Acho que a Antena 1 precisa de sangue novo... vejo programas já com 8, 10 ou mesmo 12 anos no ar, é demasiado tempo. Penso que a entrada de novos profissionais ajudaria a refrescar a estação, com o cuidado porém de não perder a audiência entretanto ganha, que julgo ser a maior em décadas.
Relativamente à Antena 3, é de equacionar a sua privatização/divisão da rede pelas 'regionais'/aposta numa radio informativa sse a TSF deixar de o ser, se continuar com estas audiências demasiado fracas. Serviço público só faz sentido com público, sobretudo se falarmos numa estação que se quer ser 'jovem'. Há o caso da Antena 2, que obviamente tem audiências baixas, mas faz serviço público dentro da lógica das congéneres europeias da ex-RDP.
1- sou de centro direita e totalmente contra a privatização de qualquer canal da RTP;
2- os programas que têm 8, 10 e 12 anos são de qualidade e têm bons dados de audiência. Neste ponto enquadro O Amor é, Contraditório, Visão Global, Dias do Avesso, etc;
3- a M80 e a TSF não mereceriam a rede da antena3. A M80 é um produto gasto. Por cá ainda não, mas a congénere espanhola anda pelas ruas da amargura.
A TSF está a degradar-se a cada dia que passa. A informação está muito aquém da desenvolvida pela antena1. No desporto, está quase em coma. Não é competitiva e os profissionais deixam muito a desejar. Resta o João Ricardo nas narrações dos jogos.
4- a antena 3, do meu ponto de vista, poderia seguir três caminhos: o modelo da bbc1, o da bbc2 e/ou o modelo de rádio de palavra, com enfoque para a informação, debate, desporto. Este último era aquele que esteve para ser implementado em 1994. Não foi, pelo facto de as audiências da a3 terem surpreendido os responsáveis. A antena3 em 1994 foi uma rádio de grande sucesso e aceitação. Estudos de mercado chegaram a colocá-la em segundo lugar na preferência dos ouvintes.
5- a atual a3 aposta no POP alternativo, com enfoque para as bandas portuguesas. É aqui que surgem os problemas, pois não há bandas portuguesas de qualidade que possam sustentar com credebilidade a maior parte do tempo de emissão; na verdade, muitas não têm qualidade.
Acresce a isto que muitos animadores parecem estar sem dinâmica e espÃrito comprometido. Dá a ideia que se limitam a cumprir o expediente.