A RUA não é que tenha obrigação de fazer serviço local, pois é a única rádio em Portugal com alvará de rádio universitária (um alvará que impede a RUA FM de ter publicidade comercial, ao contrário do que acontece com as irmãs do Marão, do Minho e de Coimbra).
Mesmo assim, faz um serviço local extraordinário às localidades de Faro, Olhão e São Brás de Alportel, que nas últimas décadas, perderam 6 rádios locais.
Numa frase tocas em dois aspetos que deveriam ser corrigidos de imediato, a saber, a impossibilidade de um alvará universitário não ter publicidade comercial, ainda que fosse em dimensão mais reduzida no tempo, o outro, o facto da RUC, RUM e UFM não terem alvarás universitários. É principalmente caricato quando a de Vila Real é detida pela UTAD, e discussões de jure ou de facto à parte, engrossa o portefólio de rádios do Estado.
Aliás, neste renovação deveria ser especificamente aberto um alvará para Porto - Monte da Virgem; Lisboa - Monsanto; Aveiro - Oliveirinha; Covilhã - Gardunha e Évora - São Bento para rádios universitárias, e as demais três verem as suas tipologias corrigidas e realmente "devolvidas" à Academia. Onde há uma Unviersidade, deve existir uma rádio, respeitando o espírito da Lei, e permitindo formar convenientemente os alunso de comunicação, servindo, ao mesmo tempo, de "Escola". Não me chocaria que parte da CAV fosse utilizada para financiar os custos fixos destes emissores, ou até que existisse uma pequena contribuição sobre os grupos, uma vez que, no fim de contas, acabariam a ser beneficiários destas "Escolas". Há, de facto, muitas oportunidades perdidas nesta renovação de alvarás, daqui a 14 anos vamos estar no mesmo ponto de degradação que hoje. Neste país não se pensa em nada... já nem falo do DAB, essa é outra...
Excelente análise pdnf.
A RUA FM é a única rádio com este tipo de alvará, porque surgiu em 2003, ao contrário das irmãs que vêm desde 1989.
Pode-se dizer, que para a RUA FM aparecer, teve que se criar uma lei própria.
Por isso, as irmãs ainda têm o alvará de rádio local, e francamente, é muito mais vantajoso, sobretudo pela questão da publicidade comercial que já tive oportunidade de explicar.
Relativamente à abertura de novos alvarás universitários, acrescentaria não só essas localidades que citaste, como todas as cidades do país que têm cursos de jornalismo, ou equiparados em comunicação, independentemente de serem universidades ou institutos politécnicos.
Veria com muito bons olhos, uma rádio universitária de Bragança, a sair de Mirandela (onde se localiza o pólo de comunicação do IPB, e onde tive oportunidade e orgulho de estudar), com o emissor principal em Bragança, e uma microcobertura em Mirandela.
Cheguei a defender e a comunicar à direção da RUA, uma microcobertura por parte da RUA em Portimão, tendo em conta que a Universidade do Algarve tem um pequeno pólo na capital do barlavento algarvio, e aproveitando que a lei nesta questão, é praticamente exclusiva da RUA, poderia tirar proveito disso, e fazer chegar a Rádio Universitária da região mais longe.
Mas claro que em termos financeiros, é mais dispendioso ter mais um emissor a emitir, mas poderia ser bastante proveitoso até para a própria universidade.
Em relação à RUA propriamente dita, sei que existe intervenção financeira por parte dos Serviços de Ação Social da Universidade do Algarve, como também da Associação Académica da Universidade do Algarve.
Estamos em Portugal, por isso não podemos esperar das entidades competentes algum tipo de renovação àquilo que é feito.
O tema do DAB é outro que me incomoda, mas falarei noutra oportunidade.