ahahahahah, nós é que estamos bem e os outros que estão a migrar para o DAB é que estão mal!
Em relação ao online ser espetacular desafio-o em território nacional a ouvir a Z100 online!
Estamos a divergir da Europa mas este não é um caso em que vá ser possível convergir grande coisa, lamento. São mercados diferentes e lógicas de consumo diferentes.
Projetos como o Observador, a CidadeFM, a SmoothFM, a TSF, todos eles são baseados numa lógica muito simples:
emissores de um distrito que se captam em mais que um e as "sobras" que a orografia dá. Isto para esticar e dar nacional. O DAB limita tudo isso de uma maneira que o FM não limita, porque o FM ouve-se com mais ou menos ruído, em estéreo ou em mono, e o DAB... simplesmente não. Abaixo de um X de sinal, mais exigente que o FM regular, é como qualquer tecnologia digital, acabou-se.
E as redes DAB tendem em toda a Europa, já que seguimos por aí, a ser planeadas nacionalmente, em grandes centros orográficos típicos - que cá seriam Monsanto, Monte da Virgem, Lousã, etc - e a difundir a partir dessa lógica. Uma local teria, no máximo, proteção distrital, é o que dá para justificar. Mas e fora do distrito? Monte da Virgem perde Braga, Lousã não é Penacova, etc etc etc.
No Observador perderia potencialmente Braga e Coimbra. Na SmoothFM perderia potencialmente Coimbra e Aveiro. Na CidadeFM perderia potencialmente Leiria, Viana do Castelo, Beja e Portalegre (todos com escuta parcial). E por aí vamos.
Quanto à Z100, considere-o mais que feito e até lhe devolvo o galhardete: experimente utilizar uma VPN com servidor nos Estados Unidos.
Nunca vai acontecer, ou pelo menos nem tão cedo essa temática do DAB. Com o parque automóvel mais envelhecido da Europa, a haver só mesmo Lisboa e Porto. França e etc fazem isso porque podem, não se vê praticamente um único carro mais antigo nos centros urbanos.
É uma utopia. Mais depressa a rádio online singra. Aliás, mudar FM para DAB é pedir migração para o online da mesma forma que acabar com o analógico deu migração para as operadoras de cabo. E o caminho das operadoras móveis segue na direção de dar cada vez mais GBs, que dão para horas e horas sem fim de rádio. A médio prazo, vai deixar de haver a distinção por GBs e o que vai passar a haver é a distinção por velocidades contratadas, tal como no serviço fixo.
A penetração dos computadores e dos smartphones é amplamente superior à que qualquer rádio com DAB pode ter, isso era uma guerra para ter sido travada há 10 anos. Hoje está perdida (em PT).
Eu próprio estou datado na minha forma de consumo e devia atualizar-me, que ainda me baseio quase a 100% no FM... o AG nisso está mais à frente que eu, por exemplo.
Isto sendo dito, boa visão do Observador e boa justificação para o aluguer. Fez-me sentido.
Tudo dito. E com o advento do Android Auto, paulatinamente o substituto do FM será o online (por muito que isso poderá acarretar problemas de coberturas).
Aí, o principal desafio das rádios não será só as plataformas de áudio. Será também a possibilidade de escutar uma BBC Radio 1 sem quaisquer custos associados.
Precisamente. E mais a mais com a expansão do inglês. Vai sempre haver uma forte preferência local, mas de resto será um desafio para rádios que não se destaquem, por exemplo.