Autor Tópico: Futuro da Rádio em Portugal  (Lida 40839 vezes)

pdnf

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #165 em: Novembro 02, 2023, 09:24:27 am »
https://www.msn.com/pt-pt/noticias/other/ps-e-psd-chegam-a-acordo-para-indicar-helena-sousa-como-presidente-da-erc/ar-AA1jfMC3?rc=1&ocid=winp1taskbar&cvid=928b7c976a7c4731f00291cb93882d42&ei=7

Há novo Conselho Regulador e uma nova presidente, que, a meu ver, tem um conflito de interesses por já ter estado ligada à RTP. Mas também já se percebeu que há um histórico de regulação muito mais branda com o serviço público, portanto...não deve mudar nada.
Rádio é:
Ir ao fim da Rua, a ligar Portugal, aconteça o que acontecer.
Mais música nova para sentir (e decidir).
Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
É a arte que toca, mais do que música...PESSOAS. Ah, and all that "unique" soul.

Memorias da Radio

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #166 em: Novembro 02, 2023, 07:24:55 pm »
Vai tratar o final do dossier da TDT, e vai tratar a renovação de alvarás das rádios.

Entretanto, temos novidades sobre o caso do Montez e das rádios de Setúbal:

https://www.erc.pt/document.php?id=YTBmMDk2NGEtMzVkMi00Y2NmLTllM2QtZjUzNDc4NDU3OWRh

Basicamente a ERC foi ter pessoalmente a Setúbal, às rádios e aos sócios em causa, a dizer para identificarem corretamente quem é quem e quem é que faz o quê nessas rádios, ou basicamente congelava-lhes o direito ao dinheiro de quem tem as quotas nas rádios.

Com a publicação dos elementos a ERC deixou cair essa questão, mas o problema está agora mais do lado do Montez: é que com a confirmação, ficou confirmado que o gerente da Jornal de Setúbal é o Diretor Financeiro da Música no Coração, essencialmente... e à partida ficou confirmado o dolo também na questão para os processos de contraordenação com a produção de prova (parece estar subimplicito no texto).

Além disso, não se esclareceram os clientes relevantes ou detentores relevantes de passivo.

É de recordar que a Lei da Rádio não permite ter mais que 50% dos alvarás num mesmo concelho. Com isto, salvou-se a Rádio Azul, parece que a Voz de Setúbal também nunca esteve em causa, mas estará em causa a Rádio Jornal de Setúbal, porque até acordos parassociais a ERC considera controlo.

Resultado: deve ser a primeira vítima do processo de renovação de alvarás de 2024.

O alvará expira em 9 de maio de 2024.
« Última modificação: Novembro 02, 2023, 07:29:32 pm por Memorias da Radio »

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #167 em: Novembro 02, 2023, 07:38:11 pm »
Enrola aqui, enrola ali...

Trutas salmonadas que procuram um lugarzito...

Temos que encaixar a Professora Doutora Felisbela...

Quiçá um dia Presidente do CGI da RTP.

Reitora da UM? Já perdeu o comboio e não tem pedalada...


Aguardam-se mais colocações!

pdnf

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #168 em: Janeiro 21, 2024, 12:14:03 am »
Falamos muitas vezes por aqui sobre o futuro da rádio em Portugal, e o porquê de, diferentemente de em outros países europeus, a palavra não vingar. Talvez aqui esteja uma boa parte da resposta, aparte, claro, de um mercado de anunciantes que precisava de ler umas coisas sobre o meio...

https://amp-expresso-pt.cdn.ampproject.org/c/s/amp.expresso.pt/geracao-e/2024-01-20-Mae-pai-desculpem-me-mas-desisti-do-jornalismo-precariedade-baixos-salarios-e-falta-de-oportunidades-afastam-jovens-da-profissao-287f8f81?

A situação do jornalismo em Portugal é dramática. Vou compartilhar aqui uma coisa que poucas pessoas sabem, mas no final do meu 9 ano, algures em 2006, não fui para Ciências Sociais e Humanas com a ideia de seguir Comunicação porque antevi que a porta de saída seria o desemprego, ou uma precariedade impossível de tolerar. Olho para o setor agora, e fico significativamente mais perturbado. O panorama está cada vez pior.
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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #169 em: Março 09, 2024, 02:57:17 am »
Queria ter escrito este post em tempo útil, ou seja, ainda no dia 08 mas não foi de todo possível.
O ano passado ouvi a Filipa Galrão em antena a referir que a rádio era um dos 3 setores de atividade em Portugal em que as mulheres ganhavam mais do que os homens. Fico deveras satisfeito que isso aconteça, e muito triste por serem apenas 3. Contudo, hoje, a propósito de um desafio que nos lançaram no meu local de trabalho, dei comigo a fazer uma pequena reflexão sobre o papel das nossas mulheres da rádio no meio.

Alguns dados preocupantes, vamos considerar na análise as nossas 17 rádios de âmbito "nacional" (4 RDP, 3 R/Com, 5 Bauer, TSF, OBSRVDOR, 2 MnC, MARIA).

Diretoras de Estação: 1 (Antonieta Lopes da Costa - SBSR)
Diretoras de Informação: 2 (Antonieta Lopes da Costa - SBSR e SW; Cláudia Santos Mirra - Rádio Maria)

Ou seja, não há praticamente mulheres em cargos de Direção nas Rádios, com a exceção de duas rádios pequenas, que só emitem na AMP e AML, SBSR/SW e Rádio Maria.

Havendo uma percepção generalizada de que há mais vozes femininas do que masculinas, estamos conversados em relação à paridade em cargos de liderança. Vamos às "chefias intermédias", vou considerar como tal o número de hosts femininas nos painéis da manhã e da tarde:

Manhãs - Ana Galvão - RR; Joana Cruz - RFM; Pilar Lourenço - MEGAHITS; Maria João Simões - OBSRVDOR; Betânia Valente - MEOSW
Tardes - Sandra Ferreira - M80; Sofia Morais - Smooth FM

Programas com mais do que um locutor feitos exclusivamente por mulheres aos dias da semana, salvo erro, apenas há As Três das Manhã (RR) e o Girls Night Out (MEGAHITS).

Em termos de composição das equipas de animadores durante a semana, por tabela de audiências:

COMRCIAL - 6 homens, 3 mulheres;
RFM - 5 homens, 3 mulheres
M80 - 6 mulheres, 2 homens
RR - 8 mulheres, 3 homens
CIDADEFM - 4 mulheres, 3 homens

ANTENA 1 - 5 homens, 2 mulheres
TSF - 5 homens, 1 mulher - na TSF não há painéis fixos
MEGAHITS - 7 mulheres, 3 homens
SMOOTH - 1 mulher, 1 homes
ANTENA 3 - 3 mulheres, 3 homens
OBSRVDOR - 6 homens, 4 mulheres (* - existem variações)
SW - 3 mulheres, 2 homens
ANTENA 2 - 5 homens, 0 mulheres

O caso da ANTENA 2 é somente vergonhoso, principalmente tratando-se do serviço público, mas a Antena 1 não lhe fica muito atrás.
Mas se pensarmos na situação das duas rádios líderes de audiência, também não é muito melhor.
No extremo oposto, temos M80, RR e MEGAHITS onde o desiquilíbrio tende muito a favor do sexo feminino.

São números que visam, fundamentalmente, promover uma reflexão sobre a paridade de género neste setor. Não têm qualquer crítica implícita à qualidade das/dos profissionais que ocupam cada um dos cargos, que certamente merecem.

Em jeito de desafio, e porque sei que temos muitas meninas que nos leem, deixo-vos a deixa, de participarem mais por aqui, ainda que sob anonimato, o contributo feminino seria muito bem vindo.  :)

Crítica sim, deixo à Rádio R.NOAR. É emissora que não escuto, obviamente não consumo lixo sonoro, mas mesmo antes das 24h, deu-me para ver se eram só os 98.4 que estavam a falhar de Santa Eufémia. Qual não é o meu espanto quando a constato que a canção escolhida para fechar o Dia Internacional da Mulher dizia qualquer coisa como isto no final "as mulheres querem ser obedientes, gostam de homens mandões; são chatas, queixam-se de tudo (...)" citação livre, não ouvi mais que 30 segundos. E a seguir, alegremente, entra uma publicidade nacional de uma conhecida cadeia de hipermercados. Haja paciência, estamos em 2023, não em 1923.

Enfim, espero que todas tenham tido um Feliz Dia Internacional da Mulher. Da minha parte, obrigado pelo trabalho e entrega de cada uma de vós. São fundamentais para manterem a rádio viva e renovada. Que a vossa voz nunca se cale, e que a possam continuar a usar para que possamos deixar à nossa descendência um mundo que já possa ser verdadeiramente igualitário, considerando a diferença que há em cada um de nós.
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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #170 em: Março 09, 2024, 02:22:15 pm »
Queria ter escrito este post em tempo útil, ou seja, ainda no dia 08 mas não foi de todo possível.
O ano passado ouvi a Filipa Galrão em antena a referir que a rádio era um dos 3 setores de atividade em Portugal em que as mulheres ganhavam mais do que os homens. Fico deveras satisfeito que isso aconteça, e muito triste por serem apenas 3. Contudo, hoje, a propósito de um desafio que nos lançaram no meu local de trabalho, dei comigo a fazer uma pequena reflexão sobre o papel das nossas mulheres da rádio no meio.

Alguns dados preocupantes, vamos considerar na análise as nossas 17 rádios de âmbito "nacional" (4 RDP, 3 R/Com, 5 Bauer, TSF, OBSRVDOR, 2 MnC, MARIA).

Diretoras de Estação: 1 (Antonieta Lopes da Costa - SBSR)
Diretoras de Informação: 2 (Antonieta Lopes da Costa - SBSR e SW; Cláudia Santos Mirra - Rádio Maria)

Ou seja, não há praticamente mulheres em cargos de Direção nas Rádios, com a exceção de duas rádios pequenas, que só emitem na AMP e AML, SBSR/SW e Rádio Maria.

Havendo uma percepção generalizada de que há mais vozes femininas do que masculinas, estamos conversados em relação à paridade em cargos de liderança. Vamos às "chefias intermédias", vou considerar como tal o número de hosts femininas nos painéis da manhã e da tarde:

Manhãs - Ana Galvão - RR; Joana Cruz - RFM; Pilar Lourenço - MEGAHITS; Maria João Simões - OBSRVDOR; Betânia Valente - MEOSW
Tardes - Sandra Ferreira - M80; Sofia Morais - Smooth FM

Programas com mais do que um locutor feitos exclusivamente por mulheres aos dias da semana, salvo erro, apenas há As Três das Manhã (RR) e o Girls Night Out (MEGAHITS).

Em termos de composição das equipas de animadores durante a semana, por tabela de audiências:

COMRCIAL - 6 homens, 3 mulheres;
RFM - 5 homens, 3 mulheres
M80 - 6 mulheres, 2 homens
RR - 8 mulheres, 3 homens
CIDADEFM - 4 mulheres, 3 homens

ANTENA 1 - 5 homens, 2 mulheres
TSF - 5 homens, 1 mulher - na TSF não há painéis fixos
MEGAHITS - 7 mulheres, 3 homens
SMOOTH - 1 mulher, 1 homes
ANTENA 3 - 3 mulheres, 3 homens
OBSRVDOR - 6 homens, 4 mulheres (* - existem variações)
SW - 3 mulheres, 2 homens
ANTENA 2 - 5 homens, 0 mulheres

O caso da ANTENA 2 é somente vergonhoso, principalmente tratando-se do serviço público, mas a Antena 1 não lhe fica muito atrás.
Mas se pensarmos na situação das duas rádios líderes de audiência, também não é muito melhor.
No extremo oposto, temos M80, RR e MEGAHITS onde o desiquilíbrio tende muito a favor do sexo feminino.

São números que visam, fundamentalmente, promover uma reflexão sobre a paridade de género neste setor. Não têm qualquer crítica implícita à qualidade das/dos profissionais que ocupam cada um dos cargos, que certamente merecem.

Em jeito de desafio, e porque sei que temos muitas meninas que nos leem, deixo-vos a deixa, de participarem mais por aqui, ainda que sob anonimato, o contributo feminino seria muito bem vindo.  :)

Crítica sim, deixo à Rádio R.NOAR. É emissora que não escuto, obviamente não consumo lixo sonoro, mas mesmo antes das 24h, deu-me para ver se eram só os 98.4 que estavam a falhar de Santa Eufémia. Qual não é o meu espanto quando a constato que a canção escolhida para fechar o Dia Internacional da Mulher dizia qualquer coisa como isto no final "as mulheres querem ser obedientes, gostam de homens mandões; são chatas, queixam-se de tudo (...)" citação livre, não ouvi mais que 30 segundos. E a seguir, alegremente, entra uma publicidade nacional de uma conhecida cadeia de hipermercados. Haja paciência, estamos em 2023, não em 1923.

Enfim, espero que todas tenham tido um Feliz Dia Internacional da Mulher. Da minha parte, obrigado pelo trabalho e entrega de cada uma de vós. São fundamentais para manterem a rádio viva e renovada. Que a vossa voz nunca se cale, e que a possam continuar a usar para que possamos deixar à nossa descendência um mundo que já possa ser verdadeiramente igualitário, considerando a diferença que há em cada um de nós.


Deve imperar a qualidade independentemente de ser homem ou mulher.

Depois esqueceu-se de referir o que se passa na informação e programas informativos...

pdnf

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #171 em: Março 09, 2024, 03:13:58 pm »
Deve imperar a qualidade independentemente de ser homem ou mulher.

Depois esqueceu-se de referir o que se passa na informação e programas informativos...
Genericamente todos concordamos com isso. E, por isso mesmo, ressalvei que esta análise não pretendia incidir sobre nenhum profissional em particular. Não obstante, não deixa de ser estranho que a qualidade não tenha sido distribuída equitativamente entre homens e mulheres, a ponto de serem tão notórias as desigualdades acima apresentadas. Não falei da informação, porque há mais variabilidade, mas já que insiste:

RR - principais espaços informativos da estação apresentados por homens (Sérgio Costa, Vitor Mesquita, Miguel Coelho, Pedro Caeiro). As mulheres vão à antena essencialmente nas madrugadas ou "a tapar furos".

ANTENA 1 - principais espaços informativos da estação apresentados maioritariamente por homens (Frederico Moreno, Miguel Soares, Nuno Rodrigues e Rita Soares entre as pontas).

TSF e OBSRVDOR - é mais variável, sendo mais difícil de aferir, mas parece-me, ainda assim, mais equilibrado do que nas duas concorrentes que detêm mais audiências.

Se formos para as não informativas: Comercial, os dois espaços principais são feitos por homens, na RFM nas manhãs tem a Beatriz Rodrigues Lopes e à tarde o José Carlos Silva, está equilibrado. Na M80 são essencialmente mulheres na informação, se não estou em erro.

Rádio é:
Ir ao fim da Rua, a ligar Portugal, aconteça o que acontecer.
Mais música nova para sentir (e decidir).
Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
É a arte que toca, mais do que música...PESSOAS. Ah, and all that "unique" soul.

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #172 em: Março 09, 2024, 04:33:58 pm »
Deve imperar a qualidade independentemente de ser homem ou mulher.

Depois esqueceu-se de referir o que se passa na informação e programas informativos...
Genericamente todos concordamos com isso. E, por isso mesmo, ressalvei que esta análise não pretendia incidir sobre nenhum profissional em particular. Não obstante, não deixa de ser estranho que a qualidade não tenha sido distribuída equitativamente entre homens e mulheres, a ponto de serem tão notórias as desigualdades acima apresentadas. Não falei da informação, porque há mais variabilidade, mas já que insiste:

RR - principais espaços informativos da estação apresentados por homens (Sérgio Costa, Vitor Mesquita, Miguel Coelho, Pedro Caeiro). As mulheres vão à antena essencialmente nas madrugadas ou "a tapar furos".

ANTENA 1 - principais espaços informativos da estação apresentados maioritariamente por homens (Frederico Moreno, Miguel Soares, Nuno Rodrigues e Rita Soares entre as pontas).

TSF e OBSRVDOR - é mais variável, sendo mais difícil de aferir, mas parece-me, ainda assim, mais equilibrado do que nas duas concorrentes que detêm mais audiências.

Se formos para as não informativas: Comercial, os dois espaços principais são feitos por homens, na RFM nas manhãs tem a Beatriz Rodrigues Lopes e à tarde o José Carlos Silva, está equilibrado. Na M80 são essencialmente mulheres na informação, se não estou em erro.


E Cláudia Almeida (Informação)

E Cláudia Costa (PD)

Maria Flor Pedroso

Natália Carvalho

Eduarda Maio

Acima de tudo devemos privilegiar a qualidade.

E se não há mais mulheres na 1 e na 2 já sabemos porquê ...

O que há disponível está a anos luz dos atuais titulares.

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #173 em: Março 09, 2024, 05:02:46 pm »
Deve imperar a qualidade independentemente de ser homem ou mulher.

Depois esqueceu-se de referir o que se passa na informação e programas informativos...
Genericamente todos concordamos com isso. E, por isso mesmo, ressalvei que esta análise não pretendia incidir sobre nenhum profissional em particular. Não obstante, não deixa de ser estranho que a qualidade não tenha sido distribuída equitativamente entre homens e mulheres, a ponto de serem tão notórias as desigualdades acima apresentadas. Não falei da informação, porque há mais variabilidade, mas já que insiste:

RR - principais espaços informativos da estação apresentados por homens (Sérgio Costa, Vitor Mesquita, Miguel Coelho, Pedro Caeiro). As mulheres vão à antena essencialmente nas madrugadas ou "a tapar furos".

ANTENA 1 - principais espaços informativos da estação apresentados maioritariamente por homens (Frederico Moreno, Miguel Soares, Nuno Rodrigues e Rita Soares entre as pontas).

TSF e OBSRVDOR - é mais variável, sendo mais difícil de aferir, mas parece-me, ainda assim, mais equilibrado do que nas duas concorrentes que detêm mais audiências.

Se formos para as não informativas: Comercial, os dois espaços principais são feitos por homens, na RFM nas manhãs tem a Beatriz Rodrigues Lopes e à tarde o José Carlos Silva, está equilibrado. Na M80 são essencialmente mulheres na informação, se não estou em erro.


E Cláudia Almeida (Informação)

E Cláudia Costa (PD)

Maria Flor Pedroso

Natália Carvalho

Eduarda Maio

Acima de tudo devemos privilegiar a qualidade.

E se não há mais mulheres na 1 e na 2 já sabemos porquê ...

O que há disponível está a anos luz dos atuais titulares.

Olhe, pegou aí num excelente exemplo da mensagem que eu quero transmitir. Faz algum sentido ter uma jornalista da tarimba da Maria Fkor Pedroso a apresentar o Bloco de Notas às 0h10? Não que ache o programa mau, longe disso, mas é pouco. Faz ainda o Geometria... e mais? Mas isso são problemas de uma certa estrutura organizacional.

O ponto é, há mais mulheres, porque não fazem mais edição de noticiários? Foquei-me nesse indicador. São piores que os homens? Acho que esse é mesmo um argumento datado, sinceramente, que não esconde os factos acima descritos. Nas posições de maior destaque ainda há uma total dominância do masculino. Está melhor do que há uns anos? Certamente. O objetovo do post foi mostrar que ainda há caminho a percorrer.
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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #174 em: Março 09, 2024, 05:27:14 pm »
Deve imperar a qualidade independentemente de ser homem ou mulher.

Depois esqueceu-se de referir o que se passa na informação e programas informativos...
Genericamente todos concordamos com isso. E, por isso mesmo, ressalvei que esta análise não pretendia incidir sobre nenhum profissional em particular. Não obstante, não deixa de ser estranho que a qualidade não tenha sido distribuída equitativamente entre homens e mulheres, a ponto de serem tão notórias as desigualdades acima apresentadas. Não falei da informação, porque há mais variabilidade, mas já que insiste:

RR - principais espaços informativos da estação apresentados por homens (Sérgio Costa, Vitor Mesquita, Miguel Coelho, Pedro Caeiro). As mulheres vão à antena essencialmente nas madrugadas ou "a tapar furos".

ANTENA 1 - principais espaços informativos da estação apresentados maioritariamente por homens (Frederico Moreno, Miguel Soares, Nuno Rodrigues e Rita Soares entre as pontas).

TSF e OBSRVDOR - é mais variável, sendo mais difícil de aferir, mas parece-me, ainda assim, mais equilibrado do que nas duas concorrentes que detêm mais audiências.

Se formos para as não informativas: Comercial, os dois espaços principais são feitos por homens, na RFM nas manhãs tem a Beatriz Rodrigues Lopes e à tarde o José Carlos Silva, está equilibrado. Na M80 são essencialmente mulheres na informação, se não estou em erro.


E Cláudia Almeida (Informação)

E Cláudia Costa (PD)

Maria Flor Pedroso

Natália Carvalho

Eduarda Maio

Acima de tudo devemos privilegiar a qualidade.

E se não há mais mulheres na 1 e na 2 já sabemos porquê ...

O que há disponível está a anos luz dos atuais titulares.

Olhe, pegou aí num excelente exemplo da mensagem que eu quero transmitir. Faz algum sentido ter uma jornalista da tarimba da Maria Fkor Pedroso a apresentar o Bloco de Notas às 0h10? Não que ache o programa mau, longe disso, mas é pouco. Faz ainda o Geometria... e mais? Mas isso são problemas de uma certa estrutura organizacional.

O ponto é, há mais mulheres, porque não fazem mais edição de noticiários? Foquei-me nesse indicador. São piores que os homens? Acho que esse é mesmo um argumento datado, sinceramente, que não esconde os factos acima descritos. Nas posições de maior destaque ainda há uma total dominância do masculino. Está melhor do que há uns anos? Certamente. O objetovo do post foi mostrar que ainda há caminho a percorrer.


Se não estão nos horários principais...

A conclusão será óbvia...

Ainda temos conversa capital com Rosário Lira...

Ainda há o Fala com ela com Inês Menezes...

A8nda há o Refeitório...

O que não faltam são mulheres em antena...

radiokilledtheMTVstar

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #175 em: Março 19, 2024, 08:41:41 pm »
Segundo as declarações da responsável pelos podcasts da Impresa na Prova Oral de hoje, alguns programas da SIC/ SIC N são mais ouvidos em podcast que vistos na TV...
Será que é desta que os anunciantes finalmente começam a abrir os olhos?

pdnf

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #176 em: Março 20, 2024, 03:10:06 pm »
Segundo as declarações da responsável pelos podcasts da Impresa na Prova Oral de hoje, alguns programas da SIC/ SIC N são mais ouvidos em podcast que vistos na TV...
Será que é desta que os anunciantes finalmente começam a abrir os olhos?

Sinceramente acho que não. Complementando este assunto, veja-se o que o Pedro Ribeiro escreve sobre o perigo da sustentabilidade da rádio e dos números do Spotify (e afins):

https://www.linkedin.com/posts/pedro-ribeiro-04280bb_spotify-announces-record-breaking-payout-activity-7176214433101209600-nged?utm_source=share&utm_medium=member_android

As ameaças ao setor são muitas. É de valorizar é quem ainda está nele e não dá o salto.
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ruicleto

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #177 em: Maio 03, 2024, 04:08:33 pm »
Enviei, há poucas semanas, mensagem à provedora do ouvinte solicitando informação sobre a implementação da rádio digital em Portugal, que infra transcrevo:
"Tenho sido um ouvinte assíduo dos seus programas, que enalteço.
Foi anunciado no seu último programa que, futuramente, seria abordado o tema da emissão em digital DAB.
Sabendo que a evolução da rádio tem sido uma realidade no digital, em grande expansão na maioria dos países europeus, venho, por este meio, sensibilizar para a reativação da rede de rádio digital em Portugal no sistema Digital Audio Broadcasting - DAB+ (versão muito significativamente melhor que a anteriormente existente em Portugal até 2011 - DAB).
Atualmente, é notável a expansão da rede DAB+ na maior parte dos países europeus (essencialmente na União Europeia). Os novos modelos de veículos vendidos na europa possuem, obrigatoriamente, equipamento de receção para DAB/DAB+ . Existe já em Portugal uma diversidade de marcas de recetores "domésticos" que estão à venda com preços muito acessíveis.
De um modo geral, os custos associados para emissão digital são muito mais baixos (mais ecológicos), entre outros fatores tais como a enorme qualidade sonora, a possibilidade de conteúdos de imagem, entre outros, quando comparados com outros formatos de emissão, como por exemplo a Frequência Modulada (FM) - sistema analógico, em fase de abandono gradual pelos países europeus (vale a pena explorar o sítio na internet: https://www.worlddab.org/).
Julgo ser a ocasião de Portugal, mantendo em simultâneo a FM por um determinado período de tempo, evoluir para o digital, correndo o risco de se tornar uma "ilha radiofónica"."

Amavelmente, a provedora respondeu o seguinte, que também transcrevo:
"Caro ouvinte
Agradeço o seu elogio e a questão que colocou. Conforme sabe, vou abordar o DAB num próximo programa. A indicação que recebi do Conselho de Administração e da Direção de Engenharia, Sistemas e Tecnologia da RTP é a seguinte: “Na nossa opinião o DAB e DAB+ Implicaria envolver as “rádios comerciais” sem os quais não há “massa critica” para atrair o público como demonstra a experiência anterior realizada pela RTP. A introdução do DAB e DAB+ é um processo que já está a ser efetuado há anos na Europa sem uma grande penetração - comparada como FM, no entanto, estão a aparecer novas tecnologias de distribuição, nomeadamente para a escuta no carro, computadores e aplicações nos telemóveis em 4G e 5G.”
A RTP está a avaliar se faz sentido a promoção junto com o governo e demais parceiros da rádio a opção do lançamento de um concurso, da mesma forma que se fez com a TDT, para a criação de uma rede de radio DAB+ com a ótica de criar uma rede híbrida de DAB+ e DAB+ sobre IP,. Esta solução foi abordada na EBU - União Europeia de Radiodifusão
Adicionalmente posso acrescentar que os equipamentos que foram usados entre 1998 e 2011 estão obsoletos e inoperacionais, o que implica um novo um investimento para se construir uma rede de base. Acresce ainda o facto, que, tal como no passado, esta estratégia terá de envolver não apenas o operador público, mas também os privados.
Espero ter esclarecido as suas dúvidas.
Cordialmente,".

Minha avaliação:
1 - foi hoje abordado, no programa "Em Nome do Ouvinte", uma breve referência ao DAB+.
2 - O texto recebido "A introdução do DAB e DAB+ é um processo que já está a ser efetuado há anos na Europa sem uma grande penetração - comparada como FM" denota um enorme desconhecimento da realidade da implementação do DAB+ em toda a Europa, com grande penetração (ao contrário do referido), ressalvando que até os nossos vizinhos da RTVE, admitindo o seu enorme atraso nesta tecnologia, estão, atualmente, a "todo o gás" a recuperar o tempo que já perderam... A analógica FM foi mesmo já desligada na Noruega e já tem datas de fim próximo em alguns outros países.
3 - Continuam a insistir em sistemas pagos - como o 5G, para difusão de rádio...
4 - Julgo que fará todo o sentido que a RTP lidere e avalie rapidamente a promoção junto com o governo e demais parceiros da rádio a opção do lançamento de um concurso, com risco de ficarmos isolados radiofonicamente, não somente na Península Ibérica mas também em toda a restante Europa.

Atento

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #178 em: Maio 03, 2024, 04:27:18 pm »
Enviei, há poucas semanas, mensagem à provedora do ouvinte solicitando informação sobre a implementação da rádio digital em Portugal, que infra transcrevo:
"Tenho sido um ouvinte assíduo dos seus programas, que enalteço.
Foi anunciado no seu último programa que, futuramente, seria abordado o tema da emissão em digital DAB.
Sabendo que a evolução da rádio tem sido uma realidade no digital, em grande expansão na maioria dos países europeus, venho, por este meio, sensibilizar para a reativação da rede de rádio digital em Portugal no sistema Digital Audio Broadcasting - DAB+ (versão muito significativamente melhor que a anteriormente existente em Portugal até 2011 - DAB).
Atualmente, é notável a expansão da rede DAB+ na maior parte dos países europeus (essencialmente na União Europeia). Os novos modelos de veículos vendidos na europa possuem, obrigatoriamente, equipamento de receção para DAB/DAB+ . Existe já em Portugal uma diversidade de marcas de recetores "domésticos" que estão à venda com preços muito acessíveis.
De um modo geral, os custos associados para emissão digital são muito mais baixos (mais ecológicos), entre outros fatores tais como a enorme qualidade sonora, a possibilidade de conteúdos de imagem, entre outros, quando comparados com outros formatos de emissão, como por exemplo a Frequência Modulada (FM) - sistema analógico, em fase de abandono gradual pelos países europeus (vale a pena explorar o sítio na internet: https://www.worlddab.org/).
Julgo ser a ocasião de Portugal, mantendo em simultâneo a FM por um determinado período de tempo, evoluir para o digital, correndo o risco de se tornar uma "ilha radiofónica"."

Amavelmente, a provedora respondeu o seguinte, que também transcrevo:
"Caro ouvinte
Agradeço o seu elogio e a questão que colocou. Conforme sabe, vou abordar o DAB num próximo programa. A indicação que recebi do Conselho de Administração e da Direção de Engenharia, Sistemas e Tecnologia da RTP é a seguinte: “Na nossa opinião o DAB e DAB+ Implicaria envolver as “rádios comerciais” sem os quais não há “massa critica” para atrair o público como demonstra a experiência anterior realizada pela RTP. A introdução do DAB e DAB+ é um processo que já está a ser efetuado há anos na Europa sem uma grande penetração - comparada como FM, no entanto, estão a aparecer novas tecnologias de distribuição, nomeadamente para a escuta no carro, computadores e aplicações nos telemóveis em 4G e 5G.”
A RTP está a avaliar se faz sentido a promoção junto com o governo e demais parceiros da rádio a opção do lançamento de um concurso, da mesma forma que se fez com a TDT, para a criação de uma rede de radio DAB+ com a ótica de criar uma rede híbrida de DAB+ e DAB+ sobre IP,. Esta solução foi abordada na EBU - União Europeia de Radiodifusão
Adicionalmente posso acrescentar que os equipamentos que foram usados entre 1998 e 2011 estão obsoletos e inoperacionais, o que implica um novo um investimento para se construir uma rede de base. Acresce ainda o facto, que, tal como no passado, esta estratégia terá de envolver não apenas o operador público, mas também os privados.
Espero ter esclarecido as suas dúvidas.
Cordialmente,".

Minha avaliação:
1 - foi hoje abordado, no programa "Em Nome do Ouvinte", uma breve referência ao DAB+.
2 - O texto recebido "A introdução do DAB e DAB+ é um processo que já está a ser efetuado há anos na Europa sem uma grande penetração - comparada como FM" denota um enorme desconhecimento da realidade da implementação do DAB+ em toda a Europa, com grande penetração (ao contrário do referido), ressalvando que até os nossos vizinhos da RTVE, admitindo o seu enorme atraso nesta tecnologia, estão, atualmente, a "todo o gás" a recuperar o tempo que já perderam... A analógica FM foi mesmo já desligada na Noruega e já tem datas de fim próximo em alguns outros países.
3 - Continuam a insistir em sistemas pagos - como o 5G, para difusão de rádio...
4 - Julgo que fará todo o sentido que a RTP lidere e avalie rapidamente a promoção junto com o governo e demais parceiros da rádio a opção do lançamento de um concurso, com risco de ficarmos isolados radiofonicamente, não somente na Península Ibérica mas também em toda a restante Europa.


As rádios da RTP com audiências residuais,  ao contrário dos operadores públicos europeus, nunca conseguirão ser a força motriz do processo ...

Portanto, o DAB + antes de o ser já o era...

Compare-se o miserável discurso tuga com o que diz a Radio France...

Radio France líder de audiências !

Antenas da RTP serviço estatal de nicho sem qualquer força para implementar a mudança...


https://www.radiofrance.com/radio-france-et-la-radio-numerique-terrestre-dab
« Última modificação: Maio 03, 2024, 04:31:14 pm por Atento »

ruicleto

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #179 em: Maio 03, 2024, 05:39:00 pm »
Obrigado pela partilha do link, que atentamente verifiquei - Radio France é um outro planeta, bem diferente da nossa RTP, que tem o desplante de comunicar desinteressadamente tal tema da rádio digital...