Se a TSF foi a rádio que mudou a rádio, atrevo-me a dizer que a Observador é a rádio que reinventou a rádio em Portugal. Por isso, acho que merece uma cobertura nacional ao invés de tentarem andar aos "pouquinhos", aqui e acolá.
Portugal necessita de uma rádio de palavra 24 horas por dia e em direto, porque o ouvinte vai acabar por ficar saturado das de música a metro. Diga-se de passagem que recorre cada vez mais aos podcasts, nomeadamente os do YouTube.
Também acho o produto OBSRVDOR diferenciador, com múltiplos pontos de interesse. Julgo que este modelo híbrido, que combina e dá primazia à comunicação de palavra com o universo da música, como complemento, resulta melhor. E porquê? Temos 4 canais televisivos de informação em concorrência direta, mas também concorrem com a rádio, ou seja, a notícia e comentário são mais imediatos via TV. A junção dos dois universos aludidos, sendo o da palavra primordial, dá vantagem à rádio, uma vez que a diferencia do produto televisivo que está neste mesmo segmento e, quiçá, partilha ouvintes e espetadores (são os mesmos).
Embora se verifique momentos em que escolhas musicais são interessantes, julgo que, globalmente, a banda sonora da OBSRVDOR não entusiasma por aí além. Não é preciso inventar a roda, a “BBC Radio 2”, a mais ouvida na Europa, combina os clássicos intemporais com o atual, o que resulta bastante bem, digamos 30% clássicos 70% atual. Não se trata de saudosismo, mas sim cultura geral, portanto, uma rádio culturalmente mais rica.
Relativamente aos 94.0 OBSRVDOR, devo dizer que desilude no Oeste. Em Peniche e Óbidos em 94.0 ouve-se a KISS FM de Vigo, Espanha. Nada do emissor de Leiria, nesta zona a emissão está assegurada com os 92.6/99.5 de Rio Maior, com sinal a variar de bom a máximo, portanto, boas condições de receção. Já no trajeto da A1 de Fátima a Minde, confirma-se que é uma zona crítica para a receção desta estação. Uma falha incomodativa para os ouvintes.