A ‘SmoothFM’ é um produto único, imprescindível, o melhor som que se pode ouvir na rádio portuguesa. Dá a conhecer, entre outros, o magnífico repositório de standars do American SongBook, protagonizado por covers de sucessivos artistas, Bossa Nova, Rocl’n’Roll, R&B, temas marcantes de determinado conceito de civilização, etc . Uma rádio que rima com intelecto, inspiração e determinação, um som magnífico, dois radialistas de topo: Sofia Morais, para mim a melhor voz da rádio portuguesa, muito agradável de se ouvir, e João Vaz, que tem surpreendido pela positiva, um senhor da rádio neste registo. Julgo que se deve a ele a inclusão de temas POP de topo, muito bons, e a Sofia, passa algumas pérolas de R&B e Rock’N’Roll. Um excelente produto, ao qual atribuo um 9|10. Só não atribuo a nota máxima, porque falta a dinâmica de mais radialistas em antena, durante mais horas, mais noticiários, etc. Mas, de um produto low cost, de dois radialistas não é possível exigir mais.
Quanto à Observador, o mínimo dos mínimos, para que tenha alguma visibilidade e crédito, para além do conteúdo, consiste em projetar uma rede que sirva o eixo Lisboa – Porto (que contempla um gigantesco fluxo de pessoas em trânsito). De outra forma, está “frita”, principalmente quando se fala de chegada de uma Correio da Manhã Rádio. Sabendo-se de antemão que a pré-histórica lei da rádio apenas permite 6 emissores a funcionar com emissão simultânea 24/dias, o mínimo dos mínimos, consistiria em planear uma rede com esses seis emissores para a área geográfica aludida. Tondela parece-me um erro crasso. Ninguém faz Lisboa – Porto por Viseu. Portanto, esta descontinuidade territorial de cobertura radioelétrica, diminui em muito esta estação, não contribuindo para um crescimento sustentado. Ninguém escolhe a Observador como rádio preferencial para ouvir numa deslocação de Lisboa – Porto, quando sabe de antemão que em maior parte do trajeto o que a estação tem para oferecer é ruído (estática).