Esqueci-me de acrescentar algo relevante: para compensar estes desnortes e uma estrutura pesada, depois compensas com locutores jovens, responsáveis por painéis de elevada importância, a serem remunerados através de recibos verdes, acredito que a valores relativamente baixos.
Vá lá que pelo menos estamos um pouco mais avançados que em Espanha onde, vendo pela webcam no site da RNE, até na Radio 3 os locutores não mexem na mesa de mistura! O trabalho nos programas musicais é só ler o texto "y ya está"...
Em Espanha, nas generalistas e na Rádio 3 ninguém mexe na mesa. Concordo. A tarefa dos apresentadores é comunicar. Comunicar a grande essência da rádio.
Para mim é impensável que a 1ª figura que pode intervir caso as coisas dêem para o torto não mexa no que mexe a emissão. Uma série de criatividade e espaço próprio fica do lado de fora da porta...
Em Espanha também me parece que se acham umas vedetas. Não desejo precariedade a ninguém, mas não acho que exista nenhum mal, bem pelo contrário, em ser o animador a controlar a emissão. Acho, sinceramente, que é até o que faz sentido.
Eu sei que vou ser polémico, mas a rádio em Espanha, regra em geral, é pior que a nossa, sobretudo as musicais.
Também creio que não faz sentido quem comanda a emissão não mexer na mesa/computador.
Sim, também já tinha reparado nisso através das webcams da RNE. É um pouco estranho, pois os animadores passam a vida a fazer gestos para quem está do outro lado do vidro, seja para colocar músicas no ar, ligar/desligar microfones, para lançar registos audio, para colocar chamadas telefónicas no ar, etc..
Já tenho visto, inclusivé, técnicos entrarem dentro do estúdio para acertar algum pormenor técnico de última hora, seja no equipamento do estúdio, nos animadores e/ou convidados (caso os haja), etc..
Isto para além de já ter visto situações um pouco mais caricatas como, por exemplo, na Radio 3 um animador (Santiago Alcanda) de um determinado programa ("Como lo Oyes") a deambular aleatoriamente pelo estúdio enquanto está uma música no ar...