Que ode o Francisco Sena Santos fez à rádio, em particular, à rádio pública!
Eu sei que o tópico é da Antena 1, mas curvo-me, não só ao trabalho inexcedível dos profissionais que fazem a rádio pública, mas os que também cumpriram um grande papel nas suas congéneres TSF, Rádio Renascença e Rádio Observador, bem como em muitas locais que levaram até nós as informações correctas, concisas e sem pinga de sensacionalismo.
A rádio também é isto, meus caros! Como diz o Mestre Fernando Alves, «é o meio do povo».
Parabéns, minha amiga rádio!
Gostei da expressão que a Letícia Pinheiro, ex-Mega usou no LI: a rádio é "o coração da comunicação". Claro que havia uma rádio que dizia ser o coração do Porto e não era nada. Mas, nesse plano, é bom distinguir uma jukebox que usa um emissor de rádios de verdade, sejam elas de palavra/informação ou musicais/entretenimento. Isto para dizer que, o dia de ontem, mostrou também outra coisa: na hora da verdade, as locais, infelizmente, morreram todas completamente, e não fossem os grandes grupos, tinhamos ficado apeados todos, quer nas musicais, quer nas informativas. Sendo que, a rádio local, é em ocasiões como estas que ganha relevância, pois é impossível transmitir informação para 308 munícipios a partir de Lisboa, Porto ou Coimbra, sendo por isso óbvio que as nacionais acabem por se centrar aqui, onde está a maioria da população. Por isso, acho que, mais uma vez, e estando em campanha eleitoral, é altura de se pensar seriamente a questão da RTP ter uma rede de emissores regionais.
Em termos de grandes grupos, obviamente que, apreciações de emissões à parte, foram as antenas públicas que, em termos técnicos, melhor aguentaram este teste de stress. Arrisco-me a dizer que terá seguradoc 100% dos seus emissores sempre operacionais, tenho apenas dúvidas em Bornes, porque as frequências, em situações normais deixam sempre algum sinal em Vilar de Andorinho, com sorte às vezes até com RDS e ontem não se ouvia nada, mas nada de crítico com Minhéu e Marão. Nesse capítulo, RR e TSF (da Observador não espero tanto porque é uma associação) tem trabalho de casa a fazer. Por exemplo, a RETI não pode ficar em baixo, mesmo numa situação normal, tem de conseguir arrancar.
Gostava também de subscrever o teu comentário de extensão dos agradecimentos aos profissionais das outras rádios. Caiu-me muito mal, francamente, ouvir o líder do PCP destacar apenas os profissionais das Antenas. Não é altura de politiquíces.