Eu sou totalmente a favor de todo o tipo de podcasts no Observador. Basta ir à app e há vários que só são mesmo podcasts, não passam na rádio. E está tudo bem.
Está de parabéns o Observador pela quantidade enorme de podcasts que tem. Há para todos os gostos. Desde podcasts de influencers da treta do Instagram até a um sério de política.
É incongruente com a estratégia da marca. Digo eu, que tive uma cadeira de Marketing e outra de Estratégia Empresarial, onde sempre me ensinaram que um produto é tão ou mais bem sucedido, quanto mais se foca num nicho, e não dispersa a lhe oferecer algo que não vai ao encontro deste.
A questão não é o podcast em si. Ouvi o episódio, sendo, logicamente, direcionado maioritariamente ao público feminino, está longe de ser mau. Daria uns 15 valores. Numa Mega, numa CidadeFM, ou mesmo na Antena 3, era perfeitamente enquadrado.
O ponto aqui é, logicamente, o desenquadramento face ao produto que é a Observador. O estupidificar é nesse sentido, possivelmente, até é mais aplicável à rádio. Daí que até tenha usado alguns exemplos de ironia hiperbolizada. E sim, o podcast está associado à rádio. A marca é una, aliás, há uns anos, até deixaram de ter redes separadas. Por isso, disse e friso, espero, para bem da Observador, que este podcast não venha a ter lugar no FM, não faz sentido, voltando ao início, é incongruente com a estratégia da marca.
Em relação à frase, depois de ouvir, fica percebido. É, propositadamente, Clickbait. Já agora, não é sobre a Palma. Admito que, inicialmente, pensei que as raparigas fossem aquele tipo de progressistas extremistas. Claro que têm essa tendência, vou simplificar, mais de esquerda moderna, não estão, evidentemente, na direita conservadora, mas há ali uma grande dose de humor à mistura. São ambas atrizes, ajuda a contextualizar. É trivial, sim, como se quer um conteúdo de entretenimento, que foge daquilo que é o posicionamento da Observador, como temática informativa, mas não tem qualquer vulgaridade, não obstante o uso da palavra pipi. O podcast foi gravado no final de 2024, ainda antes da bruma. Tal, como não é vulgar o ED quando fala sobre isso. Mais uma vez, como as próprias admitem no final do episódio, esta frase partilhada nas redes da Observador, é estranha, pelo contexto da rádio em si.
Finalmente, sobre a Palma: nada a dizer. Mais uma vez, reforça a ideia que já tenho há muito tempo. Entre ela e a Teresa, tenho muitas dúvidas em conseguir escolher qual é a melhor da minha geração. Que a voz da Palma é qualquer coisa, lá isso é. Está muito para lá de "bacana", uns furos acima. Não lhe chamaria sensual, porque isso é logo levado para o domínio do erotismo, dificilmente se escreveria isso de um homem. Tem o seu quê de magnética, como por exemplo, se pode dizer o mesmo do Jorge Afonso, descontadas as devidas diferenças de registo, e de público alvo.
Para fechar este assunto, em relação à Palma, nada a acrescentar, a não ser a ideia que já tinha dela