Uma maneira das rádios locais sobreviverem melhor é a atribuição de emissores por distrito que num x distrito inteiro ofereçam o mesmo número de rádios que há agora.
Por exemplo (os números não vão estar corretos e é simplista de propósito):
Coimbra tem 8 rádios locais. Cobrir o distrito precisa de 1 emissor. Atualmente cada estação tem 1 (faz 8 ). Se se juntarem todas e emitirem no que há em digital, reduzem os custos de manutenção e eletricidade em 8x porque um único emissor passa a albergar 8 rádios e sem dúvida que os ouvintes de um dado concelho continuarão a ouvir a rádio do seu concelho, assim se posicione como tal.
Se o custo de manutenção e emissão representar, sei lá, 240€/mês para cada uma, passa a ser de 30€/mês para cada uma e liberta recursos da estação enquanto continua a estar focada no seu concelho. Novos dipolos, torres, equipamentos externos, onde custa dinheiro a sério no fundo, é uma vaquinha por oito. A única coisa em que cada uma tem separada é o processador de som mas essas aquisições já são sustentadas a 50% pelo Estado atualmente nos vários concursos fora que há soluções digitais muito muito low cost para dar a assinatura que querem.
Quem perde são as empresas industriais que fabricam componentes rádio e, basicamente, a EDP, mas se não fossem perder agora iam perder mais à frente com a falência das locais, e é por isso, e sobretudo por isso, que há campanha contra o digital. Lobbies.
Fala-se que o DAB+ pode ser a morte das locais, mas na verdade pode é ser um bálsamo autêntico face às estruturas de custos e proveitos atuais, todas pressionadas. É preciso é haver visão e não um provincianismo saloio de velho do Restelo que não deixa avançar nada.