Não sou ouvinte da Rádio Fóia, ou da Emissora das Beiras (a Monsanto ainda dava para apanhar em dias bons).
O FM não chega até aqui.
Contudo, não estamos a falar de meras jukeboxes. São projectos radiofónicos com gente lá dentro, com uma ampla cobertura e que cumprem, não só em companhia, mas também na informação das gentes que vivem nessas regiões.
É imperativa a revisão de uma lei anacrónica e fomentar estações de cariz regional, em prol do direito à informação nas regiões fora das áreas metropolitanas.
Há que haver um debate sério, até porque há um elefante na sala que é extra-rádio: o país, na minha óptica, deveria já ter caminhado há muito para a regionalização.
Até lá e mesmo não concordando com o caro Zeca 2021, «o resto do país» (expressão que abomino), ficará cada vez mais refém de caciques locais ou da boa vontade das redacções em Lisboa e no Porto para noticiar algo fora do seu eixo.
E na rádio, a RTP tem culpas no cartório sim por não fomentar estações de cariz regional no seu portefólio, algo que é comum noutros países da União Europeia (e que não são assim tão mais ricos que nós).
Por fim, mais outra estação histórica nas mãos, desta vez, de uma descaracterizada e irrelevante para o Algarve Mega Hits.