Autor Tópico: Lei da Rádio  (Lida 19764 vezes)

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Re: Lei da Rádio
« Responder #30 em: Julho 21, 2021, 11:21:57 am »
Mudança no mapa de frequências de rádio em Portugal exige se... Para ter mais duas/três redes nacionais: M80,TSF e mais uma rádio pública.

Só com DAB+.

Atento

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Re: Lei da Rádio
« Responder #31 em: Julho 21, 2021, 11:24:09 am »
Mudança no mapa de frequências de rádio em Portugal exige se... Para ter mais duas/três redes nacionais: M80,TSF e mais uma rádio pública.

Só com DAB+.

Através da reorganização do mapa territorial de emissores e da reorganização das frequências não seria possível?

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Re: Lei da Rádio
« Responder #32 em: Julho 21, 2021, 11:33:09 am »
Mudança no mapa de frequências de rádio em Portugal exige se... Para ter mais duas/três redes nacionais: M80,TSF e mais uma rádio pública.

Só com DAB+.

Através da reorganização do mapa territorial de emissores e da reorganização das frequências não seria possível?

Seria uma tarefa hercúlea, mas impossível não seria.

O problema está a montante e já foi aqui discutido vezes sem conta - a atribuição de alvará local a tudo o que é cantinho foi um erro...

pdnf

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Re: Lei da Rádio
« Responder #33 em: Julho 21, 2021, 01:21:25 pm »
Mudança no mapa de frequências de rádio em Portugal exige se... Para ter mais duas/três redes nacionais: M80,TSF e mais uma rádio pública.

Só com DAB+.

Através da reorganização do mapa territorial de emissores e da reorganização das frequências não seria possível?




Seria uma tarefa hercúlea, mas impossível não seria.

O problema está a montante e já foi aqui discutido vezes sem conta - a atribuição de alvará local a tudo o que é cantinho foi um erro...

Desculpem a ignorância, mas as licenças foram atribuídas até quando? Ou são permanentes? Sim, existem demasiados alvarás locais, e isso é um erro que, a meu ver, interessa fundamentalmente aos grandes grupos e também à própria RDP. São licenças que não tem capacidade de se desenvolverem adequadamente e que, como tal, não fazem concorrência aos da piscina dos grandes...

Uma dúvida: em Espanha, quantas nacionais existem? Pelo que me apercebi, as privadas funcionam no sistema M80/Cidade/Mega, correto? Nacionais mesmo só o serviço público? Ou estou errado?
« Última modificação: Julho 21, 2021, 01:30:31 pm por pdnf »
Rádio é:
Ir ao fim da Rua, a ligar Portugal, aconteça o que acontecer.
Mais música nova para sentir (e decidir).
Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
É a arte que toca, mais do que música...PESSOAS. Ah, and all that "unique" soul.

Atento

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Re: Lei da Rádio
« Responder #34 em: Julho 21, 2021, 03:02:32 pm »
Mudança no mapa de frequências de rádio em Portugal exige se... Para ter mais duas/três redes nacionais: M80,TSF e mais uma rádio pública.

Só com DAB+.

Através da reorganização do mapa territorial de emissores e da reorganização das frequências não seria possível?




Seria uma tarefa hercúlea, mas impossível não seria.

O problema está a montante e já foi aqui discutido vezes sem conta - a atribuição de alvará local a tudo o que é cantinho foi um erro...

Desculpem a ignorância, mas as licenças foram atribuídas até quando? Ou são permanentes? Sim, existem demasiados alvarás locais, e isso é um erro que, a meu ver, interessa fundamentalmente aos grandes grupos e também à própria RDP. São licenças que não tem capacidade de se desenvolverem adequadamente e que, como tal, não fazem concorrência aos da piscina dos grandes...

Uma dúvida: em Espanha, quantas nacionais existem? Pelo que me apercebi, as privadas funcionam no sistema M80/Cidade/Mega, correto? Nacionais mesmo só o serviço público? Ou estou errado?


1- Excetuando as rádios públicas que podem abrir emissores onde quiserem, as privadas têm de garantir as frequências através de concurso público promovido por cada comunidade autónoma, comprometendo-se a contratar profissionais da região e uma programação local para cada concelho, onde emitem, e comunidade autónoma.

2- Generalistas nacionais: RNE1, SER, COPE, ONDA CERO, ESRADIO.

3- Musicais nacionais: RNE2, RNE3, LOS 40, Cadena 100, Europa FM, Cadena DIAL, Rock FM, M80 (atualmente com outro nome).

4- Uma nacional de informação: RNE5.

5'- Uma nacional de desporto: Rádio Marca.
« Última modificação: Julho 21, 2021, 03:12:23 pm por Atento »

pdnf

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Re: Lei da Rádio
« Responder #35 em: Julho 21, 2021, 07:01:41 pm »
Mudança no mapa de frequências de rádio em Portugal exige se... Para ter mais duas/três redes nacionais: M80,TSF e mais uma rádio pública.

Só com DAB+.

Através da reorganização do mapa territorial de emissores e da reorganização das frequências não seria possível?




Seria uma tarefa hercúlea, mas impossível não seria.

O problema está a montante e já foi aqui discutido vezes sem conta - a atribuição de alvará local a tudo o que é cantinho foi um erro...

Desculpem a ignorância, mas as licenças foram atribuídas até quando? Ou são permanentes? Sim, existem demasiados alvarás locais, e isso é um erro que, a meu ver, interessa fundamentalmente aos grandes grupos e também à própria RDP. São licenças que não tem capacidade de se desenvolverem adequadamente e que, como tal, não fazem concorrência aos da piscina dos grandes...

Uma dúvida: em Espanha, quantas nacionais existem? Pelo que me apercebi, as privadas funcionam no sistema M80/Cidade/Mega, correto? Nacionais mesmo só o serviço público? Ou estou errado?


1- Excetuando as rádios públicas que podem abrir emissores onde quiserem, as privadas têm de garantir as frequências através de concurso público promovido por cada comunidade autónoma, comprometendo-se a contratar profissionais da região e uma programação local para cada concelho, onde emitem, e comunidade autónoma.

2- Generalistas nacionais: RNE1, SER, COPE, ONDA CERO, ESRADIO.

3- Musicais nacionais: RNE2, RNE3, LOS 40, Cadena 100, Europa FM, Cadena DIAL, Rock FM, M80 (atualmente com outro nome).

4- Uma nacional de informação: RNE5.

5'- Uma nacional de desporto: Rádio Marca.

Ou seja, no FM diria que temos 15 nacionais em Espanha contra 15 em Portugal! No nosso panorama nem precisariamos de tantas: contas por alto, a juntar às 6 existentes, precisariamos de rede para a M80, Cidade FM, Smooth, MegaHits, TSF, Observador, e eventualmente abrir mais uma licença a concurso, gosto da ideia da desportiva. Seria viável!
Rádio é:
Ir ao fim da Rua, a ligar Portugal, aconteça o que acontecer.
Mais música nova para sentir (e decidir).
Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
É a arte que toca, mais do que música...PESSOAS. Ah, and all that "unique" soul.

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Re: Lei da Rádio
« Responder #36 em: Julho 21, 2021, 07:37:34 pm »
Mudança no mapa de frequências de rádio em Portugal exige se... Para ter mais duas/três redes nacionais: M80,TSF e mais uma rádio pública.

Só com DAB+.

Através da reorganização do mapa territorial de emissores e da reorganização das frequências não seria possível?




Seria uma tarefa hercúlea, mas impossível não seria.

O problema está a montante e já foi aqui discutido vezes sem conta - a atribuição de alvará local a tudo o que é cantinho foi um erro...

Desculpem a ignorância, mas as licenças foram atribuídas até quando? Ou são permanentes? Sim, existem demasiados alvarás locais, e isso é um erro que, a meu ver, interessa fundamentalmente aos grandes grupos e também à própria RDP. São licenças que não tem capacidade de se desenvolverem adequadamente e que, como tal, não fazem concorrência aos da piscina dos grandes...

Uma dúvida: em Espanha, quantas nacionais existem? Pelo que me apercebi, as privadas funcionam no sistema M80/Cidade/Mega, correto? Nacionais mesmo só o serviço público? Ou estou errado?


1- Excetuando as rádios públicas que podem abrir emissores onde quiserem, as privadas têm de garantir as frequências através de concurso público promovido por cada comunidade autónoma, comprometendo-se a contratar profissionais da região e uma programação local para cada concelho, onde emitem, e comunidade autónoma.

2- Generalistas nacionais: RNE1, SER, COPE, ONDA CERO, ESRADIO.

3- Musicais nacionais: RNE2, RNE3, LOS 40, Cadena 100, Europa FM, Cadena DIAL, Rock FM, M80 (atualmente com outro nome).

4- Uma nacional de informação: RNE5.

5'- Uma nacional de desporto: Rádio Marca.

Ou seja, no FM diria que temos 15 nacionais em Espanha contra 15 em Portugal! No nosso panorama nem precisariamos de tantas: contas por alto, a juntar às 6 existentes, precisariamos de rede para a M80, Cidade FM, Smooth, MegaHits, TSF, Observador, e eventualmente abrir mais uma licença a concurso, gosto da ideia da desportiva. Seria viável!
Em FM não é possível.

Só com muito engenho se conseguiria alargar a M80 e a TSF (esta seria bem mais fácil pois falta apenas o Alentejo e o Algarve para cobrir todo o Continente) para nacionais, fazendo assim um total de 8 redes nacionais, o que me parece um número apropriado tendo em conta o tamanho do país.

O problema aqui é que tens logo 3 do Estado e 2 da Igreja, o que diminui muito a concorrência.

Luis Carvalho

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Re: Lei da Rádio
« Responder #37 em: Julho 21, 2021, 07:57:15 pm »
Mudança no mapa de frequências de rádio em Portugal exige se... Para ter mais duas/três redes nacionais: M80,TSF e mais uma rádio pública.

Só com DAB+.

Através da reorganização do mapa territorial de emissores e da reorganização das frequências não seria possível?




Seria uma tarefa hercúlea, mas impossível não seria.

O problema está a montante e já foi aqui discutido vezes sem conta - a atribuição de alvará local a tudo o que é cantinho foi um erro...

Desculpem a ignorância, mas as licenças foram atribuídas até quando? Ou são permanentes? Sim, existem demasiados alvarás locais, e isso é um erro que, a meu ver, interessa fundamentalmente aos grandes grupos e também à própria RDP. São licenças que não tem capacidade de se desenvolverem adequadamente e que, como tal, não fazem concorrência aos da piscina dos grandes...

Uma dúvida: em Espanha, quantas nacionais existem? Pelo que me apercebi, as privadas funcionam no sistema M80/Cidade/Mega, correto? Nacionais mesmo só o serviço público? Ou estou errado?


1- Excetuando as rádios públicas que podem abrir emissores onde quiserem, as privadas têm de garantir as frequências através de concurso público promovido por cada comunidade autónoma, comprometendo-se a contratar profissionais da região e uma programação local para cada concelho, onde emitem, e comunidade autónoma.

2- Generalistas nacionais: RNE1, SER, COPE, ONDA CERO, ESRADIO.

3- Musicais nacionais: RNE2, RNE3, LOS 40, Cadena 100, Europa FM, Cadena DIAL, Rock FM, M80 (atualmente com outro nome).

4- Uma nacional de informação: RNE5.

5'- Uma nacional de desporto: Rádio Marca.

Ou seja, no FM diria que temos 15 nacionais em Espanha contra 15 em Portugal! No nosso panorama nem precisariamos de tantas: contas por alto, a juntar às 6 existentes, precisariamos de rede para a M80, Cidade FM, Smooth, MegaHits, TSF, Observador, e eventualmente abrir mais uma licença a concurso, gosto da ideia da desportiva. Seria viável!

Não são 15 rádios nacionais! Nem todas as cadeias espanholas asseguram a cobertura de todas as províncias de Espanha. A "Los 40 Classic" (ex-M80) não se ouve em condições minimamente satisfatórias em Badajoz. E a Rádio Marca não tem emissores  para quase toda a "Extremadura". As únicas estações que asseguram a cobertura em todas as províncias, regiões autónomas e praticamente todo o território espanhol são as da Rádio Nacional de Espanha.
« Última modificação: Julho 21, 2021, 08:00:28 pm por Luis Carvalho »
Cumprimentos,
Luís Carvalho

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Atento

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Re: Lei da Rádio
« Responder #38 em: Julho 21, 2021, 09:29:25 pm »
Mudança no mapa de frequências de rádio em Portugal exige se... Para ter mais duas/três redes nacionais: M80,TSF e mais uma rádio pública.

Só com DAB+.

Através da reorganização do mapa territorial de emissores e da reorganização das frequências não seria possível?




Seria uma tarefa hercúlea, mas impossível não seria.

O problema está a montante e já foi aqui discutido vezes sem conta - a atribuição de alvará local a tudo o que é cantinho foi um erro...

Desculpem a ignorância, mas as licenças foram atribuídas até quando? Ou são permanentes? Sim, existem demasiados alvarás locais, e isso é um erro que, a meu ver, interessa fundamentalmente aos grandes grupos e também à própria RDP. São licenças que não tem capacidade de se desenvolverem adequadamente e que, como tal, não fazem concorrência aos da piscina dos grandes...

Uma dúvida: em Espanha, quantas nacionais existem? Pelo que me apercebi, as privadas funcionam no sistema M80/Cidade/Mega, correto? Nacionais mesmo só o serviço público? Ou estou errado?


1- Excetuando as rádios públicas que podem abrir emissores onde quiserem, as privadas têm de garantir as frequências através de concurso público promovido por cada comunidade autónoma, comprometendo-se a contratar profissionais da região e uma programação local para cada concelho, onde emitem, e comunidade autónoma.

2- Generalistas nacionais: RNE1, SER, COPE, ONDA CERO, ESRADIO.

3- Musicais nacionais: RNE2, RNE3, LOS 40, Cadena 100, Europa FM, Cadena DIAL, Rock FM, M80 (atualmente com outro nome).

4- Uma nacional de informação: RNE5.

5'- Uma nacional de desporto: Rádio Marca.

Ou seja, no FM diria que temos 15 nacionais em Espanha contra 15 em Portugal! No nosso panorama nem precisariamos de tantas: contas por alto, a juntar às 6 existentes, precisariamos de rede para a M80, Cidade FM, Smooth, MegaHits, TSF, Observador, e eventualmente abrir mais uma licença a concurso, gosto da ideia da desportiva. Seria viável!

Não são 15 rádios nacionais! Nem todas as cadeias espanholas asseguram a cobertura de todas as províncias de Espanha. A "Los 40 Classic" (ex-M80) não se ouve em condições minimamente satisfatórias em Badajoz. E a Rádio Marca não tem emissores  para quase toda a "Extremadura". As únicas estações que asseguram a cobertura em todas as províncias, regiões autónomas e praticamente todo o território espanhol são as da Rádio Nacional de Espanha.

Certo.


Embora as principais generalistas generalistas - SER e COPE - através de algumas emissoras pirata consigam cobrir mais de 90% do território.

joao_s

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Re: Lei da Rádio
« Responder #39 em: Julho 21, 2021, 11:37:27 pm »
(...)
Só com DAB+.

Através da reorganização do mapa territorial de emissores e da reorganização das frequências não seria possível?
Colocam-se algumas questões sobre o assunto:
- Custo da operação;
- Complexidade da operação;
- Solução para o curto prazo ou solução de futuro;
- Se a tecnologia suporta a demanda previsível para o futuro;
- Tecnologia ultrapassada versus tecnologia atual;
- Implicações para a população idosa, que pode ter frequências de décadas alteradas e os recetores não atualizam automaticamente a estação (recetores sem AF do RDS);
- Investimento emissores que, a prazo, podem ser desligados por motivos de substituição da tecnologia. Os últimos a entrar em funcionamento são os primeiros a ser desligados (investimento não amortizado);
- Adiar o inadiável (com os custos que isso implica).

Ao contrário do FM, em que a sintonia da estação é feita pela frequência, por exemplo, 90.2 MHz; no DAB+ a “sintonia” da estação é feita pelo nome, por exemplo, ‘Renascença’. Isto implica que podem ser feitas alterações técnicas no sistema sem que o utilizador tenha de realizar qualquer operação no recetor.

---/---
Já aqui foi referido que o operador público alemão ‘ZDF’, para a além de produzir canais de TV para a Alemanha (salvo erro, alguns também são difundidos na Áustria em sinal aberto), também é um instrumento de geopolítica, com a relevância que isso implica para o país. Desta forma, projeta a imagem deste país, está envolvido nos mais diversos tipos de coproduções e projetos internacionais (esta é uma forma dos países tirarem partido dos respetivos serviços públicos).

Vejam aqui um documentário coproduzido pela ‘ZDF’ sobre o mercado da Ribeira de Lisboa e qual a origem de alguns produtos vendidos nesse mercado. Foi difundido no canal franco-alemão ‘ARTE’, para um universo de 170 milhões de espetadores da Europa Central. Países fortes, serviços públicos fortes.

ruicleto

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Re: Lei da Rádio
« Responder #40 em: Julho 21, 2021, 11:40:21 pm »
(...)
Só com DAB+.

Através da reorganização do mapa territorial de emissores e da reorganização das frequências não seria possível?
Colocam-se algumas questões sobre o assunto:
- Custo da operação;
- Complexidade da operação;
- Solução para o curto prazo ou solução de futuro;
- Se a tecnologia suporta a demanda previsível para o futuro;
- Tecnologia ultrapassada versus tecnologia atual;
- Implicações para a população idosa, que pode ter frequências de décadas alteradas e os recetores não atualizam automaticamente a estação (recetores sem AF do RDS);
- Investimento emissores que, a prazo, podem ser desligados por motivos de substituição da tecnologia. Os últimos a entrar em funcionamento são os primeiros a ser desligados (investimento não amortizado);
- Adiar o inadiável (com os custos que isso implica).

Ao contrário do FM, em que a sintonia da estação é feita pela frequência, por exemplo, 90.2 MHz; no DAB+ a “sintonia” da estação é feita pelo nome, por exemplo, ‘Renascença’. Isto implica que podem ser feitas alterações técnicas no sistema sem que o utilizador tenha de realizar qualquer operação no recetor.

---/---
Já aqui foi referido que o operador público alemão ‘ZDF’, para a além de produzir canais de TV para a Alemanha (salvo erro, alguns também são difundidos na Áustria em sinal aberto), também é um instrumento de geopolítica, com a relevância que isso implica para o país. Desta forma, projeta a imagem deste país, está envolvido nos mais diversos tipos de coproduções e projetos internacionais (esta é uma forma dos países tirarem partido dos respetivos serviços públicos).

Vejam aqui um documentário coproduzido pela ‘ZDF’ sobre o mercado da Ribeira de Lisboa e qual a origem de alguns produtos vendidos nesse mercado. Foi difundido no canal franco-alemão ‘ARTE’, para um universo de 170 milhões de espetadores da Europa Central. Países fortes, serviços públicos fortes.

Boa análise!

pdnf

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Re: Lei da Rádio
« Responder #41 em: Julho 22, 2021, 01:58:14 am »
(...)
Só com DAB+.

Através da reorganização do mapa territorial de emissores e da reorganização das frequências não seria possível?
Colocam-se algumas questões sobre o assunto:
- Custo da operação;
- Complexidade da operação;
- Solução para o curto prazo ou solução de futuro;
- Se a tecnologia suporta a demanda previsível para o futuro;
- Tecnologia ultrapassada versus tecnologia atual;
- Implicações para a população idosa, que pode ter frequências de décadas alteradas e os recetores não atualizam automaticamente a estação (recetores sem AF do RDS);
- Investimento emissores que, a prazo, podem ser desligados por motivos de substituição da tecnologia. Os últimos a entrar em funcionamento são os primeiros a ser desligados (investimento não amortizado);
- Adiar o inadiável (com os custos que isso implica).

Ao contrário do FM, em que a sintonia da estação é feita pela frequência, por exemplo, 90.2 MHz; no DAB+ a “sintonia” da estação é feita pelo nome, por exemplo, ‘Renascença’. Isto implica que podem ser feitas alterações técnicas no sistema sem que o utilizador tenha de realizar qualquer operação no recetor.

---/---
Já aqui foi referido que o operador público alemão ‘ZDF’, para a além de produzir canais de TV para a Alemanha (salvo erro, alguns também são difundidos na Áustria em sinal aberto), também é um instrumento de geopolítica, com a relevância que isso implica para o país. Desta forma, projeta a imagem deste país, está envolvido nos mais diversos tipos de coproduções e projetos internacionais (esta é uma forma dos países tirarem partido dos respetivos serviços públicos).

Vejam aqui um documentário coproduzido pela ‘ZDF’ sobre o mercado da Ribeira de Lisboa e qual a origem de alguns produtos vendidos nesse mercado. Foi difundido no canal franco-alemão ‘ARTE’, para um universo de 170 milhões de espetadores da Europa Central. Países fortes, serviços públicos fortes.

Todos concordaremos que o DAB+ é o futuro. Onde podemos ter dúvidas é sobre se valerá a pena apostar desde já na tecnologia, ou aguardar até que a mesma seja maturada.
Para mim a resposta é óbvia: pelo menos nos grandes centros urbanos, é necessária a migração. Dinheiro terá de vir do PRR ou do P2030, que terão reprogramações em breve.

Para termos uma ideia, entre RDP, R/Com, MCR, TSF e Observador, mais uma ou outra local que tenha escala para entrar, em quanto ficaria a migração, subsidiada a 100% pelo Estado? Novos opoeradores pagariam o seu custo.

Outra questão pertinente, é o custo dos receptores. O que seria necessário fazer para transformar um autoradio (que por vezes até já vem integrado nos computadores de bordo) em DAB? É um processo exequível, nomeadamente em matéria de custos? Mais uma vez, teriam de ser alocadas verbas dos Fundos Comunitários para a atualização também dos receptores.

Terceira questão: seria possível a manutenção de um sistema misto, em que deixariamos, por exemplo, as locais no FM e as nacionais (reais e impostoras) no DAB? Admito que poderia ser do interesse de ambos os players, grandes e pequenos, contando que o autoradio permita a sintonização de ambas, como ocorre hoje com o FM e AM. Para além disso, permitiria libertar uma serie de frequencias locais canibalizadas.

Quarta questão: o que permitiria em termos técnicos a libertação da banda do FM (87.5 - 108.0)? Outra ainda, não é possível aumentar a banda de FM mais para cima ou para baixo?

Finalmente, quais os reais custos para o país de dois sistemas a correr em paralelo, mas cada um na sua pista?
Rádio é:
Ir ao fim da Rua, a ligar Portugal, aconteça o que acontecer.
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Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
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Re: Lei da Rádio
« Responder #42 em: Agosto 02, 2021, 02:10:13 am »
Para além das questões do meu post anterior, que certamente os colegas mais experientes saberão responder, deixo outra: é possível, por exemplo, um grande hipermercado, passar no sistema de som uma estação de rádio? Pensava que não! Têm de pagar alguma taxa à estação?
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Memorias da Radio

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Re: Lei da Rádio
« Responder #43 em: Agosto 02, 2021, 02:54:41 am »
Algumas respostas:

- Os equipamentos para DAB+ têm o mesmo custo, ou pouco mais caro, que equipamentos novos em FM. Elementos como processadores e mesas de mistura não precisam de mudança; os transmissores propriamente ditos sim; elementos como dipolos e torres podem precisar de ajustes conforme cada configuração de cada rádio e aquilo que vier a ser determinado (cada um na sua torre ou todos na mesma).

- Não é possível passar um autorádio FM para DAB. As frequências dos blocos são completamente diferentes e andam mais perto de VHF-I que propriamente qualquer outra coisa. É substituir o autorádio existente por um DAB+, o que nalguns carros, especialmente dos anos 2000, implica perda de informação no visor embutido no carro com o autorádio original, em troca de visualização no novo autorádio.

O custo dos recetores, uma vez mais, é igual ou um pouco mais caro que em FM, não está já proibitivo como estava há uns anos.

- Não só é possível um sistema misto como a Noruega é um exemplo desse sistema misto.

- Só é possível libertar a faixa FM pertencente ao Japão, 76-90 MHz (na prática seriam mais 11,5 MHz de espectro). Mas isto tem vários problemas: ora porque nem todos os rádios suportam a banda inferior, ora porque quando suportam obrigam a comutar de propósito da banda do Japão para a Europa em permanência, ora porque a harmonização disto é já de décadas e não é assim tão simples, ora porque seria prolongar uma ineficiência de espectro e tecnologia já ultrapassadas com solução equiparada, ora ainda porque depende de coordenação à escala Europeia e em muitos casos possivelmente comprar novos equipamentos, ora por fim porque a banda 76-87.5 MHz está reservada na ANACOM atualmente para outro tipo de usos sujeitos a licença (salvo erro).

Acima dos 108.0 MHz falamos de VHF-I, que esteve a ser usado muitos anos para televisão, mas o conceito tecnológico é uma harmonização mundial. Não é só "mudar e pronto".

Os custos para o país não sei.

Talvez mais relevante com a passagem do FM para DAB+ era também aproveitar a tecnologia do AM seja para aumentar de novo a amplitude áudio com o desligamento de emissores, para um punhado de redes nacionais e europeias em AM-Stereo com espaçamento de carrier a 36 kHz (para amplitude áudio de 18 kHz em vez dos antiquados 4.5 kHz que parecem áudio comprimido de 1995), ou implementar DRM na onda média. Com isto, com apenas três ou quatro emissores a nível nacional potentes e bem colocados haveria uma cobertura continental portuguesa, porque o AM permite maior raio de alcance ao contrário do FM, ao mesmo tempo em que se abria o mercado a novos players e se melhorava a fidelidade sonora do áudio.

Como em muitas coisas, não somos soberanos para decidir nisto e já iremos a reboque da Europa mudando, neste momento, quanto mais optar por outras soluções. Gente com falta de visão dá nisto.

Por fim: a difusão de elementos de rádio num grande hipermercado, como qualquer música com direitos de autor, paga licença à Passmusica no mínimo e com jeitinho também à SPA por parte do agente que está a emitir. Mas são empresas à parte. É prática corrente nalguns mini e supermercados ter um sistema local com uma rádio qualquer mas a prática vai caindo em desuso, é só nos mais antigos, porque depois são minutos de publicidade seguida e com jeitinho até da concorrência, o que é inconveniente.

ruicleto

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Re: Lei da Rádio
« Responder #44 em: Agosto 08, 2021, 12:29:57 pm »
O que é dito ao minuto 28 é verdade e muito relevante na gestão das empresas públicas. A contratação de novas pessoas é um forte constrangimento na gestão diária da vida das empresas públicas. E isso também justifica teres uma rádio jovem tão envelhecida e os falsos recibos verdes.

E ainda o facto de não haver margem de progressão como acontece na MCR com Cidade > Comercial > M80 e a RR com Mega > RFM > RR.
Uma Antena 4 mataria dois coelhos numa cajadada: libertava a Antena 1 para ser uma verdadeira rádio de palavra e permitiria a formação de uma grande equipa com Augusto Fernandes, Catarina Miranda etc mais os "decanos" da 3 para uma BBC Radio 2 à portuguesa.

O problema é que uma Antena 4 vai matar mais uma série de locais, a menos que canibalizes emissores da A2 e da A3! Mas sim, faz sentido isso!Também poderias pegar em malta da 2 e da 3 e dividir entre a 1 e a 2, mas seria um risco no ar... ;D ;D ;D

A RTP deveria ter uma verdadeira rádio jovem como a Mega ou a Cidade, mas com uma playlist diferenciada. A Antena 3, com OUTRO NOME, poderia fazer esse papel.

Voltamos ao mesmo tema de sempre em Portugal: pensam que as mudanças se fazem mudando, simplesmente, o nome da estação... ERRADO.