Tenho uma tia que era ouvinte assídua da rádio Fóia e desde que mudou para a mega Hits ainda não mexeu no dial do Philips que tem na cozinha e diz que até gosta de ouvir, tirando certas músicas diz que até gosta dos locutores. E tem os seus 70s. Há casos para tudo!
Há aqui um relato no tópico da CMR que relata idosos que migraram da Festival para a Cidade FM. A malta de mais idade quer sentir-se jovem. Nada contra. Este ano vi um casal de velhinhos no Primavera super fofo a ver SZA.
Eu já sou quarentão e comecei a ouvir mais a Cidade recentemente...
Curiosamente quando entrei nisto dos fóruns tinha uns 20 e poucos e não lhe ligava muito. Só com a reformulação da MCR ali em 2004/2005 ou lá quando foi é que ia picando...
Tinha 15 anos quando fizeram essa reformulação (setembro de 2003), automaticamente a partir dessa altura passei a ouvir muito assiduamente, com essa idade estava completamente dentro do target. O estranho era gostar de ouvir rádios de oldies como a Nostalgia e o RCP, mas o que gosto é mesmo de música, seja que de época fôr.
O formato anterior da Cidade, que foi mais "estragado" com a plástica da estação em português mas com a locução ainda em português do Brasil, estava completamente esgotado. Com a reformulação para algo mais de acordo de uma típica rádio jovem ganharam um novo impulso. E juntaram uma equipa de luxo agora na Sampaio e Pina (os estúdios eram ainda na Amadora): Pedro Marques, Miguel Simões, Joana Azevedo, Wilson Honrado, Vera Fernandes ou Paulo Fernandes.
Também fui muito marcado pela Cidade FM, nomeadamente pela CIDAD RI em 99.3 MHz - Alcanena.
Como tão bem dizes, tinha um painel de luxo, como o Abre a Pestana com o Pedro (Marques) e a Joana (Azevedo) e com a Verinha Mágica (Vera Fernandes) como repórter, um painel feminino com a Elsa Ferreira e a Ana Moreira, a Inês Henriques fazia as horas locais, o Wilson Honrado o Top 8 às 8 (com o tema do Boss AC «Boa Vibe» como recordista do top 3), o Miguel Simões era o DJ com o Cidade Move Ya Body e ainda tiveram umas jovens promesses como a Rita Rugeroni ou, mais tarde, a Joana Pérez.
Era uma rádio musicalmente ecléctica, pois ia de 2Pac e Da Weasel, até Linkin Park e Fort Minor.
A voz da estação era a Margarida Vila Nova.
Escutei-a muito até 2008, sensivelmente, até descobrir a Antena 3 migrar para a Hiper FM.
A MEGA FM nunca emitiu por cá, à excepção daquele pequeno período que estiveram nos 92.6 MHz da antiga Rádio Maior.
Tinha um pecado capital: repetia muito um conjunto de músicas ao fim de 60/90 minutos. De resto, era bem melhor em playlist que a Mega FM, alguns anos perdida entre "o novo rock" sem haver rock e a profunda salsada desorganizada de temas que existiu quando em 2007 passou a Mega Hits, que ia desde Panic At The Disco a Boss AC.
Era ouvinte fiel da Cidade FM e dava-me ao trabalho de trocar manualmente entre 91.6 Lisboa e 106.2 Montijo, no sítio onde eu estava alternavam uma e outra em cobertura. Ainda hoje é a única estação das jovens que ouço com regularidade. Na Mega dessa época só ouvia um único painel, o da Letícia Pinheiro, que anda desaparecida.
Tokio Hotel por exemplo, uma das grandes sensações da época, chegaram primeiro à RFM que à Mega Hits, numa altura em que a RFM levava DOIS MESES E MEIO a atualizar a playlist com música nova. A Mega conseguiu levar mais e falhou completamente a onda que a Cidade FM surfou com toda a força, na sequência da passagem deles por Portugal. É só um exemplo.
A Mega Hits atual é muito mais organizada que a dessa época, para o bem e para o mal. Uma coisa que é pior hoje no entanto que nessa época é mesmo o som.