É em dias como estes que a importância do serviço público de rádio fica patente. Com todos os defeitos que se lhes possam apontar, fazem a diferença as rádios públicas. Justiça seja feita, também a TSF fez esse mesmo serviço, tendo sido, inclusivamente, a única rádio a transmitir na íntegra a cerimónia na Ajuda com os chefes de estado estrangeiros. A Observador estava com música. Da RR, realmente, esperava-se mais hoje. Muito mais. Esta rádio tem de se lembrar: não é uma rádio musical. Não defendo intervenções do Estado na linha editorial das estações, mas o regulador deve fazer cumprir os alvarás. Se a RFM e a COMRCIAL são generalistas, mas devem ser classificadas como musicais, e muito bem, é esse o seu espaço, a RR e a Antena 1 têm de ser rádios em.que a palavra, a atualidade e a memória têm de ter total primazia.
Já agora, um pequeno esclarecimento: o animador do limite não era Leite de Vasconcelos, mas sim Paulo Coelho. A leitura do Grândola foi gravada nessa tarde por Leite de Vasconcelos, não foi feita em direto.
Sobre a história dessa noite na RR, vale a pena ouvir a Antena 1, de Cravo ao Peito, de Mário Galego:
https://www.rtp.pt/play/p10052/e763105/de-cravo-ao-peitoIsto devia ter sido explicado na RR, não na Antena 1, porque é a história da Emissora Católica Portuguesa. Já agora, aprendi que nessa altura só haviam noticiários na RR até à 1h!