Será que já ultrapassamos mesmo os problemas na TSF?
https://observador.pt/2024/03/27/diogo-freitas-demite-se-da-gestao-da-empresa-que-vai-comprar-jornais-e-tsf-mas-fica-como-investidor/
Diogo Freitas confirma que já não é administrador da sociedade Notícias Iluminadas criada para adquirir os jornais Jornal de Notícias e Jogo e a rádio TSF, mas indica que se mantém como investidor com 25% da sociedade que foi criada para realizar a operação, a Verbos Imaculados. [...] Um dos temas que estará a dificultar a sintonia entre os gestores tem a ver com a compra da TSF, um ativo que não fazia parte do perímetro inicial da operação cuja preparação foi conhecida no início do ano quando estava em atraso o pagamento dos salários no grupo Global Media.
A estação precisa de mais Violeta e menos Ribau Esteves e Inês de Medeiros.
Violeta? Ornatos? Ok, a playlist da TSF, mesmo para mim que tendo a fugir mais para o Comercial, reconheço que é muito boa, mete num bolso, por exemplo a da Antena 1. Agora, esta é uma rádio de informação. Além disso, Ribau Esteves e Inês de Medeiros, são autarcas de dois grandes municípios nacionais, Aveiro e Almada, nem me parece descabido que tenham um espaço em antena, sendo dos partidos de poder, não são aquelas figuras de topo, pese embora não aprecie particularmente nenhum dos dois.
Violeta foi o nome dado a uma investigação do Filipe Santa Bárbara à morte de uma transsexual romena que foi encontrada com sinais de espancamento nas Amoreiras.
Tirando aqui uma possível carga ideológica, a investigação foi transmitida em tom de série com 6 episódios, tendo sido lançada na última semana de Dezembro, mesmo quando a TSF bateu no fundo. Debateu-se, além das questões de género, o modus operandi do SEF, da PSP e da ILGA, bem como o facto de um assassinato não ter sido desvendado, com um alegado desleixo das autoridades competentes.
O que quis dizer sobre mais Violeta é que deveria de haver mais investigação, grande reportagem e expor com seriedade e não a mando de qualquer tipo interesses, as múltiplas estórias que há para desvendar neste país. Ir ao fim da rua, ao fim do mundo!
A TSF fê-lo numa altura difícil. Com algum dinheiro investido, meios técnicos e humanos e, desculpe-me a frase feita, paixão pela rádio (e os poucos jornalistas daquela casa têm-no), a TSF poderia voltar a ter um pouco da relevância que tinha outrora.
Mais disto e menos comentadores super-alinhados!
Do que me apercebo, o grande benefício da TSF é o de não ter uma playlist e assim sendo, as escolhas musicais vao desfilando ao sabor do gosto e da disposição do animador de serviço. Isso torna, de uma forma geral, o output musical algo imprevisível, onde a qualidade é o denominador comum.
Sendo essa a realidade, por muito que ache monolítica a apresentação dos locutores da TSF em antena (à excepção do Francisco Mateus que usa a música como um índio usa os sinais de fumo), aqui se nota bem o porquê da TSF ter ainda algo que poucas congéneres têm na sua plenitude: a paixão da rádio e gente que teima em cultivá-la!