Autor Tópico: Rádio Renascença  (Lida 585322 vezes)

tuscano332

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Re: Rádio Renascença
« Responder #5010 em: Janeiro 19, 2025, 02:28:44 pm »
Curiosamente o que me faz por vezes ouvir a Antena1 é exactamente a música, que me ajuda a fugir do muito igual da Comercial,RFM, megas e cidades. Se Antena1 deixar de passar música, muita gente(das áreas não pimba, essa não conta) não vai mesmo conseguir passar nas rádios nacionais, por exemplo, nunca terias  ouvido o último trabalho da Teresinha Landeiro, do Júlio Pereira em várias horas do dia, etc etc, além de onde ouvirias fado a nível nacional. O que se teria de fazer, era fazer surgir uma outra rádio de informação e desporto, mas como isso não vai acontecer nos próximos tempos, a Antena1 tem de continuar assim, sob pena de muito cantor não ter onde apresentar o seu trabalho e alguns deles com carreiras enormes, como Júlio Pereira que citei, o Vitorino ou outros.
Onde é que músicos com esse perfil passam do outro lado da fronteira? Resposta: na DIAL. É a outra falha de mercado que temos na Rádio, uma de música portuguesa. Um produto low-cost na rede da RTP África, vinha mesmo a calhar...
Certo, mas como não temos, nem vai existir uma para breve, não se vê a nível nacional quem o queira fazer, temos de continuar assim.

Atento

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Re: Rádio Renascença
« Responder #5011 em: Janeiro 19, 2025, 03:57:41 pm »
Curiosamente o que me faz por vezes ouvir a Antena1 é exactamente a música, que me ajuda a fugir do muito igual da Comercial,RFM, megas e cidades. Se Antena1 deixar de passar música, muita gente(das áreas não pimba, essa não conta) não vai mesmo conseguir passar nas rádios nacionais, por exemplo, nunca terias  ouvido o último trabalho da Teresinha Landeiro, do Júlio Pereira em várias horas do dia, etc etc, além de onde ouvirias fado a nível nacional. O que se teria de fazer, era fazer surgir uma outra rádio de informação e desporto, mas como isso não vai acontecer nos próximos tempos, a Antena1 tem de continuar assim, sob pena de muito cantor não ter onde apresentar o seu trabalho e alguns deles com carreiras enormes, como Júlio Pereira que citei, o Vitorino ou outros.
Onde é que músicos com esse perfil passam do outro lado da fronteira? Resposta: na DIAL. É a outra falha de mercado que temos na Rádio, uma de música portuguesa. Um produto low-cost na rede da RTP África, vinha mesmo a calhar...
Certo, mas como não temos, nem vai existir uma para breve, não se vê a nível nacional quem o queira fazer, temos de continuar assim.

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O Bigode do Sala

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Re: Rádio Renascença
« Responder #5012 em: Janeiro 19, 2025, 05:59:10 pm »
Haver uma DIAL poderia solucionar parte de um problema no nosso universo radiofónico, contudo, era só uma parte.

Pessoalmente, o facto de ser crítico de sessões intermináveis de música a metro na Antena 1, não quer dizer que esta deva de acabar com a música na emissão. Além do nosso público não estar fadado para uma rádio 100 % de palavra (viu-se pela 4.ª vida do Rádio Clube Português), como foi aqui muito bem referido, existem artistas no nosso panorama musical que deixariam ter palco no éter nacional e que merecem-no.

Em tempos, houve uma ideia peregrina de transformar a A3 num modelo semelhante que, felizmente, ficou no papel.

Falando deste tópico em específico, a Rádio Renascença, nos últimos tempos, tem feito um esforço tremendo para angariar novos públicos e, mal ou bem, muito alavancado pelas 3 da Manhã, têm-no conseguido.
Eu sou um exemplo claro que, na infância, ouvi muita RR no carro dos meus pais e que, tirando o desporto, a Emissora Católica Portuguesa nunca era uma opção minha.
Problema: a RR sabe que, com o nosso público, conteúdos exclusivamente de palavra não são alavancas para mobilizar audiências. Há muita música (e, para o meu gosto, repetida até à exaustão), muita trivia e um desinvestimento em desporto e grandes reportagens, algo que uma generalista não deve descorar. Mas o que é facto é que hoje consigo consumir a RR.

O que quis com a publicação do Paulo Fragoso era uma espécie de trica. É interpretação minha, mas sinto o José Coimbra mais motivado com a ida para o canal mãe da r/Com do que o Paulo Fragoso (32 anos, não são 32 dias) e a dica para a nota do Júlio Heitor não é inocente.

Vamos escutar os próximos capítulos.
«O que acontece no Mundo é que toda a gente que nasce, nasce de alguma maneira poeta! Inventor de algo que não havia no Mundo antes de eles nascerem!
E inteiramente individual: cada um poeta que é!»

Agostinho da Silva

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Re: Rádio Renascença
« Responder #5013 em: Janeiro 19, 2025, 06:26:40 pm »
Haver uma DIAL poderia solucionar parte de um problema no nosso universo radiofónico, contudo, era só uma parte.

Pessoalmente, o facto de ser crítico de sessões intermináveis de música a metro na Antena 1, não quer dizer que esta deva de acabar com a música na emissão. Além do nosso público não estar fadado para uma rádio 100 % de palavra (viu-se pela 4.ª vida do Rádio Clube Português), como foi aqui muito bem referido, existem artistas no nosso panorama musical que deixariam ter palco no éter nacional e que merecem-no.

Em tempos, houve uma ideia peregrina de transformar a A3 num modelo semelhante que, felizmente, ficou no papel.

Falando deste tópico em específico, a Rádio Renascença, nos últimos tempos, tem feito um esforço tremendo para angariar novos públicos e, mal ou bem, muito alavancado pelas 3 da Manhã, têm-no conseguido.
Eu sou um exemplo claro que, na infância, ouvi muita RR no carro dos meus pais e que, tirando o desporto, a Emissora Católica Portuguesa nunca era uma opção minha.
Problema: a RR sabe que, com o nosso público, conteúdos exclusivamente de palavra não são alavancas para mobilizar audiências. Há muita música (e, para o meu gosto, repetida até à exaustão), muita trivia e um desinvestimento em desporto e grandes reportagens, algo que uma generalista não deve descorar. Mas o que é facto é que hoje consigo consumir a RR.

O que quis com a publicação do Paulo Fragoso era uma espécie de trica. É interpretação minha, mas sinto o José Coimbra mais motivado com a ida para o canal mãe da r/Com do que o Paulo Fragoso (32 anos, não são 32 dias) e a dica para a nota do Júlio Heitor não é inocente.

Vamos escutar os próximos capítulos.

Vocês insistem em dizer que as rádios de palavra em Portugal não têm sucesso, exemplificando com o RCP...

O RCP de Osório era uma treta sem recursos e sem nomes...

Faria estava completamente deslicado no horário e a restante programação era medíocre...

PDFN já descreveu o porquê de a Rádio de Palavra patinar em Portugal...


Década após década dessa culturazinha faz estragos...

Musiquinha a metro e custos mais reduzidos foram o maná dos piratinhas sonsos...

Julio Carvalho

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Re: Rádio Renascença
« Responder #5014 em: Janeiro 19, 2025, 06:28:39 pm »
O Bigodes deve ter a idade da minha filha( 30 e poucos anos), que diz exactamente o mesmo, repetição de músicas ate a exaustão. Comecou a ouvir a RR, com as 3 da manha, na firma de advodados onde trabalha  ja todos ouviam o programa.
A RR esta tranquila nos seus 6 e pouco por cento e podia ter mais se tivesse noutros horarios outros polos de interesse. Segundo as informações que me vao chegando esse passa a ser o objectivo,  novos animadores, novas rubricas  muito na base do entretenimento .

Mas veremos.

Quem nao gosta ou nao se identifica,  tem outros opções.

O Bigode do Sala

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Re: Rádio Renascença
« Responder #5015 em: Janeiro 19, 2025, 06:51:51 pm »
Haver uma DIAL poderia solucionar parte de um problema no nosso universo radiofónico, contudo, era só uma parte.

Pessoalmente, o facto de ser crítico de sessões intermináveis de música a metro na Antena 1, não quer dizer que esta deva de acabar com a música na emissão. Além do nosso público não estar fadado para uma rádio 100 % de palavra (viu-se pela 4.ª vida do Rádio Clube Português), como foi aqui muito bem referido, existem artistas no nosso panorama musical que deixariam ter palco no éter nacional e que merecem-no.

Em tempos, houve uma ideia peregrina de transformar a A3 num modelo semelhante que, felizmente, ficou no papel.

Falando deste tópico em específico, a Rádio Renascença, nos últimos tempos, tem feito um esforço tremendo para angariar novos públicos e, mal ou bem, muito alavancado pelas 3 da Manhã, têm-no conseguido.
Eu sou um exemplo claro que, na infância, ouvi muita RR no carro dos meus pais e que, tirando o desporto, a Emissora Católica Portuguesa nunca era uma opção minha.
Problema: a RR sabe que, com o nosso público, conteúdos exclusivamente de palavra não são alavancas para mobilizar audiências. Há muita música (e, para o meu gosto, repetida até à exaustão), muita trivia e um desinvestimento em desporto e grandes reportagens, algo que uma generalista não deve descorar. Mas o que é facto é que hoje consigo consumir a RR.

O que quis com a publicação do Paulo Fragoso era uma espécie de trica. É interpretação minha, mas sinto o José Coimbra mais motivado com a ida para o canal mãe da r/Com do que o Paulo Fragoso (32 anos, não são 32 dias) e a dica para a nota do Júlio Heitor não é inocente.

Vamos escutar os próximos capítulos.

Vocês insistem em dizer que as rádios de palavra em Portugal não têm sucesso, exemplificando com o RCP...

O RCP de Osório era uma treta sem recursos e sem nomes...

Faria estava completamente deslicado no horário e a restante programação era medíocre...

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Década após década dessa culturazinha faz estragos...

Musiquinha a metro e custos mais reduzidos foram o maná dos piratinhas sonsos...

Percebo o seu argumento, mas se formos analíticos, tivemos alguma rádio 100 % de palavra em Portugal, sem ser aquele RCP?
A RR, a Antena 1 e a TSF sempre tiveram uma componente musical.
A própria Rádio Observador, que deve ser a que mais emprega palavra na sua emissão, tem uma playlist.

O facto de dizer que as rádios podem ter música nos seus conteúdos, não quer dizer que a devam ter a metro e que os comunicadores fiquem cingidos ao tempo, trânsito, horas e teasers.

O Bigodes deve ter a idade da minha filha( 30 e poucos anos), que diz exactamente o mesmo, repetição de músicas ate a exaustão. Comecou a ouvir a RR, com as 3 da manha, na firma de advodados onde trabalha  ja todos ouviam o programa.
A RR esta tranquila nos seus 6 e pouco por cento e podia ter mais se tivesse noutros horarios outros polos de interesse. Segundo as informações que me vao chegando esse passa a ser o objectivo,  novos animadores, novas rubricas  muito na base do entretenimento .

Mas veremos.

Quem nao gosta ou nao se identifica,  tem outros opções.

Sim, sou de meados da década de 90 e pelos vistos não sou o único a pensar assim. :)
Vejo a atual RR como uma tentativa de parecer a RFM dos anos 2000, mas com um pouco mais de conteúdo jornalístico e desporto o que, para o meu gosto, não é mau de todo. Apenas lamento que uma rádio com os pergaminhos da Emissora Católica Portuguesa descore esses pontos que deveriam nortear aquela estação.
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E inteiramente individual: cada um poeta que é!»

Agostinho da Silva

AG

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Re: Rádio Renascença
« Responder #5016 em: Janeiro 19, 2025, 07:22:45 pm »
A RFM dos anos 2000 não tem nada a ver com esta RR. Era uma rádio de música adulto-contemporânea "soft", pouco a haver com a playlist desta RR. Mesmo nas manhãs havia menos palavra que actualmente a RFM terá. Há 20 anos de forma geral as rádios eram bem mais "jukebox" que agora, principalmente no horário mais importante, as manhãs.

O que acho é que esta RR quer voltar a ser uma "rádio de companhia" como era nos anos 90/início dos 2000, adaptada aos tempos modernos e às preferências do auditório. Menos aposta na informação e desporto, e mais conversa trivial, pelo menos no daytime.

tuscano332

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Re: Rádio Renascença
« Responder #5017 em: Janeiro 20, 2025, 01:00:39 am »
A RFM dos anos 2000 não tem nada a ver com esta RR. Era uma rádio de música adulto-contemporânea "soft", pouco a haver com a playlist desta RR. Mesmo nas manhãs havia menos palavra que actualmente a RFM terá. Há 20 anos de forma geral as rádios eram bem mais "jukebox" que agora, principalmente no horário mais importante, as manhãs.

O que acho é que esta RR quer voltar a ser uma "rádio de companhia" como era nos anos 90/início dos 2000, adaptada aos tempos modernos e às preferências do auditório. Menos aposta na informação e desporto, e mais conversa trivial, pelo menos no daytime.
O que a RR quer no daytime, especialmente entre as 10h e 17h, 21h-23h é noticiários curtos, antes do minuto 10 de cada hora, já tem de estar o programa de volta, muita música e conversa trivial, com assuntos a atirar, se possível para o cómico, ainda que quando for para serem sérios o serão, mas não é o principal que pretende actualmente. Madrugadas só música e informação curta, os programas da manhã e da tarde, já poderão ter um pouco mais de informação, fora do topo da hora, mas em intervenções espaçadas e curtas. Mas esperemos pelo começa destas novas RR e RFM, para aferir melhor se a coisa será mesmo como eu disse.

pdnf

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Re: Rádio Renascença
« Responder #5018 em: Janeiro 20, 2025, 01:28:34 am »
Haver uma DIAL poderia solucionar parte de um problema no nosso universo radiofónico, contudo, era só uma parte.

Pessoalmente, o facto de ser crítico de sessões intermináveis de música a metro na Antena 1, não quer dizer que esta deva de acabar com a música na emissão. Além do nosso público não estar fadado para uma rádio 100 % de palavra (viu-se pela 4.ª vida do Rádio Clube Português), como foi aqui muito bem referido, existem artistas no nosso panorama musical que deixariam ter palco no éter nacional e que merecem-no.

Vamos lá ser sinceros, o público vai beber a oferta que tem. Se ela fosse boa, acredita que a Antena 1 não precisaria de música para nada, a não ser em programas de autor, como o Alma Lusa que acabei de ouvir, onde passaram dois fados e remanescente dos 50 minutos foi uma entrevista com a fadista Sara Paixão, diria que não faz sentido existir música na Antena 1. Eventualmente, a exceção poderia ser "Uma Noite em Forma de Assim" do Jorge Afonso, porque, de facto, não teria grande cabimento noutra estação.

Em tempos, houve uma ideia peregrina de transformar a A3 num modelo semelhante que, felizmente, ficou no papel.
Não seria peregrina se MEGAHITS ou CIDADEFM tivessem redes nacionais e fossem além de uma playlist de 50 músicas. Assim sendo, seria uma asneira mexer na rede da Antena 3.
Aliás, não criticamos, e bem, a Antena 3 por com uma programação que começa a ser bastante decente nos dias úteis em horário laboral, fazer 1,5%. Claro que uma Antena 1 de palavra faria, grosso modo o mesmo ou pouco mais. Nunca seria líder, temos de saber o que é o mercado português. Não invalida que o serviço público apresente um produto de excelência. As antenas devem preocupar-se com as audiências, no sentido de perceberem se o que fazem é bom ou mau, mas sem que tenham de trabalhar para ter audiências altíssimas. É difícil atingir esse ponto de equilíbrio, sem resvalar para uma rádio a olhar para o umbigo? Depende da liderança que tiver.

Falando deste tópico em específico, a Rádio Renascença, nos últimos tempos, tem feito um esforço tremendo para angariar novos públicos e, mal ou bem, muito alavancado pelas 3 da Manhã, têm-no conseguido.
Eu sou um exemplo claro que, na infância, ouvi muita RR no carro dos meus pais e que, tirando o desporto, a Emissora Católica Portuguesa nunca era uma opção minha.
Problema: a RR sabe que, com o nosso público, conteúdos exclusivamente de palavra não são alavancas para mobilizar audiências. Há muita música (e, para o meu gosto, repetida até à exaustão), muita trivia e um desinvestimento em desporto e grandes reportagens, algo que uma generalista não deve descorar. Mas o que é facto é que hoje consigo consumir a RR.
Eu confesso que da RR, nesses inícios de anos 2000, fundamentalmente tenho memória da Frente Desportiva. Ouvia muito mais a TSF nessa fase, e também a Antena 1. Portanto, não digo se sim ou não. Aos dias de hoje, ouço muito bem a RR entre as 07h e as 13h, embora também ache que As Três da Manhã estão a estagnar ligeiramente. Não sei se na próxima leva, depois desta, não vão levar ali com uma qualquer mexida, que espero que não seja acrescentar a Luciana Abreu, como sugeriu o Xavier da Joana, que pelos jeitos, tem veia de programador.  ;D ;D
Das 13h em diante, há melhor oferta.


O que quis com a publicação do Paulo Fragoso era uma espécie de trica. É interpretação minha, mas sinto o José Coimbra mais motivado com a ida para o canal mãe da r/Com do que o Paulo Fragoso (32 anos, não são 32 dias) e a dica para a nota do Júlio Heitor não é inocente.

Vamos escutar os próximos capítulos.

Pois, eu não tive coragem de escrever isso, mas pensei exatamente o mesmo. Admito que ele e o Júlio sejam amigos. Também me palpita que o Paulo Fragoso teria vontade de se aposentar na RFM. Estou curioso para perceber se vai mudar o nome de Instagram para @paulofragosorr.
Infelizmente, no fim de contas, a lealdade é paga sempre da mesma forma, com uma medalha de cortiça. Mas, honestamente, embora ache que se o Paulo estiver motivado, será uma mais valia óbvia para a RR, se for para o substituírem pela Ana Pinheiro, mesmo considerando a diferença de idades, a RFM sai a perder. Não vejo nome óbvio para tapar esse furo de horário.
Já agora, TOP25 RFM com o Fontoura é um downgrade brutal, apesar de o Daniel ser um excelente locutor, não acho que seja programa para ele.

O que a RR quer no daytime, especialmente entre as 10h e 17h, 21h-23h é noticiários curtos, antes do minuto 10 de cada hora, já tem de estar o programa de volta.

Minuto 10'? Isso seria ouro sobre azul. Por vezes, é ao minuto '4.
Rádio é:
Ir ao fim da Rua, a ligar Portugal, aconteça o que acontecer.
Mais música nova para sentir (e decidir).
Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
É a arte que toca, mais do que música...PESSOAS. Ah, and all that "unique" soul.

tuscano332

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Re: Rádio Renascença
« Responder #5019 em: Janeiro 20, 2025, 10:59:11 am »
Haver uma DIAL poderia solucionar parte de um problema no nosso universo radiofónico, contudo, era só uma parte.

Pessoalmente, o facto de ser crítico de sessões intermináveis de música a metro na Antena 1, não quer dizer que esta deva de acabar com a música na emissão. Além do nosso público não estar fadado para uma rádio 100 % de palavra (viu-se pela 4.ª vida do Rádio Clube Português), como foi aqui muito bem referido, existem artistas no nosso panorama musical que deixariam ter palco no éter nacional e que merecem-no.

Vamos lá ser sinceros, o público vai beber a oferta que tem. Se ela fosse boa, acredita que a Antena 1 não precisaria de música para nada, a não ser em programas de autor, como o Alma Lusa que acabei de ouvir, onde passaram dois fados e remanescente dos 50 minutos foi uma entrevista com a fadista Sara Paixão, diria que não faz sentido existir música na Antena 1. Eventualmente, a exceção poderia ser "Uma Noite em Forma de Assim" do Jorge Afonso, porque, de facto, não teria grande cabimento noutra estação.

Em tempos, houve uma ideia peregrina de transformar a A3 num modelo semelhante que, felizmente, ficou no papel.
Não seria peregrina se MEGAHITS ou CIDADEFM tivessem redes nacionais e fossem além de uma playlist de 50 músicas. Assim sendo, seria uma asneira mexer na rede da Antena 3.
Aliás, não criticamos, e bem, a Antena 3 por com uma programação que começa a ser bastante decente nos dias úteis em horário laboral, fazer 1,5%. Claro que uma Antena 1 de palavra faria, grosso modo o mesmo ou pouco mais. Nunca seria líder, temos de saber o que é o mercado português. Não invalida que o serviço público apresente um produto de excelência. As antenas devem preocupar-se com as audiências, no sentido de perceberem se o que fazem é bom ou mau, mas sem que tenham de trabalhar para ter audiências altíssimas. É difícil atingir esse ponto de equilíbrio, sem resvalar para uma rádio a olhar para o umbigo? Depende da liderança que tiver.

Falando deste tópico em específico, a Rádio Renascença, nos últimos tempos, tem feito um esforço tremendo para angariar novos públicos e, mal ou bem, muito alavancado pelas 3 da Manhã, têm-no conseguido.
Eu sou um exemplo claro que, na infância, ouvi muita RR no carro dos meus pais e que, tirando o desporto, a Emissora Católica Portuguesa nunca era uma opção minha.
Problema: a RR sabe que, com o nosso público, conteúdos exclusivamente de palavra não são alavancas para mobilizar audiências. Há muita música (e, para o meu gosto, repetida até à exaustão), muita trivia e um desinvestimento em desporto e grandes reportagens, algo que uma generalista não deve descorar. Mas o que é facto é que hoje consigo consumir a RR.
Eu confesso que da RR, nesses inícios de anos 2000, fundamentalmente tenho memória da Frente Desportiva. Ouvia muito mais a TSF nessa fase, e também a Antena 1. Portanto, não digo se sim ou não. Aos dias de hoje, ouço muito bem a RR entre as 07h e as 13h, embora também ache que As Três da Manhã estão a estagnar ligeiramente. Não sei se na próxima leva, depois desta, não vão levar ali com uma qualquer mexida, que espero que não seja acrescentar a Luciana Abreu, como sugeriu o Xavier da Joana, que pelos jeitos, tem veia de programador.  ;D ;D
Das 13h em diante, há melhor oferta.


O que quis com a publicação do Paulo Fragoso era uma espécie de trica. É interpretação minha, mas sinto o José Coimbra mais motivado com a ida para o canal mãe da r/Com do que o Paulo Fragoso (32 anos, não são 32 dias) e a dica para a nota do Júlio Heitor não é inocente.

Vamos escutar os próximos capítulos.

Pois, eu não tive coragem de escrever isso, mas pensei exatamente o mesmo. Admito que ele e o Júlio sejam amigos. Também me palpita que o Paulo Fragoso teria vontade de se aposentar na RFM. Estou curioso para perceber se vai mudar o nome de Instagram para @paulofragosorr.
Infelizmente, no fim de contas, a lealdade é paga sempre da mesma forma, com uma medalha de cortiça. Mas, honestamente, embora ache que se o Paulo estiver motivado, será uma mais valia óbvia para a RR, se for para o substituírem pela Ana Pinheiro, mesmo considerando a diferença de idades, a RFM sai a perder. Não vejo nome óbvio para tapar esse furo de horário.
Já agora, TOP25 RFM com o Fontoura é um downgrade brutal, apesar de o Daniel ser um excelente locutor, não acho que seja programa para ele.

O que a RR quer no daytime, especialmente entre as 10h e 17h, 21h-23h é noticiários curtos, antes do minuto 10 de cada hora, já tem de estar o programa de volta.

Minuto 10'? Isso seria ouro sobre azul. Por vezes, é ao minuto '4.
O que eu queria dizer, é que o jornal topo de hora na RR não pode chegar ao minuto 10, isso será o máximo e tem de ser com uma noticia de última hora, o normal será 4 a 5m, como já é agora.

Ao dia de hoje, antes das alterações, que parece que irão ocorrer para a semana, também concordo que a RR é o programa da manhã e depois a Teresa Oliveira até às 13h, a partir dai há melhor, para quem quer rádios de mais música, por exemplo as Tecas na Comercial e depois o programa da Tarde da Antena3. Só volta a ter interesse, o Hotel California do Paulino, mas se eu for nessas duas horas ouvir rádio, em dia sem futebol, eu vou por Uma Noite Em Forma de Assim, ou 21h Isilda Sanches na Antena 3 e depois segunda hora de Uma Noite Em Forma de Assim.
« Última modificação: Janeiro 20, 2025, 11:02:30 am por tuscano332 »

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Re: Rádio Renascença
« Responder #5020 em: Janeiro 20, 2025, 10:59:33 am »
A Rádio Press e a Rádio Nova eram as melhores rádios de palavra do país e também foram de vela, há muitos anos atras.

Memorias da Radio

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Re: Rádio Renascença
« Responder #5021 em: Janeiro 20, 2025, 01:35:41 pm »
A Rádio Press e a Rádio Nova eram as melhores rádios de palavra do país e também foram de vela, há muitos anos atras.

Oh diabo, a Nova foi de vela e ninguém me avisou?

modernices

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Re: Rádio Renascença
« Responder #5022 em: Janeiro 20, 2025, 02:51:30 pm »
A Rádio Press e a Rádio Nova eram as melhores rádios de palavra do país e também foram de vela, há muitos anos atras.

A Nova era. A Press era uma valente treta.

pdf

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Re: Rádio Renascença
« Responder #5023 em: Janeiro 20, 2025, 03:05:51 pm »
A Nova nunca foi uma "rádio de palavra"... da Press não posso falar, nunca ouvi com atenção, era demasiado novo. Mas a Nova comecei a ouvir no início dos anos 90 e nunca me pareceu exclusivamente "de palavra".

AG

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Re: Rádio Renascença
« Responder #5024 em: Janeiro 20, 2025, 03:10:49 pm »
A Rádio Press e a Rádio Nova eram as melhores rádios de palavra do país e também foram de vela, há muitos anos atras.

A Nova era. A Press era uma valente treta.
Da Press só me lembro da minha mãe ouvir um programa à noite de música independente - como se dizia nessa altura - em que o indicativo era o tema principal de Twin Peaks. É das minhas primeiras memórias radiofónicas. Vim a saber mais tarde que era o Fernando Alvim, muito jovem, quem o apresentava.

Portanto, duvido que a Press fosse uma rádio de palavra, provavelmente era mais uma rádio de notícias e música, um sub-produto da TSF, no fundo. E a Nova não seria diferente.
« Última modificação: Janeiro 20, 2025, 03:18:30 pm por AG »