Autor Tópico: Futuro da Rádio em Portugal  (Lida 57891 vezes)

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #60 em: Novembro 20, 2018, 10:41:03 am »
Acho sempre piada ao argumento contra uma Antena 4 porque "o país não tem dimensão" ou "a Antena 1 já cumpre esse papel", e no entanto temos o território pejado de rádios a dar música a metro, com Comercial versus RFM, RR versus M80, Cidade versus Mega, locais contra locais...

Atento

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #61 em: Novembro 20, 2018, 01:31:43 pm »
Acho sempre piada ao argumento contra uma Antena 4 porque "o país não tem dimensão" ou "a Antena 1 já cumpre esse papel", e no entanto temos o território pejado de rádios a dar música a metro, com Comercial versus RFM, RR versus M80, Cidade versus Mega, locais contra locais...

Sem grandes comunicadores, o produto mais fácil e mais barato para determinados grupos mediáticos passa evidentemente pela música a metro... Tudo isto encontra eco junto de ouvintes pouco exigentes.

Na maioria dos países europeus mais desenvolvidos tudo é diferente...
https://www.franceinter.fr/info/rentree-historique-pour-france-inter-seule-radio-generaliste-en-hausse


Julio Carvalho

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #62 em: Novembro 20, 2018, 02:51:11 pm »
Realmente nos outros países mais desenvolvidos europeus é tudo diferente. Por exemplo, nenhum tem 4 canais de televisão informativos. É ter 4 canais informativos, significa "secar tudo à volta". Até os jornais se ressentem. Nunca nas minhas férias algarvias tive tanta dificuldade em comprar jornais, como este ano.

E depois do fracasso estrondoso do RCP, por outro lado sabendo de um rádio pública exaurida, que nem estúdios decentes consegue ter, com isso até motivando chacota dos seus profissionais nas redes sociais.


Uma rádio de palavra, para vingar, tem que ser bem planeada, com tempo e meios económicos.  E não, porque sim...

Atento

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #63 em: Novembro 20, 2018, 04:00:18 pm »
Realmente nos outros países mais desenvolvidos europeus é tudo diferente. Por exemplo, nenhum tem 4 canais de televisão informativos. É ter 4 canais informativos, significa "secar tudo à volta". Até os jornais se ressentem. Nunca nas minhas férias algarvias tive tanta dificuldade em comprar jornais, como este ano.

E depois do fracasso estrondoso do RCP, por outro lado sabendo de um rádio pública exaurida, que nem estúdios decentes consegue ter, com isso até motivando chacota dos seus profissionais nas redes sociais.


Uma rádio de palavra, para vingar, tem que ser bem planeada, com tempo e meios económicos.  E não, porque sim...


Uma rádio de palavra não significa que seja uma rádio exclusiva de notícias...

A FRANCE INTER é de palavra, mas não é exclusivamente de notícias...

Voltamos à velha questão: uma rádio de palavra exige bons comunicadores com conteúdo...
Não havendo conteúdo e comunicadores de excelência, digamos assim, o mais fácil é optar  por conteúdos musicais, limitando a palavra...

Espanha e França têm 3/4 canais de TV dedicados à informação...
Acresce ainda que as generalistas espanholas até às 14:00/15:00/16:00 têm uma forte componente de conteúdos informativos...


Em tempos, Rui Pego defendeu um quarto canal no universo da RTP - Rádio...
Um canal dirigido a um público mais idoso...
Porém, isso dificilmente acontecerá, pelo facto de não ser possível em FM (o espectro está saturado).
« Última modificação: Novembro 20, 2018, 04:14:54 pm por Atento »

guest219

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #64 em: Novembro 20, 2018, 05:21:21 pm »
Panorama europeu (rádios públicas - nº estações)

Inglaterra: BBC tem 9 rádios nacionais (incluindo 'Extra')
França: Radio France tem 6 rádios nacionais
Holanda: NPO tem 6 rádios nacionais
etc, etc., etc.

radiokilledtheMTVstar

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #65 em: Novembro 20, 2018, 05:52:28 pm »
Realmente nos outros países mais desenvolvidos europeus é tudo diferente. Por exemplo, nenhum tem 4 canais de televisão informativos. É ter 4 canais informativos, significa "secar tudo à volta". Até os jornais se ressentem. Nunca nas minhas férias algarvias tive tanta dificuldade em comprar jornais, como este ano.

E depois do fracasso estrondoso do RCP, por outro lado sabendo de um rádio pública exaurida, que nem estúdios decentes consegue ter, com isso até motivando chacota dos seus profissionais nas redes sociais.


Uma rádio de palavra, para vingar, tem que ser bem planeada, com tempo e meios económicos.  E não, porque sim...
E além disso em outros países desenvolvidos não temos este alarmismo e cinzentismo da informação que, umas mais outras menos todas as rádios e TVs acabam por ter... Ao ligar a TV neste momento parece que estamos no pior país do Mundo. Na rádio não se nota tanto mas as notícias positivas também são muito poucas.
Por exemplo, a cobertura dos incêndios (apesar de ter havido muitas culpas para as forças de segurança) que fez com que muita gente ficasse com a ideia com o típico "Só neste país", agora afinal pasme-se também pode acontecer nos EUA...
Muita gente quer ignorar completamente este factor preferindo dizer que as pessoas não se querem informar, quando não é assim...

Uma rádio de palavra não significa que seja uma rádio exclusiva de notícias...
A FRANCE INTER é de palavra, mas não é exclusivamente de notícias...

Voltamos à velha questão: uma rádio de palavra exige bons comunicadores com conteúdo...
Não havendo conteúdo e comunicadores de excelência, digamos assim, o mais fácil é optar  por conteúdos musicais, limitando a palavra...

Espanha e França têm 3/4 canais de TV dedicados à informação...
Acresce ainda que as generalistas espanholas até às 14:00/15:00/16:00 têm uma forte componente de conteúdos informativos...


Em tempos, Rui Pego defendeu um quarto canal no universo da RTP - Rádio...
Um canal dirigido a um público mais idoso...
Porém, isso dificilmente acontecerá, pelo facto de não ser possível em FM (o espectro está saturado).

1- Mas toda a gente que defende a Antena 4 no fórum quer que seja uma rádio de notícias, apenas porque acham que uma rádio pública deve ter uma rádio de notícias 24/24. Só porque a TSF está num marasmo (mas cumpre o papel com os notíciários 24/24h) tem que haver uma rádio pública, é isso?
A minha ideia, que muitos atacaram sem perceber, era tornar criar a Antena 4 como uma rádio de música lusófona e a Antena 1 como esse tipo de rádio verdadeiramente generalista e não de notícias (que faz muita falta para combater o problema que disse em cima), embora pudesse ter uns 10% de música e ficasse com os programas de autor ao fim-de-semana...

2- Provavelmente a pior ideia que alguma vez Rui Pêgo alguma vez teve. A RTP já muito pensa no público idoso mas tem um problema gravíssimo, já nem digo em captar jovens porque isso nota-se claramente e só agora está a acordar, mas em captar público abaixo dos 45/50 (mais na TV mas também em parte na rádio)... Com a Antena 1 que embora esteja bem deve ter uma média de idades dos ouvintes por volta dos 60 anos e as tentativas (sempre falhadas) de envelhecer a 3 para além do exemplo da Rádio Sim, não percebo esta mentalidade... Assim não há futuro.
« Última modificação: Novembro 20, 2018, 06:07:26 pm por radiokilledtheMTVstar »

Atento

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #66 em: Novembro 20, 2018, 09:43:19 pm »

radiokilledtheMTVstar

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #67 em: Novembro 20, 2018, 10:00:11 pm »
Não fazem mais que a sua obrigação, mesmo assim de certeza que haverão injustiças.

guest219

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #68 em: Novembro 25, 2018, 12:25:11 pm »
Programação da 'Cadena SER' a esta hora (duas emissões em simultâneo)
http://play.cadenaser.com/

joao_s

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #69 em: Novembro 25, 2018, 09:12:34 pm »
(...)
Em tempos, Rui Pego defendeu um quarto canal no universo da RTP - Rádio...
Um canal dirigido a um público mais idoso...
Porém, isso dificilmente acontecerá, pelo facto de não ser possível em FM (o espectro está saturado).
Um canal público revivalista, hermético, fechado sobre o passado, não me parece a melhor opção. Um canal público transversal a diferentes gerações, das décadas precedentes até ao presente, que mostre/dê a conhecer/destaque a cultura contemporânea em lógica de contínuo e até de evolução, o que caracterizou/caracteriza cada época, musicalmente e não só, que destaque o que se fez/faz no que concerne à qualidade e abragência de géneros musicais, com o devido enquadramento, numa lógica de aumentar a cultura geral dos ouvintes, é o que se espera do serviço público. Mas, em Portugal, esta abordagem não é feita, nem será, pelo que se depreende. Simplesmente não sabem como fazê-lo.

No entanto, dentro dos estilos que se dedica, não obstante as limitações de palavra, a <Smooth FM> faz isso.


joao_s

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #70 em: Novembro 27, 2018, 11:28:17 pm »
(...)
Finalmente, tal como já disse, o Grupo RTVE não é exemplo para ninguém. Embrenhado numa vasta rede de manipulações, não merece muita credibilidade...

Além disso, tem um orçamento muito superior ao do GRUPO RTP e não faz melhor nem na TV, nem na rádio...pelo contrário.

Se tiverem dúvidas vejam, ouçam e comparem...
(...)
Permita-me que discorde do seu ponto de vista relativamente à <tve>. Do serviço público de radiodifusão não ouvi o suficiente para formar uma opinião, na televisão vi quanto baste, desde 1983, com receção direta dos emissores de Montanchez (também do retransmissor de Fazendas de Almeirim que funcionou na década de 80 para Santarém e concelhos vizinhos). Estavam/estão todos os ingredientes para um serviço público completo, digamos assim, que, evidentemente, não se resumem à componente informativa.

Não disponho de tempo para mais delongas, mas, caso se justifique, posso rebater ponto-por-ponto as suas impressões.

Agora estão a falar de Portugal no canal <24 horas>, de temática informativa.

Atento

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #71 em: Novembro 28, 2018, 12:02:34 pm »
(...)
Finalmente, tal como já disse, o Grupo RTVE não é exemplo para ninguém. Embrenhado numa vasta rede de manipulações, não merece muita credibilidade...

Além disso, tem um orçamento muito superior ao do GRUPO RTP e não faz melhor nem na TV, nem na rádio...pelo contrário.

Se tiverem dúvidas vejam, ouçam e comparem...
(...)
Permita-me que discorde do seu ponto de vista relativamente à <tve>. Do serviço público de radiodifusão não ouvi o suficiente para formar uma opinião, na televisão vi quanto baste, desde 1983, com receção direta dos emissores de Montanchez (também do retransmissor de Fazendas de Almeirim que funcionou na década de 80 para Santarém e concelhos vizinhos). Estavam/estão todos os ingredientes para um serviço público completo, digamos assim, que, evidentemente, não se resumem à componente informativa.

Não disponho de tempo para mais delongas, mas, caso se justifique, posso rebater ponto-por-ponto as suas impressões.

Agora estão a falar de Portugal no canal <24 horas>, de temática informativa.

Mantenho TUDO aquilo que disse em comentários anteriores.


goncalopes

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #73 em: Novembro 28, 2018, 09:30:12 pm »
Por exemplo imaginem uma rádio de palavra com a Fernanda Freitas, Ribeiro Cristovão, Eduardo Rêgo, João Adelino Faria, Clara de Sousa, Ana Galvão, João Chaves, Rui Rêgo (marido da Júlia), Augusto Seabra.

Com bom conteúdo informativo, notícias, debates, música bem seleccionada, podia ser uma aposta interessante.

Atento

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Re: Futuro da Rádio em Portugal
« Responder #74 em: Novembro 28, 2018, 10:49:53 pm »
Por exemplo imaginem uma rádio de palavra com a Fernanda Freitas, Ribeiro Cristovão, Eduardo Rêgo, João Adelino Faria, Clara de Sousa, Ana Galvão, João Chaves, Rui Rêgo (marido da Júlia), Augusto Seabra.

Com bom conteúdo informativo, notícias, debates, música bem seleccionada, podia ser uma aposta interessante.

A ANTENA 1 vai fazendo isso, com Rui Pego e outros nomes...