https://eco.sapo.pt/2024/07/23/e-preciso-ver-se-os-oito-canais-de-tv-e-sete-de-radio-da-rtp-fazem-sentido-hoje-em-dia-diz-presidente-da-empresa/
Nicolau a querer cumprir o desígnio de Balsemão, Teixeira e afins...
Fim da RTP3?
E da Antena 3?
Então não defende que a actual Antena3 não serve para nada?
Mas isso não significa o encerramento indo contra todas as perspetivas defendidas nos países da Europa Civilizada.
Mormente neste fórum aborda-se o futuro incerto da SBSR, tal como se comentou há uns anos a sangria de quadros da Radar, sem falar da alternativa Oxigénio, ou das universitárias RUA, RUC e RUM.
A Antena 3 como rádio alternativa, mesmo que não goste da ideia, tem cabimento no serviço público. Muitos festivais de música alternativa são descentralizados e, com um conjunto de academias por este país fora, existe um terreno fértil fora de Lisboa e do Porto que, sem uma Antena 3, fica órfão de escutar coisas diferentes. Se esse terreno fértil se reflecte num exponencial aumento no Bareme? Claro que não, até porque o grosso da população está no litoral onde tem as alternativas que mencionei.
Na minha parca opinião, é redutor que dizer-se que a actual A3 não serve para nada. Até eu que não vivo numa região propriamente despovoada, as únicas estações que consigo apanhar no FM que passam música «diferente» é a SMOOTH FM e a ANTENA 3. E com isto não quero dizer que não seja crítico de algumas situações que por lá passam.
Sobre a RDP Internacional e a RDP África. Acho mais importante, sinceramente, a RDP África que a primeira. Não que ache relevante se escutar no Porto e em Coimbra (em Lisboa faz sentido, pois a comunidade africana lusófona é forte e é ouvida), mas para que Portugal não abandone os laços que tem com os PALOP.
É certo que não somos um país rico, mas fico solenemente triste quando vejo países como a França, Reino Unido e China a ocuparem um espaço de cooperação que Portugal deveria ter!
Além disso, se não contarmos com Angola e regime do MPLA, a RDP África é um veículo importante que respira uma liberdade democrática de um país que se quer europeu.
Sobre a diáspora na Europa e nos Estados Unidos, achava mais interessante que pudessem escutar a Antena 1 de Portugal Continental. O perfil de um emigrante não é tanto ouvir notícias da sua comunidade lá fora, mas o que se passa com a sua terra, com os seus. Seria interessante (mas utópico, eu sei) termos uma Antena 1 a chegar por FM ou DAB+ a Paris.
Na televisão haveria tanto por dizer, mas ficam para outras núpcias.