Caro Rui Cleto, no meu ponto de vista, não se trata de uma questão de reclamação de direitos, trata-se de progresso, de desenvolvimento, se quiser, ficarmos a par dos paÃses que integram o espaço geográfico, polÃtico, cultural e económico em que estamos inseridos. Nesta matéria, ficamos para trás, ultraperiféricos. Todo o processo DAB em Portugal foi mal planeado, mal executado, mal operacionalizado, um caso de incompetência extrema, que custou 11 milhões de Euros aos contribuintes portugueses e que não serviram para nada. Repito, dinheiro deitado fora.
Em paÃses com outro nÃvel de organização, com outra exigência para com os decisores e para aqueles que são responsáveis pela gestão dos recursos públicos, com outros patamares de competência, o DAB/DAB+ tem vindo a aumentar a audiência ao longo dos anos. Por exemplo,
no Reino Unido dispõe de 52 estações de rádio nacionais através da rede DAB (de carro, escuta em qualquer ponto do território) e 40 estações de rádio locais nessa rede digital (um total de 92 estações de rádio, o que rivaliza com a oferta de canais da televisão por subscrição). Um estudo do regulador britânico, Ofcom, indica que a audiência de DAB tem vindo a aumentar progressivamente ao longo dos anos.
Este é um caso de atraso relativamente àqueles com quem nos devemos comparar.