Haver uma DIAL poderia solucionar parte de um problema no nosso universo radiofónico, contudo, era só uma parte.
Pessoalmente, o facto de ser crítico de sessões intermináveis de música a metro na Antena 1, não quer dizer que esta deva de acabar com a música na emissão. Além do nosso público não estar fadado para uma rádio 100 % de palavra (viu-se pela 4.ª vida do Rádio Clube Português), como foi aqui muito bem referido, existem artistas no nosso panorama musical que deixariam ter palco no éter nacional e que merecem-no.
Vamos lá ser sinceros, o público vai beber a oferta que tem. Se ela fosse boa, acredita que a Antena 1 não precisaria de música para nada, a não ser em programas de autor, como o Alma Lusa que acabei de ouvir, onde passaram dois fados e remanescente dos 50 minutos foi uma entrevista com a fadista Sara Paixão, diria que não faz sentido existir música na Antena 1. Eventualmente, a exceção poderia ser "Uma Noite em Forma de Assim" do Jorge Afonso, porque, de facto, não teria grande cabimento noutra estação.
Em tempos, houve uma ideia peregrina de transformar a A3 num modelo semelhante que, felizmente, ficou no papel.
Não seria peregrina se MEGAHITS ou CIDADEFM tivessem redes nacionais e fossem além de uma playlist de 50 músicas. Assim sendo, seria uma asneira mexer na rede da Antena 3.
Aliás, não criticamos, e bem, a Antena 3 por com uma programação que começa a ser bastante decente nos dias úteis em horário laboral, fazer 1,5%. Claro que uma Antena 1 de palavra faria, grosso modo o mesmo ou pouco mais. Nunca seria líder, temos de saber o que é o mercado português. Não invalida que o serviço público apresente um produto de excelência. As antenas devem preocupar-se com as audiências, no sentido de perceberem se o que fazem é bom ou mau, mas sem que tenham de trabalhar para ter audiências altíssimas. É difícil atingir esse ponto de equilíbrio, sem resvalar para uma rádio a olhar para o umbigo? Depende da liderança que tiver.
Falando deste tópico em específico, a Rádio Renascença, nos últimos tempos, tem feito um esforço tremendo para angariar novos públicos e, mal ou bem, muito alavancado pelas 3 da Manhã, têm-no conseguido.
Eu sou um exemplo claro que, na infância, ouvi muita RR no carro dos meus pais e que, tirando o desporto, a Emissora Católica Portuguesa nunca era uma opção minha.
Problema: a RR sabe que, com o nosso público, conteúdos exclusivamente de palavra não são alavancas para mobilizar audiências. Há muita música (e, para o meu gosto, repetida até à exaustão), muita trivia e um desinvestimento em desporto e grandes reportagens, algo que uma generalista não deve descorar. Mas o que é facto é que hoje consigo consumir a RR.
Eu confesso que da RR, nesses inícios de anos 2000, fundamentalmente tenho memória da Frente Desportiva. Ouvia muito mais a TSF nessa fase, e também a Antena 1. Portanto, não digo se sim ou não. Aos dias de hoje, ouço muito bem a RR entre as 07h e as 13h, embora também ache que As Três da Manhã estão a estagnar ligeiramente. Não sei se na próxima leva, depois desta, não vão levar ali com uma qualquer mexida, que espero que não seja acrescentar a Luciana Abreu, como sugeriu o Xavier da Joana, que pelos jeitos, tem veia de programador.

Das 13h em diante, há melhor oferta.
O que quis com a publicação do Paulo Fragoso era uma espécie de trica. É interpretação minha, mas sinto o José Coimbra mais motivado com a ida para o canal mãe da r/Com do que o Paulo Fragoso (32 anos, não são 32 dias) e a dica para a nota do Júlio Heitor não é inocente.
Vamos escutar os próximos capítulos.
Pois, eu não tive coragem de escrever isso, mas pensei exatamente o mesmo. Admito que ele e o Júlio sejam amigos. Também me palpita que o Paulo Fragoso teria vontade de se aposentar na RFM. Estou curioso para perceber se vai mudar o nome de Instagram para @paulofragosorr.
Infelizmente, no fim de contas, a lealdade é paga sempre da mesma forma, com uma medalha de cortiça. Mas, honestamente, embora ache que se o Paulo estiver motivado, será uma mais valia óbvia para a RR, se for para o substituírem pela Ana Pinheiro, mesmo considerando a diferença de idades, a RFM sai a perder. Não vejo nome óbvio para tapar esse furo de horário.
Já agora, TOP25 RFM com o Fontoura é um downgrade brutal, apesar de o Daniel ser um excelente locutor, não acho que seja programa para ele.
O que a RR quer no daytime, especialmente entre as 10h e 17h, 21h-23h é noticiários curtos, antes do minuto 10 de cada hora, já tem de estar o programa de volta.
Minuto 10'? Isso seria ouro sobre azul. Por vezes, é ao minuto '4.