Rádio Comercial (RDP)

[pdf]

Excelente recordação. Bons tempos em que eu ouvia, "religiosamente", o FM estéreo da Comercial...
Agora, tudo mudou, para pior!

São tempos que já não voltam. Ouviria com bastante regularidade e quase religiosamente uma rádio que apostasse na seleção que o caro joao_s nos deixou (e costuma deixar) aqui.

[Danl]

Excelente recordação. Bons tempos em que eu ouvia, "religiosamente", o FM estéreo da Comercial...
Agora, tudo mudou, para pior!

São tempos que já não voltam. Ouviria com bastante regularidade e quase religiosamente uma rádio que apostasse na seleção que o caro joao_s nos deixou (e costuma deixar) aqui.

Eu, idem-aspas. É sempre um gosto ler os posts do joao_s , um poço de cultura.

Em Portugal tudo mudou, para pior! Porque na maioria dos países europeus essas rádios temáticas continuam a ter algum êxito. Nos Países Baixos, por exemplo.

[ruicleto]

Apesar de não ser dos Países Baixos, mas sim da Bélgica (parte flamenga), deixo a ligação para o grupo de rádios JOE - transmitidas em DAB+ e via internet. Têm boa e selecionada música. Também as escuto na APP "Radio Garden".
https://joe.be/

[Julio Carvalho]

João David Nunes o grande ideólogo da Comercial FM Estéreo. Um nome histórico da rádio  portuguesa.

Foi na rádio Comercial que estiveram programas memoráveis,  como Pão com Manteiga de Carlos Cruz ou Flor do Eter do Herman José,  mas tambem programas da Maria Elisa.
Portugal tem e já teve muitas rádios , mas nenhuma com a criatividade da Comercial. Também tinha orçamento para isso.
Tudo isto obra desse homem genial que foi João David Nunes, bem secundado por outro homem formidável da rádio Jaime Fernandes...

[ruicleto]

João David Nunes o grande ideólogo da Comercial FM Estéreo. Um nome histórico da rádio  portuguesa.

Foi na rádio Comercial que estiveram programas memoráveis,  como Pão com Manteiga de Carlos Cruz ou Flor do Eter do Herman José,  mas tambem programas da Maria Elisa.
Portugal tem e já teve muitas rádios , mas nenhuma com a criatividade da Comercial. Também tinha orçamento para isso.
Tudo isto obra desse homem genial que foi João David Nunes, bem secundado por outro homem formidável da rádio Jaime Fernandes...

Apesar de ser uma voz da Rádio Comercial privatizada (em 1993), recordo a excelente locução de Margarida Pinto Correia, que foi a primeira locutora a apresentar o programa da manhã.

[Julio Carvalho]

" Durma com quem quiser, acorde com a Margarida".
Era frase publicitária do programa,  que"  inventou" o helicóptero  do trânsito com o grande comandante Paulo Ferreira de Melo.
Sim, já foi na fase que a Comercial foi comprada pelo Correio da Manhã   que fundiu a rádio do grupo ( CMR) com a Comercial.
O jornalista de serviço do programa da Margarida,  era...Pedro Ribeiro...

[O Bigode do Sala]

Por razões de idade, não sou do tempo da RDP Rádio Comercial e, em particular, do senhor que irei falar.

Mas quero prestar homenagem ao António Sérgio.
Se hoje tenho tudo o que quero ao dispôr de uma vidraça, imagino o que era viver numa altura em que a Internet não existia, só haviam dois canais de televisão e a rádio era dominada pelo duopólio Igreja/Estado.

Gente como o António Sérgio deu palco a bandas que pintaram a paisagem sonora de muitos ditos alternativos (ou como na altura se dizia, com pancada).

Deixo aqui o registo sonoro de um dos melhores genéricos que já escutei, não desfazendo da Hora do Lobo da defunta Rádio Rock.

https://archive.org/details/gd-19961016-3

[Boxx]

Por razões de idade, não sou do tempo da RDP Rádio Comercial e, em particular, do senhor que irei falar.

Mas quero prestar homenagem ao António Sérgio.
Se hoje tenho tudo o que quero ao dispôr de uma vidraça, imagino o que era viver numa altura em que a Internet não existia, só haviam dois canais de televisão e a rádio era dominada pelo duopólio Igreja/Estado.

Gente como o António Sérgio deu palco a bandas que pintaram a paisagem sonora de muitos ditos alternativos (ou como na altura se dizia, com pancada).

Deixo aqui o registo sonoro de um dos melhores genéricos que já escutei, não desfazendo da Hora do Lobo da defunta Rádio Rock.

https://archive.org/details/gd-19961016-3

Esse registo é relativo à passagem do mestre pela XFM, onde passou a aparecer com a luz diurna, já que o Grande Delta foi numa primeira fase, emitido das 10 às 13h. Confesso que na altura me soou algo estranho ouvir a velha companhia das madrugadas de insónia, com a luz do sol. Muitas saudades da colher de blues, do santuário, das FUC - fadas unicornios e ciborgs, ou da lista negra- bloco a e b… morreu cedo demais e deixou um buraco que nunca foi preenchido na sua plenitude. Hoje, só o Pedro Costa lhe consegue chegar aos calcanhares com os Sinais de Fumo.

[O Bigode do Sala]

Por razões de idade, não sou do tempo da RDP Rádio Comercial e, em particular, do senhor que irei falar.

Mas quero prestar homenagem ao António Sérgio.
Se hoje tenho tudo o que quero ao dispôr de uma vidraça, imagino o que era viver numa altura em que a Internet não existia, só haviam dois canais de televisão e a rádio era dominada pelo duopólio Igreja/Estado.

Gente como o António Sérgio deu palco a bandas que pintaram a paisagem sonora de muitos ditos alternativos (ou como na altura se dizia, com pancada).

Deixo aqui o registo sonoro de um dos melhores genéricos que já escutei, não desfazendo da Hora do Lobo da defunta Rádio Rock.

https://archive.org/details/gd-19961016-3

Esse registo é relativo à passagem do mestre pela XFM, onde passou a aparecer com a luz diurna, já que o Grande Delta foi numa primeira fase, emitido das 10 às 13h. Confesso que na altura me soou algo estranho ouvir a velha companhia das madrugadas de insónia, com a luz do sol. Muitas saudades da colher de blues, do santuário, das FUC - fadas unicornios e ciborgs, ou da lista negra- bloco a e b… morreu cedo demais e deixou um buraco que nunca foi preenchido na sua plenitude. Hoje, só o Pedro Costa lhe consegue chegar aos calcanhares com os Sinais de Fumo.

Para uma imensa minoria...

[AG]

Por razões de idade, não sou do tempo da RDP Rádio Comercial e, em particular, do senhor que irei falar.

Mas quero prestar homenagem ao António Sérgio.
Se hoje tenho tudo o que quero ao dispôr de uma vidraça, imagino o que era viver numa altura em que a Internet não existia, só haviam dois canais de televisão e a rádio era dominada pelo duopólio Igreja/Estado.

Gente como o António Sérgio deu palco a bandas que pintaram a paisagem sonora de muitos ditos alternativos (ou como na altura se dizia, com pancada).

Deixo aqui o registo sonoro de um dos melhores genéricos que já escutei, não desfazendo da Hora do Lobo da defunta Rádio Rock.

https://archive.org/details/gd-19961016-3

Esse registo é relativo à passagem do mestre pela XFM, onde passou a aparecer com a luz diurna, já que o Grande Delta foi numa primeira fase, emitido das 10 às 13h. Confesso que na altura me soou algo estranho ouvir a velha companhia das madrugadas de insónia, com a luz do sol. Muitas saudades da colher de blues, do santuário, das FUC - fadas unicornios e ciborgs, ou da lista negra- bloco a e b… morreu cedo demais e deixou um buraco que nunca foi preenchido na sua plenitude. Hoje, só o Pedro Costa lhe consegue chegar aos calcanhares com os Sinais de Fumo.

Sem dúvida. Para além disso tudo, e que está tudo certo, o que me mais me impressionava - e já disse isso aqui - era o facto de ele conseguir apresentar as novidades musicais ainda elas estavam para ser ser lançadas nos mercados do Reino Unido/EUA.

Muitas saudades do Viriato 25 - que foi o programa que mais ouvi dele, pelo bom horário e pela disponibilidade que eu passei a ter como jovem adulto - e das suas últimas rubricas em vida: Tira-Linhas (citações de romances com a esposa Ana Cristina Ferrão), Colher de Blues, Boomerang (duas ou três faixas de um álbum antigo ou novo escolhido por ele) e Debaixo da Língua (rubrica mais focada à spoken word e seus derivados). Programa incrivelmente eclético, como era seu apanágio. De vez em quando ouço uns quantos programas que felizmente estão online.

O Mestre faz mesmo muita falta.

[Pedro]

Tempo de fuga

O Pedro Ramos, sim, filho de José Ramos, colega de Inês Menezes na Radar. Talvez através do Pedro Ramos pudesse conseguir alguma gravação, mas não o conheço nem tenho o contacto. Mas mantenho a esperança de um dia poder ouvir uma emissão gravada pelo José Ramos nos tempo em que fazia as manhãs da rádio Comercial. Agradeço a postagem do anúncio.Pensei que esse meu post já estivesse esquecido, no fundo do baú. Mas não. Há aqui neste fórum verdadeiros interessados por Rádio.

Eu queria recuperar o programa que ele tinha na Rádio Nova, com o patrocínio da RAR - Refinarias de Açúcar Reunidas. Era miúdo e colava muitas vezes na voz dele.

Chamava-se "Cabo do Mundo", 19-20h

Seria muito bom se conseguisses recuperar. Ainda acredito que exista por aí alguma gravação. O José Ramos fazia também na comercial aos fins de semana á hora de almoço se não me engano chamava-se 'Ponto de Encontro ' e era patrocinado pelas Pousadas de Portugal. Uma seleção musical irrepreensível.

[joao_s]

Atendendo às V. reações, deduzo que pertenço à mesma geração do Rui Cleto, já o “pdf” e “Danl”, deduzo que estão nos 40’s. O “FM Estéreo da Rádio Comercial” foi um projeto “mágico”, magnético, moderno e, de certa forma, unificador, à época, uma vez que era a única estação de rádio com uma sonoridade completamente diferente das demais e a única a emitir em FM Estéreo. Havia um entusiasmo geral à volta desta estação. Seguramente terá influenciado vários profissionais atualmente no ativo a seguir a profissão e, seguramente, influenciou o surgimento das melhores rádios piratas dos anos 80 e, posteriormente, o tempo áureo da RFM. Era uma rádio magnética, não havia como não ouvir, e unificadora porque a reação do público era a mesma, independentemente, da zona do país e, não só, deu-nos background na convivência com outros da mesma idade e de outros países que também ouviam mais ou menos o mesmo. Pode dizer-se, que tínhamos gostos musicais alinhados, visão do admirável mundo novo semelhante, e a prova disso é que muitos anos depois, os da minha geração ainda falam desta magnífica estação com saudade.

Se o “FM Estéreo da Rádio Comercial” não tivesse sido propositadamente descontinuado, mantivesse a capacidade de entrega original, não tenho grandes dúvidas que seria a nossa BBC RADIO 2.

Suponham-se com idades compreendidas entre os 11 e os 15 anos, era este o som que ouvíamos e, connosco, os nossos Pais. Esta época da rádio tenho bem presente na memória, não só por todo o efeito novidade, socialização, interesse, mas também porque começo a jogar com as palavras das músicas e dos títulos para aplicar no estudo da disciplina de Inglês, logo no 6.º ano (antigamente. 1.º ano do segundo ciclo).

---
Em 1980, a RTP emitia a cores em regime experimental (partes da emissão a P&B e partes a cores), passando a definitivo em 1981. Aos 11, quando se vê o clip seguinte e se sabe que há uma rádio vocacionada para difundir as novidades, dentro de certos estilos, é um passo até ouvir de forma regular:

JUNIOR - Mama used to say (1981, --tb RTP1)  3|5

Os dinamizadores do programa TNT escolhiam as melhores versões dos temas que iam para o ar. Por exemplo, em 1984 Bruce Springsteen era bastante popular, sendo o tema Dancing in the Dark aquele que deu o mote. O locutor, João Carlos Oliveira, introduzia esta versão como uma música cheia de força. E tinha razão:

BRUCE SPRINGSTEEN - Dancing In The Dark (1984, versão TNT)  4|5  > BRUCE SPRINGSTEEN - Dancing In The Dark (1984, versão conhecida --tb RTP, TVE1)  3|5  , diga-se versão inferior à primeira

etc.
---

[Radiofilo]

Atendendo às V. reações, deduzo que pertenço à mesma geração do Rui Cleto, já o “pdf” e “Danl”, deduzo que estão nos 40’s. O “FM Estéreo da Rádio Comercial” foi um projeto “mágico”, magnético, moderno e, de certa forma, unificador, à época, uma vez que era a única estação de rádio com uma sonoridade completamente diferente das demais e a única a emitir em FM Estéreo. Havia um entusiasmo geral à volta desta estação. Seguramente terá influenciado vários profissionais atualmente no ativo a seguir a profissão e, seguramente, influenciou o surgimento das melhores rádios piratas dos anos 80 e, posteriormente, o tempo áureo da RFM. Era uma rádio magnética, não havia como não ouvir, e unificadora porque a reação do público era a mesma, independentemente, da zona do país e, não só, deu-nos background na convivência com outros da mesma idade e de outros países que também ouviam mais ou menos o mesmo. Pode dizer-se, que tínhamos gostos musicais alinhados, visão do admirável mundo novo semelhante, e a prova disso é que muitos anos depois, os da minha geração ainda falam desta magnífica estação com saudade.

Se o “FM Estéreo da Rádio Comercial” não tivesse sido propositadamente descontinuado, mantivesse a capacidade de entrega original, não tenho grandes dúvidas que seria a nossa BBC RADIO 2.

Suponham-se com idades compreendidas entre os 11 e os 15 anos, era este o som que ouvíamos e, connosco, os nossos Pais. Esta época da rádio tenho bem presente na memória, não só por todo o efeito novidade, socialização, interesse, mas também porque começo a jogar com as palavras das músicas e dos títulos para aplicar no estudo da disciplina de Inglês, logo no 6.º ano (antigamente. 1.º ano do segundo ciclo).

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Em 1980, a RTP emitia a cores em regime experimental (partes da emissão a P&B e partes a cores), passando a definitivo em 1981. Aos 11, quando se vê o clip seguinte e se sabe que há uma rádio vocacionada para difundir as novidades, dentro de certos estilos, é um passo até ouvir de forma regular:

JUNIOR - Mama used to say (1981, --tb RTP1)  3|5

Os dinamizadores do programa TNT escolhiam as melhores versões dos temas que iam para o ar. Por exemplo, em 1984 Bruce Springsteen era bastante popular, sendo o tema Dancing in the Dark aquele que deu o mote. O locutor, João Carlos Oliveira, introduzia esta versão como uma música cheia de força. E tinha razão:

BRUCE SPRINGSTEEN - Dancing In The Dark (1984, versão TNT)  4|5  > BRUCE SPRINGSTEEN - Dancing In The Dark (1984, versão conhecida --tb RTP, TVE1)  3|5  , diga-se versão inferior à primeira

etc.
---

Duas notas apenas:

- A RDP Rádio Comercial FM Estéreo, á época, não era a única rádio nacional a emitir em estéreo; o Programa 2 da RDP (actual Antena 2) também o fazia;

- A RTP iniciou oficialmente as suas emissões a cores em 7 de Março de 1980; nos anos anteriores, a partir de 1975, emitia experimentalmente alguns programas a cores (exemplos: a primeira noite eleitoral, creio que nas primeiras legislativas realizadas em 1975 e a transmissão de uma sessão dos "Jogos Sem Fronteiras" para a Eurovisão realizada na antiga (já demolida) Praça de Touros de Cascais em 1979).

[Radiofilo]

Atendendo às V. reações, deduzo que pertenço à mesma geração do Rui Cleto, já o “pdf” e “Danl”, deduzo que estão nos 40’s. O “FM Estéreo da Rádio Comercial” foi um projeto “mágico”, magnético, moderno e, de certa forma, unificador, à época, uma vez que era a única estação de rádio com uma sonoridade completamente diferente das demais e a única a emitir em FM Estéreo. Havia um entusiasmo geral à volta desta estação. Seguramente terá influenciado vários profissionais atualmente no ativo a seguir a profissão e, seguramente, influenciou o surgimento das melhores rádios piratas dos anos 80 e, posteriormente, o tempo áureo da RFM. Era uma rádio magnética, não havia como não ouvir, e unificadora porque a reação do público era a mesma, independentemente, da zona do país e, não só, deu-nos background na convivência com outros da mesma idade e de outros países que também ouviam mais ou menos o mesmo. Pode dizer-se, que tínhamos gostos musicais alinhados, visão do admirável mundo novo semelhante, e a prova disso é que muitos anos depois, os da minha geração ainda falam desta magnífica estação com saudade.

Se o “FM Estéreo da Rádio Comercial” não tivesse sido propositadamente descontinuado, mantivesse a capacidade de entrega original, não tenho grandes dúvidas que seria a nossa BBC RADIO 2.

Suponham-se com idades compreendidas entre os 11 e os 15 anos, era este o som que ouvíamos e, connosco, os nossos Pais. Esta época da rádio tenho bem presente na memória, não só por todo o efeito novidade, socialização, interesse, mas também porque começo a jogar com as palavras das músicas e dos títulos para aplicar no estudo da disciplina de Inglês, logo no 6.º ano (antigamente. 1.º ano do segundo ciclo).

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Em 1980, a RTP emitia a cores em regime experimental (partes da emissão a P&B e partes a cores), passando a definitivo em 1981. Aos 11, quando se vê o clip seguinte e se sabe que há uma rádio vocacionada para difundir as novidades, dentro de certos estilos, é um passo até ouvir de forma regular:

JUNIOR - Mama used to say (1981, --tb RTP1)  3|5

Os dinamizadores do programa TNT escolhiam as melhores versões dos temas que iam para o ar. Por exemplo, em 1984 Bruce Springsteen era bastante popular, sendo o tema Dancing in the Dark aquele que deu o mote. O locutor, João Carlos Oliveira, introduzia esta versão como uma música cheia de força. E tinha razão:

BRUCE SPRINGSTEEN - Dancing In The Dark (1984, versão TNT)  4|5  > BRUCE SPRINGSTEEN - Dancing In The Dark (1984, versão conhecida --tb RTP, TVE1)  3|5  , diga-se versão inferior à primeira

etc.
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Duas notas apenas:

- A RDP Rádio Comercial FM Estéreo, á época, não era a única rádio nacional a emitir em estéreo; o Programa 2 da RDP (actual Antena 2) também o fazia;

- A RTP iniciou oficialmente as suas emissões a cores em 7 de Março de 1980; nos anos anteriores, a partir de 1975, emitia experimentalmente alguns programas a cores (exemplos: a primeira noite eleitoral, creio que nas primeiras legislativas realizadas em 1975 e a transmissão de uma sessão dos "Jogos Sem Fronteiras" para a Eurovisão realizada na antiga (já demolida) Praça de Touros de Cascais em 1979).

Adendas ao segundo ponto:

- A primeira emissão a cores da RTP deu-se com a noite eleitoral das primeiras presidenciais em democracia realizadas em 1976 e não como anteriormente indicado por mim;

- Embora se tenham tornado definitivas a partir de 3 de Novembro de 1980.

[AG]

Atendendo às V. reações, deduzo que pertenço à mesma geração do Rui Cleto, já o “pdf” e “Danl”, deduzo que estão nos 40’s. O “FM Estéreo da Rádio Comercial” foi um projeto “mágico”, magnético, moderno e, de certa forma, unificador, à época, uma vez que era a única estação de rádio com uma sonoridade completamente diferente das demais e a única a emitir em FM Estéreo. Havia um entusiasmo geral à volta desta estação. Seguramente terá influenciado vários profissionais atualmente no ativo a seguir a profissão e, seguramente, influenciou o surgimento das melhores rádios piratas dos anos 80 e, posteriormente, o tempo áureo da RFM. Era uma rádio magnética, não havia como não ouvir, e unificadora porque a reação do público era a mesma, independentemente, da zona do país e, não só, deu-nos background na convivência com outros da mesma idade e de outros países que também ouviam mais ou menos o mesmo. Pode dizer-se, que tínhamos gostos musicais alinhados, visão do admirável mundo novo semelhante, e a prova disso é que muitos anos depois, os da minha geração ainda falam desta magnífica estação com saudade.

Se o “FM Estéreo da Rádio Comercial” não tivesse sido propositadamente descontinuado, mantivesse a capacidade de entrega original, não tenho grandes dúvidas que seria a nossa BBC RADIO 2.

Suponham-se com idades compreendidas entre os 11 e os 15 anos, era este o som que ouvíamos e, connosco, os nossos Pais. Esta época da rádio tenho bem presente na memória, não só por todo o efeito novidade, socialização, interesse, mas também porque começo a jogar com as palavras das músicas e dos títulos para aplicar no estudo da disciplina de Inglês, logo no 6.º ano (antigamente. 1.º ano do segundo ciclo).

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Em 1980, a RTP emitia a cores em regime experimental (partes da emissão a P&B e partes a cores), passando a definitivo em 1981. Aos 11, quando se vê o clip seguinte e se sabe que há uma rádio vocacionada para difundir as novidades, dentro de certos estilos, é um passo até ouvir de forma regular:

JUNIOR - Mama used to say (1981, --tb RTP1)  3|5

Os dinamizadores do programa TNT escolhiam as melhores versões dos temas que iam para o ar. Por exemplo, em 1984 Bruce Springsteen era bastante popular, sendo o tema Dancing in the Dark aquele que deu o mote. O locutor, João Carlos Oliveira, introduzia esta versão como uma música cheia de força. E tinha razão:

BRUCE SPRINGSTEEN - Dancing In The Dark (1984, versão TNT)  4|5  > BRUCE SPRINGSTEEN - Dancing In The Dark (1984, versão conhecida --tb RTP, TVE1)  3|5  , diga-se versão inferior à primeira

etc.
---

Duas notas apenas:

- A RDP Rádio Comercial FM Estéreo, á época, não era a única rádio nacional a emitir em estéreo; o Programa 2 da RDP (actual Antena 2) também o fazia;

- A RTP iniciou oficialmente as suas emissões a cores em 7 de Março de 1980; nos anos anteriores, a partir de 1975, emitia experimentalmente alguns programas a cores (exemplos: a primeira noite eleitoral, creio que nas primeiras legislativas realizadas em 1975 e a transmissão de uma sessão dos "Jogos Sem Fronteiras" para a Eurovisão realizada na antiga (já demolida) Praça de Touros de Cascais em 1979).

Adendas ao segundo ponto:

- A primeira emissão a cores da RTP deu-se com a noite eleitoral das primeiras presidenciais em democracia realizadas em 1976 e não como anteriormente indicado por mim;

- Embora se tenham tornado definitivas a partir de 3 de Novembro de 1980.

Tenho ideia que o quadro foi o seguinte:

A eleição para a Assembleia Constituinte de 1975 foi a cores para um circuito "interno" da empresa, sendo essas imagens emitidas para os associados da Eurovisão.

No ano seguinte, as legislativas de 76 foram emitidas para cores durante algumas horas para toda a rede da RTP. Nas presidenciais de 76 a emissão foi a preto e branco totalmente.

A partir de setembro de 1979 a RTP foi autorizada a emitir a cor alguns programas, como a novela da Globo emitida à época, esses Jogos Sem Fronteiras, ou as eleições legislativas desse ano, em dezembro.

A 7 de março de 1980 foi a inauguração oficial da cor na RTP, a partir daí a percentagem de programas a cor na RTP foram aumentando até se tornarem definitivas em novembro do mesmo ano.