Vai dar análise? Vai, sim senhor.
Disseram-me que deveria vir espreitar o que de melhor se disse sobre mim, este fim de semana... E eu vim! Deixando claro, desde já, que esta será a minha única intervenção neste espaço.
Só essa referência já me diz ao que vem. E já me diz também que desagrada o que se escreve neste tópico, sobre a rádio pública. Mas não deixe de ter presente o seguinte: quem aqui escreve são pessoas. Com opiniões. Como a Carina tem. E no fim do dia todos temos direito à nossa - e eu à minha.
Primeiro, uma breve nota sobre o elixir da juventude: fico, genuinamente, contente por perceber que os cuidados que tenho tido ao longo de quase 40 anos de vida mostram resultados: pareço mesmo, mesmo mais jovem! Partilho o segredo convosco: recuso-me a ceder ao cinzentismo.
Para quê esta postura, para quê. Fértil em indiretas sem qualquer necessidade.
Memórias da Rádio,
fico com pena que o meu trabalho na Fi Fm (há 14 anos, imagine-se!) tenha sido o único a ficar na memória da rádio. Todo o trabalho feito até agora caiu num vácuo. Chato.
E o que é, afinal, fazer uma emissão a sério? Não o fazemos todos? Dizer que não... é só desrespeitoso para com todos os profissionais de rádio.
Podem, claro, gostar mais de uns e gostar menos de outros, em determinados registos ou horários. Isso é óbvio e faz parte!
Certo é que estamos todos abertos a críticas verdadeiramente construtivas, mas sem atestados de incompetência passados de forma gratuita só porque sim: coisa que abunda por aqui.
"Todo o trabalho feito até agora caiu num vácuo". Discorra, então: o que mais fez ao longo destes tais 14 anos na rádio portuguesa? Ou em FM, o verdadeiro e único campo que tem importado nestes anos? (Sim, eu também sei fazer indiretas e da mesma escola que a sua, Carina!).
Aliás, desafio os restantes foristas, para não ser só eu: o que é que se lembram da Carina Jorge ter feito em rádio, pré-RDP Internacional? O que é que ficou na vossa memória que tenha sido de relevo?
Adiante.
Explicando, porque claramente não se entendeu e preciso de o fazer, sob pena de se entender como desrespeitoso o que não era: emissão a sério é uma emissão com tudo a mexer, em direto, sem rede, com conteúdo e qualidade e um mínimo de verbos de encher. O chamado rigoroso direto. Gente a entrar e sair, diretos, saídas, gestão de tempo, tudo ali feitinho nos trincos. É o meu entendimento, e a minha opinião frontal e direta - e apenas a minha opinião, mas não deixo de ser direto e frontal - que a Carina não reúne os mínimos necessários para garantir um direto desses.
Do que ouvi, até hoje, não reúne, lamento, mas não reúne.
Mas, porém, contudo, posso estar errado. Acontece a qualquer um. Se tiver algum exemplo/gravação de uma emissão dessas que me queira fazer chegar, sou todo ouvidos. Da mesma forma que digo que x pessoa não reúne condições,
na minha opinião, tenho zero problema em mudar ou retirar o que disse. Zero.
Preciso é de coisas que me o mostrem. Gosto de boa rádio, não tenho o menor problema em mexer-me quando tenho que me mexer em qualquer opinião, menos ainda de reconhecer que estava errado ou que fui injusto. Tudo o demais são considerações avulsas, de caráter ou outras, que sinceramente dispenso. Espero que tenha a capacidade de escutar na mesma exata medida do que fala, e no demais agradeço a disponibilidade.
Cumprimentos.