Não creio que vá acontecer uma mudança legislativa no sentido de permitir a deslocalização de emissores para fora dos concelhos limítrofes ao qual a frequência foi atribuída. Faria sentido no caso da Smooth FM, mas, aberto o precedente legal , por que não deslocalizar a Mega Hits Coimbra (90,0) para o Trevim... e pressionar ainda mais a M80 Porto (90,0), talvez a Alive FM (89,9 Sátão) e, inclusivamente, em certos pontos mais a Sul, a RFM da Arrábida (também nos 89,9 MHz)?!
Sr. Luís, posso estar errado na leitura que faço, mas ao ler aquele relatório da ERC (que ainda não tive oportunidade de explorar em detalhe admito) fico com a clara sensação que a ideia será justamente permitir alargar o âmbito da cobertura das locais para os municípios da AMP/CIM a que pertencem, diminuindo o número de licenças. Eles falam claramente na transformação de conceito, de passagem de rádios locais a regionais (questiono-me se no caso TSF e M80 não acabarão por ganhar redes nacionais). Também me parece óbvio que os grandes grupos não vão perder privilégios.
A MegaHits de Coimbra e a a M80 faziam todo o sentido estar no Trevim e, possivelmente até com maior potência. O caso da M80 Porto é extremamente complicado porque é muito pressionado a Sul pela Mega e a Norte chega à Trofa e começa a escutar as interferências da RNE 1 do Domaio em 90.1.
Claro que para isso acontecer, sem ficarmos com o espectro ao estilo Espanha, em que no espaço de 100m na mesma frequência apanha 3 rádios, a única solução será mesmo a de diminuir o número de licenças locais, que como escrevi, creio que seja o que está na calha.