Algumas respostas:
- Os equipamentos para DAB+ têm o mesmo custo, ou pouco mais caro, que equipamentos novos em FM. Elementos como processadores e mesas de mistura não precisam de mudança; os transmissores propriamente ditos sim; elementos como dipolos e torres podem precisar de ajustes conforme cada configuração de cada rádio e aquilo que vier a ser determinado (cada um na sua torre ou todos na mesma).
- Não é possÃvel passar um autorádio FM para DAB. As frequências dos blocos são completamente diferentes e andam mais perto de VHF-I que propriamente qualquer outra coisa. É substituir o autorádio existente por um DAB+, o que nalguns carros, especialmente dos anos 2000, implica perda de informação no visor embutido no carro com o autorádio original, em troca de visualização no novo autorádio.
O custo dos recetores, uma vez mais, é igual ou um pouco mais caro que em FM, não está já proibitivo como estava há uns anos.
- Não só é possÃvel um sistema misto como a Noruega é um exemplo desse sistema misto.
- Só é possÃvel libertar a faixa FM pertencente ao Japão, 76-90 MHz (na prática seriam mais 11,5 MHz de espectro). Mas isto tem vários problemas: ora porque nem todos os rádios suportam a banda inferior, ora porque quando suportam obrigam a comutar de propósito da banda do Japão para a Europa em permanência, ora porque a harmonização disto é já de décadas e não é assim tão simples, ora porque seria prolongar uma ineficiência de espectro e tecnologia já ultrapassadas com solução equiparada, ora ainda porque depende de coordenação à escala Europeia e em muitos casos possivelmente comprar novos equipamentos, ora por fim porque a banda 76-87.5 MHz está reservada na ANACOM atualmente para outro tipo de usos sujeitos a licença (salvo erro).
Acima dos 108.0 MHz falamos de VHF-I, que esteve a ser usado muitos anos para televisão, mas o conceito tecnológico é uma harmonização mundial. Não é só "mudar e pronto".
Os custos para o paÃs não sei.
Talvez mais relevante com a passagem do FM para DAB+ era também aproveitar a tecnologia do AM seja para aumentar de novo a amplitude áudio com o desligamento de emissores, para um punhado de redes nacionais e europeias em AM-Stereo com espaçamento de carrier a 36 kHz (para amplitude áudio de 18 kHz em vez dos antiquados 4.5 kHz que parecem áudio comprimido de 1995), ou implementar DRM na onda média. Com isto, com apenas três ou quatro emissores a nÃvel nacional potentes e bem colocados haveria uma cobertura continental portuguesa, porque o AM permite maior raio de alcance ao contrário do FM, ao mesmo tempo em que se abria o mercado a novos players e se melhorava a fidelidade sonora do áudio.
Como em muitas coisas, não somos soberanos para decidir nisto e já iremos a reboque da Europa mudando, neste momento, quanto mais optar por outras soluções. Gente com falta de visão dá nisto.
Por fim: a difusão de elementos de rádio num grande hipermercado, como qualquer música com direitos de autor, paga licença à Passmusica no mÃnimo e com jeitinho também à SPA por parte do agente que está a emitir. Mas são empresas à parte. É prática corrente nalguns mini e supermercados ter um sistema local com uma rádio qualquer mas a prática vai caindo em desuso, é só nos mais antigos, porque depois são minutos de publicidade seguida e com jeitinho até da concorrência, o que é inconveniente.