente normal e saudável. :)

Nothing to see here, carry on...


Apresente esses dados concretos... A TSF não deu 4 milhões de prejuízo em 2022 ou 2023... E quer comparar a extrutura instalada da TSF, quer seja em quadros, quer nas despesas de logistica, produção e reportagem?? Quantos colaboradores têm?

Quantas notícias quer? Tem sido só o tema mais à baila nestes últimos 9 meses.

https://expresso.pt/economia/media/2024-07-16-global-media-vendas-da-lusa-jn-tsf-e-o-jogo-estao-para-breve-recibos-verdes-recusam-novos-trabalhos-5d500bb9

16 de Julho de 2024. Na Global Media não se paga a um único recibo verde desde Março, veja bem. Março. E a TSF tinha recibos verdes, como toda a Global Media, e toda a empresa, aliás. E esta é a 2ª vez que se ouve falar de atrasos nisto - devo recordar que em Dezembro do passado estávamos a falar dos recibos verdes que não eram pagos desde Setembro.

Quanto aos resultados, a projeção original para o final do ano aqui há uns meses era de 4 M€ e foi nessa que me baseei. Entretanto fui ver, já passou Maio, já foram parece que entretanto publicados os resultados de 2023 e:

https://portaltransparencia.erc.pt/entidades-ocs/rádio-notícias-produções-e-publicidade-sa/?IdEntidade=97c17bdd-340d-e611-80c8-00505684056e&anoFinanceiro=2023&geral=dafin

2.47 M€ de prejuízo. E o passivo cresceu para perto dos 10 M€.

Já ouviu uma única referência de salários em atraso no Observador? Pois eu não, é tudo pago a tempo e horas até onde se sabe. Ter "uma grande estrutura" de pouco serve se depois ficamos a dever.
« Última modificação: Julho 24, 2024, 02:43:02 pm por Memorias da Radio »

SamM

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Re: Rádio Observador
« Responder #2867 em: Julho 24, 2024, 03:37:08 pm »
Sim, é uma crise imensa perder 877 mil euros quando tem acionistas por detrás como a Vodafone, Rudolf Gruner e muitos outros, não tinha ainda sequer 1,5% de audiência em 2022 e está a fazer aumentos de capital para não só ganhar escala, como absorver as perdas.

Já a TSF a perder aos 4 milhões de euros por ano e a não pagar salários à maluca a centenas de colaboradores é completamente normal e saudável. :)

Nothing to see here, carry on...


Apresente esses dados concretos... A TSF não deu 4 milhões de prejuízo em 2022 ou 2023... E quer comparar a extrutura instalada da TSF, quer seja em quadros, quer nas despesas de logistica, produção e reportagem?? Quantos colaboradores têm?

Quantas notícias quer? Tem sido só o tema mais à baila nestes últimos 9 meses.

https://expresso.pt/economia/media/2024-07-16-global-media-vendas-da-lusa-jn-tsf-e-o-jogo-estao-para-breve-recibos-verdes-recusam-novos-trabalhos-5d500bb9

16 de Julho de 2024. Na Global Media não se paga a um único recibo verde desde Março, veja bem. Março. E a TSF tinha recibos verdes, como toda a Global Media, e toda a empresa, aliás. E esta é a 2ª vez que se ouve falar de atrasos nisto - devo recordar que em Dezembro do passado estávamos a falar dos recibos verdes que não eram pagos desde Setembro.

Quanto aos resultados, a projeção original para o final do ano aqui há uns meses era de 4 M€ e foi nessa que me baseei. Entretanto fui ver, já passou Maio, já foram parece que entretanto publicados os resultados de 2023 e:

https://portaltransparencia.erc.pt/entidades-ocs/rádio-notícias-produções-e-publicidade-sa/?IdEntidade=97c17bdd-340d-e611-80c8-00505684056e&anoFinanceiro=2023&geral=dafin

2.47 M€ de prejuízo. E o passivo cresceu para perto dos 10 M€.

Já ouviu uma única referência de salários em atraso no Observador? Pois eu não, é tudo pago a tempo e horas até onde se sabe. Ter "uma grande estrutura" de pouco serve se depois ficamos a dever.


Então afinal não eram os 4M por que falava, era quase metade em 2023 e menos de 1M em 2022... Era conveniente sermos rigorosos no que escrevemos para não criar ideias falsas aos interlocutores deste fórum. E também convém perceber que tipo de produto, bem como a estrutura de custos fixos e de produção entre as duas entidades. Acho que neste aspecto estamos de acordo, apenas como exemplo poderme-ia dizer quantas reporteres enviou a Observador à Ucrânia e quantos dias foram...

Quanto à questão do "não pagamento" a colaboradores de recibo verde, é de lamentar de todo na TSF, como em outro qualquer meio de comunicação social neste país. Felizmente a Observador pode-se gabar de ter sido o único OCS que recusou apoios estatais durante o COVID e isso diz bem do fundo de maneio e da capacidade dos seus investidores em manter o projeto de pé em tempo de vacas magras.

São esses mesmos investidores que, contrariando a corrente, entendem que podem tirar muitos benefícios num sector em crise profunda, como todos sabemos.
É esse o cerne da questão? Terão descoberto a pólvora, ou há outros interesses que vão muito além do propósito base?

Memorias da Radio

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Re: Rádio Observador
« Responder #2868 em: Julho 24, 2024, 06:43:06 pm »
Então afinal não eram os 4M por que falava, era quase metade em 2023 e menos de 1M em 2022... Era conveniente sermos rigorosos no que escrevemos para não criar ideias falsas aos interlocutores deste fórum. E também convém perceber que tipo de produto, bem como a estrutura de custos fixos e de produção entre as duas entidades. Acho que neste aspecto estamos de acordo, apenas como exemplo poderme-ia dizer quantas reporteres enviou a Observador à Ucrânia e quantos dias foram...

Quanto à questão do "não pagamento" a colaboradores de recibo verde, é de lamentar de todo na TSF, como em outro qualquer meio de comunicação social neste país. Felizmente a Observador pode-se gabar de ter sido o único OCS que recusou apoios estatais durante o COVID e isso diz bem do fundo de maneio e da capacidade dos seus investidores em manter o projeto de pé em tempo de vacas magras.

São esses mesmos investidores que, contrariando a corrente, entendem que podem tirar muitos benefícios num sector em crise profunda, como todos sabemos.
É esse o cerne da questão? Terão descoberto a pólvora, ou há outros interesses que vão muito além do propósito base?

Na verdade e se quer fazer mesmo em rigor nem a sua, nem a minha: os 2,47 M€ são resultados antes de dívidas, juros, impostos e etc. Os resultados líquidos finais são:

2020: -2.132 M€
2021: -289 m€
2022: -1.211 M€ (não é menos de 1 milhão, é mais)
2023: -3.251 M€.

No segundo semestre, apesar dos múltiplos problemas com pagamentos, da regularização destes ter sido tardia, e mais umas quantas coisas, conseguiram ainda assim tirar mais 1,25 M€ de prejuízo. No segundo semestre. Com a grelha no estado em que se viu. Com o problema social que se gerou. Com a rádio no estado depauperado em que estava. Com tudo isso, apesar disso, ainda conseguiram fazer 1,25 M€ de prejuízo. Vai-me dizer que isto é normal?

A ideia, como percebe, não é falsa. Embora conceda que continua a não ser "perto de 4 M€", é inegável que é um prejuízo elevadíssimo e a escala dos números não mente, nem deixa margem para dúvidas, independente de qualquer imprecisão.

Não há diferenças no tipo de produto, ambas são rádios de informação. Aliás, neste momento a TSF para mim está inferior até ao momento, basta ouvir o que sai para a antena. As diferenças neste momento resumem-se a:
- blocos informativos fortemente enfraquecidos a várias horas nos titulares da apresentação (ainda bem redigidos);
- uma plástica nova que ficou pela metade apesar de uma empresa espanhola ter sido bem paga para a fazer (Musicaly), sem qualquer razão que se anteveja para isso, há meses (outro excelente exemplo de gestão);
- uma continuidade inconsistente, que anda entre o bom (Rui Lameira, Francisco Mateus, etc) e o péssimo (ninguém fala do desgaste do César Santos na hora de ponta da manhã?)

Valha a música, que é boa.

Na verdade ninguém descobriu a pólvora - em qualquer mercado mais saturado, e em particular neste país, tem que se aceitar perder bastante dinheiro para depois o começar a ganhar. E aqui não é diferente. É pura decisão de gestão e de investimento.

SamM

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Re: Rádio Observador
« Responder #2869 em: Julho 25, 2024, 09:34:01 am »
Então afinal não eram os 4M por que falava, era quase metade em 2023 e menos de 1M em 2022... Era conveniente sermos rigorosos no que escrevemos para não criar ideias falsas aos interlocutores deste fórum. E também convém perceber que tipo de produto, bem como a estrutura de custos fixos e de produção entre as duas entidades. Acho que neste aspecto estamos de acordo, apenas como exemplo poderme-ia dizer quantas reporteres enviou a Observador à Ucrânia e quantos dias foram...

Quanto à questão do "não pagamento" a colaboradores de recibo verde, é de lamentar de todo na TSF, como em outro qualquer meio de comunicação social neste país. Felizmente a Observador pode-se gabar de ter sido o único OCS que recusou apoios estatais durante o COVID e isso diz bem do fundo de maneio e da capacidade dos seus investidores em manter o projeto de pé em tempo de vacas magras.

São esses mesmos investidores que, contrariando a corrente, entendem que podem tirar muitos benefícios num sector em crise profunda, como todos sabemos.
É esse o cerne da questão? Terão descoberto a pólvora, ou há outros interesses que vão muito além do propósito base?

Na verdade e se quer fazer mesmo em rigor nem a sua, nem a minha: os 2,47 M€ são resultados antes de dívidas, juros, impostos e etc. Os resultados líquidos finais são:

2020: -2.132 M€
2021: -289 m€
2022: -1.211 M€ (não é menos de 1 milhão, é mais)
2023: -3.251 M€.

No segundo semestre, apesar dos múltiplos problemas com pagamentos, da regularização destes ter sido tardia, e mais umas quantas coisas, conseguiram ainda assim tirar mais 1,25 M€ de prejuízo. No segundo semestre. Com a grelha no estado em que se viu. Com o problema social que se gerou. Com a rádio no estado depauperado em que estava. Com tudo isso, apesar disso, ainda conseguiram fazer 1,25 M€ de prejuízo. Vai-me dizer que isto é normal?

A ideia, como percebe, não é falsa. Embora conceda que continua a não ser "perto de 4 M€", é inegável que é um prejuízo elevadíssimo e a escala dos números não mente, nem deixa margem para dúvidas, independente de qualquer imprecisão.

Não há diferenças no tipo de produto, ambas são rádios de informação. Aliás, neste momento a TSF para mim está inferior até ao momento, basta ouvir o que sai para a antena. As diferenças neste momento resumem-se a:
- blocos informativos fortemente enfraquecidos a várias horas nos titulares da apresentação (ainda bem redigidos);
- uma plástica nova que ficou pela metade apesar de uma empresa espanhola ter sido bem paga para a fazer (Musicaly), sem qualquer razão que se anteveja para isso, há meses (outro excelente exemplo de gestão);
- uma continuidade inconsistente, que anda entre o bom (Rui Lameira, Francisco Mateus, etc) e o péssimo (ninguém fala do desgaste do César Santos na hora de ponta da manhã?)

Valha a música, que é boa.

Na verdade ninguém descobriu a pólvora - em qualquer mercado mais saturado, e em particular neste país, tem que se aceitar perder bastante dinheiro para depois o começar a ganhar. E aqui não é diferente. É pura decisão de gestão e de investimento.

Esta "discussão é vã" pois limita-se a debitar factos descontextualizados e que ignoram, conforme já referido, o cerne da questão.
Quando coloquei aqui os números, não era objeto discutir se o locutor X está cansado, ou se o prejuízo da TSF ou de outro grupo qualquer foi superior ou inferior ao da Observador.
Isso é uma discussão que não pode ser feita da maneira que quer seguir, porque entram em jogo múltiplas variáveis de instalação, custos fixos, produção, etc, etc e a própria fase do projecto em que a TSF se encontra, com "quadros velhos" e dinâmicas reivindicativas e direitos laborais consagrados que o tornam por si só um projeto mais pesado que a Observador neste momento.

Se me dissesse assim, e quisesse comparar a dinâmica e resultados do projeto TSF com 7 ou 8 anos de lançamento no mercado e o da Observador, era concerteza mais ajustado.

Olhe, do que me lembro é que a TSF nos anos 90 era já uma referencia de abrangência nacional, numa altura em que nem havia emissões online, de norte a sul, e tinha nos seus quadros nomes grandes do jornalismo e também do desporto como o Jorge Perestrelo, Fernando Correia, Paulo Sérgio, Mário Fernando, Carlos Daniel, etc, etc, para já não falar de jornalistas como a Judite Menezes ou a Ana Cristina Henriques, só para citar alguns nomes. A grande reportagem, os programas como Quadratura do Circulo que ainda hoje subsistem e já passaram 30 anos...  Ainda hoje a TSF preserva e é exemplo no desporto e a Observador fica muito áquem, bem como no investimento que ainda faz em reportagens no exterior.

semog

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Re: Rádio Observador
« Responder #2870 em: Julho 25, 2024, 11:53:43 am »
Alguém tem conhecimento para quando é que a Observador chegará à frequência da Emissora das Beiras (91.2 MHz)?

pdnf

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Re: Rádio Observador
« Responder #2871 em: Julho 25, 2024, 05:36:19 pm »
Ainda relativamente aos 94.0, noto uma qualidade de som inferior a 92.6 (que por ser idêntica a 93.7 e 98.7, permite concluir, qualidade de som inferior aos restantes emissores da rede). O som soa comprimido e, portanto, com baixa gama dinâmica. Pelo que pude constatar ontem, a emissão está desfasada de 92.6, portanto, a emissão não está sincronizada com os restantes emissores.

Confirmo ambas as situações, mantem-se o desfazamento em relação aos emissores do Porto e de Rui Maior que o pdf já havia referido (presumo que em relação a Lisboa também). Também tenho essa sensação, que o som está comprimido. Nos graves nota-se o ressoar nas colunas.

Sobre a comparação Observador / TSF, evidentemente que não se pode comparar uma TSF com 35 anos com uma Observador com 5. Claro que a estrutura de custos é, evidentemente outra. Contudo, tal como o Memórias referiu, no início de qualquer negócio, e diria que a Observador está na fase em que se não se inverte a tendência nos próximos 2 anos, ficará dependente da boa-vontade dos acionistas de entenderem que o projeto é relevante e justifica a perda de dinheiro, ou pode ter que ser pensado o produto ou até a sua continuidade. Contudo, comparar os primeiros 5 anos da TSF,.que cresceu nos loucos anos 90, com as vacas magras dos tempos da COVID, em que existiu uma fuga massiva das pessoas das rádios de informação para as musicais e para as TVs do mesmo tipo, é comparar água com vinho do melhor. Lembremo-nos que só no inicio de 2021 é que se completaram as redes em Lisboa e Porto com 88.1 S. João da Madeira e 93.7 Amadora.
Rádio é:
Ir ao fim da Rua, a ligar Portugal, aconteça o que acontecer.
Mais música nova para sentir (e decidir).
Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
É a arte que toca, mais do que música...PESSOAS. Ah, and all that "unique" soul.

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Re: Rádio Observador
« Responder #2872 em: Julho 25, 2024, 06:23:27 pm »
Esta "discussão é vã" pois limita-se a debitar factos descontextualizados e que ignoram, conforme já referido, o cerne da questão.

Ah sim, são descontextualizados, são. Tão descontextualizados que ainda nem a TSF saiu deles ou está salva por inteiro (só quando a venda se concretizar, espero que depressa). Mas sim, totalmente, oh claro.

Citar
Quando coloquei aqui os números, não era objeto discutir se o locutor X está cansado, ou se o prejuízo da TSF ou de outro grupo qualquer foi superior ou inferior ao da Observador.
Isso é uma discussão que não pode ser feita da maneira que quer seguir

Eu sigo as discussões como eu bem as entender. As pessoas respondem como bem entenderem. Ambos usamos da nossa liberdade para isso e é assim que funciona - justo para todas as partes.

Citar
, porque entram em jogo múltiplas variáveis de instalação, custos fixos, produção, etc, etc e a própria fase do projecto em que a TSF se encontra, com "quadros velhos" e dinâmicas reivindicativas e direitos laborais consagrados que o tornam por si só um projeto mais pesado que a Observador neste momento.

Não deve ter certamente ouvido falar no conceito de cessão de alvará, de despedimentos coletivos, de inadequação/extinção do posto de trabalho, etc. Nada está consagrado na vida, está tudo em permanente mutação. Se a TSF não pode pagar instalações nas Torres de Lisboa vai para outro local, se não pode pagar jornalistas faz outras coisas, etc. De qualquer forma os problemas estão longe de ser os custos fixos com trabalhadores, ainda que totalmente inadequados - ainda outro dia se soube que o processamento de salários ronda os 200 mil euros por mês para a TSF (ou seria para a Global Media?), faz parte de outra notícia, e não foi seguramente o excesso de trabalhadores só por si a causar tamanho prejuízo.

Se tivesse lido os meus escritos em tempo, em vez de cair aqui feito paraquedista a tentar dominar um debate onde não esteve - porque não esteve - há 6-9 meses, saberia que eu sou integralmente pela teoria de que houve gestão danosa na TSF, isto é, coloco a tónica do lado da administração, não dos trabalhadores. O mercado rádio está em contração há +20 anos, era o que mais faltava que eu colocasse este tema do lado deles. Agora, gosto de brio.

Citar
Se me dissesse assim, e quisesse comparar a dinâmica e resultados do projeto TSF com 7 ou 8 anos de lançamento no mercado e o da Observador, era concerteza mais ajustado.

Não, não seria. 1996 não é comparável a 2024 em nenhuma forma ou função. A começar pelo facto de que a TSF estava num grupo coeso, o bolo do mercado publicitário rádio era muito superior ao que é hoje (e já com fortes quedas de 94 para 95), etc etc etc.

Sugiro que estude sobre o contexto do mercado e da estação na década de 90, como eu fiz e faço continuamente, para que seja possível falar sobre este tema com maior e melhor conhecimento.

Citar
Olhe, do que me lembro é que a TSF nos anos 90 era já uma referencia de abrangência nacional, numa altura em que nem havia emissões online, de norte a sul, e tinha nos seus quadros nomes grandes do jornalismo e também do desporto como o Jorge Perestrelo, Fernando Correia, Paulo Sérgio, Mário Fernando, Carlos Daniel, etc, etc, para já não falar de jornalistas como a Judite Menezes ou a Ana Cristina Henriques, só para citar alguns nomes. A grande reportagem, os programas como Quadratura do Circulo que ainda hoje subsistem e já passaram 30 anos...  Ainda hoje a TSF preserva e é exemplo no desporto e a Observador fica muito áquem, bem como no investimento que ainda faz em reportagens no exterior.

O desporto em tempo algum foi comparado por mim aqui, eu comparo as estações num todo, mas de qualquer forma foi múltiplas vezes noticiado aqui falhas críticas - a expressão é clara, críticas - de cobertura da TSF que a sua concorrência direta, Observador ou outra, cobrem ou transmitem.

A TSF foi uma referência até meados dos anos 2000. Encontra-se em decadência progressiva desde então, e foi ultrapassada pela Rádio Observador e pela própria Antena 1, sendo que em particular esta 2ª está na sua melhor fase dos últimos 20 ou 25 anos e tem tanto ou mais para falar de estrutura que a TSF. Não isenta de falhas, mas atrevo-me completamente a dizer: o público está a gerir melhor que o privado, e a Antena 1 está a gerir muito melhor que a TSF, embrenhada em fortes problemas de gestão que têm de ser resolvidos.

Mas entendo o seu nervosismo. A TSF está pela 1ª vez à beira de perder a posição que tinha em Lisboa para o Observador, é natural que só agora isto seja um tema. É o normal - as coisas quando estão longe não nos assustam, não desejamos levantar e procurar arranjar fantasmas de intenções terceiras e etc sobre estações... isso é Portugal no seu melhor, estou mais que habituado. Mentalidade tacanha e falta de nobreza de espírito assim se caracteriza. É a vida.

E não me entenda mal, espero que a TSF na nova administração leve um bom abanão, se safe e ocupe a posição que deve ocupar e a rede que tem para isso seja devidamente valorizada, há sinais disso e há melhorias em 3 anos, mas não nos coloquemos a glossar ou a invejar de memórias passadas onde não há para glossar - porque esta TSF, exceção feita às madrugadas, é um caco. E fim de conversa, que eu tenho mais que fazer que ficar aqui a dar à letra.

Sobre a comparação Observador / TSF, evidentemente que não se pode comparar uma TSF com 35 anos com uma Observador com 5. Claro que a estrutura de custos é, evidentemente outra. Contudo, tal como o Memórias referiu, no início de qualquer negócio, e diria que a Observador está na fase em que se não se inverte a tendência nos próximos 2 anos, ficará dependente da boa-vontade dos acionistas de entenderem que o projeto é relevante e justifica a perda de dinheiro, ou pode ter que ser pensado o produto ou até a sua continuidade. Contudo, comparar os primeiros 5 anos da TSF,.que cresceu nos loucos anos 90, com as vacas magras dos tempos da COVID, em que existiu uma fuga massiva das pessoas das rádios de informação para as musicais e para as TVs do mesmo tipo, é comparar água com vinho do melhor. Lembremo-nos que só no inicio de 2021 é que se completaram as redes em Lisboa e Porto com 88.1 S. João da Madeira e 93.7 Amadora.

E aliás, o Observador esteve nesses 5 anos a fazer crescimento que, não podemos negar, foi lento, sustentado mas lento, ficando a rondar bastante na casa de 1%. Primeiro cresce em Lisboa e Porto e depois é que está agora a crescer de forma mais significativa, mas a rede FM também é muito maior. Agora, comparar 1996 (assumindo da legalização, Março de 89), com 2024... o mundo mudou. Podemos é não gostar disso.

« Última modificação: Julho 25, 2024, 06:28:56 pm por Memorias da Radio »

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Re: Rádio Observador
« Responder #2873 em: Julho 25, 2024, 10:41:15 pm »
Esta "discussão é vã" pois limita-se a debitar factos descontextualizados e que ignoram, conforme já referido, o cerne da questão.

Ah sim, são descontextualizados, são. Tão descontextualizados que ainda nem a TSF saiu deles ou está salva por inteiro (só quando a venda se concretizar, espero que depressa). Mas sim, totalmente, oh claro.

Citar
Quando coloquei aqui os números, não era objeto discutir se o locutor X está cansado, ou se o prejuízo da TSF ou de outro grupo qualquer foi superior ou inferior ao da Observador.
Isso é uma discussão que não pode ser feita da maneira que quer seguir

Eu sigo as discussões como eu bem as entender. As pessoas respondem como bem entenderem. Ambos usamos da nossa liberdade para isso e é assim que funciona - justo para todas as partes.

Citar
, porque entram em jogo múltiplas variáveis de instalação, custos fixos, produção, etc, etc e a própria fase do projecto em que a TSF se encontra, com "quadros velhos" e dinâmicas reivindicativas e direitos laborais consagrados que o tornam por si só um projeto mais pesado que a Observador neste momento.

Não deve ter certamente ouvido falar no conceito de cessão de alvará, de despedimentos coletivos, de inadequação/extinção do posto de trabalho, etc. Nada está consagrado na vida, está tudo em permanente mutação. Se a TSF não pode pagar instalações nas Torres de Lisboa vai para outro local, se não pode pagar jornalistas faz outras coisas, etc. De qualquer forma os problemas estão longe de ser os custos fixos com trabalhadores, ainda que totalmente inadequados - ainda outro dia se soube que o processamento de salários ronda os 200 mil euros por mês para a TSF (ou seria para a Global Media?), faz parte de outra notícia, e não foi seguramente o excesso de trabalhadores só por si a causar tamanho prejuízo.

Se tivesse lido os meus escritos em tempo, em vez de cair aqui feito paraquedista a tentar dominar um debate onde não esteve - porque não esteve - há 6-9 meses, saberia que eu sou integralmente pela teoria de que houve gestão danosa na TSF, isto é, coloco a tónica do lado da administração, não dos trabalhadores. O mercado rádio está em contração há +20 anos, era o que mais faltava que eu colocasse este tema do lado deles. Agora, gosto de brio.

Citar
Se me dissesse assim, e quisesse comparar a dinâmica e resultados do projeto TSF com 7 ou 8 anos de lançamento no mercado e o da Observador, era concerteza mais ajustado.

Não, não seria. 1996 não é comparável a 2024 em nenhuma forma ou função. A começar pelo facto de que a TSF estava num grupo coeso, o bolo do mercado publicitário rádio era muito superior ao que é hoje (e já com fortes quedas de 94 para 95), etc etc etc.

Sugiro que estude sobre o contexto do mercado e da estação na década de 90, como eu fiz e faço continuamente, para que seja possível falar sobre este tema com maior e melhor conhecimento.

Citar
Olhe, do que me lembro é que a TSF nos anos 90 era já uma referencia de abrangência nacional, numa altura em que nem havia emissões online, de norte a sul, e tinha nos seus quadros nomes grandes do jornalismo e também do desporto como o Jorge Perestrelo, Fernando Correia, Paulo Sérgio, Mário Fernando, Carlos Daniel, etc, etc, para já não falar de jornalistas como a Judite Menezes ou a Ana Cristina Henriques, só para citar alguns nomes. A grande reportagem, os programas como Quadratura do Circulo que ainda hoje subsistem e já passaram 30 anos...  Ainda hoje a TSF preserva e é exemplo no desporto e a Observador fica muito áquem, bem como no investimento que ainda faz em reportagens no exterior.

O desporto em tempo algum foi comparado por mim aqui, eu comparo as estações num todo, mas de qualquer forma foi múltiplas vezes noticiado aqui falhas críticas - a expressão é clara, críticas - de cobertura da TSF que a sua concorrência direta, Observador ou outra, cobrem ou transmitem.

A TSF foi uma referência até meados dos anos 2000. Encontra-se em decadência progressiva desde então, e foi ultrapassada pela Rádio Observador e pela própria Antena 1, sendo que em particular esta 2ª está na sua melhor fase dos últimos 20 ou 25 anos e tem tanto ou mais para falar de estrutura que a TSF. Não isenta de falhas, mas atrevo-me completamente a dizer: o público está a gerir melhor que o privado, e a Antena 1 está a gerir muito melhor que a TSF, embrenhada em fortes problemas de gestão que têm de ser resolvidos.

Mas entendo o seu nervosismo. A TSF está pela 1ª vez à beira de perder a posição que tinha em Lisboa para o Observador, é natural que só agora isto seja um tema. É o normal - as coisas quando estão longe não nos assustam, não desejamos levantar e procurar arranjar fantasmas de intenções terceiras e etc sobre estações... isso é Portugal no seu melhor, estou mais que habituado. Mentalidade tacanha e falta de nobreza de espírito assim se caracteriza. É a vida.

E não me entenda mal, espero que a TSF na nova administração leve um bom abanão, se safe e ocupe a posição que deve ocupar e a rede que tem para isso seja devidamente valorizada, há sinais disso e há melhorias em 3 anos, mas não nos coloquemos a glossar ou a invejar de memórias passadas onde não há para glossar - porque esta TSF, exceção feita às madrugadas, é um caco. E fim de conversa, que eu tenho mais que fazer que ficar aqui a dar à letra.

Sobre a comparação Observador / TSF, evidentemente que não se pode comparar uma TSF com 35 anos com uma Observador com 5. Claro que a estrutura de custos é, evidentemente outra. Contudo, tal como o Memórias referiu, no início de qualquer negócio, e diria que a Observador está na fase em que se não se inverte a tendência nos próximos 2 anos, ficará dependente da boa-vontade dos acionistas de entenderem que o projeto é relevante e justifica a perda de dinheiro, ou pode ter que ser pensado o produto ou até a sua continuidade. Contudo, comparar os primeiros 5 anos da TSF,.que cresceu nos loucos anos 90, com as vacas magras dos tempos da COVID, em que existiu uma fuga massiva das pessoas das rádios de informação para as musicais e para as TVs do mesmo tipo, é comparar água com vinho do melhor. Lembremo-nos que só no inicio de 2021 é que se completaram as redes em Lisboa e Porto com 88.1 S. João da Madeira e 93.7 Amadora.

E aliás, o Observador esteve nesses 5 anos a fazer crescimento que, não podemos negar, foi lento, sustentado mas lento, ficando a rondar bastante na casa de 1%. Primeiro cresce em Lisboa e Porto e depois é que está agora a crescer de forma mais significativa, mas a rede FM também é muito maior. Agora, comparar 1996 (assumindo da legalização, Março de 89), com 2024... o mundo mudou. Podemos é não gostar disso.


Já vi que sistematicamente foge do "cerne da questão" que o próprio colega "pndf" referiu... Só por interesses muito acima do que é "informar o povo" é que um projecto insiste tantos anos seguidos com múltiplos prejuizos consecutivos... Só o fazem porque podem e porque os dividendos que vão recuperar (seja de que forma for) superam o investimento atual e futuro, ou então, se assim não for, estamos simplesmente a falar de um projeto para "lavagem de dinheiro", até porque não se preveêm mudanças positivas a nível de retorno para os OCS em geral, com incidência na rádio e jornais.

Ainda pouco referia que "Eu sigo as discussões como eu bem as entender. "... Pois bem, pode fazê-lo sim, mas se é esse o seu caminho, de usar num fórum que serve para debate de ideias entre participantes, uma linguagem e uma escolha selectiva de nuances, afastando propositadamente do contexto geral, para se fixar no pormenor, não conte comigo.

Por fim, quando cita o "meu nervosismo", sobre a situação e interesse na TSF, quem lê fica com a ideia que sou parte interessada no processo. Feliz era que não tivesse afirmações dessa natureza, não me conhece de lado nenhum e está ao nível da consistência de dados que apresentou no inicio da conversação, colocando na mesa de 4M, quando a verdade é que o valor era bem inferior.

Ao contrário de muitos que se escondem neste fórum, com nicknames e trabalham direta ou indiretamente na rádio, ou são amigos pessoais destes, o meu nickname são as iniciais do meu nome e não tenho qualquer relação com qualquer destes agentes de rádios nacionais. Simplesmente gosto da rádio, pela rádio! Espero sinceramente que o seu enquadramento seja igual ao meu, caso contrário, percebe-se claramente a razão de defender com tanto afinco a Rádio Observador.
« Última modificação: Julho 25, 2024, 10:48:29 pm por SamM »

Zeca 2021

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Re: Rádio Observador
« Responder #2874 em: Julho 29, 2024, 06:43:00 pm »
O Grande incêndio ocorrido hoje na zona ocidental do Porto sem qualquer repórter da Observador no local, mostra bem como são uma rádio local de Lisboa, que fisicamente não existe fora dos seus estúdios lisboetas. Parabéns à TSF e Antena 1 com repórteres no local.

A Observador fora de Lisboa só sobrevive graças às TVs de informação nas quais obtém informação.

nelsonsoares

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Re: Rádio Observador
« Responder #2875 em: Julho 29, 2024, 07:21:27 pm »
O Grande incêndio ocorrido hoje na zona ocidental do Porto sem qualquer repórter da Observador no local, mostra bem como são uma rádio local de Lisboa, que fisicamente não existe fora dos seus estúdios lisboetas. Parabéns à TSF e Antena 1 com repórteres no local.

A Observador fora de Lisboa só sobrevive graças às TVs de informação nas quais obtém informação.
Zeca, não sei se não reparou, ou se é propositado para difamar a Observador, mas a Observador cobriu sim o incêndio no local, inclusive, foi um bom amigo meu da rádio que fez essa cobertura.

nelsonsoares

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Re: Rádio Observador
« Responder #2876 em: Julho 29, 2024, 07:31:27 pm »
O Grande incêndio ocorrido hoje na zona ocidental do Porto sem qualquer repórter da Observador no local, mostra bem como são uma rádio local de Lisboa, que fisicamente não existe fora dos seus estúdios lisboetas. Parabéns à TSF e Antena 1 com repórteres no local.

A Observador fora de Lisboa só sobrevive graças às TVs de informação nas quais obtém informação.
Zeca, não sei se não reparou, ou se é propositado para difamar a Observador, mas a Observador cobriu sim o incêndio no local, inclusive, foi um bom amigo meu da rádio que fez essa cobertura.
Para justificar a minha afirmação, a imagem do local, com o micro da Observador.

Zeca 2021

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Re: Rádio Observador
« Responder #2877 em: Julho 29, 2024, 08:21:39 pm »
Lá chegou a correr depois. Sabe que isto de estar quase sozinho fora da casa mãe é complicado. Depois coloco imagens do primeiro briefing sem ninguém da Observador.

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Re: Rádio Observador
« Responder #2878 em: Julho 29, 2024, 08:48:16 pm »
Lá está o Zeca com a sua falácia preferida: moving the goalposts…


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Memorias da Radio

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Re: Rádio Observador
« Responder #2879 em: Julho 29, 2024, 09:40:05 pm »
Lá está o Zeca com a sua falácia preferida: moving the goalposts…


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E é porque houve imagem, porque se não tivesse havido ainda cá estávamos...