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Centralismo
Zeca 2021:
Na conferência de imprensa desta Sexta Feira do treinador do Braga, apenas estavam presentes tres jornalistas, um do jornal Record, outro do Diário do Minho e outro da agência Lusa. De TVs e rádios ditas nacionais, ninguém. Tal foi criticado pelo dirigente do Braga.
Pergunto:
Afinal, estás rádios que se apresentam como nacionais e que ignoram um clube, uma cidade com uma pujança incrível como Braga e que apenas quetem Braga para efeitos publicidade, existem para que?
A rádio Golo FM afinal onde anda?
A Antena 1, paga por todos onde anda ?
A TSF que ocupa a rede regional Norte, está onde ?
A RR afinal para além de Lisboa, não conhece mais católicos pelo país ?
A Observador, afinal, faz precisamente o mesmo que as outras três, onde só relata 3 clubes, e aí dá com agravante de durante os relatos até tem um adepto dos grandes a comentar, como se o outro clube português fosse um clube do Congo ou do Burkina.
São uma vergonha estás rádios.
nelsonsoares:
Temos de ter noção que em termos de €€€, as coisas não estão fáceis para os órgãos de comunicação social.
É de conhecimento público as dificuldades neste meio, mas mesmo assim há quem não queira entender.
Quem faz rádio, sobretudo relatos de futebol ou jornalismo de desporto, gostaria obviamente de fazer muito mais.
Mas financeiramente as coisas estão difíceis.
É vermos a quantidade de rádios que hoje preferem fazer um relato pela televisão, ao invés de estar no local.
E contra mim falo.
Falando por mim e pelos meus colegas, gostávamos de fazer mais e melhor.
Não é possível.
Sabem quantas pessoas que colaboram com rádios, trabalham noutro tipo de profissões, por não existir oportunidade de emprego a tempo inteiro nos órgãos de comunicação social?
Até nas rádios nacionais há n casos, que creio ser de conhecimento público alguns deles.
E se nos órgãos de comunicação nacionais estamos assim, nem queiram imaginar nos órgãos de comunicação regionais/locais.
Os clubes têm direito de reclamar.
Eu entendo o lado dos clubes.
Com os horários dos jogos da Liga, já aconteceu-me por algumas ocasiões ter que sair à pressa do estádio, para ir para o meu emprego, para não chegar atrasado.
Enquanto não se conseguir perceber num plano mais profundo o que leva os órgãos de comunicação social em Portugal a terem tantas dificuldades financeiras, podem reclamar sim, mas não devem apontar dedos.
Sobretudo aos jornalistas que muitas vezes fazem os possíveis e os impossíveis, mesmo sem ninguém sonhar.
Julio Carvalho:
Ainda bem que um profissional de rádio e do relato vem aqui com este testemunho. Pode ser que assim compreendam as dificuldades enormes que os órgãos de comunicação estão a passar.
Para alguns, as rádios estão cheias de dinheiro...
Por exemplo, a RR não vai a todas as conferências de antevisao dos jogos dos três grandes, geralmente vai quando elas coencidem
com a Bola Branca das 12.45.
Idas a Braga, por exemplo hoje a RR transmitiu a Eucaristia a partir desta cidade. Ora como rádio Católica a prioridade tem que estar aí. São muitas e cada vez mais as dificuldades financeiras.
Quanto à rádio Pública e até as
rádios locais a responsabilidade é outra...
Zeca 2021:
--- Citação de: nelsonsoares em Setembro 11, 2022, 07:33:00 pm ---Temos de ter noção que em termos de €€€, as coisas não estão fáceis para os órgãos de comunicação social.
É de conhecimento público as dificuldades neste meio, mas mesmo assim há quem não queira entender.
Quem faz rádio, sobretudo relatos de futebol ou jornalismo de desporto, gostaria obviamente de fazer muito mais.
Mas financeiramente as coisas estão difíceis.
É vermos a quantidade de rádios que hoje preferem fazer um relato pela televisão, ao invés de estar no local.
E contra mim falo.
Falando por mim e pelos meus colegas, gostávamos de fazer mais e melhor.
Não é possível.
Sabem quantas pessoas que colaboram com rádios, trabalham noutro tipo de profissões, por não existir oportunidade de emprego a tempo inteiro nos órgãos de comunicação social?
Até nas rádios nacionais há n casos, que creio ser de conhecimento público alguns deles.
E se nos órgãos de comunicação nacionais estamos assim, nem queiram imaginar nos órgãos de comunicação regionais/locais.
Os clubes têm direito de reclamar.
Eu entendo o lado dos clubes.
Com os horários dos jogos da Liga, já aconteceu-me por algumas ocasiões ter que sair à pressa do estádio, para ir para o meu emprego, para não chegar atrasado.
Enquanto não se conseguir perceber num plano mais profundo o que leva os órgãos de comunicação social em Portugal a terem tantas dificuldades financeiras, podem reclamar sim, mas não devem apontar dedos.
Sobretudo aos jornalistas que muitas vezes fazem os possíveis e os impossíveis, mesmo sem ninguém sonhar.
--- Fim de Citação ---
Simples.
Está o relatador em estúdio a relatar o Braga.
Já não são precisas viagens, deslocações, etc etc.
Se a RR e a TSF relatam os jogos dos grandes lá fora via tv, porque não relatam o Braga via TV atendendo a todas essas circunstancias?
Só não relatam porque não querem.
A Rádio Portuense relata o Porto e o Boavista e sabe quento ganham por isso?
Nada. Amor à rádio.
Sabia disso?
Por isso, não me venha com tretas de custos. Não relatam porque não querem.
nelsonsoares:
--- Citação de: Zeca 2021 em Setembro 11, 2022, 08:50:47 pm ---
--- Citação de: nelsonsoares em Setembro 11, 2022, 07:33:00 pm ---Temos de ter noção que em termos de €€€, as coisas não estão fáceis para os órgãos de comunicação social.
É de conhecimento público as dificuldades neste meio, mas mesmo assim há quem não queira entender.
Quem faz rádio, sobretudo relatos de futebol ou jornalismo de desporto, gostaria obviamente de fazer muito mais.
Mas financeiramente as coisas estão difíceis.
É vermos a quantidade de rádios que hoje preferem fazer um relato pela televisão, ao invés de estar no local.
E contra mim falo.
Falando por mim e pelos meus colegas, gostávamos de fazer mais e melhor.
Não é possível.
Sabem quantas pessoas que colaboram com rádios, trabalham noutro tipo de profissões, por não existir oportunidade de emprego a tempo inteiro nos órgãos de comunicação social?
Até nas rádios nacionais há n casos, que creio ser de conhecimento público alguns deles.
E se nos órgãos de comunicação nacionais estamos assim, nem queiram imaginar nos órgãos de comunicação regionais/locais.
Os clubes têm direito de reclamar.
Eu entendo o lado dos clubes.
Com os horários dos jogos da Liga, já aconteceu-me por algumas ocasiões ter que sair à pressa do estádio, para ir para o meu emprego, para não chegar atrasado.
Enquanto não se conseguir perceber num plano mais profundo o que leva os órgãos de comunicação social em Portugal a terem tantas dificuldades financeiras, podem reclamar sim, mas não devem apontar dedos.
Sobretudo aos jornalistas que muitas vezes fazem os possíveis e os impossíveis, mesmo sem ninguém sonhar.
--- Fim de Citação ---
Simples.
Está o relatador em estúdio a relatar o Braga.
Já não são precisas viagens, deslocações, etc etc.
Se a RR e a TSF relatam os jogos dos grandes lá fora via tv, porque não relatam o Braga via TV atendendo a todas essas circunstancias?
Só não relatam porque não querem.
A Rádio Portuense relata o Porto e o Boavista e sabe quento ganham por isso?
Nada. Amor à rádio.
Sabia disso?
Por isso, não me venha com tretas de custos. Não relatam porque não querem.
--- Fim de Citação ---
Para mim, rádio é estar no local.
Não podemos criticar por exemplo um órgão de comunicação social por estar sediado em Lisboa, e quase não ter colaboradores a norte, e depois defendermos os relatos via TV.
Aí perdemos a coerência.
Mas neste tópico em questão, falamos das reclamações do Sporting de Braga, como há uns dias lia a reclamação do meu amigo Tiago Cunha do Moreirense.
Se as rádios fizerem relatos pela TV, e não mandarem ninguém aos estádios, como podem depois estar representadas nas conferências de imprensa pós-jogo?
É impossível.
As rádios continuam a fazer o seu trabalho.
Independentemente de ser no estádio ou pela TV.
Se gostávamos todos que as principais rádios marcassem presença em todos os estádios?
É lógico e óbvio que sim.
Mas não podemos esquecer que grande parte das rádios que acompanham a primeira liga são rádios generalistas, e que para além de não poderem dedicar toda a programação ao desporto, por motivos óbvios, também não podem gastar muito dinheiro, quando acredito que muito possivelmente só têm retorno financeiro e de audiências com 3 clubes (em relação a isto, falo sem conhecimento de causa, confesso).
E quando falo no facto das rádios não poderem gastar muito dinheiro, é necessário entender que há grupos de rádios neste país a começar a entrar em colapso financeiro (e mais não posso dizer).
Eu vivi em Espanha um mês.
Achei extraordinário existir 5 rádios nacionais com tardes desportivas desde da hora de almoço até quase de madrugada, ao sábado e ao domingo.
Mas que peso as regiões têm para Espanha?
E que peso têm as regiões para o nosso país?
Será que é rentável em termos financeiros para as rádios seguir o modelo espanhol?
À exceção dos adeptos dos clubes, quem é que está assim tão interessado em ouvir um relato de um Paços de Ferreira vs Casa Pia, ou de um Marítimo vs Gil Vicente?
Vivemos num país teso.
Uma vez fui ao Dragão relatar um jogo das competições europeias contra uma equipa espanhola, e estavam as 5 rádios que mais acompanham desporto em Espanha presentes no Dragão.
Quando uma equipa portuguesa vai a Espanha (e não estamos a falar de uma deslocação tão longa quanto isso), muitas vezes só vai a rádio pública.
Eu posso estar aqui a gastar mais caracteres a tentar explicar o porquê deste tipo de situações, como esta que o Sporting de Braga reclama, realmente acontecerem no nosso país.
Mas creio que basta abrirmos os olhos ao contexto rádio, e facilmente entendemos o porquê de não se fazer mais.
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