Há muito tempo que já desisti de ouvir rádios portuguesas. Desde lixo radiofónico (A RFM é o caso mais preocupante) a produtos extremamente elitistas e salazarentos (Rádios da RTP), não existe nenhuma rádio que consiga ouvir por mais de 10 minutos. Felizmente existe a BBC Radio 1 e 2 e a Absolute Radio que são produtos de excelência e equilibrados, com programações variadas e playlists interessantes que incluem deste temas conhecidos a músicas novas (Radio 1) e grandes clássicos (Radio 2 e Absolute Radio). Relativamente à MFM, é só mais um produto amador e de fraca qualidade. Mais não tenho a acrescentar em relação a esta "rádio".
No geral, concordo com a sua opinião. Ainda vou ouvindo a rádio portuguesa no automóvel porque, por enquanto, não há alternativa de escolha de emissoras internacionais (aguardemos pela evolução da tecnologia de áudio/multimédia no setor automóvel). De facto, em termos globais, a rádio portuguesa é monótona e enfadonha, indicando que estamos num dos paÃses mais atrasados da Europa. Desde automatismos, animadores que apenas debitam o nome de músicas e umas banalidades à mistura, com vozes monocórdicas, à fraca escolha de playlists, repetitivas e limitadas, à falta de diversidade de estilos musicais numa mesma estação, à falta de criatividade, de conhecimento, de inovação, em suma, à falta de tudo, temos, enfim, de ter muita paciência num panorama tão desolador.
A “BBC Radio 2†vem ao encontro das minhas necessidades de escuta de rádio. Oiço com bastante frequência, pelo que faço uma retificação à sua afirmação: é verdade que passam grandes clássicos de diferentes géneros musicais e também passam os novos lançamentos. Não gosto de ouvir música nova na rádio portuguesa, pela gritante falta de critério de escolha na sequência das músicas (o bom e mau misturam-se) e pela incompetente dinamização dos radialistas, mas gosto de ouvir a música nova na “BBC Radio 2†pelas razões contrárias. A “BBC Radio 2†inova em vários aspetos, respira-se profissionalismo e competência por estes lados (estão mesmo empenhados em fazer com que a rádio não caia no marasmo e, por essa via, se torne irrelevante). A grelha de programas contempla horários em que os próprios músicos (alguém sabe mais de música do que eles?) dinamizam os seus programas, convidem outros músicos, escritores das letras, compositores, etc. (alguém do meio) e falem sobre música e dos seus gostos pessoais, partilhando-os com os ouvintes. E-x-c-e-l-e-n-t-e. A cantora “Suzi 4†(quem ouvia rádio na década de 70 conhece-a) está com o seu programa no ar durante o mês de janeiro. A primeira emissão foi uma agradável surpresa. Esta rádio puxa mesmo pela vontade em aprender música, saber tocar um instrumento musical, etc (o que só valoriza o próprio).
Relativamente a estação “Absolute Radioâ€, que não disponibiliza a emissão para outros paÃses que não o Reino Unido, isto no player do seu website, pode ouvi-la em Portugal através da tecnologia “Internet Radioâ€, a 128 kbps. O som é bastante bom e definido, tendo uns os graves extensos. Por exemplo, a RR também está na “Internet Rádio†com uma amostragem muito baixa, apenas 48 kbps, sendo o som mau: indefinido, desorganizado, comprimido e a soar a algo sintetizado. Como é possÃvel tamanho desleixo?