Autor Tópico: Rádio Santo António - 103,3 MHz Castro Marim  (Lida 1953 vezes)

Luís Gonçalves

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Re: Rádio Santo António - 103,3 MHz Castro Marim
« Responder #15 em: Julho 24, 2024, 03:41:30 pm »
Relativamente ao caso de Marrocos, a única maneira de combater as rádios marroquinas, na minha opinião, é as rádios locais do Algarve terem autorização para aumentarem a PAR nesta altura do ano.
Qualquer rádio de tasco em Marrocos, tem 15 mil e 20 mil watts, quando a rádio local do Algarve com mais potência, tem 2000.

Não, não é. A solução é haver coordenação de frequências com Marrocos como há em Espanha. Isto não é Reino de Portugal e dos Algarves para o Algarve ter exceção que não só o resto do país não tem, como não se justifica - se noutros países se usa a eletricidade mal, é um problema desses países e potência não é tudo.

Ou isso, ou as rádios algarvias mudarem de frequências, sendo que os diretores neste aspeto são surpreendentemente duros por norma sem qualquer razão que o justifique (custa 0€ mudar uma frequência pré-programada num emissor, e custa muito pouco fazer uma promo decente a anunciar mudança de frequências). Se a própria ANACOM anda a sugerir isso... se calhar era de lhe dar ouvidos.

As rádios da raia em Viana, na Guarda, em Bragança, em Castelo Branco mexem as frequências, ajustam as coisas. Porque é que no Algarve iria ser diferente?

Temos que ter noção daquilo que pedimos e daquilo que é fazível. 10.000w para uma local não tem qualquer cabimento. Qualquer. Já a diferença de 2000 para 5000 é o que é...

Aumentos de potência sem se mexer nas frequências ia dar um bruto festival desconfortável de interferências em todo o espectro na região do Algarve.
Não se pode comparar as duas realidades.
Espanha está na União Europeia, Marrocos não está.
Aquilo que é possível fazer com Espanha, não é possível com Marrocos.
Uma rádio que há 30 anos emite na mesma frequência, tem que mudar, por causa de um país que acredita que pode colocar os emissores das suas rádios numa potência que não se pratica na Europa, em rádios mais pequenas.
A solução não é a ideal, mas neste parâmetro não existem situações ideais, e aquela que na minha opinião é a mais consensual, falando com vários técnicos de rádios da região, é essa mesmo.
A única solução ideal, era a ANACOM conseguir chegar a acordo com a irmã marroquina para baixarem as potências de lá.
Mas como Marrocos nem pertence à União Europeia, tenho certas dúvidas que existisse algum acordo entre os dois países.

Acordos bilaterais sempre foram possíveis, temos vários no contexto da CPLP (eu sei que não é o mesmo, mas...). Já hoje tenho um exemplo prático para te dar: sabias que todo o tráfego de Internet que sai de Marrocos vai por Lisboa, nem sequer por Madrid?

É preciso é vontade para que se faça. (Neste caso vontade política, para essa harmonização teria sempre que ser assim).

Neste aspeto, desculpa-me, sou totalmente pragmático: de nada serve emitir 30 anos numa mesma frequência se a) a audiência é menor (não digo que todas sejam assim); b) é periodicamente perdida porque entra Marrocos - e aqui é um forte problema, imagina que perdem p.ex. para a Comercial e depois não voltam?

Vou fatiar ainda mais fininho: os técnicos que deram essa solução têm que justificar porque é que a solução que deram contraria a ciência. Se tens uma frequência a chegar com força, pela via do mar neste caso, e aumentas a potência de uma adjacente à chegada, que resultado pode dar?

Salvo erro a Comercial tinha uma das duas frequências no Algarve com 10.000w que era pressionada por uma marroquina, lembro-me de ler algures isso aqui há uns tempos. Não sei como é que esse tema está, mas se isso ainda existir, consegues ir ver in loco e na prática o resultado final dessa sugestão que os técnicos deram... Uma coisa asseguro-te, nunca vai ser infelizmente agradável...
Uma das frequências mais afetadas no Algarve é a da Cidade FM nos 99.7 de Loulé. O emissor em sí está no cerro de Alfeição, num lugar nada favorável pela baixa altitude e por ter perto o cerro de S. Miguel que tapa o sinal para sotavento. Depois nesta frequência têm a HIT Radio de Rabat 6 kW que mesmo em Faro! Com linha de vista para Alfeição, leva bastante pancada. Depois como se isso não fosse suficiente, leva com R. A. I de Huelva com 30 kW que tapa o pouco que resta da Cidade FM a partir de Olhão. Em Portimão então o sinal já não é muito robusto, com um bocado de propagação então é muito fácil de a Hitrádio tapar totalmente a Cidade FM.
Luís Gonçalves

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Re: Rádio Santo António - 103,3 MHz Castro Marim
« Responder #16 em: Julho 24, 2024, 03:57:40 pm »
Relativamente ao caso de Marrocos, a única maneira de combater as rádios marroquinas, na minha opinião, é as rádios locais do Algarve terem autorização para aumentarem a PAR nesta altura do ano.
Qualquer rádio de tasco em Marrocos, tem 15 mil e 20 mil watts, quando a rádio local do Algarve com mais potência, tem 2000.

Não, não é. A solução é haver coordenação de frequências com Marrocos como há em Espanha. Isto não é Reino de Portugal e dos Algarves para o Algarve ter exceção que não só o resto do país não tem, como não se justifica - se noutros países se usa a eletricidade mal, é um problema desses países e potência não é tudo.

Ou isso, ou as rádios algarvias mudarem de frequências, sendo que os diretores neste aspeto são surpreendentemente duros por norma sem qualquer razão que o justifique (custa 0€ mudar uma frequência pré-programada num emissor, e custa muito pouco fazer uma promo decente a anunciar mudança de frequências). Se a própria ANACOM anda a sugerir isso... se calhar era de lhe dar ouvidos.

As rádios da raia em Viana, na Guarda, em Bragança, em Castelo Branco mexem as frequências, ajustam as coisas. Porque é que no Algarve iria ser diferente?

Temos que ter noção daquilo que pedimos e daquilo que é fazível. 10.000w para uma local não tem qualquer cabimento. Qualquer. Já a diferença de 2000 para 5000 é o que é...

Aumentos de potência sem se mexer nas frequências ia dar um bruto festival desconfortável de interferências em todo o espectro na região do Algarve.
Não se pode comparar as duas realidades.
Espanha está na União Europeia, Marrocos não está.
Aquilo que é possível fazer com Espanha, não é possível com Marrocos.
Uma rádio que há 30 anos emite na mesma frequência, tem que mudar, por causa de um país que acredita que pode colocar os emissores das suas rádios numa potência que não se pratica na Europa, em rádios mais pequenas.
A solução não é a ideal, mas neste parâmetro não existem situações ideais, e aquela que na minha opinião é a mais consensual, falando com vários técnicos de rádios da região, é essa mesmo.
A única solução ideal, era a ANACOM conseguir chegar a acordo com a irmã marroquina para baixarem as potências de lá.
Mas como Marrocos nem pertence à União Europeia, tenho certas dúvidas que existisse algum acordo entre os dois países.

Acordos bilaterais sempre foram possíveis, temos vários no contexto da CPLP (eu sei que não é o mesmo, mas...). Já hoje tenho um exemplo prático para te dar: sabias que todo o tráfego de Internet que sai de Marrocos vai por Lisboa, nem sequer por Madrid?

É preciso é vontade para que se faça. (Neste caso vontade política, para essa harmonização teria sempre que ser assim).

Neste aspeto, desculpa-me, sou totalmente pragmático: de nada serve emitir 30 anos numa mesma frequência se a) a audiência é menor (não digo que todas sejam assim); b) é periodicamente perdida porque entra Marrocos - e aqui é um forte problema, imagina que perdem p.ex. para a Comercial e depois não voltam?

Vou fatiar ainda mais fininho: os técnicos que deram essa solução têm que justificar porque é que a solução que deram contraria a ciência. Se tens uma frequência a chegar com força, pela via do mar neste caso, e aumentas a potência de uma adjacente à chegada, que resultado pode dar?

Salvo erro a Comercial tinha uma das duas frequências no Algarve com 10.000w que era pressionada por uma marroquina, lembro-me de ler algures isso aqui há uns tempos. Não sei como é que esse tema está, mas se isso ainda existir, consegues ir ver in loco e na prática o resultado final dessa sugestão que os técnicos deram... Uma coisa asseguro-te, nunca vai ser infelizmente agradável...
Uma das frequências mais afetadas no Algarve é a da Cidade FM nos 99.7 de Loulé. O emissor em sí está no cerro de Alfeição, num lugar nada favorável pela baixa altitude e por ter perto o cerro de S. Miguel que tapa o sinal para sotavento. Depois nesta frequência têm a HIT Radio de Rabat 6 kW que mesmo em Faro! Com linha de vista para Alfeição, leva bastante pancada. Depois como se isso não fosse suficiente, leva com R. A. I de Huelva com 30 kW que tapa o pouco que resta da Cidade FM a partir de Olhão. Em Portimão então o sinal já não é muito robusto, com um bocado de propagação então é muito fácil de a Hitrádio tapar totalmente a Cidade FM.
Esqueci-me de referir as frequências:
Hitrádio - Rabat - 99.8 MHz ; R.A.I - Huelva (Cabezo del Conquero) - 99.6 MHz
Luís Gonçalves

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Re: Rádio Santo António - 103,3 MHz Castro Marim
« Responder #17 em: Julho 24, 2024, 11:19:43 pm »
Voltou a emitir o mp3 FM nos 103. 3, em mono sem RDS. Mesmo sinal fraquíssimo de sempre.
Luís Gonçalves

Luís Gonçalves

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Re: Rádio Santo António - 103,3 MHz Castro Marim
« Responder #18 em: Julho 25, 2024, 10:49:57 pm »
A cassete já rodou até ao fim, novamente em portadora
Luís Gonçalves