Também coisas como o Luís Osório a dizer que "naturalmente é de esquerda" em horário nobre não devem ajudar. Chegou a primeira grande altura de crise para o Galopim, vamos ver o que vai fazer.
Diga-se que a Antena 1 ficar atrás da Cidade FM é sempre mau, mas isso também está relacionado com a força que a Cidade está a ter. E isto agora é mesmo uma suposição. Admito, posso estar muito engando, deve assentar imenso no baluarte que é a Catarina no período entre pontas. O painel dela tem níveis de participação do auditório incríveis. Diga-se que a Catarina também, para além de ser uma excecional comunicadora, é agradabilíssima no trato.
Dito isto, essa questão do Osório ser de esquerda, é pouco relevante. Já se sabe que na geração dele, quem vem da TSF é de esquerda. Ponto. Para além disso, o José Carlos Trindade faz sempre muito bem a ressalva de que ali não há cores partidárias.
E RFM líder... na faixa 15/24 (!).
Talvez seja o preço que a Comercial paga de ter uma Cidade forte, e a RFM uma Mega menos pujante, no segmento para que a RFM trabalha, que nem por sombras é o mesmo da Mega.
Certo.
Continuo a bater na mesma tecla: o distribuir milho aos pardais que foi o final dos anos 80 acabou por ditar, a montante, a morte das rádios locais que vemos hoje. Toda a chafarica tinha o seu emissor. 3 a 5 nalgumas capitais de distrito... por amor de Deus, sejamos sérios... 2 para cidades de reduzida dimensão...
A cova estava aberta à partida.
Claro que sim. Aliás, admira-me como é que o governo da altura, que tinha um pendor tão forte de Economia não conseguiu perceber isso. Isso sim, para mim é deveras impressionante.
Agora, a única solução será avançar para rádios regionais, idealmente uma licença musical e outra de palavra, como em Espanha.
Perante isto e para não se afundar mais uma possível saída seria o estado manter a propriedade, mas fazendo uma parceria privada (público-privada).
Efetivamente, são vários os canais do grupo rtp em morte lenta ou mesmo em coma.
Continuando tudo como está a morte é certa mais ano menos ano...
Invistam a sério em publicidade, e despachem as obrigações de serviço público para horários mais mortos. Ousem concorrer a serio com a Mega e com a Cidade, encostem de vez a malta mais velha. E, por amor de Deus, mexam na vaca sagrada chamada Prova Oral, que na Antena 1 ficava belíssima. Na 1, acabem com a música, façam uma rádio de palavra a 100% a sério, bem feita. Infelizmente, pelo que vemos, parece que a tendência é, cada vez mais, cortar custos.
De resto, os resultados não trazem nada de muito relevante para além da subida espetacular da Observador. Com os emissores adicionais, aposto que pode conseguir ultrapassar a TSF. A Smooth subiria ainda mais se não fosse o desastre de Matosinhos, mas está visto que a Bauer se está nas tintas para a qualidade da rede.