Há aqui algumas alterações importantes:
- o contrato obriga a emissão regional no primeiro serviço de programas de televisão e de rádio;
- obriga à emissão de programas culturais no primeiro serviço de programas de televisão e de rádio;
- obriga a haver 4 projetos trabalhados por ano de audiovisual (+1 em cada ano que o contrato vigorar)
- obriga a que a RTP1 tenha 75% de programação falada em português.
É interessante que se faça a concessionária poder abrir e fechar canais, e depois estrutura-se as coisas de uma tal forma que quase se desenha programação direta na RTP1, na Antena 1 e no resto.
Parece-me evidente que não vão haver grandes mudanças de programação na RTP1 e na Antena 1, mas na RTP2 e na RTP3 deve agitar bem... e nas rádios também.
As minhas apostas:
- RTP Internacional funde-se com a África.
- A RTP2 e RTP3 devem ser fundidas num só canal, produzido a partir do Porto. Parte dos programas culturais vai diretamente para a RTP1 e passam a ocupar o horário da tarde tal como na antiga 2: (14h-17h/18h), parte fica na RTP2, que regressa à ideia original de 2000/2001 de um canal fortemente informativo. Tânia Ribas de Oliveira vai para o desemprego (estou a brincar!)
- RTP1 vai voltar a ter o "Regiões", e desdobramentos pelos diversos centros de produção.
- O espaço vago na TDT e no cabo vai ser aproveitado para criar um canal que usa uma nomenclatura mais antiga da RTP (usada já em 2003), a "RTP Crianças". Ou isso ou vai simplesmente chamar-se "Zig Zag".
Rádio:
- A Antena 1 vai ter um programa na mesma ótica da RTP1 quanto às regiões, com desdobramentos. Não está lá, mas eu vou tentar fazer incluir na consulta, que um mínimo de 6 horas sejam realizadas a partir do Porto na continuidade + 6h na informação, de Coimbra e Faro 4h na continuidade + 4h na informação cada, diariamente ou por acumulado.
- A RDP África não vai acabar, mas emite apenas nos PALOPs, deixa de emitir em Portugal. Quem quiser cá ouve pelo online.
- A Antena 3 passa a emitir nas frequências da RDP África, e esta passa a expandir a rede para incluir várias frequências de menor potência, assegurando no mínimo uma por distrito e tentando manter os 1,5-2% e a orientação atual.
- A Antena 2 muda o perfil para ser um 2º canal de rádio mais generalista de perfil tecnicamente simétrico ao da RTP2, e toma tantas frequências da rede original da Antena 3 quantas necessárias para melhorar a rede.
- As frequências sobrantes da Antena 3 são ou objeto de concurso público para rádios de abrangência distrital, ou servem para reorganização de espectro, ou a estrutura física da rede é usada para ser lançado o DAB+ em Portugal, novamente com lógica distrital.
- A Rádio Lusitânia, Vivace, ZigZag, RDP Internacional terminam totalmente, e é feita uma retransmissão da Antena 1 com desdobramentos de algumas horas por semana para o público emigrante + retransmissão desses conteúdos no RTP Play e em horários da estação. A Rádio Zig Zag é integralmente substituída por podcasts educativos em áudio e vídeo, parcialmente simétricos ao canal de crianças da RTP.
- É criada uma nova rádio, "RDP Memória", apenas online, com os conteúdos históricos da RDP.