Autor Tópico: Bauer Media Audio Portugal  (Lida 23552 vezes)

Hélder Fialho

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Re: Media Capital vende MCR ao grupo Bauer UK
« Responder #60 em: Setembro 17, 2021, 11:23:41 pm »
É uma óptima notícia! Sobretudo agora que eu estava com muito receio que a Cristina Ferreira, por ser accionista da Media Capital, um dia acordasse e decidisse acabar com a Smooth FM por ter pouca audiência. O Bauer detém várias rádios que gosto muito como as Absolute Radio, das quais gosto de todas menos da Absolute 10s, Absolute 20s e Absolute Radio Country, a Jazz FM, a Kerrang, a Planet Rock e a Kisstory. Desde que não acabem com a Smooth FM, venham eles. Estou esperançado que eles valorizem mais a Smooth FM e alarguem os emissores, façam uma rádio de oldies (odeio o termo mas pronto) para que haja novamente uma rádio como a Nostalgia com cobertura nacional e uma rádio de Rock que faz tanta falta desde que a Comercial deixou de passar Rock.

pdnf

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Re: Media Capital vende MCR ao grupo Bauer UK
« Responder #61 em: Setembro 18, 2021, 02:34:56 am »
É uma óptima notícia! Sobretudo agora que eu estava com muito receio que a Cristina Ferreira, por ser accionista da Media Capital, um dia acordasse e decidisse acabar com a Smooth FM por ter pouca audiência. O Bauer detém várias rádios que gosto muito como as Absolute Radio, das quais gosto de todas menos da Absolute 10s, Absolute 20s e Absolute Radio Country, a Jazz FM, a Kerrang, a Planet Rock e a Kisstory. Desde que não acabem com a Smooth FM, venham eles. Estou esperançado que eles valorizem mais a Smooth FM e alarguem os emissores, façam uma rádio de oldies (odeio o termo mas pronto) para que haja novamente uma rádio como a Nostalgia com cobertura nacional e uma rádio de Rock que faz tanta falta desde que a Comercial deixou de passar Rock.

@Hélder Filaho qualquer solução será melhor que ter a Cristina Ferreira a mandar bitaites nas rádios. A TVI, como está hoje, é um degredo nacional. É um projeto de poder pessoal que vai acabar a definhar, como qualquer império empresarial que viva para si.

Parece-me mais ao menos óbvio que se o negócio se concretizar vamos, no final, ficar com três redes de rádio + 1 pequena rede.
Na nacional, não há dúvidas, manter-se-á a Comercial. Pode vir a chamar-se assim ou de maneira diferente, não arrisco, mas quanto a esse parque emissor, estamos conversados.

Daí para baixo serão tudo incógnitas, embora o portefólio de rádios do grupo possa dar umas pistas:

1. M80 parece óbvio que terá os dias contados. Sendo detentora da rede regional do sul e da melhor rede de locais a norte, e vendo a importância que as CHR têm no grupo, uma renovada Cidade FM parece-me o mais óbvio.  Se me perguntasse o que gostava, era sem dúvida de uma rádio de informação forte, na rede regional do sul que pusesse a detentora da congénere nortenha a tremer das pernas. Mas isso é wishful thinking. As redes regionais foram pensadas para temática informativa não para musical. Nesse aspeto, a norte estamos bem melhor servidos, mesmo com a TSF a ser uma sobra do que foi noutros tempos.

Acredito na opção Cidade FM, porque senão vejamos, considerando o parque emissor atualmente existente e que acredito que crescerá e terá também alienações.

Cidade FM: 104.4 (V. do Castelo + Braga) + 90.0 (Porto + Braga, a solicitar transferência de frequência para 107.2) + 97.4 (Vila Real) + 89.2/90.0 (Bragança) + 94.4 (Aveiro, passaria a 94.5 evitando os 94.3 e as esporádicas da A2 de Monsanto que a anulam totalmente) + 99.7 (Coimbra e Aveiro) + 93.0 (Leiria) + 102.8 (Viseu) + 104.4 (Guarda e Viseu) + 96.8 (Guarda e Covilhã) + 96.4 (Santarém/Lisboa) + 106.7 (Castelo Branco e Portalegre) + 104.3 (Lisboa e Setúbal)+ 107.5 (Setúbal) + 106.4 (Évora e Beja) +106.1+107.1 (Faro) dão uma rede (quase, quase) nacional. Nunca compararia mal com uma Los 40, que não sendo nacional, anda lá perto.

Teria em emissão nacional 104.4 + 90.0 + 94.4 + 99.7 + RRS + 96.8 (ou melhor frequência para a Covilhã), ou seja, as zonas com as maiores academias e as maiores cidades.

Apesar de ficares com uma cobertura digna, nas zonas onde há jovens, como o Bauer vem com dinheiro e comprador, apostaria, desde já em encetar negociações para a Voz do Neiva (98.7) para servir melhor Viana do Castelo, o que nas condições atuais, só é preciso falar com o Ministro da tutela e voilà, faz-se atribuição de alvará à medida, ou em alternativa de uma das locais de Viana do Castelo, com preferência para a Alto Minho. Na Beira Interior, trataria da Urbana FM da Castelo Branco, que com o truque da micro, vai lá vai, para Castelo Branco e Covilhã e da Rádio F da Guarda. Nesse caso, libertaria os 96.4 + 104.4 para a "Nostalgia".

Pode parecer que não, mas a aposta na Cidade FM, volto a martelar, com outro nome e um toque mais adulto mas jovem, 18-35, para fazer a ponte com a Comercial, 35-55, seria um must enorme para o grupo. Servir todas as capitais de distrito seria crucial, até por causa da ligação às Universidades, festas académicas e toda a receita que daí advém. Uma rádio jovem, bem feita, pode ser uma mina em patrocínios, muito mais do que uma Smooth FM.

Quanto à terceira rede, seria sem dúvida a aposta de oldies, estilo Nostalgia. É fundamental para um grupo que apanhe todas as faixas etárias.

Parque emissor: 103.8 (Braga) + 89.5 (Porto, deslocalizado para junto da Observador) + 101.0 (Aveiro) + 92.8 (Aveiro/Coimbra) + 95.6 (Viseu) + 99.3 (Leiria/Santarém) + 96.6 (Lisboa) +103.3 (Setúbal) + 97.2 (Évora) + 99.7 (Faro). Estando comprador, adquiriria mais uma das locais de Beja. Se fosse possível pegar nos 107.5 da RRS que são redundantes, também seria uma excelente opção de emissor.

Teria em emissão nacional 103.8 + 89.5 + 101.0 + 92.8 + 99.3 + 96.6 ou 103.3 (ver qual o com melhor desempenho no total da AML).

A quarta rede, ou enverdaria por uma rádio rock ou, minha preferência, mas duvido que tão rentável, a Smooth FM:

Parque emissor: 94.3 (deslocalizado para junto da Observador) + 103.0 (Aveiro/Coimbra) + 97.7 (Santarém) + 107.2 + 101.0 (Lisboa/Setúbal). Aquisição na hora, da rádio regional de Arouca.

Emissores a alienar: 107.2 (Gaia) + 105.8 (Valongo), completamente redundantes na rede, e 91.6 (Lisboa) e 106.2 (Montijo). Estas vendas que seriam certamente a preço mais alto, serviriam para a aquisição de Viana, Covilhã e Guarda na rede Cidade, Beja na terceira rede e Arouca na quarta. Para além disso, permitiriam libertar espaço no ar nas Áreas Metropolitanas.

Fica visto que, considerando a Lei da Rádio atual, para ter um serviço adequado a nível nacional, três redes é o ideal, quatro é expremido, cinco é irrealista.
« Última modificação: Setembro 18, 2021, 02:41:23 am por pdnf »
Rádio é:
Ir ao fim da Rua, a ligar Portugal, aconteça o que acontecer.
Mais música nova para sentir (e decidir).
Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
É a arte que toca, mais do que música...PESSOAS. Ah, and all that "unique" soul.

Hélder Fialho

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Re: Media Capital vende MCR ao grupo Bauer UK
« Responder #62 em: Setembro 18, 2021, 03:15:38 am »
Olhe que entre uma rádio que passa as músicas da moda que uma RFM ou Comercial já passam, e uma que sempre acrescenta jazz que ainda não há no Alentejo, não sei se ficam exatamente a perder, talvez até fiquem a ganhar, nem que seja em diversidade...

Entretanto saiu comunicado da MCR a dizer que há interesse da Bauer mas não foi vendida nem há proposta formal. Afirma-se que a oferta da Bauer Media por todo o pacote de rádios ronda os, preparem-se, 50 milhões de euros...



Claro que sim, só que nós (Alentejo) já estamos servidos pela Antena 2 no 91.1, emissor da Serra do Mendro (nós chamamos simplesmente Mendro). Daí eu não compreender a existência de um retransmissor da Antena 2. É como um cromo repetido nos 95.0.

POST EDITADA POR MIM UMA HORA DEPOIS: Fui consultar a base de dados de emissores da Antena 2 do site do fórum e concluo que durante todos estes anos, estive enganado. O que se passa nos 95.0 é o emissor da Antena 2 de São Gens na Serra d'Ossa que serve Évora, Estremoz, Redondo, Sousel e Arraiolos. Ou seja, sou servido pelos 91.1 e pelo 95.0.
Relativamente à Renascença, o emissor é o 96.5 do Mendro e o que eu pensava que era retransmissor é, na verdade, após consultar a base de dados, o emissor da Serra de S. Mamede que serve o Alto Alentejo nos 95.3 e ainda os 98.5 da Serra d'Ossa que, para além de Évora, serve Estremoz, Redondo e Sousel. Portanto, só aqui apanho três emissores da RR.
« Última modificação: Setembro 18, 2021, 03:19:19 am por Hélder Fialho »

Hélder Fialho

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Re: Media Capital vende MCR ao grupo Bauer UK
« Responder #63 em: Setembro 18, 2021, 04:08:45 am »

@Hélder Filaho qualquer solução será melhor que ter a Cristina Ferreira a mandar bitaites nas rádios. A TVI, como está hoje, é um degredo nacional. É um projeto de poder pessoal que vai acabar a definhar, como qualquer império empresarial que viva para si.

Parece-me mais ao menos óbvio que se o negócio se concretizar vamos, no final, ficar com três redes de rádio + 1 pequena rede.
Na nacional, não há dúvidas, manter-se-á a Comercial. Pode vir a chamar-se assim ou de maneira diferente, não arrisco, mas quanto a esse parque emissor, estamos conversados.

Daí para baixo serão tudo incógnitas, embora o portefólio de rádios do grupo possa dar umas pistas:

1. M80 parece óbvio que terá os dias contados. Sendo detentora da rede regional do sul e da melhor rede de locais a norte, e vendo a importância que as CHR têm no grupo, uma renovada Cidade FM parece-me o mais óbvio.  Se me perguntasse o que gostava, era sem dúvida de uma rádio de informação forte, na rede regional do sul que pusesse a detentora da congénere nortenha a tremer das pernas. Mas isso é wishful thinking. As redes regionais foram pensadas para temática informativa não para musical. Nesse aspeto, a norte estamos bem melhor servidos, mesmo com a TSF a ser uma sobra do que foi noutros tempos.

Acredito na opção Cidade FM, porque senão vejamos, considerando o parque emissor atualmente existente e que acredito que crescerá e terá também alienações.

Cidade FM: 104.4 (V. do Castelo + Braga) + 90.0 (Porto + Braga, a solicitar transferência de frequência para 107.2) + 97.4 (Vila Real) + 89.2/90.0 (Bragança) + 94.4 (Aveiro, passaria a 94.5 evitando os 94.3 e as esporádicas da A2 de Monsanto que a anulam totalmente) + 99.7 (Coimbra e Aveiro) + 93.0 (Leiria) + 102.8 (Viseu) + 104.4 (Guarda e Viseu) + 96.8 (Guarda e Covilhã) + 96.4 (Santarém/Lisboa) + 106.7 (Castelo Branco e Portalegre) + 104.3 (Lisboa e Setúbal)+ 107.5 (Setúbal) + 106.4 (Évora e Beja) +106.1+107.1 (Faro) dão uma rede (quase, quase) nacional. Nunca compararia mal com uma Los 40, que não sendo nacional, anda lá perto.

Teria em emissão nacional 104.4 + 90.0 + 94.4 + 99.7 + RRS + 96.8 (ou melhor frequência para a Covilhã), ou seja, as zonas com as maiores academias e as maiores cidades.

Apesar de ficares com uma cobertura digna, nas zonas onde há jovens, como o Bauer vem com dinheiro e comprador, apostaria, desde já em encetar negociações para a Voz do Neiva (98.7) para servir melhor Viana do Castelo, o que nas condições atuais, só é preciso falar com o Ministro da tutela e voilà, faz-se atribuição de alvará à medida, ou em alternativa de uma das locais de Viana do Castelo, com preferência para a Alto Minho. Na Beira Interior, trataria da Urbana FM da Castelo Branco, que com o truque da micro, vai lá vai, para Castelo Branco e Covilhã e da Rádio F da Guarda. Nesse caso, libertaria os 96.4 + 104.4 para a "Nostalgia".

Pode parecer que não, mas a aposta na Cidade FM, volto a martelar, com outro nome e um toque mais adulto mas jovem, 18-35, para fazer a ponte com a Comercial, 35-55, seria um must enorme para o grupo. Servir todas as capitais de distrito seria crucial, até por causa da ligação às Universidades, festas académicas e toda a receita que daí advém. Uma rádio jovem, bem feita, pode ser uma mina em patrocínios, muito mais do que uma Smooth FM.

Quanto à terceira rede, seria sem dúvida a aposta de oldies, estilo Nostalgia. É fundamental para um grupo que apanhe todas as faixas etárias.

Parque emissor: 103.8 (Braga) + 89.5 (Porto, deslocalizado para junto da Observador) + 101.0 (Aveiro) + 92.8 (Aveiro/Coimbra) + 95.6 (Viseu) + 99.3 (Leiria/Santarém) + 96.6 (Lisboa) +103.3 (Setúbal) + 97.2 (Évora) + 99.7 (Faro). Estando comprador, adquiriria mais uma das locais de Beja. Se fosse possível pegar nos 107.5 da RRS que são redundantes, também seria uma excelente opção de emissor.

Teria em emissão nacional 103.8 + 89.5 + 101.0 + 92.8 + 99.3 + 96.6 ou 103.3 (ver qual o com melhor desempenho no total da AML).

A quarta rede, ou enverdaria por uma rádio rock ou, minha preferência, mas duvido que tão rentável, a Smooth FM:

Parque emissor: 94.3 (deslocalizado para junto da Observador) + 103.0 (Aveiro/Coimbra) + 97.7 (Santarém) + 107.2 + 101.0 (Lisboa/Setúbal). Aquisição na hora, da rádio regional de Arouca.

Emissores a alienar: 107.2 (Gaia) + 105.8 (Valongo), completamente redundantes na rede, e 91.6 (Lisboa) e 106.2 (Montijo). Estas vendas que seriam certamente a preço mais alto, serviriam para a aquisição de Viana, Covilhã e Guarda na rede Cidade, Beja na terceira rede e Arouca na quarta. Para além disso, permitiriam libertar espaço no ar nas Áreas Metropolitanas.

Fica visto que, considerando a Lei da Rádio atual, para ter um serviço adequado a nível nacional, três redes é o ideal, quatro é expremido, cinco é irrealista.


Concordo com praticamente tudo o que disse. Em termos de Informação, aqui "em baixo" temos a TSF e os serviços informativos da Antena 1, para além das notícias regionais nos noticiários das rádios locais mas nelas é a música que predomina, de facto.

Eu estou confiante que o Bauer não acabe com ela porque eles têm a Jazz FM e tenho muita esperança que valorizem a Smooth por isso. Talvez mais locutores e haver programas de autor.  Será que eles vão despedir pessoas? Espero que não despeçam a Sofia Morais! Ela é fundamental na Smooth, gosto muito da voz dela, do profissionalismo dela e ela tem uma coisa que rareia na nossa rádio e que eu considero fundamental num locutor que é uma óptima dicção. Ela trata o português de forma exímia e, para mim, é um gosto enorme ouvi-la falar e ouvir a voz dela.
« Última modificação: Setembro 18, 2021, 04:26:41 am por Hélder Fialho »

Luis Carvalho

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Re: Media Capital vende MCR ao grupo Bauer UK
« Responder #64 em: Setembro 18, 2021, 02:20:54 pm »
Olhe que entre uma rádio que passa as músicas da moda que uma RFM ou Comercial já passam, e uma que sempre acrescenta jazz que ainda não há no Alentejo, não sei se ficam exatamente a perder, talvez até fiquem a ganhar, nem que seja em diversidade...

Entretanto saiu comunicado da MCR a dizer que há interesse da Bauer mas não foi vendida nem há proposta formal. Afirma-se que a oferta da Bauer Media por todo o pacote de rádios ronda os, preparem-se, 50 milhões de euros...



Claro que sim, só que nós (Alentejo) já estamos servidos pela Antena 2 no 91.1, emissor da Serra do Mendro (nós chamamos simplesmente Mendro). Daí eu não compreender a existência de um retransmissor da Antena 2. É como um cromo repetido nos 95.0.

POST EDITADA POR MIM UMA HORA DEPOIS: Fui consultar a base de dados de emissores da Antena 2 do site do fórum e concluo que durante todos estes anos, estive enganado. O que se passa nos 95.0 é o emissor da Antena 2 de São Gens na Serra d'Ossa que serve Évora, Estremoz, Redondo, Sousel e Arraiolos. Ou seja, sou servido pelos 91.1 e pelo 95.0.
Relativamente à Renascença, o emissor é o 96.5 do Mendro e o que eu pensava que era retransmissor é, na verdade, após consultar a base de dados, o emissor da Serra de S. Mamede que serve o Alto Alentejo nos 95.3 e ainda os 98.5 da Serra d'Ossa que, para além de Évora, serve Estremoz, Redondo e Sousel. Portanto, só aqui apanho três emissores da RR.

Hélder Fialho:

Experimente ir aos concelho de Redondo, de Vila Viçosa (algumas localidades), algumas zonas do concelho de Arraiolos e até certas zonas de Évora. Vai ver a diferença entre os 91,1 e os 95,0 MHz. Sim, o emissor do Mendro cobre grande parte do Alentejo, mas não está livre de ter zonas com algumas dificuldades de recepção. Daí a instalação dos  emissores da Antena 1, Antena 2, Antena 3, RR e RFM na Serra de Ossa.
Cumprimentos,
Luís Carvalho

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joao_s

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Re: Media Capital vende MCR ao grupo Bauer UK
« Responder #65 em: Setembro 18, 2021, 05:51:18 pm »
Uma apreciação de quem está de fora, apenas como ouvinte.

Esta aquisição cria uma expetativa positiva num setor estagnado há décadas, que padece de um problema endémico relacionado com o serviço público não servir de referência, como acontece nos países europeus, apenas isto, o serviço público português é inútil, não serve para nada, limita-se a sugar recursos aos contribuintes. Qualquer cidadão europeu estranha que Portugal não consiga produzir um simples… serviço público de radiodifusão. Isto não tem nada de europeu!

Oxalá que as boas práticas que se verificam em inúmeros países europeus sejam adaptadas ao mercado português, através deste grupo:

I) Infraestrutura de transmissão terrestre

Interessa que os produtos de radiodifusão cheguem a todo o mercado com boa qualidade de serviço. Isso não é possível em Portugal, que tem uma infraestrutura tecnologicamente ultrapassada em FM. O DAB+ está a ser um sucesso na Alemanha, Reino Unido, e em muitos outros países europeus, e é uma oportunidade para renovar o mercado, sobretudo pelos operadores privados. São os operadores privados que estão a impulsionar o DAB+ na Europa, muito mais do que os operadores públicos, criando, por essa via, novas oportunidades de negócio e chegando a cada vez mais consumidores. Oxalá que este grupo tenha a mesma visão de desenvolvimento e de progresso. Ao implementar o DAB+ em Portugal pode ir buscar receitas aos outros operadores, alugando multiplexadores nacionais, regionais, o que for…, e pode, também, ir buscar receitas ao mercado publicitário com as suas emissoras. Portanto, soma lucros que amortecem o investimento. Quiçá um modelo a exportar para Espanha, visando o mercado ibérico (não será essa a intenção deste grupo?).

Não faz nenhum sentido o que se vê por aqui. Agrupar emissores à la carta, para construir redes, sem fiabilidade: 103.0 Cantanhede não se ouve em Aveiro, está tapado pela ‘antena3’. 97.7 Santarém não vai comutar com 107.2 ou 101.1 (está sobreposto com a ‘rfm’), enfim… delírios.

II) Portefólio de emissoras

‘SmoothFM’ – produto premium do grupo, original, não conheço igual pela Europa. Modelo português exportável, o único no nosso panorama radiofónico que pode ser replicado pela Europa. Aglutinador de diferentes gerações. Excelente produto de rádio. Acabar com a estação seria um total disparate. Melhorar o produto, passa por incluir temas Rock intemporais de qualidade inquestionável. Este modelo tem alguma inspiração na ‘BBC Radio2’, nesta perspetiva, difunde temas de hoje e temas de sempre, prima pela diversidade de géneros, o que catalisa vários públicos, gerações, vontades, inspirações, etc.

Os grupos privados visam o lucro. Liquidar a ‘M80’, a terceira estação mais ouvida do país, não faz qualquer sentido, numa ótica estritamente comercial. Se a ótica for a estratégica, o caso muda de figura.

Em matéria de rádio: se nós não vamos até à Europa (estamos desfasados disto tudo, a começar pelo DAB+), a Europa vem até nós. Ainda bem!

pdnf

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Re: Media Capital vende MCR ao grupo Bauer UK
« Responder #66 em: Setembro 18, 2021, 07:21:59 pm »
Uma apreciação de quem está de fora, apenas como ouvinte.

Esta aquisição cria uma expetativa positiva num setor estagnado há décadas, que padece de um problema endémico relacionado com o serviço público não servir de referência, como acontece nos países europeus, apenas isto, o serviço público português é inútil, não serve para nada, limita-se a sugar recursos aos contribuintes. Qualquer cidadão europeu estranha que Portugal não consiga produzir um simples… serviço público de radiodifusão. Isto não tem nada de europeu!

Oxalá que as boas práticas que se verificam em inúmeros países europeus sejam adaptadas ao mercado português, através deste grupo:

I) Infraestrutura de transmissão terrestre

Interessa que os produtos de radiodifusão cheguem a todo o mercado com boa qualidade de serviço. Isso não é possível em Portugal, que tem uma infraestrutura tecnologicamente ultrapassada em FM. O DAB+ está a ser um sucesso na Alemanha, Reino Unido, e em muitos outros países europeus, e é uma oportunidade para renovar o mercado, sobretudo pelos operadores privados. São os operadores privados que estão a impulsionar o DAB+ na Europa, muito mais do que os operadores públicos, criando, por essa via, novas oportunidades de negócio e chegando a cada vez mais consumidores. Oxalá que este grupo tenha a mesma visão de desenvolvimento e de progresso. Ao implementar o DAB+ em Portugal pode ir buscar receitas aos outros operadores, alugando multiplexadores nacionais, regionais, o que for…, e pode, também, ir buscar receitas ao mercado publicitário com as suas emissoras. Portanto, soma lucros que amortecem o investimento. Quiçá um modelo a exportar para Espanha, visando o mercado ibérico (não será essa a intenção deste grupo?).

Não faz nenhum sentido o que se vê por aqui. Agrupar emissores à la carta, para construir redes, sem fiabilidade: 103.0 Cantanhede não se ouve em Aveiro, está tapado pela ‘antena3’. 97.7 Santarém não vai comutar com 107.2 ou 101.1 (está sobreposto com a ‘rfm’), enfim… delírios.

II) Portefólio de emissoras

‘SmoothFM’ – produto premium do grupo, original, não conheço igual pela Europa. Modelo português exportável, o único no nosso panorama radiofónico que pode ser replicado pela Europa. Aglutinador de diferentes gerações. Excelente produto de rádio. Acabar com a estação seria um total disparate. Melhorar o produto, passa por incluir temas Rock intemporais de qualidade inquestionável. Este modelo tem alguma inspiração na ‘BBC Radio2’, nesta perspetiva, difunde temas de hoje e temas de sempre, prima pela diversidade de géneros, o que catalisa vários públicos, gerações, vontades, inspirações, etc.

Os grupos privados visam o lucro. Liquidar a ‘M80’, a terceira estação mais ouvida do país, não faz qualquer sentido, numa ótica estritamente comercial. Se a ótica for a estratégica, o caso muda de figura.

Em matéria de rádio: se nós não vamos até à Europa (estamos desfasados disto tudo, a começar pelo DAB+), a Europa vem até nós. Ainda bem!

Também como ouvinte:

Concordo substancialmente com grande parte do comentário. Se a Bauer vier com vontade de impulsionar o DAB+, será excelente. Agora, é verdade que quer a MCR, quer a R/Com já tinham manifestado interesse no mesmo, tendo esbarrado na vontade da incumbente RTP Rádios e do Governo de Portugal, seu acionista, que alocou 0€ do PRR a esse desígnio estratégico para o setor no país. Como referiu,e muito bem, vergonhoso é o papel do serviço público que deixa muito a desejar e que arrisca o mínimo possível.

Todavia, enquanto o Governo não entender o DAB + como prioritário, e ainda teremos 15 anos de FM, o que é imenso tempo, temos de nos limitar a este corta e cose:

Os 103.0 do Sameiro na A3 chegam a Aveiro? A minha experiência na zona diz-me que não. Aliás, é a única grande frequência de Braga que não se capta na zona, até os locais 88.0 da Antena 2 ou os 92.9 a Mega chegam. Porquê, precisamente pelo efeito da Vodafone. Na Murtosa ouve-se um estático mas à medida que se vai caminhando para sul o que começa a entrar é só Vodafone FM. A MCR tem um problema: na realidade, para Aveiro tem três emissores, que são dois. Senão vejamos: os 101.0 para serem perfeitos precisam de apoio de 94.4 ou dos 92.8. Se os 90.0 não levassem com a MegaHits a coisa era fácil de resolver. Assim sendo, a MCR precisa de outra frequência na área, cujo o ideal, na estrita lógica empresarial seriam os 103.2 da regional de Arouca.
Não havendo, alguém tem de levar com uma cobertura mais fraca em Aveiro.
Se os 107.2 da RFM de Vila Boim ou os 101.0 dão problemas à cobertura da Vodafone FM em Lisboa, o que dizer então dos 91.6 da Cidade FM em relação à RFM da Serra da Louçã em 91.7? Pois... milagres não os há!

A Smooth é o produto premium e de excelência? Sem dúvida! Dez vezes acima da média pelo que concordo em absoluto, aliás já aqui defendi que era rádio que gostava de ver numa rede nacional. A minha análise aqui foi feita pensando a rentabilidade empresarial. E nesse capítulo, não tenho grandes dúvidas que a Smooth FM é de todas as estações a que mais periga com esta mudança. O portefólio do grupo é tudo menos eclético: é rádio de e para as massas. E as massas, muito menos em Portugal, vão ouvir Smooth. Infelizmente... por isso digo, e volto a defender, que face a uma limitação que é termos apenas 6 redes nacionais, uma parceria Smooth/A2 seria muito bem pensada, e tenho quase a certeza que todos ganhariam, ouvintes e operadores.

Quanto à M80, por alguma razão acabou em Espanha. É uma rádio que tem prazo de validade. A mudar, e considerando que no grupo as CHR são sempre fortes, parece-me que a Cidade FM vai ganhar protagonismo!
« Última modificação: Setembro 18, 2021, 07:26:22 pm por pdnf »
Rádio é:
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Mais música nova para sentir (e decidir).
Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
É a arte que toca, mais do que música...PESSOAS. Ah, and all that "unique" soul.

AG

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Re: Media Capital vende MCR ao grupo Bauer UK
« Responder #67 em: Setembro 18, 2021, 07:37:02 pm »
Em Aveiro em 103,0 MHz ouve-se a Antena 3 do Sameiro. A Vodafone no litoral só a partir de Mira, e mais para o interior curiosamente entra melhor a norte, já em Albergaria.

Quanto aos 101,0 MHz não precisam dos 94,4 e muito menos dos 90,0. O contrário é que faz sentido, por isso é que em 2003-2007 o RCP emitiu em 89,5, 94,4 e 101,0.

Para não fugir do tópico, considero que a M80 (ou o nome que quiserem chamar) devia ter mais conteúdos de palavra na sua grelha como até teve nas manhãs entre 2010 e 2014 (rubricas de Camilo Lourenço) e mantendo a maioria da playlist. No fundo um pouco como a actual RR. Acho que não faz sentido nenhum a Cidade ir para a segunda rede, até porque já tem uma rede muito interessante se quiserem apostar numa rádio de hits.

No resto estou completamente de acordo com o João nos seus considerandos, sobretudo sobre o DAB+ e a Smooth.
« Última modificação: Setembro 18, 2021, 07:38:40 pm por AG »

Atento

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Re: Media Capital vende MCR ao grupo Bauer UK
« Responder #68 em: Setembro 18, 2021, 08:11:01 pm »
Em Aveiro em 103,0 MHz ouve-se a Antena 3 do Sameiro. A Vodafone no litoral só a partir de Mira, e mais para o interior curiosamente entra melhor a norte, já em Albergaria.

Quanto aos 101,0 MHz não precisam dos 94,4 e muito menos dos 90,0. O contrário é que faz sentido, por isso é que em 2003-2007 o RCP emitiu em 89,5, 94,4 e 101,0.

Para não fugir do tópico, considero que a M80 (ou o nome que quiserem chamar) devia ter mais conteúdos de palavra na sua grelha como até teve nas manhãs entre 2010 e 2014 (rubricas de Camilo Lourenço) e mantendo a maioria da playlist. No fundo um pouco como a actual RR. Acho que não faz sentido nenhum a Cidade ir para a segunda rede, até porque já tem uma rede muito interessante se quiserem apostar numa rádio de hits.

No resto estou completamente de acordo com o João nos seus considerandos, sobretudo sobre o DAB+ e a Smooth.


Uma vez que a atual Antena 3 não faz aquilo que deveria fazer quando foi criada - dirigir-se a um público jovem - talvez o grupo alemão com a cidade ou com outro nome tente apostar em algo semelhante à BBC Rádio 1.

joao_s

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Re: Media Capital vende MCR ao grupo Bauer UK
« Responder #69 em: Setembro 18, 2021, 08:15:08 pm »
Também como ouvinte:

Concordo substancialmente com grande parte do comentário. Se a Bauer vier com vontade de impulsionar o DAB+, será excelente. Agora, é verdade que quer a MCR, quer a R/Com já tinham manifestado interesse no mesmo, tendo esbarrado na vontade da incumbente RTP Rádios e do Governo de Portugal, seu acionista, que alocou 0€ do PRR a esse desígnio estratégico para o setor no país. Como referiu,e muito bem, vergonhoso é o papel do serviço público que deixa muito a desejar e que arrisca o mínimo possível.

Todavia, enquanto o Governo não entender o DAB + como prioritário, e ainda teremos 15 anos de FM, o que é imenso tempo, temos de nos limitar a este corta e cose:

Os 103.0 do Sameiro na A3 chegam a Aveiro? A minha experiência na zona diz-me que não. Aliás, é a única grande frequência de Braga que não se capta na zona, até os locais 88.0 da Antena 2 ou os 92.9 a Mega chegam. Porquê, precisamente pelo efeito da Vodafone. Na Murtosa ouve-se um estático mas à medida que se vai caminhando para sul o que começa a entrar é só Vodafone FM. A MCR tem um problema: na realidade, para Aveiro tem três emissores, que são dois. Senão vejamos: os 101.0 para serem perfeitos precisam de apoio de 94.4 ou dos 92.8. Se os 90.0 não levassem com a MegaHits a coisa era fácil de resolver. Assim sendo, a MCR precisa de outra frequência na área, cujo o ideal, na estrita lógica empresarial seriam os 103.2 da regional de Arouca.
Não havendo, alguém tem de levar com uma cobertura mais fraca em Aveiro.
Se os 107.2 da RFM de Vila Boim ou os 101.0 dão problemas à cobertura da Vodafone FM em Lisboa, o que dizer então dos 91.6 da Cidade FM em relação à RFM da Serra da Louçã em 91.7? Pois... milagres não os há!

A Smooth é o produto premium e de excelência? Sem dúvida! Dez vezes acima da média pelo que concordo em absoluto, aliás já aqui defendi que era rádio que gostava de ver numa rede nacional. A minha análise aqui foi feita pensando a rentabilidade empresarial. E nesse capítulo, não tenho grandes dúvidas que a Smooth FM é de todas as estações a que mais periga com esta mudança. O portefólio do grupo é tudo menos eclético: é rádio de e para as massas. E as massas, muito menos em Portugal, vão ouvir Smooth. Infelizmente... por isso digo, e volto a defender, que face a uma limitação que é termos apenas 6 redes nacionais, uma parceria Smooth/A2 seria muito bem pensada, e tenho quase a certeza que todos ganhariam, ouvintes e operadores.

Quanto à M80, por alguma razão acabou em Espanha. É uma rádio que tem prazo de validade. A mudar, e considerando que no grupo as CHR são sempre fortes, parece-me que a Cidade FM vai ganhar protagonismo!

Aproveite, amanhã é domingo, faça uma viagem até Aveiro, desfrute do espaço urbano e natural da zona, que oferecem uma excelente qualidade de vida aos residentes, e sintonize 103.0. Inaudível, ouve uma mistura de sons que se digladiam. Obtenha uma autorização da Universidade de Aveiro e estacione o seu veículo ao lado do Departamento de Física, consegue ouvir 103.0 de Cantanhede. Na cidade, ouve ruído. Constate por si.

Discordo desses (des)arranjos e (des)alocações de emissores. Aliás, dispêndio financeiro para algo que está a prazo.  92.8 devem ficar sempre na ‘SmoothFM’, é um desrespeito para com residentes da região centro e para com os ouvintes, utilizarem essa frequência para um qualquer produto vulgar, que se encontra a “pontapé” em qualquer lado, em detrimento de um bom produto de rádio.

Foi o caro “pdnf” que referiu uma rádio de oldies e outra mais aprimorada para o Jazz. Nada de mais errado! Afunda duas rádios de uma vez! O Jazz puro, genuíno, não atrai audiência em Portugal, nem nos outros países do espaço europeu. Uma rádio de oldies já foi testada, chamava-se ‘Nostalgia’, não funciona. Os ouvintes não gostam de se fechar numa “capsula do tempo” que só passa oldies e, passado algum tempo, torna-se repetitiva, saturante, sem nada de novo e de diferentes para oferecer. O sucesso da ‘BBC Radio2’, mostra que uma fórmula que junta o moderno com o intemporal cativa uma vasta audiência. É a rádio mais ouvida da Europa, são eles que o dizem.

A ‘SmoothFM’ faz isso, nos géneros a que se dedica. Muito bem, só aumenta o interesse e carisma. Passa algum Rock, e bem, mas deve dedicar uma maior atenção a este género. É o recetáculo ideal para os grandes temas intemporais deste género, uma faceta da ‘Nostalgia’, se quiser, que está a conquistar as gerações mais jovens. Verifique por si, as visualizações que têm os temas intemporais do Rock e ficará surpreendido pelo número crescente de jovens que os procuram. Fechar isto numa rádio “à parte” é um erro, enriquecer uma rádio que aposta na diversidade cultural de qualidade é uma aposta coerente e com boas hipóteses de vingar.

Luis Carvalho

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Re: Media Capital vende MCR ao grupo Bauer UK
« Responder #70 em: Setembro 18, 2021, 08:55:32 pm »
Será que o DAB+ por si só impulsiona o mercado? Se não houver um forte investimento por parte das rádios em conteúdos inovadores, de que serve ter as mesmas rádios no FM e no DAB? Se tivermos em conta o mercado português, a Smooth FM já serve grande parte da população, concentrada nos centros urbanos da Grande Lisboa, margem Sul do Tejo, Grande Porto e região Centro, além do Ribatejo. Na era do stream online, do Spotify, Tidal etc., será que mudar a tecnologia vai por si só atrair novos ouvintes para a rádio? Ou será que a rádio não atrai muitos mais ouvintes porque se trata de um produto automatizado que toca dezenas de música de seguida, sem uma rubrica interessante, sem um programa de autor que motive os ouvintes a continuar a ouvir a estação depois de saírem do carro e entrarem em casa? Tal como está a Smooth FM e outras tantas rádios, tenho a sugerir, em tom de ironia, que é preferível pagar o Tidal e ouvir Frank Sinatra e Diana Krall quando quisermos, com a vantagem de não ter de aturar publicidade. Rádio não é uma torneira a debitar música. A verdadeira essência da rádio é o saber misturar boa música com outros conteúdos apresentados por animadores de carne e osso, que saibam cativar quem ouve as suas vozes. Não é um computador a tocar música a seguir a outra, a seguir a outra, a seguir a outra...
Cumprimentos,
Luís Carvalho

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AG

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Re: Media Capital vende MCR ao grupo Bauer UK
« Responder #71 em: Setembro 18, 2021, 09:13:57 pm »
Em Aveiro em 103,0 MHz ouve-se a Antena 3 do Sameiro. A Vodafone no litoral só a partir de Mira, e mais para o interior curiosamente entra melhor a norte, já em Albergaria.

Quanto aos 101,0 MHz não precisam dos 94,4 e muito menos dos 90,0. O contrário é que faz sentido, por isso é que em 2003-2007 o RCP emitiu em 89,5, 94,4 e 101,0.

Para não fugir do tópico, considero que a M80 (ou o nome que quiserem chamar) devia ter mais conteúdos de palavra na sua grelha como até teve nas manhãs entre 2010 e 2014 (rubricas de Camilo Lourenço) e mantendo a maioria da playlist. No fundo um pouco como a actual RR. Acho que não faz sentido nenhum a Cidade ir para a segunda rede, até porque já tem uma rede muito interessante se quiserem apostar numa rádio de hits.

No resto estou completamente de acordo com o João nos seus considerandos, sobretudo sobre o DAB+ e a Smooth.


Uma vez que a atual Antena 3 não faz aquilo que deveria fazer quando foi criada - dirigir-se a um público jovem - talvez o grupo alemão com a cidade ou com outro nome tente apostar em algo semelhante à BBC Rádio 1.
Isso seria excelente.

Atento

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Re: Media Capital vende MCR ao grupo Bauer UK
« Responder #72 em: Setembro 18, 2021, 10:20:59 pm »
Uma vez que o grupo alemão também é forte nas revistas, será que não estará interessado em mais nenhum grupo de comunicação? Revista Visão (está agora nas mãos aparentemente de Luís Delgado)? TSF/JN/DN/O JOGO?

Memorias da Radio

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Re: Media Capital vende MCR ao grupo Bauer UK
« Responder #73 em: Setembro 18, 2021, 10:23:32 pm »
É uma óptima notícia! Sobretudo agora que eu estava com muito receio que a Cristina Ferreira, por ser accionista da Media Capital, um dia acordasse e decidisse acabar com a Smooth FM por ter pouca audiência. O Bauer detém várias rádios que gosto muito como as Absolute Radio, das quais gosto de todas menos da Absolute 10s, Absolute 20s e Absolute Radio Country, a Jazz FM, a Kerrang, a Planet Rock e a Kisstory. Desde que não acabem com a Smooth FM, venham eles. Estou esperançado que eles valorizem mais a Smooth FM e alarguem os emissores, façam uma rádio de oldies (odeio o termo mas pronto) para que haja novamente uma rádio como a Nostalgia com cobertura nacional e uma rádio de Rock que faz tanta falta desde que a Comercial deixou de passar Rock.

@Hélder Filaho qualquer solução será melhor que ter a Cristina Ferreira a mandar bitaites nas rádios. A TVI, como está hoje, é um degredo nacional. É um projeto de poder pessoal que vai acabar a definhar, como qualquer império empresarial que viva para si.

Parece-me mais ao menos óbvio que se o negócio se concretizar vamos, no final, ficar com três redes de rádio + 1 pequena rede.
Na nacional, não há dúvidas, manter-se-á a Comercial. Pode vir a chamar-se assim ou de maneira diferente, não arrisco, mas quanto a esse parque emissor, estamos conversados.

Daí para baixo serão tudo incógnitas, embora o portefólio de rádios do grupo possa dar umas pistas:

1. M80 parece óbvio que terá os dias contados. Sendo detentora da rede regional do sul e da melhor rede de locais a norte, e vendo a importância que as CHR têm no grupo, uma renovada Cidade FM parece-me o mais óbvio.  Se me perguntasse o que gostava, era sem dúvida de uma rádio de informação forte, na rede regional do sul que pusesse a detentora da congénere nortenha a tremer das pernas. Mas isso é wishful thinking. As redes regionais foram pensadas para temática informativa não para musical. Nesse aspeto, a norte estamos bem melhor servidos, mesmo com a TSF a ser uma sobra do que foi noutros tempos.

A Cidade FM atual? Aquela que anda taco a taco com a Mega? Essa Cidade? Não acredito muito nisso...

Citar
Cidade FM: 104.4 (V. do Castelo + Braga) + 90.0 (Porto + Braga, a solicitar transferência de frequência para 107.2) + 97.4 (Vila Real) + 89.2/90.0 (Bragança) + 94.4 (Aveiro, passaria a 94.5 evitando os 94.3 e as esporádicas da A2 de Monsanto que a anulam totalmente) + 99.7 (Coimbra e Aveiro) + 93.0 (Leiria) + 102.8 (Viseu) + 104.4 (Guarda e Viseu) + 96.8 (Guarda e Covilhã) + 96.4 (Santarém/Lisboa) + 106.7 (Castelo Branco e Portalegre) + 104.3 (Lisboa e Setúbal)+ 107.5 (Setúbal) + 106.4 (Évora e Beja) +106.1+107.1 (Faro) dão uma rede (quase, quase) nacional. Nunca compararia mal com uma Los 40, que não sendo nacional, anda lá perto.

Mas pdnf, a equivalente da Los 40 em Portugal é... a Comercial............

E uma rede regional sul toda ela para uma rádio jovem numa região das mais envelhecidas do país deve sair que é uma riqueza. Outros emissores são mais pertinentes mas não têm prioridade face a um produto como a M80... e de recordar que a Cidade já teve em Trás os Montes em 2001 (frequências da atual Rádio Regional), e não consta que tenha tido particular impacto nas audiências, aliás, elas só desceram.

Citar

Apesar de ficares com uma cobertura digna, nas zonas onde há jovens, como o Bauer vem com dinheiro e comprador, apostaria, desde já em encetar negociações para a Voz do Neiva (98.7) para servir melhor Viana do Castelo, o que nas condições atuais, só é preciso falar com o Ministro da tutela e voilà, faz-se atribuição de alvará à medida, ou em alternativa de uma das locais de Viana do Castelo, com preferência para a Alto Minho. Na Beira Interior, trataria da Urbana FM da Castelo Branco, que com o truque da micro, vai lá vai, para Castelo Branco e Covilhã e da Rádio F da Guarda. Nesse caso, libertaria os 96.4 + 104.4 para a "Nostalgia".

A Voz do Neiva perdeu o alvará e legalmente a MCR está no limite dos 10% de alvarás locais. Além disso o serviço da Voz do Neiva a Viana do Castelo está muito longe de perfeito e o Fmscan não é de todo a melhor ferramenta. Adquirir a Alto Minho não é possível, ver primeiro período deste parágrafo.

Citar
Pode parecer que não, mas a aposta na Cidade FM, volto a martelar, com outro nome e um toque mais adulto mas jovem, 18-35, para fazer a ponte com a Comercial, 35-55, seria um must enorme para o grupo. Servir todas as capitais de distrito seria crucial, até por causa da ligação às Universidades, festas académicas e toda a receita que daí advém. Uma rádio jovem, bem feita, pode ser uma mina em patrocínios, muito mais do que uma Smooth FM.

Quando a geração atual está toda no digital e ouve cada vez mais rádio no digital? Já 65% abaixo dos 25 anos ouvem rádio no digital. Para quê dotar e gastar uma RRS mais todos esses emissores com uma rádio para um target que se afasta cada vez mais do FM?

E dizer que uma rádio feita para um target com concorrência é melhor que a SmoothFM que é dirigida a auditório de média, média alta e alta, A/B1, e pode explorar anunciantes em exclusivo que não entram em nenhuma outra rádio (i.e. ter um pequeno monopólio)... enfim. O tempo das rádios jovens com imensos emissores em FM já foi, veja-se a Mega Hits que ganhou mais 2 e a Marktest nem piou.

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Quanto à terceira rede, seria sem dúvida a aposta de oldies, estilo Nostalgia. É fundamental para um grupo que apanhe todas as faixas etárias.

Ou seja, despromover a M80 à terceira rede? Quando é uma galinha dos ovos de ouro autêntica e o target que ouve mais FM perde imensa cobertura? Para quê, pergunto eu?

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Parque emissor: 103.8 (Braga) + 89.5 (Porto, deslocalizado para junto da Observador) + 101.0 (Aveiro) + 92.8 (Aveiro/Coimbra) + 95.6 (Viseu) + 99.3 (Leiria/Santarém) + 96.6 (Lisboa) +103.3 (Setúbal) + 97.2 (Évora) + 99.7 (Faro). Estando comprador, adquiriria mais uma das locais de Beja. Se fosse possível pegar nos 107.5 da RRS que são redundantes, também seria uma excelente opção de emissor.

Não faz qualquer sentido agrupar 89.5 com 103.8 a partir do momento que nenhuma das duas se complementa ou fica a fazer serviço de jeito no Minho. Vai ser uma região minhota toda aos bocados, ora ouve, ora ouve mal, ora deixa de ouvir. 101.0 também não vai poder ajudar pela RR a norte.

A sul, a ideia dos 101.0+92.8 vai de acordo com o que disse. 95.6 não é Viseu, é Penalva, tem qualidade diferente dos 102.8 Viseu que estão mesmo no centro; não é possível comprar mais rádios ou parceria, vide ponto anterior; afetar os 107.5 ao projeto seria em prejuízo das populações em Grândola, Santiago do Cacém e Sines, e seria inédito numa rede regional e penso nem ser possível. Na nacional fez se isso com a Sim mas sem RDS e por "especial favor"; uma cadeia de regional que tira um emissor para parceria com uma local? Juridicamente muito discutível.


Citar

A quarta rede, ou enverdaria por uma rádio rock ou, minha preferência, mas duvido que tão rentável, a Smooth FM:

Em 2021, em que o rock novo é underground e está nessa qualidade coberto nas novas produções pelas rádios alternativas e em especial a SBSR, vai se fazer outra rádio rock? Só classic rock daria, e uma rádio de oldies pode abarcá-lo, fora que numa rádio rock tem que se ter muito cuidado a programar. A Super FM foi o exemplo do que não resulta (hard rock), a 105.4 do que resulta (classic rock com nomes de época), idem da Comercial Rádio Rock. Tem que ser com muito cuidadinho.

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Parque emissor: 94.3 (deslocalizado para junto da Observador) + 103.0 (Aveiro/Coimbra) + 97.7 (Santarém) + 107.2 + 101.0 (Lisboa/Setúbal). Aquisição na hora, da rádio regional de Arouca. 

94.3 a parear com 103.0? Isso já hoje não acontece... chega-se a Ovar e zero dos 103.0 ou dos 94.3, seguidos de mais de 20kms sem rigorosamente nada até às portas de Aveiro, em que se escuta, mal e com a A3 em cima, a dita frequência. Seria um tiro no pé. A aquisição da regional de Arouca seria inviável pelo já exposto acima e além disso que raio de sentido faria duas rádios em pontos serranos a basicamente uns 15kms distância em linha reta uma da outra a irradiar para o Porto?! Nem o sinal da Regional de Arouca é tão famoso assim após Ovar, é uma rádio com 500w...

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Emissores a alienar: 107.2 (Gaia) + 105.8 (Valongo), completamente redundantes na rede, e 91.6 (Lisboa) e 106.2 (Montijo). Estas vendas que seriam certamente a preço mais alto, serviriam para a aquisição de Viana, Covilhã e Guarda na rede Cidade, Beja na terceira rede e Arouca na quarta. Para além disso, permitiriam libertar espaço no ar nas Áreas Metropolitanas.

Alienar os fantásticos 107.2, uma das jóias da coroa da MCR que com 500w fazem milagres autênticos? Os 105.8 de Valongo que também são importantes? Um emissor no centro de Lisboa???

A única coisa em que concordo é nos 106.2 Montijo, aliás, a MCR tem rádios a mais na margem sul, derivado da ideia peregrina de apanharem Lisboa com rádios periféricas no início dos anos 2000, só que sem optimizar as condições de irradiação. Uma região toda plana com cotas até 50m a irradiar para uma cidade que chega a 200m de cota, havia de correr que era uma maravilha... mas devem ter saído baratas.

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Fica visto que, considerando a Lei da Rádio atual, para ter um serviço adequado a nível nacional, três redes é o ideal, quatro é expremido, cinco é irrealista.

Três redes teria imensa redundância e limitaria opções. 4 é o desejável com o que existe.

No meu ponto de vista, do que eu afirmei possível, e já que falamos em alienar, seria bom de alienar no meu projeto, se se visse impossível de mudar, a frequência da Amadora (107.2). Ou então fazer dela, olha, porque não?, uma rádio local na guarida da MCR para a área urbana da Grande Lisboa.

Uma vez que o grupo alemão também é forte nas revistas, será que não estará interessado em mais nenhum grupo de comunicação? Revista Visão (está agora nas mãos aparentemente de Luís Delgado)? TSF/JN/DN/O JOGO?

Ainda agora a TSF saiu de uma com o acionista de Hong Kong e já a quer meter noutra?

A Revista Visão e as revistas demais foram para alguém que tem capital, experiência e pelos vistos dinheiro, e foram limpas para lá. Porque haveriam de ser vendidas agora?
« Última modificação: Setembro 18, 2021, 10:28:01 pm por Memórias da Rádio »

Atento

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Re: Media Capital vende MCR ao grupo Bauer UK
« Responder #74 em: Setembro 18, 2021, 10:26:47 pm »
É uma óptima notícia! Sobretudo agora que eu estava com muito receio que a Cristina Ferreira, por ser accionista da Media Capital, um dia acordasse e decidisse acabar com a Smooth FM por ter pouca audiência. O Bauer detém várias rádios que gosto muito como as Absolute Radio, das quais gosto de todas menos da Absolute 10s, Absolute 20s e Absolute Radio Country, a Jazz FM, a Kerrang, a Planet Rock e a Kisstory. Desde que não acabem com a Smooth FM, venham eles. Estou esperançado que eles valorizem mais a Smooth FM e alarguem os emissores, façam uma rádio de oldies (odeio o termo mas pronto) para que haja novamente uma rádio como a Nostalgia com cobertura nacional e uma rádio de Rock que faz tanta falta desde que a Comercial deixou de passar Rock.

@Hélder Filaho qualquer solução será melhor que ter a Cristina Ferreira a mandar bitaites nas rádios. A TVI, como está hoje, é um degredo nacional. É um projeto de poder pessoal que vai acabar a definhar, como qualquer império empresarial que viva para si.

Parece-me mais ao menos óbvio que se o negócio se concretizar vamos, no final, ficar com três redes de rádio + 1 pequena rede.
Na nacional, não há dúvidas, manter-se-á a Comercial. Pode vir a chamar-se assim ou de maneira diferente, não arrisco, mas quanto a esse parque emissor, estamos conversados.

Daí para baixo serão tudo incógnitas, embora o portefólio de rádios do grupo possa dar umas pistas:

1. M80 parece óbvio que terá os dias contados. Sendo detentora da rede regional do sul e da melhor rede de locais a norte, e vendo a importância que as CHR têm no grupo, uma renovada Cidade FM parece-me o mais óbvio.  Se me perguntasse o que gostava, era sem dúvida de uma rádio de informação forte, na rede regional do sul que pusesse a detentora da congénere nortenha a tremer das pernas. Mas isso é wishful thinking. As redes regionais foram pensadas para temática informativa não para musical. Nesse aspeto, a norte estamos bem melhor servidos, mesmo com a TSF a ser uma sobra do que foi noutros tempos.

A Cidade FM atual? Aquela que anda taco a taco com a Mega? Essa Cidade? Não acredito muito nisso...

Citar
Cidade FM: 104.4 (V. do Castelo + Braga) + 90.0 (Porto + Braga, a solicitar transferência de frequência para 107.2) + 97.4 (Vila Real) + 89.2/90.0 (Bragança) + 94.4 (Aveiro, passaria a 94.5 evitando os 94.3 e as esporádicas da A2 de Monsanto que a anulam totalmente) + 99.7 (Coimbra e Aveiro) + 93.0 (Leiria) + 102.8 (Viseu) + 104.4 (Guarda e Viseu) + 96.8 (Guarda e Covilhã) + 96.4 (Santarém/Lisboa) + 106.7 (Castelo Branco e Portalegre) + 104.3 (Lisboa e Setúbal)+ 107.5 (Setúbal) + 106.4 (Évora e Beja) +106.1+107.1 (Faro) dão uma rede (quase, quase) nacional. Nunca compararia mal com uma Los 40, que não sendo nacional, anda lá perto.

Mas pdnf, a equivalente da Los 40 em Portugal é... a Comercial............

E uma rede regional sul toda ela para uma rádio jovem numa região das mais envelhecidas do país deve sair que é uma riqueza. Outros emissores são mais pertinentes mas não têm prioridade face a um produto como a M80... e de recordar que a Cidade já teve em Trás os Montes em 2001 (frequências da atual Rádio Regional), e não consta que tenha tido particular impacto nas audiências, aliás, elas só desceram.

Citar

Apesar de ficares com uma cobertura digna, nas zonas onde há jovens, como o Bauer vem com dinheiro e comprador, apostaria, desde já em encetar negociações para a Voz do Neiva (98.7) para servir melhor Viana do Castelo, o que nas condições atuais, só é preciso falar com o Ministro da tutela e voilà, faz-se atribuição de alvará à medida, ou em alternativa de uma das locais de Viana do Castelo, com preferência para a Alto Minho. Na Beira Interior, trataria da Urbana FM da Castelo Branco, que com o truque da micro, vai lá vai, para Castelo Branco e Covilhã e da Rádio F da Guarda. Nesse caso, libertaria os 96.4 + 104.4 para a "Nostalgia".

A Voz do Neiva perdeu o alvará e legalmente a MCR está no limite dos 10% de alvarás locais. Além disso o serviço da Voz do Neiva a Viana do Castelo está muito longe de perfeito e o Fmscan não é de todo a melhor ferramenta. Adquirir a Alto Minho não é possível, ver primeiro período deste parágrafo.

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Pode parecer que não, mas a aposta na Cidade FM, volto a martelar, com outro nome e um toque mais adulto mas jovem, 18-35, para fazer a ponte com a Comercial, 35-55, seria um must enorme para o grupo. Servir todas as capitais de distrito seria crucial, até por causa da ligação às Universidades, festas académicas e toda a receita que daí advém. Uma rádio jovem, bem feita, pode ser uma mina em patrocínios, muito mais do que uma Smooth FM.

Quando a geração atual está toda no digital e ouve cada vez mais rádio no digital? Já 65% abaixo dos 25 anos ouvem rádio no digital. Para quê dotar e gastar uma RRS mais todos esses emissores com uma rádio para um target que se afasta cada vez mais do FM?

E dizer que uma rádio feita para um target com concorrência é melhor que a SmoothFM que é dirigida a auditório de média, média alta e alta, A/B1, e pode explorar anunciantes em exclusivo que não entram em nenhuma outra rádio (i.e. ter um pequeno monopólio)... enfim. O tempo das rádios jovens com imensos emissores em FM já foi, veja-se a Mega Hits que ganhou mais 2 e a Marktest nem piou.

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Quanto à terceira rede, seria sem dúvida a aposta de oldies, estilo Nostalgia. É fundamental para um grupo que apanhe todas as faixas etárias.

Ou seja, despromover a M80 à terceira rede? Quando é uma galinha dos ovos de ouro autêntica e o target que ouve mais FM perde imensa cobertura? Para quê, pergunto eu?

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Parque emissor: 103.8 (Braga) + 89.5 (Porto, deslocalizado para junto da Observador) + 101.0 (Aveiro) + 92.8 (Aveiro/Coimbra) + 95.6 (Viseu) + 99.3 (Leiria/Santarém) + 96.6 (Lisboa) +103.3 (Setúbal) + 97.2 (Évora) + 99.7 (Faro). Estando comprador, adquiriria mais uma das locais de Beja. Se fosse possível pegar nos 107.5 da RRS que são redundantes, também seria uma excelente opção de emissor.

Não faz qualquer sentido agrupar 89.5 com 103.8 a partir do momento que nenhuma das duas se complementa ou fica a fazer serviço de jeito no Minho. Vai ser uma região minhota toda aos bocados, ora ouve, ora ouve mal, ora deixa de ouvir. 101.0 também não vai poder ajudar pela RR a norte.

A sul, a ideia dos 101.0+92.8 vai de acordo com o que disse. 95.6 não é Viseu, é Penalva, tem qualidade diferente dos 102.8 Viseu que estão mesmo no centro; não é possível comprar mais rádios ou parceria, vide ponto anterior; afetar os 107.5 ao projeto seria em prejuízo das populações em Grândola, Santiago do Cacém e Sines, e seria inédito numa rede regional e penso nem ser possível. Na nacional fez se isso com a Sim mas sem RDS e por "especial favor"; uma cadeia de regional que tira um emissor para parceria com uma local? Juridicamente muito discutível.


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A quarta rede, ou enverdaria por uma rádio rock ou, minha preferência, mas duvido que tão rentável, a Smooth FM:

Em 2021, em que o rock é underground e está nessa qualidade coberto nas novas produções pelas rádios alternativas e em especial a SBSR, vai se fazer outra rádio rock? Só classic rock daria, e uma rádio de oldies pode abarcá-lo, fora que numa rádio rock tem que se ter muito cuidado a programar. A Super FM foi o exemplo do que não resulta (hard rock), a 105.4 do que resulta (classic rock com nomes de época), idem da Comercial Rádio Rock. Tem que ser com muito cuidadinho.

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Parque emissor: 94.3 (deslocalizado para junto da Observador) + 103.0 (Aveiro/Coimbra) + 97.7 (Santarém) + 107.2 + 101.0 (Lisboa/Setúbal). Aquisição na hora, da rádio regional de Arouca. 

94.3 a parear com 103.0? Isso já hoje não acontece... chega-se a Ovar e zero dos 103.0 ou dos 94.3, seguidos de mais de 20kms sem rigorosamente nada até às portas de Aveiro, em que se escuta, mal e com a A3 em cima, a dita frequência. Seria um tiro no pé. A aquisição da regional de Arouca seria inviável pelo já exposto acima e além disso que raio de sentido faria duas rádios em pontos serranos a basicamente uns 15kms distância em linha reta uma da outra a irradiar para o Porto?! Nem o sinal da Regional de Arouca é tão famoso assim após Ovar, é uma rádio com 500w...

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Emissores a alienar: 107.2 (Gaia) + 105.8 (Valongo), completamente redundantes na rede, e 91.6 (Lisboa) e 106.2 (Montijo). Estas vendas que seriam certamente a preço mais alto, serviriam para a aquisição de Viana, Covilhã e Guarda na rede Cidade, Beja na terceira rede e Arouca na quarta. Para além disso, permitiriam libertar espaço no ar nas Áreas Metropolitanas.

Alienar os fantásticos 107.2, uma das jóias da coroa da MCR que com 500w fazem milagres autênticos? Os 105.8 de Valongo que também são importantes? Um emissor no centro de Lisboa???

A única coisa em que concordo é nos 106.2 Montijo, aliás, a MCR tem rádios a mais na margem sul, derivado da ideia peregrina de apanharem Lisboa com rádios periféricas no início dos anos 2000, só que sem optimizar as condições de irradiação. Uma região toda plana com cotas até 50m a irradiar para uma cidade que chega a 200m de cota, havia de correr que era uma maravilha... mas devem ter saído baratas.

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Fica visto que, considerando a Lei da Rádio atual, para ter um serviço adequado a nível nacional, três redes é o ideal, quatro é expremido, cinco é irrealista.

Três redes teria imensa redundância e limitaria opções. 4 é o desejável com o que existe.

No meu ponto de vista, do que eu afirmei possível, e já que falamos em alienar, seria bom de alienar no meu projeto, se se visse impossível de mudar, a frequência da Amadora (107.2). Ou então fazer dela, olha, porque não?, uma rádio local na guarida da MCR para a área urbana da Grande Lisboa.

Uma vez que o grupo alemão também é forte nas revistas, será que não estará interessado em mais nenhum grupo de comunicação? Revista Visão (está agora nas mãos aparentemente de Luís Delgado)? TSF/JN/DN/O JOGO?

Ainda agora a TSF saiu de uma com o acionista de Hong Kong e já a quer meter noutra?

A Revista Visão e as revistas demais foram para alguém que tem capital, experiência e pelos vistos dinheiro, e foram limpas para lá. Porque haveriam de ser vendidas agora?

A tvi e a Media Capital também mudaram "há pouco de dono"...