Autor Tópico: Antena 3  (Lida 668284 vezes)

guest6

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Re: Antena 3
« Responder #60 em: Outubro 04, 2016, 09:18:35 pm »
Isto de pensar que fazer as coisas como "elas" eram na década de 80 ou 90 do século passado resolve alguma coisa, é mesmo "alucinogênico"  :D

radiokilledtheMTVstar

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Re: Antena 3
« Responder #61 em: Outubro 05, 2016, 12:59:59 am »
As manhãs não estão perfeitas mas já são bem "audíveis". A entrada da Inês Lopes Gonçalves libertou o programa da seca que era.
O mais importante é que a playlist parece melhor e muito mais adequada ao target dos ouvintes.
Acabar com o programa do DJ Vibe é foi um grande erro, ouvi o substituto Fisica ou Quimica do Rui Estevão e aquilo não é nada adequado aquele horário... as noites de electrónica ao fim-de-semana na 3 sempre foram uma referência, parece que as querem arruinar...

SamM

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Re: Antena 3
« Responder #62 em: Outubro 07, 2016, 05:57:57 pm »
Isto de pensar que fazer as coisas como "elas" eram na década de 80 ou 90 do século passado resolve alguma coisa, é mesmo "alucinogênico"  :D


Aposto que, se surgisse uma remake da antiga Rádio Cidade, e se tivesse uma cobertura do género da actual, iriamos ver est rádio a médio prazo no Top 5 nacional...

guest6

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Re: Antena 3
« Responder #63 em: Outubro 07, 2016, 06:10:25 pm »
Isto de pensar que fazer as coisas como "elas" eram na década de 80 ou 90 do século passado resolve alguma coisa, é mesmo "alucinogênico"  :D


Aposto que, se surgisse uma remake da antiga Rádio Cidade, e se tivesse uma cobertura do género da actual, iriamos ver est rádio a médio prazo no Top 5 nacional...

Pois perderia a aposta. Os tempos mudaram, os brasileiros perderam a "piada" inicial e Portugal mudou muito. A radio e os jovens que ouviam essa "cidade" já não existem. E como se ouve rádio hoje é muito diferente. Sei o que digo e baseio-me em "algo" feito por um catedrático de comunicação social e com livros publicados sobre rádio. Não sei a idade do "SamM" mas se viveu os anos 80 e 90 do século passado (como eu vivi, pois aproximo-me do meio século...), perceberá muito bem que os tempos são outros e aquilo que era "sucesso" nessa altura, não o é hoje.

Wiseguy

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Re: Antena 3
« Responder #64 em: Outubro 08, 2016, 11:52:00 pm »
Na minha opinião, a Antena 3 está a caminhar para o abismo. Parece aqueles clubes de futebol, que para evitar a despromoção, começam a proceder a alterações constantes no plantel e de treinadores até ver se acertam.
Aqui com esta estação, parece estar a suceder o mesmo, são alterações de programação e de horários em curtos espaços de tempo, o que não me parece nada adequado.
Acho que a Antena 3 desde a saída do Diogo Beja (não é que ouvisse com regularidade, mas acho um locutor competente no que faz e cativante para o público alvo) da estação, aliada à saída do Luís Franco Bastos, que o programa das manhãs ficou coxo.
Não é que oiça regularmente (hoje em dia, muito pouco), pois prefiro ouvir rádios que passem música de forma contínua e não encham algum do tempo com publicidade e assuntos laterais.
Sobre as saídas e entradas de pessoas, uma dúvida me suscitou. Nunca percebi a razão das saídas da Mónica Mendes e da Joana Dias dos seus programas. A ida do Rui Estêvão para a prateleira foi outra que não se entendeu, ou seja, os melhores activos da estação parece que foram encostados. Renovação? Para pior? E a entrada da Isilda Sanches de pára-quedas? Porquê? Pela via da cunha, pois é uma amiga de longa data do director da estação. Não pondo em causa o seu profissionalismo e sendo uma pessoa que sabe de música, acho que como locutora não é cativante, a sua voz parece de uma pessoa com sono que sinceramente, deve deixar as pessoas com sono.
O programa da hora de almoço, o qual apenas ouvi na sua versão anterior uma vez para saber como era, é das piores coisas que há na rádio. Uma anã que se julga humorista mas pouca graça tem quando comparada com outros humoristas a sério, aliada a uma parceira que passa o tempo a falar dos animais e da meteorologia, é uma parceria que não resulta.
Eu sei que fazer uma programação de uma rádio ou de uma estação televisiva não é tarefa fácil, encher alguns espaços torna-se complicado, mas acho que a forma de gerir a estação não tem sido a melhor e as perspectivas não são animadoras.
O problema é simples, o tempo passa mas as pessoas do antigamente mantêm-se e a mentalidade também, por isso, a situação é a que vivemos hoje em dia.

Atento

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Re: Antena 3
« Responder #65 em: Outubro 09, 2016, 12:23:16 am »
Na minha opinião, a Antena 3 está a caminhar para o abismo. Parece aqueles clubes de futebol, que para evitar a despromoção, começam a proceder a alterações constantes no plantel e de treinadores até ver se acertam.
Aqui com esta estação, parece estar a suceder o mesmo, são alterações de programação e de horários em curtos espaços de tempo, o que não me parece nada adequado.
Acho que a Antena 3 desde a saída do Diogo Beja (não é que ouvisse com regularidade, mas acho um locutor competente no que faz e cativante para o público alvo) da estação, aliada à saída do Luís Franco Bastos, que o programa das manhãs ficou coxo.
Não é que oiça regularmente (hoje em dia, muito pouco), pois prefiro ouvir rádios que passem música de forma contínua e não encham algum do tempo com publicidade e assuntos laterais.
Sobre as saídas e entradas de pessoas, uma dúvida me suscitou. Nunca percebi a razão das saídas da Mónica Mendes e da Joana Dias dos seus programas. A ida do Rui Estêvão para a prateleira foi outra que não se entendeu, ou seja, os melhores activos da estação parece que foram encostados. Renovação? Para pior? E a entrada da Isilda Sanches de pára-quedas? Porquê? Pela via da cunha, pois é uma amiga de longa data do director da estação. Não pondo em causa o seu profissionalismo e sendo uma pessoa que sabe de música, acho que como locutora não é cativante, a sua voz parece de uma pessoa com sono que sinceramente, deve deixar as pessoas com sono.
O programa da hora de almoço, o qual apenas ouvi na sua versão anterior uma vez para saber como era, é das piores coisas que há na rádio. Uma anã que se julga humorista mas pouca graça tem quando comparada com outros humoristas a sério, aliada a uma parceira que passa o tempo a falar dos animais e da meteorologia, é uma parceria que não resulta.
Eu sei que fazer uma programação de uma rádio ou de uma estação televisiva não é tarefa fácil, encher alguns espaços torna-se complicado, mas acho que a forma de gerir a estação não tem sido a melhor e as perspectivas não são animadoras.
O problema é simples, o tempo passa mas as pessoas do antigamente mantêm-se e a mentalidade também, por isso, a situação é a que vivemos hoje em dia.

Critica a antena3, mas diz que não a ouve, ou ouve-a por instantes...

Como é que pode criticar uma rádio que não ouve?
Para termos uma opinião substantiva, temos que ouvir atentamente os referidos programas e a respetiva estação de rádio.

Basicamente afirmou que gosta de um estilo de rádio que passe sobretudo música e a palavra seja escassa ou inexistente...

AG

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Re: Antena 3
« Responder #66 em: Outubro 09, 2016, 01:09:09 am »
Também acho que a Isilda Sanches é um flop nas tardes, com todo o respeito. Penso que ela se enquadra melhor num horário noturno, 20-22 por exemplo.
Acho que a Antena 3 continua com um quadro de profissionais envelhecido, julgo que, por exemplo, Pedro Costa devia passar para a Antena 1. É preciso gente nova.
O Donas de Casa devia ter ficado no horário 10-12, e lamento o fim das noites de música electrónica às sextas.
« Última modificação: Outubro 09, 2016, 01:11:51 am por AG »

Radiofilo

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Re: Antena 3
« Responder #67 em: Outubro 09, 2016, 02:00:54 am »
Pedro Costa devia passar para a Antena 1. É preciso gente nova.

O Pedro Costa já tem o "Costa a Costa" na Antena 1 há muito, muito tempo... Excelente programa, por sinal! Quem quiser aprender algo sobre a história do pop/rock é ouvi-lo de sábado para domingo, meia-noite/2 horas da madrugada.

Wiseguy

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Re: Antena 3
« Responder #68 em: Outubro 09, 2016, 09:56:30 am »
Quando disse que "não oiço regularmente", queria referir-me ao programa das manhãs, que por lapso não mencionei esse pormenor e aí o texto ficou mal entendido. Oiço esta rádio todos os dias da semana das 10h às 13h e das 16h às 20h. E não oiço à hora de almoço pelas razões atrás enunciadas.
Agora foi a minha opinião, que como a de qualquer pessoa, pode-se concordar ou discordar. E acho que algumas pessoas criticam o actual formato da estação, que penso estar ultrapassado e pouco adequado à realidade de hoje.

Atento

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Re: Antena 3
« Responder #69 em: Outubro 09, 2016, 11:16:35 am »
Quando disse que "não oiço regularmente", queria referir-me ao programa das manhãs, que por lapso não mencionei esse pormenor e aí o texto ficou mal entendido. Oiço esta rádio todos os dias da semana das 10h às 13h e das 16h às 20h. E não oiço à hora de almoço pelas razões atrás enunciadas.
Agora foi a minha opinião, que como a de qualquer pessoa, pode-se concordar ou discordar. E acho que algumas pessoas criticam o actual formato da estação, que penso estar ultrapassado e pouco adequado à realidade de hoje.

Ok.

Então qual o modelo para a antena3?

A Antena3, quando foi reformulada, pretendia atingir uma audiência entre os 3% e os 5%.
Neste momento, a audiência situa-se entre os 1,5% e os 1,8%.

O que é que está a falhar:

1- os estudos de audiência não são reais?

2- o produto da antena 3 é medíocre?

3- os profissionais são medíocres e cumprem apenas os mínimos olímpicos?

4- os ouvintes de rádio em Portugal são medíocres e só têm capacidade para consumir lixo radiofónico?
« Última modificação: Outubro 09, 2016, 11:48:43 am por Atento »

Boxx

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Re: Antena 3
« Responder #70 em: Outubro 09, 2016, 12:22:45 pm »
Julgo que no momento actual o ponto 4 assume maior relevância do que os anteriores.

mg.luis

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Re: Antena 3
« Responder #71 em: Outubro 09, 2016, 02:03:57 pm »
Penso que não é muito justo falar-se da Antena 3 de hoje em dia como se falava da mesma em 2014 (antes do Nuno Reis assumir a direcção).

Apesar de as audiências estarem em valores baixos (e preocupantes), pelo menos sinto que neste momento há uma estratégia e um caminho focado no serviço público. Na verdade o problema das audiências é que os ouvintes que talvez se identificassem mais com esta estratégia já tinham sido afugentados (por exemplo nas alterações feitas na playlist, julgo que em 2013, em que algum génio achava que até Miguel Ângelo, por exemplo, cabia na A3).

Além disso, hoje em dia não faz sentido medir a influência de uma rádio apenas com base nas audiências (maioritariamente medidas por questionário telefónico). A verdade é que os métodos de consumo já não são os mesmos, e o consumo on demand tem um peso cada vez maior, e nisso se olharmos por exemplo para o Top de podcasts em Portugal no iTunes, vemos que o TOP3 pertence à Antena 3 e que entre os 10 mais, metade são desta rádio.


fonte:https://podcast.okihika.com/PT/0

Dentro desta nova estratégia há também que ter em conta que hoje o trabalho desenvolvido pela 3 não é de apenas uma rádio, mas sim de uma produtora de conteúdos multiplataforma, sustentada pela estrutura do Grupo RTP. Veja-se o exemplo do projecto "No Ar" e dos mini-documentários disponíveis no site da estação, dando assim espaço a novos profissionais, como os que fazem parte do Centro de Inovação da RTP, de criarem de facto. Não há muitas empresas de media com a mesma preocupação (mas também não é obrigação delas).

Exemplo "No Ar": https://www.youtube.com/watch?v=knaSCpUHbCU

Penso que com a alteração de Setembro de 2015 se desenvolveu uma programação focada no serviço público, e com as alterações do último mês se tornou o pacote menos "elitista".

A meu ver a maior preocupação da 3 neste momento deve ser a playlist, uma vez que como esta rádio não tem publicidade, acaba por ter mais espaço para música, e por vezes achava que repetia muitas vezes as mesmas músicas. Atualmente penso que está a haver mais cuidado nesse aspecto, ao se reintroduzir de vez em quando músicas mais antigas, por exemplo, permitindo uma maior variedade. Espero que seja para manter.

Quanto à equipa das manhãs, eu acho que funciona bem (achando eu que as manhãs não têm de ser sempre uma grande animação com humor por todo o lado, ou corre-se o risco de ficar algo cheio de piadas plásticas e risos forçados, tipo RFM).
Também não acho justo dizer-se que a 3 tem as mesma pessoas desde sempre, pois se formos a ver, das 7h às 19h, apenas a Ana Galvão está lá há mais tempo (e não se nota cansaço nem dela nem dos ouvintes, na minha opinião). Além disso não vejo razão para afastar a prata da casa se são excelentes profissionais e continuam a fazer um bom trabalho.

Acho mesmo que dentro do grupo RTP, a Antena 3 é aquela que tem uma estratégia melhor definida. Quanto a audiências, se conseguisse chegar aos 3% acho que já seria muito bom, achando eu que a 3 não deve tentar ser uma rádio de massas (para isso já temos a Comercial, que faz bem o seu trabalho) mas sim um acrescento de valor ao panorama nacional, e esse deve ser o seu principal objectivo. Agora é manter o caminho!

(Quanto às saídas mencionadas, acredito que a Mónica Mendes já tivesse anunciado a vontade de sair anteriormente, daí ter passado para as noites na grelha de Set/2015, o que também justificava a entrada da Isilda Sanches. Já a Joana Dias foi para a RDP Internacional, e bem já que a meu ver ela não sabia falar para o auditório da 3, embora como produtora já me parecesse um bocado melhor)

Atento

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Re: Antena 3
« Responder #72 em: Outubro 09, 2016, 02:49:12 pm »
Penso que não é muito justo falar-se da Antena 3 de hoje em dia como se falava da mesma em 2014 (antes do Nuno Reis assumir a direcção).

Apesar de as audiências estarem em valores baixos (e preocupantes), pelo menos sinto que neste momento há uma estratégia e um caminho focado no serviço público. Na verdade o problema das audiências é que os ouvintes que talvez se identificassem mais com esta estratégia já tinham sido afugentados (por exemplo nas alterações feitas na playlist, julgo que em 2013, em que algum génio achava que até Miguel Ângelo, por exemplo, cabia na A3).

Além disso, hoje em dia não faz sentido medir a influência de uma rádio apenas com base nas audiências (maioritariamente medidas por questionário telefónico). A verdade é que os métodos de consumo já não são os mesmos, e o consumo on demand tem um peso cada vez maior, e nisso se olharmos por exemplo para o Top de podcasts em Portugal no iTunes, vemos que o TOP3 pertence à Antena 3 e que entre os 10 mais, metade são desta rádio.


fonte:https://podcast.okihika.com/PT/0

Dentro desta nova estratégia há também que ter em conta que hoje o trabalho desenvolvido pela 3 não é de apenas uma rádio, mas sim de uma produtora de conteúdos multiplataforma, sustentada pela estrutura do Grupo RTP. Veja-se o exemplo do projecto "No Ar" e dos mini-documentários disponíveis no site da estação, dando assim espaço a novos profissionais, como os que fazem parte do Centro de Inovação da RTP, de criarem de facto. Não há muitas empresas de media com a mesma preocupação (mas também não é obrigação delas).

Exemplo "No Ar": https://www.youtube.com/watch?v=knaSCpUHbCU

Penso que com a alteração de Setembro de 2015 se desenvolveu uma programação focada no serviço público, e com as alterações do último mês se tornou o pacote menos "elitista".

A meu ver a maior preocupação da 3 neste momento deve ser a playlist, uma vez que como esta rádio não tem publicidade, acaba por ter mais espaço para música, e por vezes achava que repetia muitas vezes as mesmas músicas. Atualmente penso que está a haver mais cuidado nesse aspecto, ao se reintroduzir de vez em quando músicas mais antigas, por exemplo, permitindo uma maior variedade. Espero que seja para manter.

Quanto à equipa das manhãs, eu acho que funciona bem (achando eu que as manhãs não têm de ser sempre uma grande animação com humor por todo o lado, ou corre-se o risco de ficar algo cheio de piadas plásticas e risos forçados, tipo RFM).
Também não acho justo dizer-se que a 3 tem as mesma pessoas desde sempre, pois se formos a ver, das 7h às 19h, apenas a Ana Galvão está lá há mais tempo (e não se nota cansaço nem dela nem dos ouvintes, na minha opinião). Além disso não vejo razão para afastar a prata da casa se são excelentes profissionais e continuam a fazer um bom trabalho.

Acho mesmo que dentro do grupo RTP, a Antena 3 é aquela que tem uma estratégia melhor definida. Quanto a audiências, se conseguisse chegar aos 3% acho que já seria muito bom, achando eu que a 3 não deve tentar ser uma rádio de massas (para isso já temos a Comercial, que faz bem o seu trabalho) mas sim um acrescento de valor ao panorama nacional, e esse deve ser o seu principal objectivo. Agora é manter o caminho!

(Quanto às saídas mencionadas, acredito que a Mónica Mendes já tivesse anunciado a vontade de sair anteriormente, daí ter passado para as noites na grelha de Set/2015, o que também justificava a entrada da Isilda Sanches. Já a Joana Dias foi para a RDP Internacional, e bem já que a meu ver ela não sabia falar para o auditório da 3, embora como produtora já me parecesse um bocado melhor)

Tudo certo.

Em todo caso, a antena3 não pode primar por um estilo elitista. Tem que alargar o espectro. Caso contrário não consegue cativar novos públicos paraas novas tendências da música portuguesa. Os convertidos, convertidos estão...E os outros? Há que os cativar. Há que ter golpe de asa. Há que saber "vender o produto". Neste ponto, a Antena3 está a falhar, possivelmente...
Obrigatoriamente, para que todo o projecto que envolve a Antena3 (que mencionou) tenha sucesso, deve ter como audiência mínima aceitável 3% e paulatinamente alcançar os 6%/7%.

A antena1, do meu ponto de vista, é aquela que tem o caminho mais bem definido. Necessita de limar algumas arestas e continuar a crescer em termos de relevância nas audiências e em importância junto da sociedae civil.

A antena2 enferma da sua elitização. Tem que atrair novos públicos e chegar a mais gente, sem perder os fiéis. O perigo da Antena3 é transforar-se numa antena2, limitando-se apenas aos convertidos.

estvmkt

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Re: Antena 3
« Responder #73 em: Outubro 09, 2016, 11:49:54 pm »
A Antena 3 gostei imenso de ouvir em 2010 e 2011.
Boa música internacional que apresentavam boas bandas portuguesas que se deram a conhecer na altura graças à 3.
Gostava imenso do estilo menos comercial,mas que conseguia equilibrar as músicas comerciais,com bons clássicos e música menos comercial. Lembro-me de ouvir Chemichal Brothers,Gorillaz,The Courteneers,Virgem Suta,Diabo na Cruz,Blind Zero,Muse,Linkin Park,Orelha Negra
Essa para mim foi a melhor Antena 3,em que só faltava uma coisa,que era programas ditos normais (playlist),aos fins de semana,em que havia um exagero de programas de autor.
Desde 2012,quando apostaram fortemente no que é produzido em Portugal que a Antena 3 caiu a pique em muitos aspetos.
Excesso de música portuguesa,muito alternativa,o tal equilibrio entre o comercial e o menos comercial deixou de existir.
Além disso,a equipa parece totalmente envelhecida (e por ventura foi por isso que o Diogo Beja saiu).
A meu ver,se pegassem numa Antena 3 de 2010-2011,era excelente.
Mas para isso novos animadores precisam-se,depois a nível musical apostar em playlist's que fossem um misto da Comercial,da TSF,da Super Fm e da Vodafone.

joao_s

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Re: Antena 3
« Responder #74 em: Outubro 10, 2016, 08:28:01 pm »
Julgo que no momento actual o ponto 4 assume maior relevância do que os anteriores.

“Boox”, não concordo com essa abordagem ao problema: “os ouvintes de rádio em Portugal são medíocres e só têm capacidade para consumir lixo radiofónico”. Essa  é a perspetiva de quem pretende desviar o foco da questão do essencial para o acessório. Os ouvintes portugueses são tão medíocres como os dos outros países, o que se passa é que foram habituados a ouvir rádio medíocre.

A meu ver a questão deve colocar-se nestes termos: “existem em Portugal produtos radiofónicos orientados ao modus vivendi do cidadão médio e respetivos interesses culturais, contribuindo, ainda, para aumentar os seus horizontes culturais, portanto, a capacidade de discernimento crítico, interessando, por esse facto, também aos cidadãos com gostos mais exigentes?” Resposta: não.
Não há este modelo de rádio em Portugal, portanto para a maioria a rádio não passa de um produto descartável que se ouve com pouco entusiasmo.

Uma parte significativa da responsabilidade pelo atual estado da rádio também passa pela RTP, incapaz de produzir estações que se entrosem com o modo de vida dos cidadãos, produtos modernos feitos com ambição, inovação e entrega. Antes, produz rádios pouco apelativas, apáticas e que não dizem quase nada às pessoas.

O caro “Atento”, ligado ao grupo (no presente ou no passado), “assobia para o lado”, “sacode a água do capote” e, pelo que escreve, parece que só os outros operadores têm problemas. Acontece que também a RTP não consegue adaptar-se aos tempos, tendo dificuldade em ir ao encontro das expetativas dos ouvintes de hoje. A RTP não consegue afirmar a sua marca na sociedade, nem tem uma escola que passe de geração em geração, com a qual os ouvintes de diferentes faixas etárias se identifiquem. Conhecem alguma estação do grupo RTP que se aproxime dos 10% de audiência (para não referir números mais ambiciosos)? Isso quer dizer alguma coisa…

Avizinha-se um aumento da taxa audiovisual, de resto tudo vai continuar na mesma. Temos de nos conformar, neste país, com um mini-serviço público de radiodifusão, dali não se espera muito mais…