As rádios portuguesas terão todas juntas aproximadamente 5 pessoas na Alemanha...
A Renascença andou a anunciar em antena para aí uns 7 ou 8 nomes que estariam em missão especial de acompanhamento ao Euro, agora se alguns estão na delegação da Buraca ou de Mafamude na Alemanha, isso é outra conversa. Parece-me que será o caso.
Há que perceber a diferença de escala. A audiência das nossas quatro rádios tendencialmente de palavra, todas juntas, não devem chegar aos níveis da Ondacero, mesmo fazendo o ajuste per capita, quanto mais da COPE ou da SER. Não há grande hipótese, a rádio em Portugal é vista como um meio menor, diria que até a imprensa escrita é capaz de ter mais prestígio. Por outro lado, o Estado Novo cultivou uma ideia de rádio muito associada à música, porque era conveniente para o regime. 50 anos depois, ainda não fomos capazes de desbravar terreno nesse aspeto. Agora vou-lhe mandar uma bicada amigável. Sabe porque é que acho que isso também acontece muito? Distância face ao país real.
Na quinta-feira, feriado em Lisboa, ouvi na Observador uma bacorada tão grande, que achei mesmo lamentável. Neste caso, da convidada do contra corrente, Maria Pignatelli. A Carla Jorge de Carvalho, a dada altura, questiona-a se encontra grandes diferenças entre os festejos de Santo António em Lisboa e de São João no Porto. Qualquer pessoa que conheça minimamente as duas cidades compreende que descontadas as diferenças são ambas festas populares de massas, em Lisboa as marchas são mais expressivas e no Porto há os martelinhos. Eis a resposta da convidada: as festividades de Lisboa são essencialmente urbanas e cultas, as do Porto são totalmente rurais e associadas aos assalariados. Desculpem, deixem-me ser adolescente: LOLOL!
Isto segundos depois de ter referido como exemplo a Madragoa que tem raízes profundas na comunidade Vareira e piscatória de Ovar, o que é verdade, e que isso acontecia com a maioria dos bairros, relativamente a outros concelhos do país.
O tema do contra-corrente, já de si relevantíssimo, eram as festividades de Santo António. Começo já por dizer que espero que façam o mesmo no dia 24/06, São João, é feriado em Vila do Conde onde têm o emissor, e também no dia 29/06, São Pedro, é feriado no Seixal. Por acaso, 13/06 não é feriado em nenhum dos municípios da cobertura da Observador, mas adiante, assumamos que é o da Amadora.
É um exemplo, vale o que vale, mas o que acha que sente um portuense ao ouvir uma bacorada destas? Acha que isto os aproxima ao auditório?