A Silvia Braga manifestou-se nas redes sociais sobre os mais recentes resultados da Nova Era no Bareme da Marktest. Aproveitou também para mandar um recado ao pessoal que “gosta de mandar bitaites sobre o que não sabe nos fóruns da matéria“…“ A NE não paga audiências “.
Fica-lhe mal, mas ao menos já sabemos que anda aqui. Olá, Sílvia!
É sinal que somos lidos. Agradecemos a preferência.
PS. Não compreendo de todo o tom azedo. Se há rádio que até elogiada por aqui é a Nova Era por ser um "baluarte de resistência" das rádios da AMP.
Isso já sabemos. Andam todos aqui batidinhos... locais, regionais, nacionais...
Essa parte já não é novidade para ninguém. Agora, há uma coisa que a Sílvia tem total razão: temos um viés na nossa análise que é o da assimetria de informação. E ainda bem, honestamente. Uma coisa é a informação financeira, que não se compreende que não seja pública, vulgo Relatório de Atividades e Contas. Como economista, defendo que deveria ser público qualquer empresa que tenha exigência de transparência, como é o caso de uma rádio ter. Mais a mais, porque se cada um de nós contribuir com 2€/ano, e talvez sobre, conseguimos publicar aqui de forma totalmente legal as contas de qualquer um dos grupos de rádio, basta fazer o pedido junto do IRN, são 5€ por NIF, e basta pedir da sociedade que consolida, nem temos de invocar razão, todas as empresas são obrigadas a fazer o depósito legal. Outra coisa é, naturalmente, informação comercial, essa deve ser mantida no mais absoluto recato e, porventura, quando temos conhecimento de alguma coisa, fruto do capital de confiança que vamos granjeando junto dos nossos leitores, profissionais do setor, devemos guardá-lo para nós. Coisa diferente é discutirmos se a Marktest não deveria publicar as audiências detalhadas. A minha resposta é clara: devia. Esta informação, mais do que a nós, aficionados do setor, tem particular relevância para os agentes económicos.
Agora, há um ponto na afirmação da Sílvia que não posso deixar passar no debate, e que a convido a esclarecer, na sede que considerar mais oportuna: "audiências compradas". Se não for uma mera especulação, uma sensação, que podemos ter, de a amostra enviesar mais para um lado do que para outro por força da forma como são feitas as entrevistas e escolhidos os entrevistados, aí, posso admitir. Eu também as tenho, e já partilhei algumas dúvidas por aqui. Se estiver a sugerir corrupção ao nível de um processo que é auditado, não duvidando das suas palavras, não deixa de ser grave, e a MnC deve agir em conformidade, porque há um claro prejuízo dos demais concorrentes.
Quanto ao mais, obviamente que não somos especialistas. Eu pelo menos não sou, relato aquilo que percepciono, sempre com o intuito de melhorar os produtos, sabendo das restrições que todos enfrentam: locais e nacionais (regionais já não existem, só no papel).