O primeiro ISP público foi disponibilizado há cerca de 20 anos, em 1994 salvo erro, pelo que não existiam fóruns de rádio nessa época. Os que existiam pertenciam ao meio académico, instituições essas que disponibilizavam os primeiros serviços da Internet aos seus alunos através de linhas telefónicas dedicadas.
Numa coisa estamos de acordo, caro “Zecaâ€, a rádio portuguesa está estagnada, não tem qualidade, nem nenhum valor acrescentado, e está num circuito em espiral sem qualquer interesse. Em suma, chata. Concordo com o termo que empregou: provinciana, de um deslumbramento terceiro mundista por automatismos e tecnologia que, em vez de potenciar, sem precedentes, a comunicação entre o radialista e o auditório, limita-se a substituÃ-lo e a mascarar a falta de talento para comunicar e preparar um programa de rádio em condições. A rádio portuguesa não educa, não forma gostos, nem cumpre o desÃgnio de um entretenimento inteligente, é uma amálgama de sons, vaidade e superficialidade. Apenas serve para debitar musica a rodos, sem qualquer propósito tangÃvel. Também concordo consigo que a rádio em Portugal está a perder vitalidade, não é mesmo para se levar a sério.
Quem gosta de usufruir de rádio bem-feita, com entrega, inteligência, inovadora e com patamares de qualidade que não temos em Portugal, tem a hipótese de ouvir as rádios estrangeiras, hoje, graças aos serviços da Internet, com qualidade FM Estéreo. Se mudar das rádios emitidas a partir de Lisboa para as rádios emitidas a partir de Londres, constatará que a rádio portuguesa é um subproduto, uma coisa menor. Fica a ganhar enquanto ouvinte com essa escolha. Apenas muda a tecnologia de difusão, das ondas sinusoidais e modulação para as ondas quadradas e pacotes de dados, o resultado final ao nÃvel da qualidade sonora é semelhante, como referi o som do streaming equivale ao de FM.
Em Portugal temos muitos radialistas sem talento, secundarizados para segundo plano pelo uso indevido da tecnologia, que apenas serve para os substituir e debitar música a rodos. Ora isso não é fazer rádio, como todos podemos constatar ouvindo o que se faz noutros paÃses.