Creio que a TDT Espanhola (sem certezas), dá para sincronizar a emissão com o áudio de uma rádio.
Tive a oportunidade de escutar o Alemanha vs Espanha pela RNE e creio que no Tablero Deportivo fizeram menção a isso.
Isso era uma maravilha por cá, pois evitavasse alguns comentários menos, vá, esclarecidos de alguns canais.
Dá sim. Nas definições de áudio, como se fossemos ativar a áudio-descrição, tem lá o relato da rádio.
E os jogos que dão nos canais privados (Gol TV ou canais Movistar), dão uma panóplia de opções de rádios para ouvir (Cadena COPE, SER, Onda Cero, Marca e mesmo rádios regionais, como a RAC e a Catalunya Rádio da Catalunha).
Mas convém não esquecer, que estas últimas 4 rádios nacionais que citei, transmitem TODOS os jogos do campeonato espanhol.
Em Portugal isso não seria possível, porque não há nenhuma rádio a transmitir os jogos todos da liga portuguesa, e as que transmitem mais jogos, à exceção da Antena 1, as outras fazem tudo pela televisão (não são tanto o caso da RR, TSF e Observador, mas percebem a quem me refiro), impedindo a sincronização do som do relato com a imagem em tempo real.
Mas enquanto que em Espanha se pensa na qualidade do relato, aqui só se pensa em fazer, nem que seja pela TV.
A Europe 1 de França, que sempre teve tradição em acompanhar os grandes jogos da Liga Francesa, não teve dinheiro para os direitos radiofónicos do europeu.
Fizeram relatos pela TV? Não. Simplesmente não fizeram. Porque a rádio é no local.
Mas enquanto algumas almas não entenderem isto, admirem-se que a rádio em Portugal, esteja no estado que está, a achar-se que tudo pode ser plástico
Há algo que ajuda a tudo isso.
Em Espanha, as grandes rádios têm emissões locais, desdobradas e com gente lá dentro.
Por cá, fecha-se a Rádio Fóia para meter uma musical.
Tudo dito.
Mas às vezes parece-me que também há falta de visão.
Se for preciso, apostam em pessoal sem mínimos que vive numa zona periférica (numa das áreas metropolitanas), mas depois não apostam em pessoal bom, só porque estão nos Açores, ou na Madeira, ou em qualquer outra região mais longe dos grandes centros.
Em vez de pagarem uma avença mensal a uma pessoa para fazer jogos pela TV, podiam perfeitamente ter mais pessoal, inclusive das regiões, e pagavam à peça.
Há muito bom jornalista nas nossas regiões.
Até pareço o Sr. Zé Carlos a falar (e sabem que não gosto de regionalismos, nem de centralismos bacocos), mas por aquilo que tenho visto, a realidade é esta.