Autor Tópico: Rádio Fóia - 97,1 MHz Monchique  (Lida 7782 vezes)

nelsonsoares

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Re: Rádio Fóia - 97,1 MHz Monchique
« Responder #60 em: Julho 08, 2024, 02:47:32 pm »
Não sou ouvinte da Rádio Fóia, ou da Emissora das Beiras (a Monsanto ainda dava para apanhar em dias bons).
O FM não chega até aqui.
Contudo, não estamos a falar de meras jukeboxes. São projectos radiofónicos com gente lá dentro, com uma ampla cobertura e que cumprem, não só em companhia, mas também na informação das gentes que vivem nessas regiões.

É imperativa a revisão de uma lei anacrónica e fomentar estações de cariz regional, em prol do direito à informação nas regiões fora das áreas metropolitanas.
Há que haver um debate sério, até porque há um elefante na sala que é extra-rádio: o país, na minha óptica, deveria já ter caminhado há muito para a regionalização.
Até lá e mesmo não concordando com o caro Zeca 2021, «o resto do país» (expressão que abomino), ficará cada vez mais refém de caciques locais ou da boa vontade das redacções em Lisboa e no Porto para noticiar algo fora do seu eixo.

E na rádio, a RTP tem culpas no cartório sim por não fomentar estações de cariz regional no seu portefólio, algo que é comum noutros países da União Europeia (e que não são assim tão mais ricos que nós).

Por fim, mais outra estação histórica nas mãos, desta vez, de uma descaracterizada e irrelevante para o Algarve Mega Hits.
Para que possamos ser sinceros:
Esta Mega só é irrelevante para a região, porque já temos uma Cidade FM, uma Kiss FM, uma Total FM, uma Vicentina, uma Horizonte Algarve, e em alguns horários a Alvor e a RUA FM, a baterem de frente com este projeto.
Se fosse uma Observador (por exemplo), ou algum projeto que verdadeiramente acrescentasse ao éter da região, não haveria tanto "borburinho".

O Bigode do Sala

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Re: Rádio Fóia - 97,1 MHz Monchique
« Responder #61 em: Julho 08, 2024, 03:04:44 pm »
Não sou ouvinte da Rádio Fóia, ou da Emissora das Beiras (a Monsanto ainda dava para apanhar em dias bons).
O FM não chega até aqui.
Contudo, não estamos a falar de meras jukeboxes. São projectos radiofónicos com gente lá dentro, com uma ampla cobertura e que cumprem, não só em companhia, mas também na informação das gentes que vivem nessas regiões.

É imperativa a revisão de uma lei anacrónica e fomentar estações de cariz regional, em prol do direito à informação nas regiões fora das áreas metropolitanas.
Há que haver um debate sério, até porque há um elefante na sala que é extra-rádio: o país, na minha óptica, deveria já ter caminhado há muito para a regionalização.
Até lá e mesmo não concordando com o caro Zeca 2021, «o resto do país» (expressão que abomino), ficará cada vez mais refém de caciques locais ou da boa vontade das redacções em Lisboa e no Porto para noticiar algo fora do seu eixo.

E na rádio, a RTP tem culpas no cartório sim por não fomentar estações de cariz regional no seu portefólio, algo que é comum noutros países da União Europeia (e que não são assim tão mais ricos que nós).

Por fim, mais outra estação histórica nas mãos, desta vez, de uma descaracterizada e irrelevante para o Algarve Mega Hits.
Para que possamos ser sinceros:
Esta Mega só é irrelevante para a região, porque já temos uma Cidade FM, uma Kiss FM, uma Total FM, uma Vicentina, uma Horizonte Algarve, e em alguns horários a Alvor e a RUA FM, a baterem de frente com este projeto.
Se fosse uma Observador (por exemplo), ou algum projeto que verdadeiramente acrescentasse ao éter da região, não haveria tanto "borburinho".

É verdade, Nélson.
Ainda vais tendo bons casos como a RUA FM.
Mas uma Rádio Observador, ou qualquer rádio nacional, irá abrir uma pequena redacção nos sítios onde está implementada?
Claro que é mais relevante uma Observador ou uma TSF, mas estas tendem a «noticiar notícias» das regiões?

As notícias de âmbito regional da OBSERVADOR que lançam são meros soundbites que consegues ler nos leads dos jornais regionais (cada vez mais escassos).
Epá, nem eu nem tu somos desse tempo, mas quando a RDP tinha as estações regionais, muita gente jovem foi lançada pelas mesmas. O Bento Rodrigues e o Jorge Afonso na RDP Centro (Coimbra), o Nuno Matos (RDP Ribatejo). Provavelmente, o Edgar Canelas dever ter passado pela RDP Algarve. Até nisso, as estações de âmbito regional são importantes.

Pareço o Zeca a escrever, mas nesse aspecto, concordo com ele.
« Última modificação: Julho 08, 2024, 03:06:25 pm por O Bigode do Sala »
«O que acontece no Mundo é que toda a gente que nasce, nasce de alguma maneira poeta! Inventor de algo que não havia no Mundo antes de eles nascerem!
E inteiramente individual: cada um poeta que é!»

Agostinho da Silva

nelsonsoares

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Re: Rádio Fóia - 97,1 MHz Monchique
« Responder #62 em: Julho 08, 2024, 03:34:30 pm »
Não sou ouvinte da Rádio Fóia, ou da Emissora das Beiras (a Monsanto ainda dava para apanhar em dias bons).
O FM não chega até aqui.
Contudo, não estamos a falar de meras jukeboxes. São projectos radiofónicos com gente lá dentro, com uma ampla cobertura e que cumprem, não só em companhia, mas também na informação das gentes que vivem nessas regiões.

É imperativa a revisão de uma lei anacrónica e fomentar estações de cariz regional, em prol do direito à informação nas regiões fora das áreas metropolitanas.
Há que haver um debate sério, até porque há um elefante na sala que é extra-rádio: o país, na minha óptica, deveria já ter caminhado há muito para a regionalização.
Até lá e mesmo não concordando com o caro Zeca 2021, «o resto do país» (expressão que abomino), ficará cada vez mais refém de caciques locais ou da boa vontade das redacções em Lisboa e no Porto para noticiar algo fora do seu eixo.

E na rádio, a RTP tem culpas no cartório sim por não fomentar estações de cariz regional no seu portefólio, algo que é comum noutros países da União Europeia (e que não são assim tão mais ricos que nós).

Por fim, mais outra estação histórica nas mãos, desta vez, de uma descaracterizada e irrelevante para o Algarve Mega Hits.
Para que possamos ser sinceros:
Esta Mega só é irrelevante para a região, porque já temos uma Cidade FM, uma Kiss FM, uma Total FM, uma Vicentina, uma Horizonte Algarve, e em alguns horários a Alvor e a RUA FM, a baterem de frente com este projeto.
Se fosse uma Observador (por exemplo), ou algum projeto que verdadeiramente acrescentasse ao éter da região, não haveria tanto "borburinho".

É verdade, Nélson.
Ainda vais tendo bons casos como a RUA FM.
Mas uma Rádio Observador, ou qualquer rádio nacional, irá abrir uma pequena redacção nos sítios onde está implementada?
Claro que é mais relevante uma Observador ou uma TSF, mas estas tendem a «noticiar notícias» das regiões?

As notícias de âmbito regional da OBSERVADOR que lançam são meros soundbites que consegues ler nos leads dos jornais regionais (cada vez mais escassos).
Epá, nem eu nem tu somos desse tempo, mas quando a RDP tinha as estações regionais, muita gente jovem foi lançada pelas mesmas. O Bento Rodrigues e o Jorge Afonso na RDP Centro (Coimbra), o Nuno Matos (RDP Ribatejo). Provavelmente, o Edgar Canelas dever ter passado pela RDP Algarve. Até nisso, as estações de âmbito regional são importantes.

Pareço o Zeca a escrever, mas nesse aspecto, concordo com ele.
Eu não abordei esse tema das redações, porque era demasiado lógico para abordá-lo. É óbvio que qualquer que fosse a rádio pseudo-nacional a ficar com a Fóia, jamais iria abrir uma redação no Algarve, ou no máximo, ficar com o antigo estúdio da Fóia. Ao contrário do que acontece aqui ao lado em Espanha. Convém lembrar que a SER (rádio mais ouvida de Espanha), tem um pequeno estúdio numa localidade tão pequena como Ayamonte. É só passar a fronteira. E isso sim, deveria ser o normal. Mas não é. A lei tem que ser alterada, mas tem que ser alterada a favor das regiões. Sem os excessos que o nosso querido Zeca escreve, e sem os regionalismos bacocos, que ficaram no século XX. Mas verdade seja dita, para as regiões ganharem peso, era igualmente importante que o país começasse a regionalizar. Eu sonho com o dia em que o meu Algarve volte a ter a relevância que tinha, no tempo da monarquia (nunca foi autonomia, mas tinha o título honorífico de "Reino dos Algarves", e era um reino de direito, separado de Portugal). Enquanto ninguém fizer nada por isso, um dos pilares da democracia vai continuar a ser pontapeado e humilhado. A deliberação da ERC sobre este tema, é vergonhosa, e causa muita vergonha alheia a quem a lê, e a quem conhece muito bem esta região. É apenas areia nos olhos da população, e siga o baile

Luís Gonçalves

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Re: Rádio Fóia - 97,1 MHz Monchique
« Responder #63 em: Julho 08, 2024, 06:34:11 pm »
Vamos a factos, com 1/3 dos emissores a Mega Hits tem tanta ou mais audiência que a TSF, por exemplo. Ao ler este tipo de comentários dá a entender que esses ouvintes não merecem ter acesso à Mega Hits. Não tenho a menor dúvida que os 97.1 vão quadruplicar de audiência com a introdução da Mega Hits nessa frequência.
Luís Gonçalves

Luís Gonçalves

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Re: Rádio Fóia - 97,1 MHz Monchique
« Responder #64 em: Julho 08, 2024, 06:38:42 pm »
Quem tem obrigaçoes de serviço público é, claro está, o próprio serviço público... Se uma estação não é rentável é porque não tem interesse investir lá em publicidade. Rádios de informação temos a TSF, Antena 1, rádio Lagoa entre o outras locais. Rádios como a Mega Hits temos a Cidade FM, apenas, o resto não tem nada a ver tanto em termos de comunicação como de conteúdo musical.
Luís Gonçalves

Atento

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Re: Rádio Fóia - 97,1 MHz Monchique
« Responder #65 em: Julho 08, 2024, 08:29:37 pm »
Quem tem obrigaçoes de serviço público é, claro está, o próprio serviço público... Se uma estação não é rentável é porque não tem interesse investir lá em publicidade. Rádios de informação temos a TSF, Antena 1, rádio Lagoa entre o outras locais. Rádios como a Mega Hits temos a Cidade FM, apenas, o resto não tem nada a ver tanto em termos de comunicação como de conteúdo musical.


Essa cassete do chavão serviço público já sabemos o que quer dizer, em Portugal...não chateiem e apresentem algo cinzento para ninguém ouvir...

Veja o que se passa na Europa civilizada...

Por mim, há muito que já tinha caçado a licença de alguns órgãos de comunicação social depois de terem desvirtuado o projeto com que venceram os concursos...

pdnf

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Re: Rádio Fóia - 97,1 MHz Monchique
« Responder #66 em: Julho 09, 2024, 03:47:49 am »
Tudo o que não seja o início de rádios regionais/distritais no continente, e a introdução do DAB+ em Portugal, não é prioritário.

Eu a parte do DAB + até já dou de barato que não vá ocorrer tão cedo. Infelizmente, parece-me que politicamente não há condições para avançar. Mas mesmo com o velhinho FM podemos ter margem para mudar o setor. Deixem-me fazer uma questão: supondo que, por exemplo, no Algarve, a Rádio Fóia tivesse acesso a um segundo emissor na Serra do Caldeirão, para o Sotavento, o desfecho teria sido este? Até que ponto a escala permitiria fazer crescer e ter uma sustentação maior dos projetos locais, sem que tenhamos de ter o Estado a suportar direta ou indiretamente? Ou, pelo contrário, agravaria os problemas? Eu não me importaria de avançarmos para um modelo à Espanha, com uma musical regional e outra tendencialmente (mais de 75% para começo de conversa) de palavra. Acho que funcionaria razoavelmente bem. No remanescente, completaria as redes nacionais existentes, da mesma forma que Espanha faz, com emissores de mais baixa potência, mas que asseguram uma transmissão eficaz ao longo do território.
Já aqui provei que se seguíssemos o modelo Espanhol, poderíamos ter cobertura nacional (ou quase) para 4 Rádios do grupo RTP, 4 da Baeur, 3 da R/Com, mais 3 informação (TSF, OBSRVDOR e NOW/CMR) e ainda daria para dar uma rede decente à Rádio Maria e à SW, mais as duas regionais. Isto fazendo a transposição do número de estações que há do outro lado que se ouvem razoavelmente bem na grande parte do território habitável. Tal como lá, ainda daria para algumas locais. Dou sempre o exemplo de Madrid que tem 14 emissores com mais de 20kw a servir a cidade, a que se junta ainda mais um com 10Kw, potência a que devem sair hoje qualquer uma das Antenas nacionais de Lxb e Prt, da COPE (que curiosamente, tem emissores mais potentes para outras estações do grupo). Tomara nós termos 15 rádios com qualidade para meter em emissores desse calibre, eu já sou mais modesto e ficava pelos 20Kw.

Contudo, não estamos a falar de meras jukeboxes. São projectos radiofónicos com gente lá dentro, com uma ampla cobertura e que cumprem, não só em companhia, mas também na informação das gentes que vivem nessas regiões.

É imperativa a revisão de uma lei anacrónica e fomentar estações de cariz regional, em prol do direito à informação nas regiões fora das áreas metropolitanas.

E na rádio, a RTP tem culpas no cartório sim por não fomentar estações de cariz regional no seu portefólio, algo que é comum noutros países da União Europeia (e que não são assim tão mais ricos que nós).
Precisamente por serem projetos com gente dentro é que não se aguentam, porque têm despesas para pagar. Por outro lado, existirão mais casos como a EBEIRAS, as pessoas não são eternas, e empresas que sejam muito pequenas, tendem a morrer com as reformas dos proprietários, ou mesmo com o falecimento destes. Esse é um problema da competividade portuguesa. Jukebox aguentam-se, são vegetais com o cérebro morto, mas o corpo, de estar deitado, dura muito.
Eu nem sei se tem de ser a RTP a fazer isso. Acho que bastariam desdobramentos numa ANTENA 5, com noticiários regionais, e aumentar a produção a partir dos centros regionais, com personalidades de relevo das várias regiões, que devem ter lugar na nacional. Para mim, isso sim, faz falta. Ou seja, presença em antena nacional de mais regiões, bem como a RTP ter uma rádio de informação, exclusivamente de palavra, e que a ANTENA 1 siga o exemplo das suas irmãs estrangeiras e se torne igualmente generalista 100% de palavra. Esse chavão da música portuguesa pode e deve ser tratado noutras instâncias. Não me consta que a música de língua espanhola tenha falecido por a RNE 1 não passar música, exceto em um ou outro programa de autor, ou no fim das horas. O privado, em matéria musical, consegue dar bem conta do recado, o que foge mais do mainstream tem (normalmente) lugar na Antena 3, e se não tiver nesta, tem onde? Daqui a pouco, por essa ordem de ideias, se a Festival acabar e a No Ar for pelo mesmo caminho, exigimos da Antena 1 que toque "Põe a Cerveja no Congelador?" e cinco minutos depois transmita a Geometria Variável (exemplo académico hiperbólico). É urgente também dotar a Madeira e Açores de emissão nacional 24/7 da Antena 1. O regional é relevante, mas não deve nunca impedir o acesso ao nível macro. Uma rede regional musical pode e deve ter, naturalmente, um cariz mais de música popular. Para música Comercial, já temos serviço nacional.

Eu não abordei esse tema das redações, porque era demasiado lógico para abordá-lo. É óbvio que qualquer que fosse a rádio pseudo-nacional a ficar com a Fóia, jamais iria abrir uma redação no Algarve, ou no máximo, ficar com o antigo estúdio da Fóia. Ao contrário do que acontece aqui ao lado em Espanha. Convém lembrar que a SER (rádio mais ouvida de Espanha), tem um pequeno estúdio numa localidade tão pequena como Ayamonte. É só passar a fronteira.
Nélson, o que a rádio tem de ter, isso sim, é capacidade de produção. Naturalmente, ter um estúdio dá-lhe isso. Emissão, confesso que tenho algumas reservas. Imagina que nem é a Mega, mas sim a Observador ou a TSF a pegar na Fóia. Que atualidade relevante há em Monchique que justifique mais de 10 minutos de emissão diária? Se calhar nem isso. Talvez o futebol seja um atrativo, mas será que paga o custo de ter um jornalista e um relatador, que sejam efetivamente bem pagos, e não a receber uma esmola? O Atento publicou há uns tempos um artigo sobre uma das SER que ia passar a retransmitir Madrid. Mesmo por lá, onde o dinheiro parece nascer nas árvores, numa economia que não é substancialmente diferente da nossa em termos de fundamentais macro, há uma tendência de centralização. Dou-te o exemplo, no meu escritório já apanho razoavelmente dois emissores da SER, 105.1 Tui da rede "local" e 100.6 VIGO que retransmite integralmente Madrid. Posso dizer-te que já piquei a várias horas, seguramente das 09h às 21h, nunca vi emissão desdobrada, para lá da publicidade a umas lojinhas locais de Tui ou até dos municípios da raia portuguesa. Por isso entendo que são precisos jornalistas para cobrir a região, emissão autónoma, tenho dúvidas. Digo-te, mesmo aqui no Porto, não acho que exista matéria que justifique tamanha relevância. O problema deste país é outro: tudo gravita em torno de Lisboa, e, como tal, os OCS estão onde há matéria noticiosa. Existindo descentralização, com governos regionais, por exemplo, este panorama alterar-se-á substancialmente.

Vamos a factos, com 1/3 dos emissores a Mega Hits tem tanta ou mais audiência que a TSF, por exemplo. Ao ler este tipo de comentários dá a entender que esses ouvintes não merecem ter acesso à Mega Hits. Não tenho a menor dúvida que os 97.1 vão quadruplicar de audiência com a introdução da Mega Hits nessa frequência.
Certo, mas a TSF, em termos de importância, está uns furos acima da Mega. Este fim-de-semana estive na RTP Porto e ficou-me uma frase no ouvido: "Pode-se fazer melhor ou pior no entretenimento, na informação tem de se ser excelente sempre, porque esta é a razão da TV e da Rádio existirem". Concordo plenamente com esta visão. Portanto, medir audiências de musicais e informativas em conjunto, acho um exercício perigoso. Não trocaria nunca uma RRN da TSF para ter lá qualquer muscial a emitir. É uma questão de prioridades e interesse estratégico.

Dito isto, não percebo também a reserva "mentofónica" que existe em relação à Mega, que não existe de todo em relação à Cidade, ou até à Nova Era. Não sei se vai quadriplicar, mas sei que é um produto que vai fazer bem ao éter algarvio. Há espaço para todos, se não tivermos uma Lei aberrante, que obrigue a comprar alvarás. A concorrência é sempre salutar. É de lamentar o que se passa com a Fóia, sem dúvida. Faz falta? Evidentemente, é a única rádio popular do Algarve, que tem um público que fica sem esse tipo de oferta. Diria que seria o equivalente a, no Porto, se perder de uma vez só Festival, No Ar e Regional de Arouca. Mas a Mega não a matou. A Fóia morreu, e a Mega viu ali uma oportunidade de crescimento. Se negamos a oportunidade de projetos crescerem, algo vai mal.

Claro que as audiências não transitam. Nem eu sou ouvinte habitual da Festival, nem o meu avô vai ouvir a Mega. São produtos diferentes, para públicos distintos também.
Rádio é:
Ir ao fim da Rua, a ligar Portugal, aconteça o que acontecer.
Mais música nova para sentir (e decidir).
Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
É a arte que toca, mais do que música...PESSOAS. Ah, and all that "unique" soul.

modernices

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Re: Rádio Fóia - 97,1 MHz Monchique
« Responder #67 em: Julho 09, 2024, 07:59:40 am »
Vamos a factos, com 1/3 dos emissores a Mega Hits tem tanta ou mais audiência que a TSF, por exemplo. Ao ler este tipo de comentários dá a entender que esses ouvintes não merecem ter acesso à Mega Hits. Não tenho a menor dúvida que os 97.1 vão quadruplicar de audiência com a introdução da Mega Hits nessa frequência.

Tretas.
A audiência nacional nem vai mexer. O produto é estafado, pouco diz aos auditórios fora de Lisboa (aqui em Coimbra raramente encontras alguém a ouvir aquilo) e o Algarve conta muito pouco para o bareme nacional.

nelsonsoares

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Re: Rádio Fóia - 97,1 MHz Monchique
« Responder #68 em: Julho 09, 2024, 08:56:09 am »
Vamos a factos, com 1/3 dos emissores a Mega Hits tem tanta ou mais audiência que a TSF, por exemplo. Ao ler este tipo de comentários dá a entender que esses ouvintes não merecem ter acesso à Mega Hits. Não tenho a menor dúvida que os 97.1 vão quadruplicar de audiência com a introdução da Mega Hits nessa frequência.
Quadruplicar?
Caramba, não sabia que o Algarve tinha assim tantos habitantes. Já justificava realmente um metro em Faro, a ligar Loulé, ao Aeroporto, a terminar em Olhão, e mais uma linha ferroviária pelo litoral para barlavento, tendo em conta os milhões de habitantes da região.
Eu até vos vou confidenciar algo: no passado sábado ligou-me uma pessoa dos quadros da rádio Fóia. Estive meia hora ao telefone com essa pessoa, que esteve durante essa meia hora a chorar compulsivamente em chamada, a dizer que soube pelas minhas redes sociais que ia ser despedida, porque ninguém da direção da rádio lhe tinha dito nada. Já ouvi rumores (não consigo confirmar se é verdade) que houve sócios da cooperativa que não tomaram conhecimento desta decisão da direção da rádio.
Não tenho nada contra a Renascença comprar a Fóia, já disse isto a um bom amigo que tenho dentro do grupo R/COM.
O grupo viu a oportunidade, e aproveitou.
O que mais me intriga, é ver pessoas a aplaudir outras a irem para o fundo de desemprego, algumas na casa dos 60, a perguntarem-se o que vão fazer até à idade da reforma.
Para não falar, que a Mega Hits (repetindo-me), nada, mas nada vai acrescentar ao éter. Como também já disse, se fosse uma rádio que acrescentasse algo ao FM no Algarve, eu ainda deixava passar. Mas não acrescenta nada! Jukebox's, tem o Algarve aos pontapés! Já para não falar, que na minha opinião o melhor da Mega, nem passa nas ondas Hertzianas da rádio.
Tudo o que não seja o início de rádios regionais/distritais no continente, e a introdução do DAB+ em Portugal, não é prioritário.

Eu a parte do DAB + até já dou de barato que não vá ocorrer tão cedo. Infelizmente, parece-me que politicamente não há condições para avançar. Mas mesmo com o velhinho FM podemos ter margem para mudar o setor. Deixem-me fazer uma questão: supondo que, por exemplo, no Algarve, a Rádio Fóia tivesse acesso a um segundo emissor na Serra do Caldeirão, para o Sotavento, o desfecho teria sido este? Até que ponto a escala permitiria fazer crescer e ter uma sustentação maior dos projetos locais, sem que tenhamos de ter o Estado a suportar direta ou indiretamente? Ou, pelo contrário, agravaria os problemas? Eu não me importaria de avançarmos para um modelo à Espanha, com uma musical regional e outra tendencialmente (mais de 75% para começo de conversa) de palavra. Acho que funcionaria razoavelmente bem. No remanescente, completaria as redes nacionais existentes, da mesma forma que Espanha faz, com emissores de mais baixa potência, mas que asseguram uma transmissão eficaz ao longo do território.
Já aqui provei que se seguíssemos o modelo Espanhol, poderíamos ter cobertura nacional (ou quase) para 4 Rádios do grupo RTP, 4 da Baeur, 3 da R/Com, mais 3 informação (TSF, OBSRVDOR e NOW/CMR) e ainda daria para dar uma rede decente à Rádio Maria e à SW, mais as duas regionais. Isto fazendo a transposição do número de estações que há do outro lado que se ouvem razoavelmente bem na grande parte do território habitável. Tal como lá, ainda daria para algumas locais. Dou sempre o exemplo de Madrid que tem 14 emissores com mais de 20kw a servir a cidade, a que se junta ainda mais um com 10Kw, potência a que devem sair hoje qualquer uma das Antenas nacionais de Lxb e Prt, da COPE (que curiosamente, tem emissores mais potentes para outras estações do grupo). Tomara nós termos 15 rádios com qualidade para meter em emissores desse calibre, eu já sou mais modesto e ficava pelos 20Kw.

Contudo, não estamos a falar de meras jukeboxes. São projectos radiofónicos com gente lá dentro, com uma ampla cobertura e que cumprem, não só em companhia, mas também na informação das gentes que vivem nessas regiões.

É imperativa a revisão de uma lei anacrónica e fomentar estações de cariz regional, em prol do direito à informação nas regiões fora das áreas metropolitanas.

E na rádio, a RTP tem culpas no cartório sim por não fomentar estações de cariz regional no seu portefólio, algo que é comum noutros países da União Europeia (e que não são assim tão mais ricos que nós).
Precisamente por serem projetos com gente dentro é que não se aguentam, porque têm despesas para pagar. Por outro lado, existirão mais casos como a EBEIRAS, as pessoas não são eternas, e empresas que sejam muito pequenas, tendem a morrer com as reformas dos proprietários, ou mesmo com o falecimento destes. Esse é um problema da competividade portuguesa. Jukebox aguentam-se, são vegetais com o cérebro morto, mas o corpo, de estar deitado, dura muito.
Eu nem sei se tem de ser a RTP a fazer isso. Acho que bastariam desdobramentos numa ANTENA 5, com noticiários regionais, e aumentar a produção a partir dos centros regionais, com personalidades de relevo das várias regiões, que devem ter lugar na nacional. Para mim, isso sim, faz falta. Ou seja, presença em antena nacional de mais regiões, bem como a RTP ter uma rádio de informação, exclusivamente de palavra, e que a ANTENA 1 siga o exemplo das suas irmãs estrangeiras e se torne igualmente generalista 100% de palavra. Esse chavão da música portuguesa pode e deve ser tratado noutras instâncias. Não me consta que a música de língua espanhola tenha falecido por a RNE 1 não passar música, exceto em um ou outro programa de autor, ou no fim das horas. O privado, em matéria musical, consegue dar bem conta do recado, o que foge mais do mainstream tem (normalmente) lugar na Antena 3, e se não tiver nesta, tem onde? Daqui a pouco, por essa ordem de ideias, se a Festival acabar e a No Ar for pelo mesmo caminho, exigimos da Antena 1 que toque "Põe a Cerveja no Congelador?" e cinco minutos depois transmita a Geometria Variável (exemplo académico hiperbólico). É urgente também dotar a Madeira e Açores de emissão nacional 24/7 da Antena 1. O regional é relevante, mas não deve nunca impedir o acesso ao nível macro. Uma rede regional musical pode e deve ter, naturalmente, um cariz mais de música popular. Para música Comercial, já temos serviço nacional.

Eu não abordei esse tema das redações, porque era demasiado lógico para abordá-lo. É óbvio que qualquer que fosse a rádio pseudo-nacional a ficar com a Fóia, jamais iria abrir uma redação no Algarve, ou no máximo, ficar com o antigo estúdio da Fóia. Ao contrário do que acontece aqui ao lado em Espanha. Convém lembrar que a SER (rádio mais ouvida de Espanha), tem um pequeno estúdio numa localidade tão pequena como Ayamonte. É só passar a fronteira.
Nélson, o que a rádio tem de ter, isso sim, é capacidade de produção. Naturalmente, ter um estúdio dá-lhe isso. Emissão, confesso que tenho algumas reservas. Imagina que nem é a Mega, mas sim a Observador ou a TSF a pegar na Fóia. Que atualidade relevante há em Monchique que justifique mais de 10 minutos de emissão diária? Se calhar nem isso. Talvez o futebol seja um atrativo, mas será que paga o custo de ter um jornalista e um relatador, que sejam efetivamente bem pagos, e não a receber uma esmola? O Atento publicou há uns tempos um artigo sobre uma das SER que ia passar a retransmitir Madrid. Mesmo por lá, onde o dinheiro parece nascer nas árvores, numa economia que não é substancialmente diferente da nossa em termos de fundamentais macro, há uma tendência de centralização. Dou-te o exemplo, no meu escritório já apanho razoavelmente dois emissores da SER, 105.1 Tui da rede "local" e 100.6 VIGO que retransmite integralmente Madrid. Posso dizer-te que já piquei a várias horas, seguramente das 09h às 21h, nunca vi emissão desdobrada, para lá da publicidade a umas lojinhas locais de Tui ou até dos municípios da raia portuguesa. Por isso entendo que são precisos jornalistas para cobrir a região, emissão autónoma, tenho dúvidas. Digo-te, mesmo aqui no Porto, não acho que exista matéria que justifique tamanha relevância. O problema deste país é outro: tudo gravita em torno de Lisboa, e, como tal, os OCS estão onde há matéria noticiosa. Existindo descentralização, com governos regionais, por exemplo, este panorama alterar-se-á substancialmente.

Vamos a factos, com 1/3 dos emissores a Mega Hits tem tanta ou mais audiência que a TSF, por exemplo. Ao ler este tipo de comentários dá a entender que esses ouvintes não merecem ter acesso à Mega Hits. Não tenho a menor dúvida que os 97.1 vão quadruplicar de audiência com a introdução da Mega Hits nessa frequência.
Certo, mas a TSF, em termos de importância, está uns furos acima da Mega. Este fim-de-semana estive na RTP Porto e ficou-me uma frase no ouvido: "Pode-se fazer melhor ou pior no entretenimento, na informação tem de se ser excelente sempre, porque esta é a razão da TV e da Rádio existirem". Concordo plenamente com esta visão. Portanto, medir audiências de musicais e informativas em conjunto, acho um exercício perigoso. Não trocaria nunca uma RRN da TSF para ter lá qualquer muscial a emitir. É uma questão de prioridades e interesse estratégico.

Dito isto, não percebo também a reserva "mentofónica" que existe em relação à Mega, que não existe de todo em relação à Cidade, ou até à Nova Era. Não sei se vai quadriplicar, mas sei que é um produto que vai fazer bem ao éter algarvio. Há espaço para todos, se não tivermos uma Lei aberrante, que obrigue a comprar alvarás. A concorrência é sempre salutar. É de lamentar o que se passa com a Fóia, sem dúvida. Faz falta? Evidentemente, é a única rádio popular do Algarve, que tem um público que fica sem esse tipo de oferta. Diria que seria o equivalente a, no Porto, se perder de uma vez só Festival, No Ar e Regional de Arouca. Mas a Mega não a matou. A Fóia morreu, e a Mega viu ali uma oportunidade de crescimento. Se negamos a oportunidade de projetos crescerem, algo vai mal.

Claro que as audiências não transitam. Nem eu sou ouvinte habitual da Festival, nem o meu avô vai ouvir a Mega. São produtos diferentes, para públicos distintos também.
Pdnf, apenas vou responder à tua primeira questão.
Se a Fóia tivesse outro emissor na Serra do Caldeirão, o desfecho teria sim sido o mesmo, primeiro porque um emissor na Serra do Caldeirão pouco acrescentaria à cobertura da Fóia (provavelmente conseguiria chegar mais limpa a Vila Real de Santo António e tentar penetrar nesse buraco chamado Alcoutim), mas pouco acrescentaria. E por último, porque a Rádio Fóia fechou somente por má gestão, por muito que ninguém queira acreditar neste cenário.
« Última modificação: Julho 09, 2024, 09:01:32 am por nelsonsoares »

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Re: Rádio Fóia - 97,1 MHz Monchique
« Responder #69 em: Julho 09, 2024, 09:12:55 am »
Vamos a factos, com 1/3 dos emissores a Mega Hits tem tanta ou mais audiência que a TSF, por exemplo. Ao ler este tipo de comentários dá a entender que esses ouvintes não merecem ter acesso à Mega Hits. Não tenho a menor dúvida que os 97.1 vão quadruplicar de audiência com a introdução da Mega Hits nessa frequência.

Tretas.
A audiência nacional nem vai mexer. O produto é estafado, pouco diz aos auditórios fora de Lisboa (aqui em Coimbra raramente encontras alguém a ouvir aquilo) e o Algarve conta muito pouco para o bareme nacional.
Mesmo em Lisboa a Mega perde largo para a Cidade. É rarissimo “apanhar” a Mega quando ando de Uber, o que é relativamente frequente para mim, ou numa pastelaria. Mesmo no Porto, quando lá vou, a sensação que tenho é a mesma.

Estar no Algarve é um “nice to have” para a Mega numa lógica de valorização do produto a nível publicitário mas nada mais do que isso.

Luis Carvalho

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Re: Rádio Fóia - 97,1 MHz Monchique
« Responder #70 em: Julho 09, 2024, 10:25:17 am »
Vamos a factos, com 1/3 dos emissores a Mega Hits tem tanta ou mais audiência que a TSF, por exemplo. Ao ler este tipo de comentários dá a entender que esses ouvintes não merecem ter acesso à Mega Hits. Não tenho a menor dúvida que os 97.1 vão quadruplicar de audiência com a introdução da Mega Hits nessa frequência.

Tretas.
A audiência nacional nem vai mexer. O produto é estafado, pouco diz aos auditórios fora de Lisboa (aqui em Coimbra raramente encontras alguém a ouvir aquilo) e o Algarve conta muito pouco para o bareme nacional.
Mesmo em Lisboa a Mega perde largo para a Cidade. É rarissimo “apanhar” a Mega quando ando de Uber, o que é relativamente frequente para mim, ou numa pastelaria. Mesmo no Porto, quando lá vou, a sensação que tenho é a mesma.

Estar no Algarve é um “nice to have” para a Mega numa lógica de valorização do produto a nível publicitário mas nada mais do que isso.

Suponho que a cobertura dos 97,1 (Fóia) seja maior do que os 99,7 MHz (Loulé) da Cidade FM, apesar deste último emissor poder operar com 2 kW. A Cidade FM Algarve deverá fazer-se ouvir melhor no Sotavento, mas a futura Mega Hits Algarve vai dominar no Barlavento e não só- não me surprenderia se algums estabelecimentos no litoral alentejano e até na vila de Sesimbra começassem a sintonizar o rádio nos 97,1. Há uns anos tal já acontecia em Sesimbra, já que nalguns pontos da vila, os 92,4 Lisboa são audíveis em condições satisfatórias. Já a Cidade FM, fica a perder na região por razões evidentes (91,6 Lisboa vs 91,5 MHz da Antena 2 e nem os 106,2 se fazem ouvir com o mínimo de qualidade).
Cumprimentos,
Luís Carvalho

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Luís Gonçalves

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Re: Rádio Fóia - 97,1 MHz Monchique
« Responder #71 em: Julho 09, 2024, 12:40:19 pm »
Vamos a factos, com 1/3 dos emissores a Mega Hits tem tanta ou mais audiência que a TSF, por exemplo. Ao ler este tipo de comentários dá a entender que esses ouvintes não merecem ter acesso à Mega Hits. Não tenho a menor dúvida que os 97.1 vão quadruplicar de audiência com a introdução da Mega Hits nessa frequência.

Tretas.
A audiência nacional nem vai mexer. O produto é estafado, pouco diz aos auditórios fora de Lisboa (aqui em Coimbra raramente encontras alguém a ouvir aquilo) e o Algarve conta muito pouco para o bareme nacional.
Mesmo em Lisboa a Mega perde largo para a Cidade. É rarissimo “apanhar” a Mega quando ando de Uber, o que é relativamente frequente para mim, ou numa pastelaria. Mesmo no Porto, quando lá vou, a sensação que tenho é a mesma.

Estar no Algarve é um “nice to have” para a Mega numa lógica de valorização do produto a nível publicitário mas nada mais do que isso.

Suponho que a cobertura dos 97,1 (Fóia) seja maior do que os 99,7 MHz (Loulé) da Cidade FM, apesar deste último emissor poder operar com 2 kW. A Cidade FM Algarve deverá fazer-se ouvir melhor no Sotavento, mas a futura Mega Hits Algarve vai dominar no Barlavento e não só- não me surprenderia se algums estabelecimentos no litoral alentejano e até na vila de Sesimbra começassem a sintonizar o rádio nos 97,1. Há uns anos tal já acontecia em Sesimbra, já que nalguns pontos da vila, os 92,4 Lisboa são audíveis em condições satisfatórias. Já a Cidade FM, fica a perder na região por razões evidentes (91,6 Lisboa vs 91,5 MHz da Antena 2 e nem os 106,2 se fazem ouvir com o mínimo de qualidade).
Aquí no Algarve sotavento já entrei em diversos estabelecimentos onde estava a tocar a Mega, e muitos amigos meus ouvem a Mega pela televisão, ou conectam na via Bluetooth no carro. Os 99.7, tirando Faro cidade, não são superiores aos 97.1 no sotavento, até diria algo inferiores por terem a pressão da R.A.I Huelva nos 99.6 que é um estoiro de emissor. A Mega Hits parece me ser um produto mais voltado para público feminino, talvez seja por isso que encontra poucos ubers ou táxis com esta estação posta.
Luís Gonçalves

nelsonsoares

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Re: Rádio Fóia - 97,1 MHz Monchique
« Responder #72 em: Julho 09, 2024, 01:31:49 pm »
Vamos a factos, com 1/3 dos emissores a Mega Hits tem tanta ou mais audiência que a TSF, por exemplo. Ao ler este tipo de comentários dá a entender que esses ouvintes não merecem ter acesso à Mega Hits. Não tenho a menor dúvida que os 97.1 vão quadruplicar de audiência com a introdução da Mega Hits nessa frequência.

Tretas.
A audiência nacional nem vai mexer. O produto é estafado, pouco diz aos auditórios fora de Lisboa (aqui em Coimbra raramente encontras alguém a ouvir aquilo) e o Algarve conta muito pouco para o bareme nacional.
Mesmo em Lisboa a Mega perde largo para a Cidade. É rarissimo “apanhar” a Mega quando ando de Uber, o que é relativamente frequente para mim, ou numa pastelaria. Mesmo no Porto, quando lá vou, a sensação que tenho é a mesma.

Estar no Algarve é um “nice to have” para a Mega numa lógica de valorização do produto a nível publicitário mas nada mais do que isso.

Suponho que a cobertura dos 97,1 (Fóia) seja maior do que os 99,7 MHz (Loulé) da Cidade FM, apesar deste último emissor poder operar com 2 kW. A Cidade FM Algarve deverá fazer-se ouvir melhor no Sotavento, mas a futura Mega Hits Algarve vai dominar no Barlavento e não só- não me surprenderia se algums estabelecimentos no litoral alentejano e até na vila de Sesimbra começassem a sintonizar o rádio nos 97,1. Há uns anos tal já acontecia em Sesimbra, já que nalguns pontos da vila, os 92,4 Lisboa são audíveis em condições satisfatórias. Já a Cidade FM, fica a perder na região por razões evidentes (91,6 Lisboa vs 91,5 MHz da Antena 2 e nem os 106,2 se fazem ouvir com o mínimo de qualidade).
Aquí no Algarve sotavento já entrei em diversos estabelecimentos onde estava a tocar a Mega, e muitos amigos meus ouvem a Mega pela televisão, ou conectam na via Bluetooth no carro. Os 99.7, tirando Faro cidade, não são superiores aos 97.1 no sotavento, até diria algo inferiores por terem a pressão da R.A.I Huelva nos 99.6 que é um estoiro de emissor. A Mega Hits parece me ser um produto mais voltado para público feminino, talvez seja por isso que encontra poucos ubers ou táxis com esta estação posta.
Acho que tirando um dos Burger Ranch's de Portimão, nunca ouvi a Mega em lado nenhum deste Algarve, ao contrário da Fóia, que no barlavento, estava sintonizada em muitos bares mais tradicionais e alguns cafés

pdnf

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Re: Rádio Fóia - 97,1 MHz Monchique
« Responder #73 em: Julho 09, 2024, 01:48:16 pm »
Suponho que a cobertura dos 97,1 (Fóia) seja maior do que os 99,7 MHz (Loulé) da Cidade FM, apesar deste último emissor poder operar com 2 kW. A Cidade FM Algarve deverá fazer-se ouvir melhor no Sotavento, mas a futura Mega Hits Algarve vai dominar no Barlavento e não só- não me surprenderia se algums estabelecimentos no litoral alentejano e até na vila de Sesimbra começassem a sintonizar o rádio nos 97,1. Há uns anos tal já acontecia em Sesimbra, já que nalguns pontos da vila, os 92,4 Lisboa são audíveis em condições satisfatórias. Já a Cidade FM, fica a perder na região por razões evidentes (91,6 Lisboa vs 91,5 MHz da Antena 2 e nem os 106,2 se fazem ouvir com o mínimo de qualidade).
A Mega é uma rádio que entra bem no segmento estabelecimento comercial, pelo tipo de playlist diria muito mais que a Cidade.
A reserva que existe em relação à estação penso que seja por trabalhar, essencialmente, para um público classe A e B, quanto muito C1, com escolaridade de nível superior, ao passo que a Cidade diria que fica com a quota inferior. Ora, como infelizmente Portugal é um país pobre e onde as classes do topo da pirâmide são uma minoria da população, talvez justifique essa diferenciação. Se pensarmos nos pais dos jovens que ouvem a Mega, reparem que não é muito diferente: Smooth, TSF, Observador, Antena 2 que se dirigem ao mesmo auditório, em termos de classe social, apenas de uma faixa etária distinta, não têm muito melhores resultados. A Mega até faz mais, e se considerarmos que cada vez há menos jovens...
A única coisa que para mim é algo surpreendente é a RFM ficar atrás da COMRCIAL, tendo em conta que nesse segmento, se invertem as posições, sendo a RFM uma rádio mais de massas, como o é a Cidade FM no segmento jovem. Talvez tal se explique por alguma concorrência da casa mãe, a RR.
A Mega tem uma vocação para o público feminino, porque tem preocupação com esse público, de forma inegável. Mas um programa como o GNO não se torna desadequado de ser escutado por um homem. Aliás, nem sequer tenho certeza se a ideia de contratar um certo perfil, até não tem por objetivo secundário apelar aos instintos mais básicos do público masculino, pese embora ache que ninguém escute ou deva escutar rádio por causa de A ser mais bonita que B. Mas que é documentado no marketing que mulheres vendem bem para elas e também para os homens, mais do que homens vendem bem para as mulheres, lá isso há. No global, continuo a achar a Mega um produto superior à Cidade, não obstante, como tudo na vida, existirem quadros muito bons na Mega e na Cidade, e outros que nem por isso, em ambas. É como em todas as empresas.

Tretas.
A audiência nacional nem vai mexer. O produto é estafado, pouco diz aos auditórios fora de Lisboa (aqui em Coimbra raramente encontras alguém a ouvir aquilo) e o Algarve conta muito pouco para o bareme nacional.
Dizer que o produto é estafado é um pouco exagerado. Tem potencial para melhorar? Pois, com certeza. Tem alguns desiquilíbrios entre painéis, até no público a que se dirigem? Também concordo. Estafado está uma Nova Era, uma SBSR ou até a Rádio Azeite Múmia, que ainda assim, com um só emissor, aparece no Bareme, com um excelente resultado.

Quadruplicar?
Caramba, não sabia que o Algarve tinha assim tantos habitantes. Já justificava realmente um metro em Faro, a ligar Loulé, ao Aeroporto, a terminar em Olhão, e mais uma linha ferroviária pelo litoral para barlavento, tendo em conta os milhões de habitantes da região.
Eu até vos vou confidenciar algo: no passado sábado ligou-me uma pessoa dos quadros da rádio Fóia. Estive meia hora ao telefone com essa pessoa, que esteve durante essa meia hora a chorar compulsivamente em chamada, a dizer que soube pelas minhas redes sociais que ia ser despedida, porque ninguém da direção da rádio lhe tinha dito nada. Já ouvi rumores (não consigo confirmar se é verdade) que houve sócios da cooperativa que não tomaram conhecimento desta decisão da direção da rádio.
Não tenho nada contra a Renascença comprar a Fóia, já disse isto a um bom amigo que tenho dentro do grupo R/COM.
O grupo viu a oportunidade, e aproveitou.
O que mais me intriga, é ver pessoas a aplaudir outras a irem para o fundo de desemprego, algumas na casa dos 60, a perguntarem-se o que vão fazer até à idade da reforma.
Para não falar, que a Mega Hits (repetindo-me), nada, mas nada vai acrescentar ao éter. Como também já disse, se fosse uma rádio que acrescentasse algo ao FM no Algarve, eu ainda deixava passar. Mas não acrescenta nada! Jukebox's, tem o Algarve aos pontapés! Já para não falar, que na minha opinião o melhor da Mega, nem passa nas ondas Hertzianas da rádio.
Nelson, até podia ser a Observador ou um novo projeto de topo de informação a comprar a Fóia, nada disso justifica que pessoas, de qualquer idade, sejam maltratadas dessa forma. Mas esse é um problema da cooperativa, não da R/Com. Infelizmente, o que vai acontecer a essas pessoas é o que se passa com a maioria das pessoas que fica desempregada em idêntica idade: subsídio de desemprego durante 3 anos e reforma antecipada, com uma penalização menor por ser desemprego de longa duração. Se a RR estivesse numa situação melhor, poderia não lhe ficar mal absorver as pessoas para os quadros e dar, por exemplo, às rádios online locução. Agora, todos sabemos que a R/Com está num processo revitalizante de emagrecimento em curso. Mais uma vez, decorre em parte da estrutura da nossa economia ser frágil e, como bem referes, de existir má gestão.
PS: Referi Caldeirão para tentar apanhar o interior do Baixo Alentejo, se fosse apenas para o Algarve, logicamente que a Serra de Mte Figo seria uma melhor solução. Mas a tua conclusão é a que desconfiava: problemas de gestão. Quando a qualidade das lideranças é fraca...

Há uns anos tal já acontecia em Sesimbra, já que nalguns pontos da vila, os 92,4 Lisboa são audíveis em condições satisfatórias. Já a Cidade FM, fica a perder na região por razões evidentes (91,6 Lisboa vs 91,5 MHz da Antena 2 e nem os 106,2 se fazem ouvir com o mínimo de qualidade).

O ponto em que o Luís toca é interessante. Não convém esquecer que a Mega em Lisboa também não é nenhuma maravilha, não há o emissor da Margem Sul a segurar as pontas como tem a Cidade FM. Realmente, é pouco compreensível a atribuição da frequência de 91,6 para a cidade, dado que consegue levar pancada dentro da mesma de Sul, da Antena 2, e também de Norte, da RFM. Está, para mim, ao nível da aberração que era ter a Rádio 5 em 88.4.
Rádio é:
Ir ao fim da Rua, a ligar Portugal, aconteça o que acontecer.
Mais música nova para sentir (e decidir).
Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
É a arte que toca, mais do que música...PESSOAS. Ah, and all that "unique" soul.

ouvinte

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Re: Rádio Fóia - 97,1 MHz Monchique
« Responder #74 em: Julho 09, 2024, 10:36:17 pm »
O nosso colega de fórum e ex colaborador da Rádio Foia, Nelson Soares, escreveu por aqui que a última emissão em direto seria hoje, por altura dos Discos Pedidos. "Piquei" a estação nessa altura e pareceu-me que os microfones já foram cortados, durante 20 minutos só ouvi música e (pouca) publicidade.