O Atento enche a boca com a Rádio France, mas a modos que da experiência que tive hoje, em que ao passar por cima de França não chega mais nada que não seja a rádio pública, e olhando para o FMSCan, em que se percebe que as rádios privadas praticamente estão reduzidas a emissores locais (comparação com a realidade portuguesa), talvez seja fácil compreender o porquê de serem líderes, porquanto a qualidade e estabilidade de sinal é algo muitíssimo relevante para o ouvinte.
Ouvi o noticiário das 16h na France Inter, 7 minutos, a apelar ao meu francês algo esquecido, um topo de hora murcho, o da Antena 1 mete-o num bolso. O boletim em si mesmo, tudo temas de política internacional, com destaque para a Guerra na Ucrânia e as violações mútuas de cessar-fogo, e com críticas veementes a Trump. De atualidade nacional, surgiu apenas uma notícia sobre matéria de agricultura na região de Champagne e outra sobre preparativos para o Tour d'France.
A France Culture passei um pouco por ela, francamente, pareceu-me algo aborrecida, em linha com aquilo que não gosto de ver na Antena 2, algo elitista em demasia, uma conversa sobre arte, não me prendeu mais que dois minutos. Em França até admito que justifique ter emissão 24/7, em Portugal, um produto deste tipo cabia bem em horários mais escondidos na Antena 1, quando esta estivesse liberta de música.
A ICI a rodar música pop francesa, em estilo 90 minutos de música sem parar. Admito que poderia ser algo a fazer, para retirar a música da Antena 1, na rede da África, só com música de língua portuguesa.
Finalmente, a Musique... consolo. Música para relaxar, é o slogan da rádio. Pah, mandem a Direção da 2 num jobshadowing à musique. É isto. Copiar/colar. Simples. O estilo de locução já é até muito idêntico ao da 2, portanto, nem seria uma mudança muito grande.
Em suma, se pensarmos bem, com a rede que a RDP tem, nem era muito difícil fazer tudo o que faz a congénere francesa, que, por seu lado, não tem um produto ao estilo da Antena 3, e podendo manter este.
A grande falha em Portugal, continua a ser, não existir uma rede nacional dedidaca em exclusivo à informação.