Autor Tópico: SONY ICF 390  (Lida 2392 vezes)

morenoboy

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SONY ICF 390
« em: Junho 08, 2016, 10:05:46 am »
o que acham desse radio portatil da sony??abraços :) :)

Luis Carvalho

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Re: SONY ICF 390
« Responder #1 em: Junho 08, 2016, 03:52:24 pm »
Permita-me que coloque a questão nos seguintes termos: sejam os Philips, seja o Sony, são receptores capazes para se acompanhar os relatos do Euro 2016 ou ouvir a Rádio Comercial na cozinha ou no escritório. Tratam-se de receptores básicos; fazendo uma analogia, é como uma máquina fotográfica básica que pouco mais dá do que para enquadrar e disparar. Agora, para quem se realmente interessa por prestações a um nível superior, o melhor é envergar pela aquisição de equipamento com outras características. Estamos certos que são rádios muito fracos para DX.
Cumprimentos,
Luís Carvalho

Administrador do "Fórum da Rádio"

FMnoAlentejo

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Re: SONY ICF 390
« Responder #2 em: Junho 08, 2016, 07:23:21 pm »
Tal e qual como o Luis disse, só depende do consumo que for desejado.
Usa Technics ST-G460L todos os dias (ou quase).

joao_s

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Re: SONY ICF 390
« Responder #3 em: Junho 08, 2016, 09:54:43 pm »
Caro Luís, um vulgar rádio-a-pilhas não será certamente o aparelho mais indicado para equipar um escritório doméstico. Não é esse o fim a que se destina.

Quanto muito um sistema hi-fi de gama média/média-alta, o mais prático possível, com o maior número de funcionalidades possível, incluindo sintonizador digital AM/FM, com RDS e memorização de estações, adequado às necessidades dos utilizadores/audiófilos de hoje. Evidentemente, a qualidade global do som será um dos fatores predominantes a pesar na decisão, assim como a relação qualidade/preço (o que se obtém com o produto). As dimensões compactas do produto serão, em princípio, as mais adequadas a espaços deste tipo, que já contém computador desktop, impressora multifunções, muitos livros, dossiês, etc. (as dimensões standard “roubam” espaço). Evidentemente, o que se ouve tem a sua relevância, quando se requer concentração, pelo que a monotonia da rádio portuguesa retira qualidade a esse propósito, já a uma rádio ao estilo da BBC Radio 2 acrescenta qualidade a esse propósito (alguns programas são mesmo “topo de gama”). Um aparelho com estas características irá substituir o sistema antigo da Pioneer no escritório, poderá não ser exatamente este, ainda necessito de tempo para recolher mais informação, testar e conversar com um vendedor:
http://www.pioneer-audiovisual.eu/pt/def/products/x-hm82

Para uma audição mais exigente, digamos assim, os sistemas por componentes são os mais indicados, já que a qualidade de construção é aprimorada. São os mais indicados para a sala de estar e, por acréscimo, para quem se interessa pelo DX – desde que ligados antenas exteriores. Infelizmente os sintonizadores têm vindo a ser descontinuados em sistemas deste tipo, mas, quando se encontravam no mercado, contemplavam circuitos otimizados para atenuação de ruído, a sensibilidade era bastante elevada, bem como a seletividade. Por exemplo, a sintonia de uma frequência, digamos, 92.800 MHz, continha 3 dígitos de precisão para uma sintonia ultra-fina. A qualidade paga-se, pelo que um componente deste sistema custa quase tanto (ou mais) do que todo o sistema compacto supramencionado, pelo que se trata de um investimento para o longo prazo, para durar… Por exemplo,
http://www.marantz.pt/pt/products/pages/productdetails.aspx?catid=hifi&subcatid=tuner&productid=st7001&status=discontinue

Luis Carvalho

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Re: SONY ICF 390
« Responder #4 em: Junho 09, 2016, 11:55:29 pm »
Naturalmente que mencionei o rádio portátil no sentido de sugerir que será equipamento bastante para quem ouve futebol ou música a metro numa Comercial ou RFM. Não para  um público audiófilo que escuta a Antena 2 ou a Smooth FM e sabe distinguir o que é a resposta do áudio em frequência ou a gama dinâmica. Porque quem anda a ver rádios baratos da Sony ou da Philips não estará demasiado preocupado com a fidelidade sonora.
« Última modificação: Junho 09, 2016, 11:57:15 pm por Luis Carvalho »
Cumprimentos,
Luís Carvalho

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joao_s

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Re: SONY ICF 390
« Responder #5 em: Junho 10, 2016, 01:32:21 pm »
De acordo, para ouvir as estações citadas qualquer coisa serve, mas o melhor é descartá-las como som ambiente e optar por outros suportes ou até o silêncio.

Em termos de áudio, para o público audiófilo, o FM sempre foi encarado com alguma reserva. Para tal deve-se a resposta em frequência do áudio, limitada de aproximadamente de 40 Hz ~ 15 kHz, quando a norma cifra-se dos 20 Hz ~20 kHz (gama de frequências audíveis pelos humanos). Sendo a alta-fidelidade encarada como uma representação fiel dos ambientes acústicos, determinados detalhes, nuances e pormenores subtis do som não estão presentes numa emissão FM, simplesmente porque a tecnologia não os regista, está limitada em frequências áudio. Portanto, é uma aproximação de um ambiente acústico, não uma representação fiel desse mesmo ambiente, o que o ouvinte obtém de uma emissão FM. Acho uma boa ideia a analogia que fez com a fotografia. Podemos comparar, por analogia, a resposta em frequência com a representação a preto & branco ou cromática de uma imagem, já a gama dinâmica reporta-se ao contraste de cores, a pureza das cores, e a resolução da imagem. Quanto maior for a resolução, maior será a pureza de cores e detalhes da imagem, nas texturas, contornos dos objetos (em vez de uma imagem “turva”), etc. Portanto o ouvinte pode ter um sistema que de facto exibe uma resposta de 20 Hz ~20 kHz, mas que apresenta um som desorganizado, algo indefinido, com uma baixa resolução, afastando-se do registo original, ou seja não apresenta uma boa gama dinâmica ( o que se passa, por exemplo, com a Antena 3 – longe de representar um palco sonoro que se aproxime do registo original, aquilo é uma amálgama desorganizada e comprimida de sons).

Em termos áudio em alta-fidelidade, há que distinguir a produção industrial originária do movimento “Deutche Werkbund”, que alia o design com a produção industrial de qualidade, mas tendo o propósito da estandardização, ou seja, a produção para um segmento de massas mais exigente, mantendo os preços relativamente acessíveis, e a produção com processos mais artesanais, empregando os melhores materiais e saberes, para segmentos selecionados de público, nalguns casos com preços quase proibitivos. No segundo tipo de produtos, os preços dos equipamentos áudio disparam para largos milhares de euros, mas o que se obtém não tem paralelo possível.

Para terminar, no segmento que está aqui em discussão, rádios a pilhas, o equipamento áudio que se leva para todo o lado, desde uma mala de viagem para o duche, etc. Este aparelho reflete os pressupostos do movimento supracitado, tem um design apurado e retro, esteticamente apelativo (sobretudo na cor preta, que lhe dá uma aparência de sofisticação tecnológica), mas a relação qualidade/preço não é das melhores, dado que não temos DAB em Portugal, isto é parte das funções que disponibiliza não funcionam em Portugal. Na sintonia ilustrada aparece BBC Radio 2, que tipifica o público-alvo:
http://www.sony.pt/electronics/radios/xdr-s60dbp