A agenda Woke está a minar a esquerda clássica e a social-democracia (campos onde me revejo e insiro), um pouco como as ultra-direitas estão a influenciar a direita clássica e liberal.
Claro que as questões climáticas e os direitos daqueles que foram marginalizados ao longo da história são factores preponderantes para a pessoa humana e defenderei-os sempre!
Contudo, não usando a violência das palavras do Atento, ele não deixa de ter razão.
Esqueceu-se o colectivo em prol da individualidade, usando um discurso com alegada intensão de inclusão, mas que na realidade é bastante fraccionário e reaccionário face àqueles que não «se ajoelham» perante essas abordagens, procurando reescrever a história, numa caça às bruxas dos tempos modernos.
Portugal, enquanto potência colonizadora cometeu inúmeras atrocidades em África? Sem dúvida!
O futebol é um meio de aculturação e, sobretudo, um novo «ópio do povo»? Claro! Mas também o é na Europa.
O desporto é um elo de ligação entre povos que têm muito mais que os une do que aquilo que novas potências colonizadoras querem nos fazer separar.
A RDP África é um veículo importante para que Portugal não se demita das suas responsabilidades perante os povos irmãos de língua portuguesa. Não é por acaso que o MPLA e o seu séquito não a quer em Angola.
Como disse, em alguns territórios, deve ser o único meio de comunicação social com matriz liberal e ocidental. Territórios esses onde os regimes são ditatoriais e pouco querem saber do seu povo.