De facto, a tecnologia existente já permite avanços inacreditáveis num par de décadas, como seja, por exemplo, percorrer os Estados Unidos de carro pela “Route 66†e ao som da ‘Rádio Nova’ ou deslocar-se em “Nova Iorque†a ouvir a ‘Smooth FM’ portuguesa. Com o 5G, a tendência será, eventualmente, de massificação destes meios de comunicação, em detrimento dos tradicionais, passando os sintonizadores analógicos a peças de museu.
Mas permitam-me que conjeture sobre um tema, do qual não li nada sobre o assunto aplicado a esta área da radiodifusão. Estamos no inÃcio quarta revolução industrial , a tecnologia quântica está a avançar, com desempenhos avassaladores relativamente ao que existe hoje e com escalas de integração cada vez menores, a inteligência artificial também avança significativamente, assim como a robótica. Num cenário hoje de SCI FI, amanhã talvez não, imagine-se estações de rádio feitas exclusivamente com inteligência artificial, capazes de interagir com os ouvintes através de sistemas de processamento de voz, dando-lhe as informações relacionadas com os seus gostos e interesses, notÃcias, música a seu gosto, baseada em algoritmos inteligentes/adaptáveis e, no limite, personalizáveis para o ouvinte A, B ou C. Se chegarmos a este ponto, a rádio que conhecemos acabou, isto porque, deixa de ser um meio de comunicação feito para comunidades locais/regionais/paÃs e passa ser dirigido para cada um individualmente ou para grupos que partilham interesses comuns. Neste estado de evolução tecnológica, o que está para vir só concebemos em cenários tidos como ficção-cientÃfica. Veremos...